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Petrobras volta à distribuição do gás de cozinha e pode derrubar preços

Em meio a preocupações do governo sobre o preço do gás de cozinha, a Petrobras anunciou a aprovação para retornar ao negócio de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP). O aval do Conselho de Administração da empresa ocorre em um cenário em que o produto chega a custar R$ 140 para as famílias brasileiras, enquanto é vendido a R$ 37 pela Petrobras às distribuidoras.

A empresa abandonou o setor em 2020, no governo de Jair Bolsonaro (PL), ao vender a subsidiária Liquigás para grupos privados. O economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e do Observatório Social do Petróleo (OSP), aponta que a privatização levou a um aumento drástico nas margens de lucro para distribuidores e revendedores.

“A margem de distribuição e revenda saiu de R$ 28,67 para R$ 55,8, dado recente da última semana, ou seja, 92% de aumento, quase três vezes a inflação do período de 33%. É claramente um problema econômico a ser resolvido pelo governo federal e pela Petrobras”, enfatizou ele em conversa com o Brasil de Fato.

Segundo Dantas, o processo tornou um setor que já era muito oligopolizado ainda mais concentrado. “O oligopólio passou a ter apenas participantes privados, retirando o único agente estatal que teria outros objetivos senão a maximização do seu lucro. Geralmente isso se traduz em aumento de preços por si só. É que de fato ocorreu desde a privatização da LC gás em dezembro de 2020.”

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou a decisão de retornar à distribuição do gás de cozinha como “estratégica”. No entanto, a entidade ressalta que ainda há necessidade de avanço em outros pontos. “Falta deliberar sobre a volta definitiva à distribuição e comercialização de gasolina, diesel, álcool e lubrificantes que era feita pela BR Distribuidora”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, diz o ICL.


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Política

Moro, o juiz ladrão que roubou R$ 2,5 bi da Petrobras e, por ordem de Moraes, teve que devolver, guarda magoazinha

Moro não é patético, é ladrão.

Foi esse mesmo vigarista, que faz discurso com os fundilhos de fora, que se uniu a Bolsonaro numa trama golpista para fraudar a eleição de 2018, quando Sergio Moro prendeu Lula, sem provas de crime, para Bolsonaro vencer a eleição e ele ser ministro.

Agora, o ex-juiz parcial ataca Moraes por odiozinho porque tirou-lhe o pão da boca bilionária e, de lambuja, tenta travar o governo Lula ajudando a paralisar o Congresso.

Esse patife, que só está solto por obra de um espirito de corpo vigarista, deveria estar há muito tempo na cadeia.

No final da história da Lava Jato, o Brasil soube que os maiores ladrões da Petrobras eram o Juiz Moro e o procurador-chefe Dallagnol.


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Economia

Absurdo! Petrobras corta 12% do preço do diesel em 2025; postos sobem 3%

Alta no preço do combustível tem relação com aumento do ganho dos postos, que subiu 50% desde o fim de 2024.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (10) os dados da inflação de maio e registrou que, de janeiro até o final de abril, o preço do óleo diesel em postos de combustíveis do país havia subido 3,02%. A alta ocorreu enquanto a Petrobras cortou em 12% o preço do combustível vendido às distribuidoras do produto.

A Petrobras é a maior produtora de diesel do país, fornecendo cerca de 80% do combustível que abastece a frota nacional de caminhões. A estatal, no entanto, não controla os preços do derivado de petróleo, já que ele depende também do ganho das distribuidoras e dos postos de combustíveis com a revenda.

Dados públicos compilados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), indicam que, desde o final de 2024, a margem dos postos sobre o preço do diesel já subiu 50%. Saltou de R$ 0,59 por litro para R$ 0,89 por litro de dezembro até o final de abril.


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Não há dados disponíveis sobre o margem em maio e junho.

Hoje, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do diesel no Brasil é vendido, em média, a R$ 6,05.

Desse valor, a Petrobras responde por pouco mais da metade. Desde o início de maio, a estatal vende o litro de diesel a distribuidoras por R$ 3,27.

O preço do litro vendido pela companhia chegou a esse valor após três quedas promovidas em 2025. O diesel começou o ano vendido a R$ 3,72; baixou a R$ 3,55 em janeiro; para R$ 3,43 em março; e depois para R$ 3,43 em abril.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, admitiu em maio que essa queda não se refletiu no preço cobrado nos postos e recomendou que consumidores questionem os revendedores sobre o assunto.

