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Glenn Greenwald: “Moro é corrupto e está fraco, ‘tem este tamanhinho’

O jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo vazamento das mensagens abalaram a credibilidade da Operação Lava Jato, chamou hoje o ministro da Justiça, Sergio Moro, de corrupto. Ele acrescentou que o ex-juiz federal tem sofrido sucessivas derrotas na tentativa de aprovação de seu pacote anticrime.

“Tem este tamanhinho”, afirmou fazendo sinal com o indicador e o polegar.

As declarações foram dadas durante palestra na 41ª Semana de Jornalismo da PUC-SP. O jornalista acusou Sergio Moro de parcialidade, porque seria um juiz que fingiu ser neutro, mas estava condenando e conspirando em segredo com procuradores.

Ele afirmou que Moro montou um processo corrupto. “Como advogado sei disso muito bem. Quando tem um juiz corrupto na primeira instância o processo é compromisso de todas as formas porque este juiz corrupto está decidindo quais evidências vão ser incluídas, quais testemunhas vão ser ouvidas. Então, o processo total e corrupto. O STF está concluindo isto agora.”.

As mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil mostraram o agora ministro da Justiça orientando a montagem de uma das denúncias do Ministério Público Federal. A participação dele na definição das fases da operação também foi revelada pelo veículo.

Glenn ainda reclamou do Ministério Público. Relatou que procuradores acessaram dados da Receita Federal e Coaf. O jornalista não citou, mas logo depois do início dos vazamentos, os dados bancários do marido dele foram publicados pela imprensa.

O jornalista também falou que está sendo seguido por agentes federais. Mencionou a Abin e a Polícia Federal. Ele chegou a dizer “boa noite” em tom de brincadeira, sugerindo que algum deles poderiam estar na plateia do Tuca, teatro da PUC-SP onde o evento foi realizado.

Glenn ainda falou sobre o futuro do jornalismo. Ele acredita que vazamentos serão cada vez mais fontes de grandes furos. Explicou que tudo está guardado em meios digitais e mais vulnerável. O jornalista ressaltou que quando estava montando o The Intercept não procurou editores e jornalistas consagrados, mas especialistas em tecnologia da informação.

 

 

*Com informações do Uol

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Perícia indica autenticidade de áudio de Dallagnol vazado pelo The Intercept

Perícia contratada pela Folha mostra uma série de elementos de autenticidade na gravação de áudio atribuída ao procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, e divulgada pelo The Intercept Brasil no último dia 9.

No arquivo de som disponibilizado pelo Intercept, Deltan diz que a proibição de entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Folha, no ano passado, era “uma notícia boa”.

Segundo o parecer técnico elaborado pela empresa especializada em perícias IBP (Instituto Brasileiro de Peritos), não foram encontrados vestígios de descontinuidades ou eventos acústicos que indiquem a existência de cortes, inserções ou modificações no áudio.

Com base em métodos de fonoaudiologia forense, a perícia indica semelhança entre a voz que consta no registro divulgado pelo Intercept e uma amostra de voz obtida a partir de uma entrevista com Deltan publicada também no Youtube, assim como a gravação desse áudio.

Uma das etapas do trabalho técnico foi a busca por elementos que pudessem excluir a hipótese de que a voz e a fala presentes nos áudios fossem da mesma pessoa.

Em outra fase, os peritos analisaram diferentes parâmetros técnicos e verificaram que as amostras são compatíveis.

O parecer foi assinado por Giuliano Giova, doutor em Sistemas Eletrônicos pela Escola Politécnica da USP, Gustavo Batistuzzo, engenheiro pela Escola Politécnica da USP, Priscila Haydée de Souza, fonoaudióloga pela UNESP e mestre em Fonoaudiologia pela PUC/SP, Aline Cristina Pacheco Castilho, fonoaudióloga pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e doutora em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, e Jefferson Jesus Hengles Ameida, engenheiro e mestre pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A amostra para a comparação das vozes foi um arquivo de vídeo que contém uma entrevista de Deltan para o jornalista argentino Hugo Alconada Mon sobre a Operação Lava Jato.

Os arquivos foram examinados com base em fundamentos da fonoaudiologia (com análises perceptivo-auditiva, acústica e perceptivo-visual), da tecnologia da informação e da engenharia.

O trabalho técnico aponta que não há vestígios de edição no áudio disponibilizado pelo Intercept.

“Não há indícios de descontinuidades na expressividade da voz, ou seja, as falas do interlocutor observadas durante a análise do arquivo apresentaram coerência na evolução do ritmo, intensidade e entonação, não apresentando variações de velocidade, pitch, loudness ou súbitas interrupções e transições rápidas, que alterassem a coerência e a linearidade do discurso”, segundo a perícia.

 

 

*Com informações do Falando Verdades