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Política

É o dinheiro, estúpido!

Toda essa tragédia macabra porque passa o Brasil, com Bolsonaro, tem como base ética, os neoliberais que não cabem sequer dentro de suas ambições.

Essa gente perdeu qualquer pudor humano. Tudo é negócio, tudo é mercado, tudo é consumo. Isso se transformou numa seita fundamentalista.

Trata-se de uma coisa muito pior que a agiotagem clássica, pois é fruto dela.

A ideia do dinheiro fácil fascina, encanta essa gente. A busca por mais e mais riqueza, sem qualquer regulamentação, levou o Brasil a esse caos sem hora para acabar.

O tal livre mercado, como mostra o caso monstruoso da Prevent Senior de experimento com cobaias humanas, transformou-se num consentimento para matar em nome do lucro.

Mas isso está longe de se restringir à área da saúde. A justiça, como mostrou a ambição de Moro, Dallagnol e cia., da Lava Jato, tem inúmeros casos de desdobramentos que viraram uma indústria como, por exemplo, a da delação premiada, a de palestras bancadas pelas XPs da vida.

Em síntese, tudo isso é fruto dos golpes em Dilma e em Lula para que as raposas envolvidas nesse neoliberalismo maquiavélico fizessem a festa que agora vem à tona.

E assim segue o nosso país. Até quando?

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Mourão diz que governo Bolsonaro vai extrair o melhor de Roberto Jefferson, Valdemar da Costa e Kassab

A pergunta a se fazer é, qual o limite do cinismo dessa gente?

Fica cada dia mais evidente que o ser humano não tem qualquer importância, o  mercado é o ponto central e, em nome dele, pode-se cometer qualquer desatino.

E é assim que Mourão justifica a democracia de mercado em que o Brasil vive, sem falar no papel patético de Braga Neto sendo humilhado publicamente diante do sermão dado por Paulo Guedes por ordem do mesmo mercado contra o tal programa Pró-Brasil, que teve uma reação absolutamente histérica do mercado contra o governo, fazer investimento em obras de infraestrutura para gerar emprego e aquecer a economia.

Guedes soltou rojão ao lado do parcimonioso Braga Neto. O Estado não vai casar um tostão com obras, o mercado é que vai alavancar a nossa economia, disse.

Assim, está pronto o discurso dos neoliberais e Guedes, o mais espetaculoso de todos, não economiza rojões na hora de soltar seus balões que pegam fogo logo na saída. Está aí o seu Pibinho de 1%, possivelmente subnotificado, porque na vida real, para os brasileiros, foi negativo. O mesmo PIB que Guedes bateu bumbo durante todo o ano prometendo 2,5% a 3,5%.

E quem cobra isso dele, a mídia de banco? A Globo era só entusiasmo com o discurso de Guedes e seu passa-moleque no general rastejante Braga Neto. Guedes ainda complementou que “alguns ministros querem aparecer”.

Assim é o general Mourão hoje explicando o recruta zero expulso das Forças Armadas, Jair Bolsonaro. Sua fala justifica porque Bolsonaro é um rato do sistema financeiro e ele, Mourão, um devoto da banca. Sem falar em suas ambições pessoas, que não são poucas.

Mourão sapecou sua explicação esfarrapada para o governo fechar com a escória da corrupção brasileira dentro do Congresso. Ele fala do centrão que tem como caciques, Roberto Jefferson, Kassab e Valdemar da Costa Neto: “vamos extrair o melhor do centrão e outras siglas que o governo conversará para o bem do Brasil”.

O despudor dessa gente não cabe na frase de que o inferno é o limite, pois aonde o governo Bolsonaro mergulha, o inferno está dois andares acima.

Mas quem, a essa altura do campeonato, se importa em manter qualquer coerência em um ambiente em que um presidente genocida, enxovalhado nos quatro cantos do planeta, está politicamente com o pé na cova na mira do STF?

Bolsonaro sabe que vai cair, por mais demente que pareça e psicopata que é,  tem dimensão do perigo que ele e os filhos correm de saírem de Brasília algemados.

Certamente, Bolsonaro vai se debater como qualquer animal que luta instintivamente num matadouro antes do abate.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Aonde foram parar os analistas econômicos de botequim diante dessa tragédia econômica?

