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Operação da PF mira responsáveis por queimadas no Pantanal

Cinco fazendeiros cujas propriedades se encontram em áreas remotas da região são investigados.

A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, em Mato Grosso Sul na manhã desta segunda-feira. A operação, batizada de Matáá, tem o objetivo de identificar os responsáveis por promover as queimadas que consomem a região do Pantanal há mais de um mês.

As investigações da PF recaem sobre cinco fazendeiros cujas propriedades se encontram em áreas remotas do Pantanal. Não há mandados de prisão expedidos, porém, podem ocorrer prisões em flagrante nos locais onde estão sendo feitas as buscas.

A suspeita é de que as queimadas em torno dessas cinco fazendas possam ter sido organizadas da mesma forma que o chamado “Dia do Fogo”, no ano passado, no Pará, quando fazendeiros teria se articulado para atear fogo em áreas da floresta amazônica.

O chefe da delegacia da PF em Corumbá, Alan Nascimento, disse que os indícios são de que as queimadas realizadas nessas fazendas foram intencionais.

— Elas ficam em áreas inóspitas que, de outra forma, dificilmente pegariam fogo. Os indícios apontam que esse fogo pode ter sido intencional — afirmou o delegado.

Nascimento afirmou que a polícia pretende analisar o conteúdo de e-mails e mensagens de texto enviados pelos fazendeiros e seus funcionários para averiguar se houve algum tipo de orquestração entre os proprietários para dar início às queimadas na área.

O delegado disse que o volume das queimadas na região atrapalhou até a deflagração da operação. O planejamento previa que helicópteros fossem usados durante a ação, mas eles não puderam ser utilizados por conta da fumaça.

Na operação de hoje, a PF utilizou imagens de satélites e sobrevoou as áreas devastadas no interior do Pantanal para identificar os focos de fogo. Segundo a PF, a estimativa é a de que 25 mil hectares do bioma foram atingidos pelas chamas diretamente pelos investigados.

Os envolvidos podem responder por crimes de dano à floresta de preservação permanente e dano direto e indireto a unidades de conservação. Se forem condenados, as penas podem superar 15 anos de prisão.

A operação desta segunda-feira foi batizada de Matáá, que significa fogo no idioma guató, em referência aos índios pantaneiros Guatós que vivem nas proximidades das áreas atingidas.

Sem previsão de chuvas para a região, a perspectiva é de que as queimadas continuem a se alastrar. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 12% do Pantanal já foi consumido pelas chamas. Números do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) indicam que mais de 2,2 milhões de hectares do bioma já foram consumidos pelo fogo. As chamas também ameaçam as espécies animais, que tiveram seu habitat devastado.

 

*Jéssica Moura e Leandro Prazeres/O Globo

*Foto destaque: André Zumak

 

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Lava Jato faz Operação padrão Rede Globo de Televisão, Moro 2022

Como essa gente é previsível!

Às 5:40 hs da manhã, assim que começou a operação, a Globo estava filmando tudo na porta da PF no Rio de Janeiro.

O mesmo aconteceu quando fiscais e policiais federais chegaram no escritório de Cristiano Zanin, advogado de Lula, em São Paulo.

Na ponta da língua dos jornalistas da Globonews estavam decoradíssimos todos os porquês das operações, enquanto a Globo mantém uma tarja preta com os seguintes dizeres: operação da PF de busca e apreensão aos advogados de Lula e de Bolsonaro para, depois, vir com a piada da imparcialidade.

Isso acontece dois dias após Lula fazer um pronunciamento histórico que chamou a atenção da mídia internacional, através de uma matéria do The Guardian que enalteceu seu discurso, enquanto a Globo não deu um pio.

Sem falar que essa operação da Lava Jato ocorre no dia seguinte em que Dallagnol, cuja imagem se confunde com a de Moro de tão servil às picaretagens do juiz corrupto e ladrão, sofreu uma derrota por 9 a 1 do CNMP por sua exitosa influência na votação da presidência do senado.

Detalhe, o mais paspalho dos paspalhos comentaristas da Globonews, Valdo Cruz, teceu comentários que passam recibo de que a Globo está por trás da operação junto com Moro, dizendo que ninguém pode acusar a Lava Jato de fazer uma operação às pressas, pois, segundo ele, isso já estava programado há muito tempo.