“A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta”, disse ele. “Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo.”

“Se percebe que a margem bruta tanto da distribuição quanto da revenda aumentou”, explicou Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep). “A redução [na Petrobras] não é repassada de maneira completa para o consumidor porque há uma absorção da margem pelo setor de distribuição e revenda, que foi privatizado no Brasil durante o governo Bolsonaro.”

No governo Bolsonaro, a Petrobras vendeu a BR Distribuidora, que distribuía e revendia gasolina e diesel. A estatal vendeu também a Liquigás, distribuidora de gás.

Gasolina e gás
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já criticou o preço do gás de cozinha no Brasil. Hoje, um botijão custa, em média, R$ 108, segundo a ANP.

“A Petrobras manda o gás de cozinha a R$ 37. Quando é que chega aqui? Cento e dez reais, R$ 120, tem estado que é R$ 140. E eu posso dizer para vocês que está errado. Vocês não podem pagar R$ 140 por uma coisa que custa R$ 37 da Petrobras. Está certo que tem o custo do transporte, mas não precisa pagar tanto”, disse Lula, em maio.

Segundo o IBGE, desde o início do ano, o botijão subiu 1,4%. A Petrobras não anunciou nenhuma mudança no preço do gás em 2025.

A gasolina, por sua vez, já subiu 2,88%. Neste mês, a Petrobras reduziu o preço do litro do combustível em 5,31%. O impacto da redução só poderá ser medido com a divulgação dos dados da inflação deste mês, que ocorrerá em julho.

Desde o início do ano, a margem dos postos sobre a revenda de gasolina já subiu 11%, de acordo com os cálculos de Gil Dantas.

*ICL

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Economia

Petrobras corta preços, mas postos aumentam lucros e combustíveis encarecem

A Petrobras reduziu em 9% o preço da gasolina que ela vende a distribuidores de combustível desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à Presidência, em janeiro de 2023.

No entanto, o consumidor final não viu esse recuo se refletir nas bombas. Pelo contrário: segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro do combustível subiu 26% no período.

A diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor cobrado ao consumidor pode ser explicada, em parte, pelo aumento da margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustíveis.

De janeiro de 2023 até aqui, ele cresceu pelo menos 10%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME) tabulados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

O ganho dessas empresas virou tema de críticas da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na última terça-feira (13). A executiva chegou a sugerir que consumidores cobrem dos postos razões para um preço tão elevado dos combustíveis.

“A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta”, disse ele. “Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo.”

Chambriard lembrou que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras “perdeu poder sobre a ponta”, ou seja, privatizou sua participação no mercado de distribuição e revenda de combustíveis. Ela apontou que a medida delegou a definição de parte considerável do preço dos combustíveis no país ao setor privado, que se aproveitou do poder sobre o mercado para lucrar. O alto custo nos postos, mesmo com corte de preços promovidos pela Petrobras, é resultado disso.

Privatizações
Além de explorar, produzir e refinar petróleo, a Petrobras também distribuía a revendia combustíveis até 2019, quando ainda era dona da BR Distribuidora. A empresa foi privatizada em duas fases, em 2019 e 2021 — ambas durante o governo de Bolsonaro. Acabou mudando seu nome para Vibra, mas ainda ostenta a marca BR.

A Petrobras também distribuía e vendia gás, por meio da Liquigás. A subsidiária também foi privatizada, em 2020, durante o governo Bolsonaro. Acabou incorporada por um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.

Dantas, do Ibeps, aponta que essas duas vendas tiveram efeito significativo para as margens cobradas nos dois setores do qual a Petrobras saiu. Margem é a diferença entre o custo de aquisição de um produto e o preço de revenda do produto.

O economista monitora há anos o mercado de combustíveis no Brasil. Usa, inclusive, dados do Relatórios Mensais do Mercado de Derivados de Petróleo, do MME, para isso.

Números extraídos por Dantas desses relatórios apontam que, desde janeiro de 2019, a margem das distribuidoras e postos sobre o preço da gasolina subiu 43%. Enquanto há seis anos eles ganhavam R$ 0,73 centavos por litro de combustível vendido, agora ganham cerca de R$ 1,06.