Jamais podemos esquecer da violência da Globo em prol das reformas que dariam ao país todas as condições de zarpar para a modernidade diante do que testemunhamos com um baque violento da produção industrial e da fuga recorde de capitais, além do aumento assustador de brasileiros fazendo bicos.

Na verdade, é um processo de retroalimentação em que uma coisa leva à outra numa crise econômica sistêmica, aquela maçaroca perversa de papeis que prometia, através de gráficos chutados, um futuro brilhante para a economia brasileira a partir das reformas trabalhista e da Previdência, do encolhimento do papel do Estado na economia e da total irresponsabilidade com as questões sociais do país.

O resultado foi um aumento de lucros para os ricos do setor especulativo, chegando a 32% de lucro líquido e, percentualmente, o aumento em dobro de moradores de rua. Ou seja, um fenômeno que produz o outro.

Esse dinheiro que pagou o Brasil improdutivo a partir das piores mazelas do neoliberalismo, que sempre se mostram contraditórias, também produziram a sorte dos pobres, ampliando o fenômeno da escassez, aumentando a pobreza e a miséria estimuladas pela violência do rentismo.

Agora, ninguém dá as caras para explicar o que está acontecendo com o país. Ninguém se manifesta, por exemplo, na Globonews para explicar o fundo do poço em que o Brasil se encontra depois de berrar sem parar que a culpa da crise brasileira é dos trabalhadores e não dos especuladores, da banca, da agiotagem, da mais aguda imbecilidade humana que se chama ganância.

Desmontaram a economia nacional. O setor imobiliário, ao contrário do que foi divulgado, está na bacia das almas, tendo dez vezes mais oferta de imóveis do que procura para a compra. Isso dito por um proprietário de uma grande imobiliária que comparou esse momento de hecatombe no setor com o período do governo Dilma que ele classificou como “a era de ouro para o setor”. Inclui-se aí a queda de quase 2% na atividade industrial em relação ao mesmo período de 2018, do governo Temer, que já era um desastre, condenando o país a um marasmo sem hora para acabar.

E mais uma vez, os neoliberais, na base da lábia, do trololó, do lero-lero, quebram o país. Quebraram com Figueiredo, com Sarney, com Collor, com FHC, com Temer e, agora, com esse animal chamado Bolsonaro, que entregou as chaves do cofre do Estado para um agiota, vigarista chamado Paulo Guedes. Pior, o Brasil, que viveu seu apogeu econômico na era Lula e Dilma, foi vendido pela mídia como se eles fossem culpados pelo que viria a acontecer com o país.

Estamos diante de um governo de mentiras que, internacionalmente, está completamente desmoralizado. Por isso a maior fuga de dólares registrada em 38 anos. Por isso também os estrangeiros não querem investir no Brasil, pois, se colocar na ponta do lápis, ali na batata, a conclusão será de que, ao contrário do que foi maquiado, o PIB brasileiro de mais 1% foi, na realidade, negativo. Só não se sabe ainda de quanto foi o preço da lambança.

E se a coisa não está pior, é porque, com 13 anos de aumento real do salário mínimo nos governos Lula e Dilma, ainda tem uma gordura a ser queimada e um certo poder de compra dos trabalhadores, sem falar no quase 400 bilhões de dólares em reservas internacionais deixados pelo PT.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Chile: Vídeo mostra o momento em viatura da polícia prensa manifestante contra outra viatura

Infelizmente são imagens comuns em países comandados por neoliberais. O fato aconteceu nesta sexta-feira (20), na praça Itália, renomeada como Praça da Dignidade pelos manifestantes. Uma brutalidade.

A imagem é chocante e não deixa dúvidas de que Sebastián Piñera
perdeu o controle da polícia, não tem mais a mínima condição de seguir na presidência.

https://twitter.com/lucasrohan/status/1208166845909491712?s=20

Este outro vídeo mostra o socorro ao manifestante atropelado propositalmente.

https://twitter.com/lucasrohan/status/1208167449197240321?s=20

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Vídeo – Bolívia: Mãe indígena diz ao filho militar: como você pode fazer isso com seu povo?

Que cena! Assistam à conversa de gestos entre mãe e filho na encruzilhada boliviana. Ela, indígena a caminho da marcha; ele, militar fardado, a postos para a repressão. Nos próximos dias esse diálogo decidirá o futuro da democracia boliviana. Muitos filhos já desertaram. Oremos. (Saul Leblon)

Chorando, a mãe fala para o filho na língua deles: como você pode fazer isso com seu povo?

