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Os últimos suspiros do bolsonarismo

É absolutamente impossível o bolsonarismo se manter como ele é.

A reação que a sociedade teve ao caso macabro do principal símbolo do bolsonarismo, Luciano Hang, que negou ter feito uso do kit covid em sua mãe, que faleceu em consequência da doença, e pediu para mudar o prontuário, fez um rombo definitivo não só na logomarca da Havan, como se vê a frase ao lado da logo, “Aqui vendemos até a mãe”, como também na imagem do caricato Veio da Havan.

Por isso o gado está mudo, apanhando feito boi fujão e, em silêncio, negando tais práticas nazistas que envolvem Bolsonaro e o dono da Prevent Senior, com a participação especial do garoto propaganda da macabra rede de clínicas, Luciano Hang, o Veio da Havan.

O escapulário do fascismo nativo, que fez até boneco de si e usou como marketing o apelido de Veio da Havan, não vê acordo possível diante da suposta fraude no óbito de sua mãe que é um dos inúmeros casos que ocorreram nessa rede hospitalar de um médico que não cabe dentro de sua própria ambição, em comum acordo com o Palácio do Planalto que, todos sabem, apoia falsificações de atestados de óbitos por covid, claro, por motivos óbvios.

Os zaps das tias estão mudos, nem os chacais mais lacaios de Bolsonaro, os do Pingo nos Is, conseguiram animar o pasto. O constrangimento é geral. Constrangimento este que já estava numa fervura alta quando Bolsonaro deu aquela arregada pelega para Alexandre de Moraes e, consequentemente, para o próprio STF.

Nem as mentiras que Bolsonaro contou na ONU, sobretudo do auxílio emergencial de R$ 4 mil, ajudaram a fazer o gado parar de mugir nas redes, sem falar que, diante do seu próprio inferno em que um juiz classifica Carlos Bolsonaro como chefe de organização criminosa de rachadinhas e peculato em que é apontado como o general cinco estrelas do gabinete do ódio pelo próprio Moraes, Bolsonaro pôs a barba de molho e guardou seus robôs na cristaleira, ao estilo não faz ondinha, porque essa fedentina toda chegou no próprio nariz.

Assim, esse gado nômade que migrou do tucanistão para o bolsonistão, está órfão, encolhido e sem direção. E tudo indica que vai desaparecer do pasto numa dispersão irreversível.

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É o dinheiro, estúpido!

Toda essa tragédia macabra porque passa o Brasil, com Bolsonaro, tem como base ética, os neoliberais que não cabem sequer dentro de suas ambições.

Essa gente perdeu qualquer pudor humano. Tudo é negócio, tudo é mercado, tudo é consumo. Isso se transformou numa seita fundamentalista.

Trata-se de uma coisa muito pior que a agiotagem clássica, pois é fruto dela.

A ideia do dinheiro fácil fascina, encanta essa gente. A busca por mais e mais riqueza, sem qualquer regulamentação, levou o Brasil a esse caos sem hora para acabar.

O tal livre mercado, como mostra o caso monstruoso da Prevent Senior de experimento com cobaias humanas, transformou-se num consentimento para matar em nome do lucro.

Mas isso está longe de se restringir à área da saúde. A justiça, como mostrou a ambição de Moro, Dallagnol e cia., da Lava Jato, tem inúmeros casos de desdobramentos que viraram uma indústria como, por exemplo, a da delação premiada, a de palestras bancadas pelas XPs da vida.

Em síntese, tudo isso é fruto dos golpes em Dilma e em Lula para que as raposas envolvidas nesse neoliberalismo maquiavélico fizessem a festa que agora vem à tona.

E assim segue o nosso país. Até quando?

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Prevent Senior cancelou contrato com Claudia Raia após vídeo #EleNão

Cancelamento do contrato aconteceu menos de 24 horas após a publicação de Claudia Raia nas redes. Veja vídeo que motivou o rompimento.

Foco de denúncias por suposto estudo paralelo para tratamento de Covid-19 com cloroquina, a Prevent Sênior cancelou patrocínio a atriz Claudia Raia após a atriz participar da campanha “Ele não” contra a eleição de Jair Bolsonaro ainda em 2018.