“No ano de 2020, a margem ficou na média de R$ 0,64. Mesmo se corrigirmos este valor pela inflação do período, em valores atuais a margem seria de R$ 0,79, muito abaixo dos R$ 1,12 do mês de fevereiro deste ano”, comparou Dantas, em artigo publicado no site do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região (Sindipetro SJC).

Segundo ele, no caso do mercado de gás, o aumento da margem é ainda mais relevante. Desde 2019, ele ultrapassa os 72% de alta.

Hoje, dos R$ 108,1 cobrados, em média, por uma botijão de gás no Brasil, R$ 55,20 ficam com os distribuidores e revendedores –51% do total.

Em 2019, quando a Petrobras ainda atuava em toda cadeia, o percentual era de 46%. O botijão custava R$ 69,29, em média, e a distribuição e revenda ficavam com R$ 31,96.

“Se compararmos a média da margem de 2020 com a atual, tivemos um crescimento de 101%. Desde a privatização da Liquigás em dezembro de 2021, o aumento foi de 45%”, complementou Dantas, no mesmo artigo.

Diesel
O diesel também é um caso à parte. O combustível é essencial para transporte terrestre de mercadorias no país, de forma que tem influência sobre o preço dos alimentos e outros produtos. Ou seja, a queda do preço ajuda o país a combater a inflação, atualmente em 5,53% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de até 4,5%

Desde janeiro de 2023, o preço do óleo diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras de combustíveis caiu 34,9%. No entanto, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro de 2023 a abril de 2025, o óleo diesel ficou apenas 3,18% mais em conta para o consumidor.

A diferença entre o comportamento do preço do diesel que sai das refinarias da Petrobras e o cobrado nos postos também chamou atenção da Petrobras. “A partir de 1º de abril, reduzimos R$ 0,45 no litro do diesel e, infelizmente, esse valor não está sendo percebido pelo consumidor final”, constatou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Romeo Schlosser, na mesma entrevista concedida por Chambriard.

Nos postos, segundo a ANP, o combustível ficou apenas R$ 0,21 mais barato.

População prejudicada
Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), disse que os dados sobre as margens de lucro e preço dos combustíveis comprovam que a privatização de partes da Petrobras deu errado.

Ele lembrou que, quando elas foram realizadas, foi dito que aumentariam a concorrência, melhorariam serviços e reduziriam preços. Isso não ocorreu.

“O afastamento da Petrobras dos elos da cadeia de venda de combustíveis resultou em uma piora dos serviços, uma piora nas condições de trabalho dos trabalhadores e também uma piora nos preços para os consumidores finais”, disse ele.

Santos disse que Chambriard fez bem em culpar as empresas beneficiadas pelas privatizações pelo preço dos combustíveis. Cobrou, porém, atitudes da Petrobras sobre o assunto. “A atual gestão da Petrobras está, por exemplo, avançando ou trabalhando para uma reestatização da BR Distribuidora e da Liquigás? Essas são questões também precisam ser debatidas pela sociedade.”

Quando Lula voltou à Presidência, foram aventados planos para recompra de bens privatizados pela Petrobras. A reestatização da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, chegou a ser defendida publicamente pelo ministro Alexandre Silveira, do MME.

Na terça-feira, mesmo dia em que Chambriard reclamou das privatizações, a Petrobras foi questionada sobre as negociações que mantém sobre a refinaria.

O diretor-executivo Financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse que não há qualquer avanço sobre uma eventual recompra do ativo na companhia.

Sobre a BR, Chambriard reclamou dos preços praticados pela empresa e do uso da marca BR. Disse, contudo, não ter o que fazer sobre o assunto. “Essa questão está no nosso radar. Mas isso está em contrato. O respeito em contratos está em nossa crença”, explicou ela. “Nossa marca está sendo divulgada e espalhada pelo Brasil vendendo gasolina com preço acima do esperado”, lamentou.

A Vibra Energia é a maior distribuidora do país, com participação de 23% no mercado de diesel em 2024, segundo a ANP.