Além do quê, Marcelo Bretas, o Moro carioca, representante da Lava Jato no Rio, foi quem faz agora o maior ataque à advocacia brasileira. O que se espera é que a comunidade jurídica reaja à altura contra essa tríade formada por Moro, irmãos Marinho e Bretas, numa clara manipulação do judiciário, do Ministério Público em favor da candidatura de Moro em 2022.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Matéria Política

Flávio Bolsonaro foge da acareação com Paulo Marinho

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que não poderá comparecer à acareação (confronto de versões) com o empresário Paulo Marinho no dia 21 de setembro por falta de disponibilidade na agenda. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela assessoria do senador.

A data foi sugerida pelo MPF (Ministério Público Federal), que pretende colocar os dois frente a frente para falar sobre as suspeitas de vazamento de informações da Operação Furna da Onça, realizada em novembro de 2018. Marinho diz que Flávio foi informado com antecedência sobre a operação, o que o senador nega.

Segundo a defesa do senador, o agendamento de uma data para a acareação será avaliado no caso de um convite formal ou intimação do MPF. A sugestão do dia 21 de setembro, por sua vez, não poderá ser atendida por falta de disponibilidade.

Em julho, Marinho já havia “provocado” Flávio e dito que estava à disposição do MPF para a acareação, bastando marcar hora, data e local. “Reafirmo tudo que relatei nos meus três depoimentos. Já o senador assumiu que esteve na minha casa na reunião do dia 13/12/18, mas não soube de nada. Francamente, senador!”, escreveu o empresário em uma rede social.

Entenda o caso

Paulo Marinho acusa o senador de ter tido acesso antecipado a uma ação da Polícia Federal contra seu ex-assessor parlamentar, Fabrício Queiroz. A denúncia de Marinho, feita em maio à Folha de S.Paulo, foi classificada por Flávio como uma “invenção de alguém desesperado e sem votos”.

Marinho, que é presidente do PSDB no Rio de Janeiro e suplente de Flávio no Senado, também é pré-candidato à prefeitura da capital fluminense.

O tucano já prestou três depoimentos, sendo dois à PF e um ao MPF. Flávio também falou ao MPF, e admitiu ter pedido e realizado uma reunião com Marinho em dezembro de 2018 — mas negou o vazamento de informações sobre a Operação Furna da Onça. Um trecho do depoimento do senador foi divulgado em 31 de julho pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo.

“É uma situação que vai acontecendo. A imprensa atirando pedra em mim, eu tinha que me defender, procurar um advogado. Foi essa a intenção (de se reunir com Marinho), porque o Marinho eu tinha a percepção de que era uma pessoa bem relacionada no mundo jurídico. Então fui consultá-lo pra ver se ele tinha uma pessoa para indicar”, disse Flávio.

Paulo Marinho foi um dos principais apoiadores da candidatura de Jair Bolsonaro à presidência em 2018, chegando a emprestar um imóvel para que o então deputado federal pudesse gravar programas eleitorais e conceder entrevistas.

 

*Com informações do Uol

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Matéria Política

Bolsonaro decide desobedecer ordem judicial do STF e se nega a entregar o dossiê dos antifascistas à Cármen Lúcia

O Ministério da Justiça e Segurança Pública negou, em manifestação enviada nesta quinta-feira (6/8) ao Supremo Tribunal Federal, que produza dossiês de opositores do governo.

O governo também negou o pedido de compartilhamento de informações de inteligências produzidos pela sua Secretária de Operações Integradas (Seopi).

“A atividade de Inteligência dedica-se a produzir conhecimentos para assessorar o processo decisório das autoridades públicas. Assim, é dever dizer que não há qualquer procedimento investigativo instaurado contra qualquer pessoa específica no âmbito da Seopi, muito menos com caráter penal ou policial. Noutras palavras, não compete à Seopi produzir ‘dossiê’ contra nenhum cidadão e nem mesmo instaurar procedimentos de cunho inquisitorial”, informou o Ministério da Justiça.