Segundo informações de Eduardo Moura, na edição desta quinta-feira (23) da Folha de S.Paulo, Claudia Raia havia obtido o patrocínio da Prevent Sênior para a casa de espetáculos o_Teatral no Complexo Aché Cultural, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

A casa foi inaugurada em agosto de 2018. No mês seguinte, Claudia Raia publicou um vídeo de cinco segundos nas redes sociais em que balança o dedo indicador de um lado para o outro e diz “ele não”.

“Após uma postagem pessoal e apartidária nas minhas redes sociais sobre as eleições de 2018, os contratos foram cancelados, tive que cancelar apresentações, trabalhos de curadoria que já estavam fechados. Tudo isso teve um impacto não só para mim como para vários profissionais que estavam envolvidos. E não houve nenhuma explicação sobre o motivo, nada foi dito”, disse a atriz em nota enviada à Folha.

Confira o que motivou o cancelamento do contrato:

*Com informações da Forum

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Prevent Senior: CPI vai ouvir Bruna Morato, advogada de médicos

Ouça o áudio em que Pedro Benedito Batista júnior, diretor-executivo da Prevent Senior faz ameaça a médico.

Bruna Morato, que ajudou a produzir dossiê com denúncia de irregularidades no tratamento de pacientes do plano de saúde, procurou integrantes da comissão e se dispôs a depor.

A advogada Bruna Morato, que ajudou a produzir o dossiê com denúncias de irregularidades no tratamento de pacientes de Covid pela Prevent Senior, vai ser ouvida na CPI da Covid. Segundo o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), ela deve depor na terça ou na quarta da semana que vem.

Ela procurou a CPI da Covid para dizer que ela, em nome dos profissionais que fizeram as denúncias, está disposta a comparecer à comissão para prestar depoimentos e relatar irregularidades.

O depoimento ocorre no contexto da investigação da CPI da Covid sobre se o plano de saúde ocultou mortes de pacientes em estudo realizado para testar hidroxicloroquina, associada à azitromicina, para o tratamento da Covid-19. Estudos já comprovaram que nenhum desses medicamentos é eficaz no tratamento desta doença.

A Comissão recebeu um dossiê com uma série de denúncias de irregularidades, elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent. O documento informa que a disseminação da cloroquina e outras medicações ineficazes contra a Covid-19 foi resultado de um acordo entre o governo Jair Bolsonaro e a Prevent.

Na quarta-feira (22), o diretor da empresa Pedro Benedito Batista Junior prestou depoimento à CPI. Ele negou que a empresa tenha ocultado mortes e disse que ex-funcionários fraudaram dados para prejudicar a Prevent, mas confirmou que a operadora orientou médicos a mudarem, após algumas semanas de internação, o código de diagnóstico (CID) nas fichas dos pacientes que deram entrada com Covid-19, retirando a identificação da doença.

“Após 14 dias do início dos sintomas (pacientes de enfermaria/apto) ou 21 dias (pacientes com passagem em UTI/Leito híbrido), o CID deve ser modificado para qualquer outro exceto o B34.2 (código da Covid-19) para que possamos identificar os pacientes que já não têm mais necessidade de isolamento. Início imediato”, informava mensagem encaminhada por um diretor.

Após seu depoimento, Batista Junior passou a integrar a lista de investigados pela CPI.

Ameaça a médico

Na sessão de quarta-feira, também foi exibido o áudio da denúncia de um dos médicos da Prevent Senior que teria denunciado as irregularidades na empresa. Ele registrou um boletim de ocorrência em que relata ter sofrido ameaças de Pedro Benedito.

O médico contou que, após ter conversado com a reportagem da TV Globo sobre a empresa, recebeu uma ligação do diretor. À polícia, o médico contou que Pedro disse que ele estaria “expondo sua filha e sua família”. O áudio da ligação foi divulgado durante a Comissão.

O profissional registrou a ocorrência no final de junho, no 5º DP da Aclimação, na Zona Sul da cidade.

Ouça o áudio:

*Com informações do G1

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Política

Diretor da Prevent confirma: empresa retirava Covid da ficha de internados e colocava outra doença no lugar

Relator, Renan Calheiros, anuncia que Pedro Benedito Batista Júnior passa à condição de investigado pela comissão.

O diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, reconheceu em depoimento nesta quarta-feira na CPI da Covid que a empresa alterava os prontuários dos pacientes com a doença. Após duas ou três semanas internados, era retirada a informação de que eles tinham Covid-19, e era inserida outra doença no lugar. Senadores da CPI que são médicos, como Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE), acusaram Pedro Benedito de ser desonesto, de mentir e de omitir mortes pela doença.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), passou então o executivo de testemunha à condição de investigado na comissão. E informou que vai enviar todas as informações colhidas na comissão sobre a Prevent para a procuradoria de São Paulo, para que a investigação seja aprofundada.

Na sessão, Renan apresentou uma mensagem da Prevent Senior sobre como os pacientes eram classificados ao serem internados. Se havia suspeita ou confirmação de contaminação do coronavírus, passava a constar a CID, que é a sigla para classificação internacional de doenças, da Covid-19. Mas, passado algum tempo dentro do hospital, a orientação era mudar a CID.

“Após 14 dias do início, pacientes de enfermaria, apartamento, ou 21 dias, pacientes com passagem em UTI, leito híbrido, o CID deve ser modificado para qualquer outro, exceto B34.2, para que possamos identificar os pacientes que já não têm mais necessidade de isolamento. Início imediato”, diz trecho de mensagem.

Pedro Benedito confirmou a informação:

Todos os pacientes com suspeita ou confirmado de covid, na necessidade de isolamento, quando entravam no hospital, recebiam o B34.2, que é o CID de covid. E, após 14 dias, ou 21 dias para quem estava em UTI, se esses pacientes já tinham passado dessa data, o CID podia ser modificado porque não representavam mais risco para a população do hospital — afirmou Pedro Benedito.

Mais tarde, em outro momento da sessão, Pedro Benedito disse que a alteração tinha como único propósito retirar o paciente do isolamento. Se ele viesse a morrer, a Covid-19 continuaria sendo considerada a causa da morte.

*Com informações de O Globo

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Médico que denunciou ‘kit Covid’ diz ter sido ameaçado por diretor da Prevent Senior

Relato foi entregue à CPI após surgimento de dossiê com omissão de mortes; empresa nega ‘qualquer ameaça a colegas’.

Um médico que denunciou a prática da Prevent Senior de prescrever remédios do chamado “kit Covid” para pacientes disse ter sido ameaçado e coagido pelo diretor-executivo da operadora de planos de saúde, Pedro Benedito Batista Júnior.

A CPI da Covid deverá ouvir Batista Júnior nesta quarta-feir. Ele será ouvido por senadores após o surgimento de denúncias de que hospitais do grupo são espécies de laboratório para indicação de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19.

Segundo um dossiê assinado por 15 médicos, profissionais eram coagidos a prescrever remédios como hidroxicloroquina sem consentimento de parentes dos pacientes e eram obrigados a trabalhar mesmo quando infectados com o coronavírus.

Além disso, o documento afirma que a Prevent teria omitido sete mortes durante um estudo clínico sobre a eficácia dos remédios.

Um dos médicos que realizou as denúncias gravou a conversa telefônica de uma ligação com Batista Júnior, após ter relatado irregularidades à imprensa, sob condição de anonimato.

A conversa telefônica se deu no dia 9 de abril deste ano, por volta das 8h. O denunciante afirma que a conversa se deu “em tom de intimidação”.

O áudio e os documentos sobre o caso foram obtidos pela Folha e também estão entre os arquivos sigilosos da CPI da Covid. O profissional ainda registrou as ameaças em um boletim de ocorrência na Polícia Civil de São Paulo contra Batista Júnior.

O registro também foi anexado a um processo que o médico responde no Cremesp (Conselho Regional de Medicina), a pedido da Prevent Senior, por “vazamento de prontuários”, em seus depoimentos.

Em uma nota breve, a assessoria de imprensa da Prevent Senior afirmou que “o dr. Pedro Batista Júnior nega qualquer ameaça a colegas”. À PGR (Procuradoria-Geral da República) a empresa disse ser vítima de armação e pediu investigação do caso.

O médico, cujo nome será mantido em sigilo, teria denunciado que profissionais de hospitais da Prevent Senior eram obrigados a prescrever medicamentos do “kit Covid”, sob pena de serem até mesmo demitidos.

Ele próprio também relatou que foi obrigado a trabalhar em um plantão, mesmo estando infectado pelo novo coronavírus.

