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Vídeo: Professor da Unicamp ameaçou estudantes com faca e é detido

Segundo o DCE (Diretório Central dos Estudantes), os alunos entraram na sala do professor para comunicar a decisão de paralisação, quando ele sacou uma faca e os ameaçou.

Em um vídeo, gravado por outros estudantes, é possível ver o momento em que o professor parte para cima de um dos alunos com a faca na mão. O jovem entra em confronto com o docente para desarmá-lo e só então dois seguranças da universidade aparecem para conter o professor.

Segundo o DCE, o docente trabalha no IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica). O nome dele não foi divulgado.

O professor e os dois alunos atacados foram levados para o 1º Distrito Policial de Campinas.

Em nota, a reitoria da Unicamp disse repudiar os “atos de violência” dentro do campus na manhã desta terça e informou que, além do inquérito policial já instaurado, a conduta do docente também será “averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis”, segundo a Folha.

“A reitoria vem alertando que a proliferação de atos de violência com justificativa ou motivação política não é salutar para a convivência entre diferentes. É preciso, nesse momento, calma e serenidade para que os conflitos sejam tratados de forma adequada e os problemas, dirimidos”, diz a nota.

Em nota, o DCE disse que a situação é inaceitável, mas que os estudantes não serão “impedidos de se manifestar de maneira democrática e pacífica”. O diretório também pede a exoneração imediata do docente.

“Após o agressor ser imobilizado, a segurança retirou a faca do agressor, que tinha uma lâmina de aproximadamente 20 centímetros. Ressaltamos que uma faca desse porte, ou qualquer outro objeto cortante, não faz e nem deve ser objeto didático, por tanto, o professor portava a faca com intenções de utilizá-la em combate para ferir estudantes.”

Estudantes de ao menos 23 cursos da Unicamp aprovaram a paralisação desta terça, em apoio aos protestos contra a privatização de órgão estaduais e contra a precarização das universidades estaduais paulistas.

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Cotidiano

Pais pedem expulsão de professor de Joinville ironizou ataque a creche de Blumenau e disse que “mataria uns 15, 20”

Alunos e pais denunciam que o mesmo profissional “faz frequentemente comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio.

Pais e alunos da escola estadual Georg Keller, em Joinville, pedem a expulsão de um professor que teria feito comentários agressivos sobre o ataque a creche em Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças. A informação é do portal Nsc Total.

Um vídeo gravado pelos alunos mostra o professor dizendo que “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. A Secretaria de Estado de Educação informou que está tomando medidas apropriadas e investigando o caso.

Segundo dois alunos e a mãe de um estudante consultados pela reportagem do AN/NSC Total, “o professor faz frequentemente comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio”. Uma aluna do primeiro ano do ensino médio contou que a turma discutiu a tragédia de Blumenau e o professor disse que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”. Os estudantes afirmam que o professor também desrespeita as mulheres e usa termos ofensivos na sala de aula.

A garota também relatou que o professor sugeriu que uma estudante se suicidasse para “poupar oxigênio no mundo”. Outro aluno afirmou que o professor ri após fazer comentários violentos e pratica xenofobia com alunos venezuelanos e intolerância religiosa com outros alunos. Os estudantes estão desanimados e descontentes com as aulas do professor, considerando que o que ele ensina é errado.

A Secretaria de Estado de Educação garante que está investigando o caso e tomando medidas apropriadas para resolver a situação. Os pais e alunos esperam que o professor seja punido pelas suas ações e que a escola tome medidas para garantir a segurança e a qualidade do ensino.

Confira o posicionamento da secretaria

“A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da coordenadoria regional de Joinville, informa que está ciente da situação envolvendo um professor na EEB Dr. Georgi Keller e está tomando todas as medidas cabíveis.

Neste primeiro momento, será realizada a escuta junto a direção da escola para verificação dos fatos para dar andamento ao processo.

A SED salienta que, visando o fortalecimento socioemocional, o currículo catarinense trabalha com competências e habilidades que ampliam o respeito e a empatia na sociedade. As coordenadorias regionais também contam com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, que compõem o Núcleo de Prevenção às Violências Escolares (NEPRE), para dar suporte às escolas e estudantes.”

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Política

Bolsonaro quer acabar com aumento real de piso salarial de professor

O governo Jair Bolsonaro quer vincular o reajuste do piso salarial dos professores da educação básica à inflação, o que elimina o ganho real garantido pela lei atual. A proposta do governo é alterar a Lei do Piso na regulamentação do Fundeb.

A lei, de 2008, vincula reajuste anual à variação do valor por aluno do Fundeb, o que reflete em aumentos acima da inflação, mas pressiona as contas de estados e municípios. O governo quer que a atualização seja só pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Caso a regra já valesse, o reajuste em 2019 seria de 4,6%. O último aumento pela Lei foi de 12,84%, quando o piso chegou a R$ 2.886,24.

No Dia do Professor (15), o governo fez propaganda nas redes sociais com este índice como se fosse realização da gestão, apesar de ser lei. “Maior reajuste salarial para professores da educação básica desde 2012”, diz mensagem da Secretaria de Comunicação.

A proposta de Bolsonaro consta em posicionamento do governo, obtido pela Folha, sobre o projeto de regulamentação do Fundeb da Câmara. O fundo direciona à educação básica recursos de uma cesta de impostos acrescidos de complementação da União.

O governo quer que o Congresso vote a regulamentação do Fundeb neste mês para ter tempo de operacionalizar as novas regras. O executivo, entretanto, já trabalha em uma MP (medida provisória) caso o tema não avance até novembro, o que pode corroborar seus entendimentos.

“É uma preocupação do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação]/MEC de forma a viabilizar a operacionalização da distribuição dos recursos do Fundeb”, diz o Ministério da Economia.

Principal mecanismo de financiamento da educação básica, o Fundeb foi ampliado neste ano pelo Congresso. A complementação da União vai saltar dos atuais 10% para 23% até 2026, de modo escalonado —em 2021, passa a 12,5%.

O governo sugere a inclusão de artigo no projeto de regulamentação. “Maior complementação da União e a nova distribuição de recursos elevarão significativamente o valor anual por aluno mínimo recebido, o que impactará o piso em cerca de 15,4% ao ano nos próximos seis anos”, diz justificativa.

O mesmo documento prevê que escolas privadas sem fins lucrativos recebam verbas do Fundeb em toda educação básica (hoje isso é limitado onde há falta de vagas, como na educação infantil e no campo). O governo propõe limite de 15% das matrículas para “vencer a resistência”.

“Como se tratam de etapas com demanda praticamente 100% atendida, e visando vencer a resistência a essa ampliação da destinação para a rede privada, sugere-se restringir a autorização a margens, o que evitaria uma migração das vagas da rede pública para a privada”, diz a justificativa do governo.

A proposta vai ao encontro da pressão de entidades religiosas e filantrópicas e conta com apoio de Bolsonaro e do ministro da Educação, Milton Ribeiro. Também tem forte aderência entre parlamentares.

Questionado, os ministérios da Educação e da Casa Civil não responderam.

A pasta da Economia afirmou, em nota, que o governo “considerou prudente” a proposta em razão da sustentabilidade fiscal e, diz, recebe constantes pedidos de alterações na Lei do Piso. Segundo o ministério, haverá impacto para todas as redes, “quer elas recebam ou não recursos novos”, já em 2022.

A atualização na lei era prevista por parlamentares já na tramitação do Fundeb. Mas há discussões para se chegar a formato que mantenha ganhos reais.

 

*Com informações do Jornal De Brasília

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