*BdF

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Economia

Mercado se surpreende com Lucro bilionário da Petrobras

A Petrobras fechou 2024 com R$ 36,6 bilhões de lucro, destacando forte geração de caixa, investimentos robustos e impacto bilionário na economia brasileira A Petrobras encerrou 2024 com lucro líquido de R$ 36,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões). A companhia segue com forte e consistente geração de caixa, registrando um Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de […]

A Petrobras fechou 2024 com R$ 36,6 bilhões de lucro, destacando forte geração de caixa, investimentos robustos e impacto bilionário na economia brasileira

A Petrobras encerrou 2024 com lucro líquido de R$ 36,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões). A companhia segue com forte e consistente geração de caixa, registrando um Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 204 bilhões (US$ 38 bilhões), gerados pelas suas operações regulares durante o ano. A dívida financeira atingiu cerca de US$ 23,2 bilhões no final do ano, menor nível desde 2008. Foram investidos R$ 91 bilhões (US$ 16,6 bilhões) em projetos nos diversos segmentos de atuação da companhia e pagos R$ 270 bilhões em tributos aos cofres públicos.

“O excelente resultado operacional e financeiro de 2024 demonstra, mais uma vez, a capacidade da nossa empresa de gerar valores que são revertidos para a sociedade e para os nossos investidores. Destaco a geração operacional de US$ 38 bilhões e a dívida financeira de US$ 23 bilhões, o menor nível desde 2008”, afirma a presidente Magda Chambriard.

Segundo a Petrobras, o resultado da companhia foi influenciado, principalmente, por eventos exclusivos, em maior parte sem efeito no caixa da companhia. Sem os efeitos dos eventos exclusivos, o lucro líquido seria de R$ 103 bilhões (US$ 19,4 bilhões) no ano.

“O resultado da Petrobras em 2024 foi impactado principalmente por um item de natureza contábil: a variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior. São operações financeiras entre empresas do mesmo grupo, que geram efeitos opostos que ao final se equilibram economicamente. Isso porque a variação cambial nestas transações entra no resultado líquido da holding no Brasil e impactou negativamente o lucro de 2024. Ao mesmo tempo, houve impacto positivo direto no patrimônio”, explica o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo.

Outro fator que afetou o resultado anual foi a adesão da Petrobras, em junho de 2024, ao edital de contencioso tributário. Evento exclusivo do 2º trimestre de 2024, a decisão foi positiva e possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus respectivos contratos de prestação de serviços, sem impacto relevante no caixa da companhia.

Além disso, fatores do ambiente externo, como variação do preço do Brent e da redução de 40% do crackspread de diesel (diferença do preço médio do diesel no mercado mundial em relação ao do petróleo) em relação a 2023, trouxeram instabilidade para todo o mercado, não apenas a Petrobras. As grandes refinadoras globais também foram impactadas por menores margens internacionais de diesel e tiveram redução de Ebitda no segmento de refino e comercialização.

Ao longo de 2024, a Petrobras cumpriu a sua estratégia comercial, que considera as suas melhores condições de produção e logística para a precificação do diesel e da gasolina na venda para as distribuidoras. Isso permitiu à companhia praticar preços competitivos frente a alternativas de suprimento e mitigar a volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio.

Investimentos
A Petrobras investiu R$ 91 bilhões (US$ 16,6 bilhões) em projetos durante o ano de 2024. A realização acima da projeção ( guidance ) não representa um custo adicional e sim uma antecipação, uma vez que foi reduzido o gap entre a evolução física e financeira das plataformas em Búzios. Essa redução do descasamento era esperada ao longo de 2025, mas com uma atuação forte na gestão contratual, a solução foi antecipada totalmente para 2024. A companhia ganha na redução de riscos e no aumento do potencial de antecipações, reforçando o foco na execução no plano de investimentos e nas metas de produção.

Esses investimentos foram responsáveis por sustentar 250 mil empregos e representam 5% do investimento brasileiro no ano passado.

Dividendos e contribuição para a sociedade
A Petrobras realizou o pagamento de R$ 102,6 bilhões em dividendos em 2024. A decisão de pagamento de dividendos é definida com base no caixa da companhia e nos fluxos futuros, conforme estabelece a Política de Remuneração aos Acionistas da Companhia. Com Cafezinho.