*Com informações da Folha

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Cotidiano

Prevent Senior escondeu que morte de Anthony Wong, médico negacionista, foi por covid

Segundo a Revista Piauí, quando o pediatra e toxicologista Anthony Wong morreu, aos 73 anos, no dia 15 de janeiro de 2021, sua família divulgou, em nota, que ele havia sido hospitalizado com queda de pressão e mal-estar. Internado, recebeu o diagnóstico de úlcera gástrica e hemorragia digestiva. “Durante a internação, evoluiu com quadro de descompensação do padrão cardíaco e padrões de fibrilação atrial”, informa o texto. Em português, teve fortes alterações no ritmo cardíaco e depois sofreu uma parada cardiorrespiratória.

A nota omite, contudo, que Wong fora internado com sintomas de Covid-19 e que, ao final de quase dois meses no hospital, tornou-se uma das quase 600 mil vítimas da pandemia no Brasil. A piauí teve acesso ao conteúdo do prontuário médico de mais de 2.000 páginas, no qual se descreve todo o tratamento até sua morte. Teve acesso, também, ao atestado de óbito, onde não há qualquer menção à morte por Covid.

Wong era uma celebridade nas redes sociais bolsonaristas em razão do seu negacionismo. Em vídeos, ele desprezava a pandemia e a vacinação. Compunha um trio com a imunologista e oncologista Nise Yamaguchi e o virologista Paolo Zanotto. Como pediatra, Wong formou uma farta clientela desde os anos 1980 entre a elite paulistana. Quando surgiu a pandemia, ele começou a enviar vídeos aos pais de seus pacientes que, preocupados, pediam que o médico explicasse o que era a Covid-19 e seus efeitos.

Os conteúdos acabaram viralizando, e o médico decidiu criar contas no YouTube e no Instagram para publicar suas opiniões. Tinha milhares de seguidores. Quando morreu, seus familiares excluíram os canais e nunca aceitaram pedidos de entrevista.

No dia da internação, segundo consta do prontuário médico, Wong autorizou ser medicado com o “kit Covid” da Prevent Senior, composto de hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. O tratamento precoce durou quatro dias, e Wong passou a usar outros remédios, todos sem comprovação pela ciência. Recebeu heparina inalatória, cujo efeito em infecções virais é desconhecido, e metotrexato venoso, tradicionalmente prescrito no tratamento de doenças autoimunes e inflamatórias crônicas, como artrite, mas sem efeito comprovado contra a Covid. Juntamente com essa leva de tratamentos experimentais, Wong recebeu mais de vinte sessões de ozonioterapia retal, tratamento que até mesmo o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro desaconselha.

Em nota divulgada em agosto de 2020, a pasta informou: “O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus (Sars-CoV-2) é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos.” Seu uso, na verdade, só é autorizado para testes clínicos em instituições autorizadas. A Prevent Senior não é uma delas.

No nono dia de tratamento, Wong desenvolveu uma hemorragia digestiva que, segundo o prontuário, foi revertida em menos de 24 horas, depois de ele ter recebido transfusões de sangue. Durante o restante do período de intubação, ele deixou de ser medicado com o kit Covid — ficou apenas com a ozonioterapia e o metotrexato venoso. Wong também desenvolveu insuficiência renal e foi submetido a frequentes sessões de diálise, que filtram o sangue quando o rim já não consegue mais eliminar as toxinas do corpo. O médico foi ainda retirado da intubação e submetido a um procedimento, mais invasivo, de traqueostomia, que consiste na inserção de um tubo na traqueia para permitir a respiração.

Ao final de seus dias, o médico fora infectado por uma pneumonia bacteriana que não cedia à medicação aplicada. Era outra consequência da Covid, já que respiração mecânica oferece o risco de infecções bacterianas. A infecção se espalhou pelo corpo, resultando em um choque séptico, que provocou a falência dos órgãos e uma parada cardiorrespiratória.

O médico faleceu às 17h25 do dia 15 de janeiro. O atestado de óbito, no entanto, deveria informar que Wong teve Covid porque a infecção pelo vírus foi o que motivou todas as complicações subsequentes que o mataram. É essa a orientação das secretarias de Saúde dos estados, inclusive a de São Paulo. “A declaração de óbito deveria mostrar o código para Covid senão como causa básica da morte, ao menos como causa secundária”, afirma o epidemiologista Wanderson Oliveira, que elaborou os protocolos de manejo de corpos do Ministério da Saúde quando era secretário de Vigilância em Saúde, na gestão de Luiz Henrique Mandetta.