A manifestação enviada ao STF foi provocada por decisão da ministra Cármen Lúcia, que cobrou esclarecimentos sobre supostas investigações de servidores públicos antifascistas.

O assunto chegou ao Supremo graças a uma ADPF ajuizada pelo partido Rede Sustentabilidade.

Segundo a legenda, o Ministério da Justiça, pasta chefiada pelo ministro André Mendonça, promoveu, por meio do Seopi, perseguição política contra os 579 funcionários, confundindo “interesse nacional” com “interesse do Presidente da República”.

Pouco conhecida, a secretaria é uma das cinco subordinadas a Mendonça. Ela é dirigida por um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e uma Diretoria de Inteligência chefiada por um servidor com formação militar. Ambos foram nomeados em maio pelo ministro.

“O que se vê é um aparelhamento estatal em prol de perseguições políticas e ideológicas a partir de uma bússola cujo norte é o governante de plantão: quem dele discorda merece ser secretamente investigado e ter sua imagem exposta em dossiês ‘da vergonha’ perante suas instituições laborais”, afirma a peça.

Além da abertura de inquérito, a Rede solicita que a produção de informações de inteligência estatal sobre integrantes do movimento antifascista seja imediatamente suspensa.

Também pede que o dossiê seja enviado ao STF para análise; que o Ministério da Justiça preste informação sobre conteúdos produzido em 2019 e 2020 no âmbito do subsistema de inteligência de segurança pública; e que a pasta se abstenha de produzir e disseminar conteúdos que tenham como fim constranger cidadãos.

“Ao que parece, o Brasil, infelizmente, ainda não superou por completo o traço autoritário e ditatorial de limitações indevidas à ampla liberdade de expressão, sobretudo política. Esse pernicioso contexto de violação a direitos fundamentais mínimos atrai a jurisdição dessa egrégia corte constitucional”, prossegue o documento.

Dossiê

O dossiê secreto contra servidores antifascistas foi elaborado em 5 de junho deste ano, depois que foi divulgado o manifesto “Policiais antifascismo em defesa da democracia popular”, assinado por 503 servidores da área da segurança pública.

Além dos policiais, a ação teve como alvo três professores universitários. Um deles é Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário nacional de direitos humanos e relator da ONU sobre direitos humanos na Síria.

O Ministério da Justiça produziu o levantamento com nomes e, em alguns casos, utilizou fotografias e endereços de redes sociais das pessoas monitoradas.

Os documentos colhidos foram enviados a vários órgãos públicos, como Polícia Federal, Centro de Inteligência do Exército, Polícia Rodoviária Federal, Casa Civil e Agência Brasileira de Inteligência.

Nesta semana, Mendonça decidiu trocar a chefia da diretoria de inteligência da Seopi. O coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes foi tirado do comando do órgão.

 

*Do Conjur

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Mídia, tentando igualar Lula a Bolsonaro, reforça que Bolsonaro foi eleito por ela

Que a mídia está com um olho no peixe e, outro, no gato, em relação a Moro e Bolsonaro, disso não há dúvida.

O fim da Lava Jato e a saída de Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública não rompeu o pacto de sangue entre os barões da comunicação e o ex-juiz de Curitiba. Afinal, Moro cumpriu o prometido, entregou a cabeça de Lula na bandeja, cometendo todos os ilícitos possíveis para não permitir que o PT voltasse ao poder, principalmente tendo Lula novamente como presidente da República.

O projeto neoliberal dos tucanos, derrotado quatro vezes seguidas nas urnas, foi imposto por Temer no golpe contra Dilma e Bolsonaro não fez qualquer gesto que não fosse o de avisar que Paulo Guedes daria continuidade ao que foi reiniciado por Temer.

Assim, Moro que, certamente, já prometeu aos donos do dinheiro grosso que seguirá trilhando pelo mesmo caminho antipovo dos neoliberais nativos, é colocado nesse furdunço do lado oposto de Bolsonaro.