É a lei do império americano e as linhas internas de um sistema em que os senhores da terra são os grandes neoliberais do planeta, numa guerra insana contra os pobres, contra os índios que não conseguem encobrir suas próprias contradições.

Mediante a violência de um soldado escravo das ordens dos EUA, ele se depara, através de seu ofício, com sua própria mãe num momento de rebeldia contra a servidão, numa desobediência, a linguagem de guerra formalizada pelos brancos num país marcado por uma divisão racista aonde soldados de origem indígena matam seus próprios irmãos através de um poder fardado que não aceita desobediência ao grande capital.

Nesse caso, o opressor era filho da oprimida e escravo do sistema. A mãe encontra com o filho em linhas cruzadas, com uma frase final que serve como pena de morte para ele: como você pode fazer isso com seu povo?

Imagina o coração dessa mãe. Imagina a dor. Ao mesmo tempo, não dá para ignorar a sua altivez, a sua conduta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Esquerda quer telegramas diplomáticos e questiona Itamaraty na queda de Evo Morales

Deputados de oposição exigem que o Itamaraty explique se teve algum papel nos acontecimentos que levaram à queda do presidente da Bolívia, Evo Morales, no último fim de semana.

Num requerimento apresentado nesta terça-feira, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados quer que o chanceler Ernesto Araújo esclareça se manteve algum tipo de contato com a oposição boliviana e pede que todos os telegramas internos do Itamaraty envolvendo a análise da situação no país vizinho em 2019 sejam entregues.

“Solicitam-se cópias de todos os telegramas diplomáticos sobre as eleições na Bolívia e demais comunicações com referência à conjuntura política do país em 2019”, pediram deputados como Fernanda Melchionna, Luiza Erundina e Marcelo Freixo.

Caso não seja prestada a informação, os deputados alertam que o Itamaraty estaria cometendo crime de responsabilidade.

O documento, por exemplo, pergunta se o líder da oposição boliviana, Luis Fernando Camacho, se reuniu ou se comunicou com o ministro Ernesto Araújo direta ou indiretamente em 2019.

“Se sim, de que modo e por iniciativa de qual das partes? Solicitam-se cópias de toda a comunicação prévia e posterior a estes encontros e um descritivo completo com data, horário, meio ou local, e lista dos assuntos tratados em cada uma das ocasiões”, indicaram.

O texto lembra que, ao Globo, o Itamaraty afirmou que, em 2 de maio, houve uma reunião com a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) na qual ela estava acompanhada de Camacho e alguns parlamentares bolivianos.

“O golpe na Bolívia vem em meio a crescente disputas políticas na América Latina, das rebeliões populares contra governos conservadores e antipopulares, como no Chile, Equador e Haiti; à derrota nas urnas de projetos neoliberais, como o de Maurício Macri na Argentina ou Iván Duque na Colômbia”, apontam os membros do PSOL. “Nesse contexto, não surpreende que a extrema-direita brasileira e o governo Bolsonaro apoiem o golpe de Estado na Bolívia”, disseram.

“No entanto, algo mais alarmante do que o apoio discursivo ao golpe está sendo denunciado: áudios de articuladores da direita boliviana revelados pelo jornal El Periódico apontam para a participação “das igrejas evangélicas e do governo brasileiro” e de um suposto “homem de confiança de Jair Bolsonaro” no processo de articulação do golpe”, alertaram. Os deputados querem saber do Itamaraty se tais informações eram conhecidas da chancelaria.

“Brasil aceitará resultado das eleições?”

No questionário enviado ao Itamaraty, os deputados lembram que Araújo indicou nas redes sociais que Morales teve “a atitude correta de renunciar diante do clamor popular”. “Pergunta-se: o Ministro desconhece que essa renúncia se deu diante da ameaça do chefe das Forças Armadas daquele país que “sugeriu” a Morales que renunciasse? Ou a manifestação do Ministro tem o objetivo deliberado de encobrir esse fato?”, questionam.

O grupo também pressiona o presidente Jair Bolsonaro a explicar sua declaração nas redes sociais, de que “denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales”. “Pergunta-se: o presidente e este Ministério têm ciência de que estas denúncias já haviam levado o presidente boliviano anunciar a convocação de novas eleições e que mesmo depois disso o chefe das forças armadas “sugeriu” a renúncia de Morales? Ou a manifestação do presidente tem o objetivo deliberado de encobrir esse fato?”, questionam.