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Política

Folha mente para defender privatização da Petrobrás, Caixa e BB em editorial de capa

Jornal da família Frias, que vem se alinhando a Bolsonaro e municiando novos atos golpistas, repete a ladainha neoliberal e mente descaradamente sobre a própria pesquisa Datafolha para pregar entrega do “trio de gigantes”

Escancarando seu alinhamento ao neofascismo ultraliberal, que no Brasil tem como representante Jair Bolsonaro e sua horda extremista, a Folha mentiu descaradamente sobre a própria pesquisa Datafolha para defender a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) em editorial publicado na capa da edição deste domingo (25) do jornal.

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Segundo a Forum, ao defender que o “trio de gigantes deve ser o próximo tabu a ser derrubado no bem-sucedido programa brasileiro de desestatização”, o jornal da família Frias diz que “o Datafolha mostrou, no ano passado, que as opiniões favoráveis a privatizações já realizadas ou em curso —da telefonia ao saneamento, de rodovias e aeroportos à energia— superam as contrárias”.

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Política

Nova presidente da Petrobras promete a Lula acelerar projetos estruturantes, como o Comperj, em Itaboraí

Presidente cobrava de Prates, demitido do comando da companhia, a retomada desses investimentos pois geram emprego e renda

A próxima presidente da Petrobras, Magda Chambriard, esteve com Luiz Inácio Lula da Silva nos últimos dias e prometeu acelerar projetos que o governo considera “estruturantes”, como a retomada da refinaria Abreu e Lima e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, além de investimentos em gás e fertilizantes.

O presidente quer ainda que a petroleira aposte na construção de navios em estaleiros nacionais, à semelhança do que foi feito em seus governos anteriores.

Desde que o presidente Lula assumiu, vem cobrando a retomada desses projetos, que considera geradores de emprego e de renda. Já há meses que Lula reclama nos bastidores, para ministros e auxiliares próximos, que Jean Paul Prates fazia “corpo mole” por ser excessivamente alinhado com o mercado financeiro.

Na reunião que teve com Lula no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, Prates negou demora na execução dos projetos e afirmou que eles têm um prazo de maturação. Prates foi pego de surpresa pela demissão e se considerou humilhado pela presença de seus principais desafetos no governo, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).

A decisão de Lula, porém, já estava tomada desde o conflito público envolvendo a distribuição de dividendos extraordinários da companhia. Prates defendia a liberação de metade dos R$ 43,9 bilhões que sobraram no caixa após o pagamento dos lucros e dos dividendos regulares. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendia o pagamento dos dividendos, já que uma parte deles iria para o caixa da União.

O conflito foi tornado público pelo próprio Prates, que se absteve na reunião de conselho em que Lula havia ordenado que todos os representantes do governo votassem pela retenção dos dividendos. A decisão da companhia provocou queda de R$ 55 bilhões em um único dia no valor das ações da Petrobras na bolsa.

De acordo com aliados do presidente, Lula nunca perdoou Prates por se abster. Só esperou para demiti-lo porque não queria fazê-lo sob pressão dos outros ministros, especialmente Costa e Silveira, e também por não ter escolhido ainda o substituto. “O presidente não gosta de agir sob pressão. Então esperou baixar a poeira e aí fez”, diz um auxiliar.

Magda Chambriard não era a primeira opção de Lula para o cargo. Antes de convidá-la, sondou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

Acabou optando por Magda ao ser convencido não só pelo próprio Rui Costa como também por Jaques Wagner (PT-BA), que já havia defendido a escolha dela para a Petrobras durante a transição de governos.

Exploração na Margem Equatorial
Em sua conta no Linkedin, rede social focada em assuntos profissionais, Magda já defendeu rapidez na exploração de petróleo na Margem Equatorial e a retomada dos investimentos em refino, que chama de “reindustrializantes”.

Elogiou, ainda, o trabalho de Mercadante, mais alinhado com a defesa da retomada de grandes obras pela Petrobras.

Em março passado, Prates concluiu a licitação para as obras em Abreu e Lima. As escolhidas foram subsidiárias da ex-Odebrecht e da Andrade Gutierrez.

Já a concorrência para o complexo petroquímico foi aberta no último dia 2 e ainda está na praça.

Magda chegará com a missão de acelerar todas essas obras e projetos. Se depender de Lula, quanto mais rápido ela colocar a Petrobras de volta à filosofia do passado, mais futuro terá na companhia.

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Política

Lula demite Jean Paul Prattes da presidência da Petrobras; Magda Chambriard assumirá o cargo

Prates de despediu nestas tarde de seus diretores e comunicou à equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras.