Na verdade, Moro no governo, foi um serviçal obediente a Bolsonaro e usou a PF, do primeiro ao último dia como ministro, com Valeixo com tudo para proteger o clã Bolsonaro. Daí a espinafrada merecida que Moro tomou do deputado do Psol, Glauber Braga que o chamou de juiz corrupto e ladrão e capanga da milícia, justamente por incorporar em seu jogo o controle da Polícia Federal e, a partir disso, como uma polícia pretoriana, usá-la para blindar o clã e seus comparsas, Queiroz, a família do miliciano, empregada no gabinete do Flávio, a prensa no porteiro para mudar a versão e o desinteresse em se aprofundar em qualquer coisa que desaguasse em evidência de crime que envolvesse a família Bolsonaro.

Isso dito, fica claro que a mídia segue mais do que nunca antipetista, tanto que faz um jogo rasteiro e até previsível, para não dizer infantil, querendo pinçar uma frase de Lula dentro de um contexto amplo, mas justamente o que incomoda a mídia, que é a crítica ao neoliberalismo, já que a mídia brasileira se transformou num panfleto dos bancos e tenta associar Bolsonaro a Lula, como se ela não tivesse se estrebuchado para colocar o genocida no poder, como se pudesse colocar uma focinheira no monstro e docilizá-lo.

O que se vê é a mídia passando recibo de principal responsável pela ascensão de Bolsonaro, levando-o à presidência da República e promovendo essa carnificina contra o povo e o ataque às instituições que, hoje, o baronato midiático tanto critica.

Como sempre, falta inspiração para essa mídia de banqueiros, sempre muito preocupada em agradar os patrocinadores, acaba por denegrir quem pensa e age de forma inversa ao sistema financeiro predador e escorrega na própria casca de banana que jogou no chão, mostrando que o gabinete do ódio tem a quem puxar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mensagens de Zambelli e Moro são vazadas: “Bolsonaro vai cair”, escreveu

Moro usou o episódio em que Valeixo manteve Lula na prisão, desobedecendo liminar de soltura do plantonista do TRF-2, para justificar apoio ao ex-diretor-geral da PF.

A Globo News divulgou com exclusividade nesta quinta (14) novas mensagens trocadas entre Carla Zambelli e Sergio Moro, e que fazem parte do inquérito que tramita em sigilo na Suprema Corte, para apurar se houve crimes de Jair Bolsonaro, por causa de “interferências políticas” na Polícia Federal, ou se o ex-juiz da Lava Jato deverá responder por calúnia.

Zambelli depôs à PF na quarta (14), ocasião em que negou que tenha procurado Moro por mensagens representando os interesses de Bolsonaro. Porém, as conversas reveladas pela Globo News demonstram o contrário.

Em 17 de abril. Zambelli escreveu a Moro questionando Maurício Valeixo no cargo de diretor-geral da PF. “Ministro, como usual, vou usar de 100% de sinceridade. O dr. Valeixo é o homem certo para dirigir a PF? Uma mudança seria muito bem-vinda. Os casos da Lava Jato no Congresso precisam andar. Por favor, faça algo urgente.”

Moro respondeu: “O Valeixo manteve a prisão do Lula diante da ordem ilegal de soltura do desembargador do Rio Grande do Sul. Se algo demora na Lava Jato no STF, não é pela PF, mas em relação a outras pessoas.”

Zambelli pediu a Moro para “conversar olho no olho” com o presidente e explicar isso a ele. “Ontem ele [Bolsonaro] me disse que você era desarmamentista. Acho que vocês tiveram algo recente, e ele não confia em Valeixo.” Moro rebateu: “Acho que ele deveria confiar em mim.”

Na véspera da saída de Moro do Ministério da Justiça, Zambelli perguntou se “Valeixo pediu demissão”, e disse: “O PR [Bolsonaro] propôs o seguinte: já que o Valeixo pediu para sair, deixa o cargo vago por alguns dias, vocês conversam com calma, se conhecem melhor – que está faltando desde o começo do mandato – e decidem juntos um nome. O que você acha? Pode me responder se Valeixo realmente pediu demissão?”

Minutos antes de Moro anunciar à imprensa que iria pedir demissão do cargo, no final de abril, Zambelli o procurou de novo: “Tô aqui no MJ [Ministério da Justiça, no seu andar, me dá cinco minutos, por favor, me deixa falar com você, estou com o Lucas. Deixa eu entrar só cinco minutos. O Planalto que pediu, mas estou vindo não como parlamentar, mas como sua admiradora. O Brasil precisa de você.”