Os parlamentares também querem saber se o Itamaraty “considera aceitável que o chefe das Forças Armadas de um país faça pronunciamentos coagindo presidentes a renunciarem”.

O grupo ainda pergunta se o governo Bolsonaro defende a realização de novas eleições na Bolívia e querem saber qual será o comportamento se Morales for eleito. “O governo brasileiro aceitará o resultado das eleições?”, perguntam.

 

 

*Jamil Chade/Uol

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Não foi Bolsonaro que inventou os ultraliberais nativos, foram os ultraliberais que inventaram Bolsonaro

Como bem disse Bruno Moreno, “Atribuir à personalidade do Bolsonaro e não às medidas econômicas e sociais do seu governo a estagnação e recessão técnica da economia é a mais atual forma de dizer: a culpa nunca é do liberalismo”.

E é exatamente isso que Mirians e Sardembergs, moradores de uma ilha fluvial, onde nunca se encontram com a realidade vivida pelo povo, começam a martelar. No entanto, enquanto as primeiras vítimas dos neoliberais são os pobres, com a retranca do Estado mínimo, as molecagens dos neoliberais são aplaudidas pelas classes economicamente dominantes.

Essas mesmas classes, tomadas por pânico, começam a pilhar a carapuça sobre a cabeça de Bolsonaro como se sua loucura inviabilizasse uma colheita surpreendente para a economia brasileira.

Não, a realidade está a léguas disso. Se já perdemos os estribos econômicos,  e o Brasil se encontra à beira de um barranco, tendo que vender as reservas deixadas por Lula e Dilma para tentar segurar o dólar, a desonra não está com o monstro, mas com quem o criou. Mais que isso, com quem apoiou todas as suas medidas de arrocho contra o povo, os pobres, os trabalhadores, os aposentados e outros desvalidos traídos novamente pelos neoliberais alocados no PSDB, PMDB, Dem e na legião de diabos do Centrão.

Bolsonaro não é causa, é consequência da ganância inconsequente dos mesmos que, na construção do golpe contra Dilma para criar um “Estadinho”, impossibilitaram, com várias formas de sabotagem, lideradas por Aécio que perdeu a eleição, que Dilma governasse, já no primeiro dia do seu segundo mandato. Criaram poças econômicas, distribuíram rosários de capim para uma parte da população sedenta de ódio e vingança e frutas envenenadas vindas das velhas árvores da oligarquia, via Globo e congêneres, para inviabilizar a democracia e colocar, através do Temer, a pinguela neoliberal de FHC de volta ao centro do poder.

Em última análise, é isso, Bolsonaro é apenas a continuidade daquele Brasil quebrado de FHC, até hoje festejado pelo colunismo econômico de frete que diz o que quer o mercado, núcleo central do rodamoínho financeiro.

Agora que começam a aparecer os roletes de fumo e o cheirinho de enxofre invade as sendas de cada empresário, seja no campo ou na cidade, os neoliberais, que cozinharam o galo duro em fogo brando, querem furar as mãos do Messias que eles inventaram para manipular, como manipulam, via Paulo Guedes.

Enquanto isso o país vai entrando com os dois pés no barro e se joga a culpa no idiota fascista, assim como crucificam Macri e não a cartilha neoliberal porque ele reza.

O efeito orloff, aquele velho fenômeno mecânico que ocorreu na era FHC, quando printou a política econômica do Ministro Cavalo do governo Menen, que tinha quebrado a Argentina e também quebrou o Brasil, está de volta. Não há como separar aquele elefante dourado do bezerro de ouro de Paulo Guedes, como não há como separar o resultado da mesma política que importamos de Macri.

Não há saída à francesa para os elegantes boquirrotos do neoliberalismo. A conta chegou, o Brasil parou, a indústria estagnou, o comércio derrapou e a realidade trombou de frente com o Estado diminuto circense que o engenhoso Paulo Guedes quis reinventar.

A carroça do posto Ipiranga de Bolsonaro chegou na frente do burro louco, com a cartilha tucana debaixo do braço e, agora, não tem como se livrar dela, nem de Bolsonaro e, muito menos dos assombrosos efeitos dessa tragédia econômica.

 

Por Carlos Henrique Machado Freitas