Mas o atestado de Wong não menciona Covid nem como causa básica nem secundária. Em vez disso, limita-se a informar as doenças que decorreram da Covid. No campo da causa mortis, diz o seguinte: choque séptico, pneumonia, hemorragia digestiva alta e diabetes mellitus. A única doença prévia de Wong, no momento em que foi internado, era uma diabetes leve, que ele vinha tratando com medicação adequada. As outras três intercorrências – o choque séptico, a pneumonia e a hemorragia digestiva – foram provocadas por complicações do tratamento da Covid.

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“gabinete paralelo” levava dados da Prevent Senior para o governo federal

Vídeo obtido pelo Metrópoles revela que o “kit Covid” distribuído pela empresa foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do grupo.

O protocolo usado pela operadora de saúde Prevent Senior para administrar medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 em pacientes teve acompanhamento do governo federal. É o que mostra vídeo obtido pelo Metrópoles. A gravação também revela que o “kit Covid” distribuído pela empresa foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do “gabinete paralelo”, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia. Na última quinta-feira (17/9), foi revelado um dossiê enviado à CPI da Covid-19 que acusa a rede de hospitais de ocultar o número de mortes em um estudo com hidroxicloroquina.

As imagens do vídeo mostram uma conversa entre o virologista Paolo Zanotto e Pedro Batista Jr, diretor-executivo da Prevent Senior. Zanotto é o cientista da USP que aparece em uma reunião, também revelada pelo Metrópoles, sugerindo a criação de um “Shadow Board” (gabinete das sombras) ao presidente Jair Bolsonaro e fazendo série de restrições a vacinas.

Confira:

As imagens do vídeo mostram uma conversa entre o virologista Paolo Zanotto e Pedro Batista Jr, diretor-executivo da Prevent Senior. Zanotto é o cientista da USP que aparece em uma reunião, também revelada pelo Metrópoles, sugerindo a criação de um “Shadow Board” (gabinete das sombras) ao presidente Jair Bolsonaro e fazendo série de restrições a vacinas.

*Com informações do Metrópoles

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‘Gabinete paralelo’ tinha ligação com Prevent Senior, diz documento

Dossiê em posse da CPI da Covid aponta que conselheiros informais de Bolsonaro atuaram em parceria com operadora acusada de ocultar mortes.

Além das denúncias sobre a ocultação de mortes ocorridas durante testes com pacientes, um documento subscrito por 15 médicos que afirmam ter trabalhado na operadora de saúde Prevent Senior sustenta que o chamado “gabinete paralelo” do Palácio do Planalto não só tinha conhecimento, como acompanhava de perto das práticas ilegais da empresa.

Assim foi batizado um grupo de especialistas que assessoravam informalmente o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia, muitas vezes contrariando orientações do Ministério da Saúde.

De acordo com o dossiê elaborado pelos médicos, que está em posse da CPI da Covid, a diretoria da operadora “fez um pacto com o gabinete paralelo” para livrar a Prevent de ataques. A empresa foi criticada publicamente pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta em março do ano passado, depois que foi registrado um grande número de mortes num hospital administrado pela Prevent em São Paulo.

Em nota, a operadora repudiou as denúncias e negou as afirmações contidas no dossiê apresentado por uma advogada que representa o grupo de médicos.

Ainda segundo o documento, revelado pela GloboNews e a que GLOBO também teve acesso, uma das principais integrantes do gabinete paralelo, a oncologista Nise Yamaguche, comparecia à sede da operadora para “alinhar os tratamentos precoces” e chegou a assessorar pacientes internados considerados “especiais pelo governo”. Nise chegou a ser cotada para assumir o Ministério da Saúde durante o atual governo.

A empresa voltou aos holofotes na quinta-feira, quando a Globonews revelou a ocultação de mortes de pacientes que participaram de um estudo realizado pela Prevent Senior para testar a eficácia da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento Covid-19.

A pesquisa chegou a ser divulgada por Jair Bolsonaro, que defende o uso dos remédios, que não têm eficiência cientificamente comprovada no combate ao coronavírus.

O dossiê entregue aos senadores mostra uma mensagem em um aplicativo de bate-papo (por onde todas as instruções eram repassadas aos médicos) na qual o diretor da Prevent Sênior Fernando Oikawa anunciou, em 25 de março de 2020, um protocolo e pediu para que os pacientes não fossem avisados.