“Se o PR anular o decreto de exoneração ok”, respondeu Moro. Zambelli prometeu “tentar falar” com Bolsonaro, mas ele não recuou da decisão.

Em outro trecho, ainda na véspera da demissão, Zambelli disparou: “O Brasil do senhor estar no MJ. Bolsonaro vai cair se o senhor sair.”

Moro não respondeu.

 

 

*Com informações do GGN

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Conflitos entre Depoimentos de Ramos e Heleno com versão de Bolsonaro sobre menção à PF

Segundo ministros, presidente falou na corporação ao pedir relatórios de inteligência.

Os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) à Polícia Federal conflitam com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que não citou o nome da corporação na reunião ministerial de 22 de abril.

Segundo os dois ministros militares, que prestaram depoimento nesta terça-feira (12), Bolsonaro mencionou o nome da PF ao cobrar relatórios de inteligência. Nesta terça, Bolsonaro declarou em entrevista: “Não existe no vídeo a palavra Polícia Federal, nem superintendência. Não existem essas palavras”.

De acordo com Ramos, na reunião de 22 de abril, Bolsonaro “se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin [Agência Brasileira de Inteligência], Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros”​.

Segundo ele, Bolsonaro ainda “acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios para obter melhores resultados de cada ministro”.

“Vocês precisam estar comigo”, disse Bolsonaro, de acordo com o depoimento do ministro Ramos, a que a Folha teve acesso.

A mesma versão de Ramos foi dada por Augusto Heleno. Em seu depoimento, o chefe do GSI disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou “de forma generalizada” todos os ministros da área de inteligência, “tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa.”

O vídeo da reunião foi exibido nesta terça-feira na Polícia Federal em Brasília. Sergio Moro acompanhou presencialmente ao lado de integrantes da PGR (Procuradoria-Geral da República), advogados do ex-ministro e integrantes do governo federal, além de policiais federais.

O vídeo do encontro, ainda sob sigilo, faz parte do inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre as acusações que Moro fez a Bolsonaro de interferência na Polícia Federal. O ex-juiz da Lava Jato deixou o Ministério da Justiça no dia 24 de abril acusando o presidente.​

Após apuração da PF, a PGR avalia se haverá acusação contra Bolsonaro. Caso isso ocorra, esse pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços.

Em caso de autorização, a denúncia vai ao STF —que, se aceitar a abertura de ação penal, leva ao afastamento automático do presidente por 180 dias, até uma solução sobre a condenação ou não do investigado.​

“A reunião ministerial sai muita coisa. Agora, não é para ser divulgado. A fita tinha que ser, inclusive, destruída após aproveitar imagens para divulgação, ser destruída. Não sei por que não foi. Eu poderia ter falado isso, mas jamais eu ia faltar com a verdade. Por isso resolvi entregar a fita. Se eu tivesse falado que foi destruída, iam fazer o quê? Nada. Não tinha o que falar”, disse Bolsonaro.

Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião ministerial, Bolsonaro vinculou na ocasião a mudança na Superintendência da PF do Rio de Janeiro a uma proteção de sua família.

Ramos disse que entendeu que o presidente falava de sua segurança pessoal ao citar a troca de ministro. Ele disse que a referência, neste caso, estaria sendo feita a Heleno, e não a Moro.

“Se ele não tivesse satisfeito com a sua segurança pessoal realizada no Rio de Janeiro, ele trocaria inicialmente o chefe de segurança e, não resolvendo, trocaria o ministro, e nesse momento olhou em direção ao ministro Heleno”, disse Ramos, afirmando ainda que Moro estava sentado “em lado oposto” ao chefe do GSI.

De acordo com os relatos à Folha, Bolsonaro usou, na reunião, o verbo “foder” ao falar do impacto de uma possível perseguição a seus familiares.

O presidente então disse que, antes disso, trocaria todos da “segurança” do Rio, o chefe da área e até o ministro —na época, o da Justiça era Sergio Moro, que deixou o governo dois dias depois daquela reunião ministerial. Na interpretação de quem assistiu ao vídeo, as palavras foram um recado a Moro.