O presidente Lula comunicou ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, que ele não permanecerá no cargo.

Prates de despediu nestas tarde de seus diretores e comunicou à equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Roussef.

O CEO da Petrobras enfrentou nos últimos meses intensa fritura interna no governo, acumulando disputas com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira , e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

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Investigação

Investigação da PF indica que Moro abriu processo sigiloso para repasses da Petrobras à fundação de Dallagnol

O parecer de 77 páginas será apresentado no julgamento iniciado nesta terça-feira (16) no CNJ.

A Polícia Federal (PF) constatou que o ex-juiz Sergio Moro, atual senador pelo União Brasil, juntamente com Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol, teriam orquestrado um plano para desviar R$ 2,5 bilhões do Estado brasileiro, visando criar uma fundação com objetivos voltados para interesses privados. Os dados constam de relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Trechos do relatório foram revelados por Camila Bomfim, do g1.

De acordo com relatório da PF que apoia a investigação conduzida pelo ministro Luis Felipe Salomão, do CNJ, Moro teria aberto um processo sigiloso durante sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba, com o intuito de facilitar o repasse bilionário pago pela Petrobras em um acordo nos Estados Unidos para uma fundação que seria gerida pelos procuradores da Operação Lava Jato, liderados por Deltan Dallagnol, diz o g1.

Trechos do relatório destacam que “a instauração voluntária pelo então juiz Sergio Moro de um processo sigiloso foi feita especificamente para permitir o repasse não questionado de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência para a conta da Petrobras, alimentando a empresa com dinheiro dos acordos”.

O parecer de 77 páginas, que será apresentado no julgamento iniciado nesta terça-feira (16) no CNJ, acusa Moro, Gabriela Hardt e Deltan Dallagnol de se unirem para “promover o desvio” dos R$ 2,5 bilhões do Estado brasileiro, visando criar uma fundação com interesses privados. Segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, Salomão deve expor que “o desvio do dinheiro só não se consumou em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal”.

A investigação ressalta a gravidade das acusações, apontando para possíveis conluios entre autoridades judiciais e procuradores visando interesses particulares, em detrimento do interesse público.

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Economia

Petrobras descobre mais petróleo na Margem Equatorial

Descoberta ocorreu em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, a 2.196 metros do nível do mar e a cerca de 190 km de Fortaleza.

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (9) que descobriu mais uma acumulação de petróleo na Margem Equatorial. A descoberta ocorreu em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, a 2.196 metros do nível do mar. O poço Anhangá, onde se deu o achado, está localizado a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal. E está situado entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar neste ano. Ainda em janeiro a estatal concluiu a perfuração do poço Pitu Oeste, a 52 km da costa do Rio Grande do Norte, comprovando a presença de hidrocarbonetos. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

De acordo com a estatal, trata-se de mais um passo para buscar a reposição de reservas e no desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética. Além disso, em nota, destaca que não houve qualquer incidente, “reforçando o compromisso da companhia com o respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

Assim, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, comemorou, reafirmando a liderança da Petrobras na exploração em águas profundas. “A companhia possui um histórico de quase 3 mil poços perfurados em ambiente de águas profundas e ultraprofundas, sem qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente, o que, associado à capacidade técnica e experiência acumulada em quase 70 anos, habilitam a companhia a abrir novas fronteiras e lidar com total segurança suas operações na Margem Equatorial” afirmou.

Nova fronteira e transição energética
Nos últimos anos, a Guiana e no Suriname vem obtendo enorme sucesso. Em 2022, por exemplo, a Guiana teve a maior taxa de crescimento econômico mundial (62,3%). Os dados do ano passado ainda não estão consolidados. No entanto, a estimativa é que o PIB guianense tenha registrado avanço de 38%. A descoberta de petróleo na região da Margem Equatorial ocorreu em 2015, pela petrolífera estadunidense ExxonMobil. Desde então, 14 empresas estrangeiras atuam no país vizinho.

“Com o avanço da pesquisa exploratória da Margem Equatorial brasileira, aumentamos o conhecimento desta região, considerada como uma nova e promissora fronteira em águas ultraprofundas, que será fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país”, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes.

A estatal brasileira pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Na região, estão previstos 16 poços exploratórios.