“Iremos iniciar o protocolo de hidroxicloroquina + azitromicina. Por favor, não informar o paciente ou familiar sobre a medicação nem sobre o programa”, afirmou Oikawa em mensagem que consta do material analisado pelo GLOBO.

Investigação da ANS

Depois das denúncias virem à tona, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma investigação para apurar o caso. Na sexta-feira, realizou as primeiras diligências. Técnicos do órgão fizeram uma inspeção nas unidades da operadora. O objetivo é verificar se houve cerceamento de liberdade dos prestadores de serviços de saúde, entre eles médicos, da rede de atendimento durante a pandemia.

“A ANS aguarda retorno aos ofícios expedidos para prestadores que atuam na rede da Prevent Senior; e ressalta que solicitou formalmente à presidência da CPI da Covid informações que possam colaborar para as apurações por parte da reguladora”, informou a agência em nota à imprensa.

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Caio Coppolla, o garoto propaganda do experimento criminoso da Prevent Senior

Uma das mais eficientes máquinas de propaganda política que já se viu na história do Brasil é a de Bolsonaro.

A estratégia é simples, não limitar recursos públicos, ou seja, saídos do suor do povo, para a autopromoção. Para o bem ou para o mal, Bolsonaro não deve sair das manchetes. Este é o principal mandamento da bíblia de Steve Bannon.

A construção de declarações escandalosas para se manter na mídia, é intransferível, e Bolsonaro cumpre bem esse papel que, na verdade, é um talento inato que, durante seus 28 anos de mandato no legislativo, foi a sua principal arma para se promover, perpetuar-se mamando nas tetas do Estado sem que ninguém observasse na sua barulheira toda que, além de nesse tempo todo não ter um único projeto aprovado na Câmara dos Deputados, ele inicia e, depois, só amplia o maior esquema de peculato e formação de quadrilha da história do legislativo brasileiro.

Bolsonaro formou com os filhos um clã de sucesso, que hoje exibe, sem o menor constrangimento, mansões de super luxo no metro quadrado mais caro da capital brasileira.

Burro, Bolsonaro não é. Ninguém faz a fortuna que ele fez sem utilizar a forma mais concentrada de cinismo.

Quando assumiu o poder, com a ajuda da mídia e seu antipetismo crônico, Bolsonaro simplesmente fez da Secom seu principal QG, e a partir daí ocupou espaços estratégicos na CNN, Record, Jovem Pan, um número incontável de blogs, rádios, entre outros veículos de comunicação, não para fazer propaganda do governo, até porque não há o que propagar. Bolsonaro é tão coerente como presidente quanto foi como deputado.

Mas o que ele pretendia? Construir, através de figuras como Caio Coppolla, Alexandre Garcia, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Ernesto Lacombe e, dentre esses todos, Coppola se destaca porque Bolsonaro tem uma deficiência para penetrar na camada mais jovem da população. Então, ficou para Coppolla a fatia mais saborosa do bolo. E se ele não deu conta do recado na hora de atrair a juventude, como se pretendia, acabou sendo o garoto propaganda do governo Bolsonaro.

Não foi sem motivos que acabou parando na CNN, no programa O Grande Debate aonde fazia defesa apaixonada, cheia de falsas racionalidades, com argumentos toscos carregados de redondilhas e frases angulosas.

Na verdade, Ana Paula do Vôlei faz esse mesmo tipo na claque do Pingo nos Is. Só que nessa situação particular, Coppolla foi muito além e foi lembrado pela própria mediadora do programa, vídeo abaixo, o que ele já sabia e que já era pra lá de público, que foi o uso de seres humanos, mas sobretudo o principal grupo de risco da covid, pessoas da terceira idade, como cobaias pela rede de clínicas Prevent Senior para atender aos propósitos do próprio Bolsonaro.

Sim, porque a propaganda indireta de Coppolla, na verdade, era de Bolsonaro e suas teorias criminosas. Ou seja, o fato se torna extremamente grave para Coppolla porque ele sabia que esse experimento nazista era criminoso, sabia do número de vítimas fatais, como foi alertado pela mediadora Monalisa Perrone, lembrando a ele o número de mortos, 69 idosos numa única unidade da Prevent Senior em São Paulo.

Coppolla sabia que estava fazendo propaganda de uma rede de clínicas criminosa e de um receituário de cloriquina também criminoso para o público da CNN.

Como ele vai justificar esse crime, evocando a liberdade de expressão?

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