Bolsonaro, segundo pessoas que tiveram acesso à gravação, disse que não poderia ser “surpreendido” porque, de acordo com ele, a PF não repassava informações.

Em depoimento, o titular da Secretaria de Governo confirmou que o ex-ministro da Justiça o procurou após estar com Bolsonaro às vésperas de sua saída do governo. Ele afirmou que chegou a tentar achar uma solução para o impasse sobre a mudança na diretoria-geral da PF e que nunca levou a contraproposta feira por Moro a Bolsonaro.

Ramos afirmou que a intenção do presidente na troca na PF foi “dar sangue novo” à corporação. O ministro disse ainda que, antes do depoimento desta terça, viu o vídeo da reunião do dia 22.

Após o depoimento, Ramos pediu para a PF alterar trechos de suas declarações. Num deles, ele inicialmente havia afirmado que “não” foi falado pelo presidente que se não pudesse trocar o diretor-geral, trocaria o ministro. O ministro, sob protesto da defesa de Moro, pediu para trocar a negativa pela expressão “não se recorda”.

 

 

*Renato Onofre/Folha

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Moro pediu para Bolsonaro aplicar a “lei do Gerson” para garantir pensão à sua família

Isso mesmo que você leu.

Moro pediu a Bolsonaro uma lei exclusiva baseada na lei do Gerson (gosto de levar vantagem em tudo, certo!), para garantir pensão às custas do contribuinte.

Como ele se acha especial, imortal, queria uma lei especial pra chamar de sua. Uma lei personalité, uma lei só para ele.

Isso para assumir a super pasta da Justiça e Segurança Pública.

Imagina se fosse pra assumir a do comando dos negócios do clã Bolsonaro em Rio das Pedras.

É que Moro, na Lava Jato, como vimos pelos vazamentos do Intercept acostumou-se a usar as leis, o MP e a PF a seu bel-prazer.

Vamos ver o que diz o Art. 317 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003).

Juristas dizem tratar-se de Corrupção Ativa.

Se fosse Lula, sabe o que Moro diria em pleno Jornal Nacional logo na chamada? Lula pediu vantagem, seja ela qual for, é corrupção, independente de ter recebido, mesmo que seja em forma de pensão.

Trocando em miúdos, Moro é o corrupto que ele procurou em Lula durante 5 anos e não encontrou.

Simples assim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro anuncia que vai partir para cima de Moro

Jair Bolsonaro anunciou que irá conceder coletiva de imprensa às 17h para “restabelecer a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro” , após o ex-juiz acusá-lo de interferir no comando geral da PF.

Jair Bolsonaro postou em suas redes nesta tarde que irá conceder coletiva de imprensa às 17h para “restabelecer a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro”.

Moro acusou Bolsonaro em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (14), quando anunciou seu pedido de demissão, que Bolsonaro interferiu no comando da Polícia Federal ao informar a demissão do diretor-geral Maurício Valeixo sem qualquer motivo aparente. Segundo Moro, Bolsonaro quer obter informações sigilosas de investigações que envolvam sua família.

Em sua fala, Moro também disse que não assinou a exoneração de Valeixo, mesmo seu nome tendo aparecido na publicação sobre a exoneração no Diário Oficial da União como ministro da Justiça. E ainda que não é verdadeira a versão de que Valeixo teria pedido para sair do cargo.

 

 

*Com informações do 247

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Após exoneração de Valeixo, Moro fará um pronunciamento às 11h e pode deixar governo

Moro pode deixar governo nesta sexta-feira e fará um pronunciamento às 11h no Ministério da Justiça.

Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).

Sergio Moro foi alertado por aliados no fim da noite passada de que a saída de Valeixo, escolhido por ele para comandar a PF, poderia ser oficializada no Diário Oficial desta madrugada, enquanto ainda negocia com o Palácio do Planalto sua permanência como ministro.

Moro fará um pronunciamento às 11h desta sexta-feira no Ministério da Justiça.

A exoneração foi publicada como “a pedido” de Valeixo no Diário Oficial, com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro.

Segundo a Folha apurou, porém, o ministro não assinou a medida formalmente nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.

O nome de Moro foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele.

A conferir

 

*Da redação