Ideólogo de Trump, Steve Bannon é entrevistado; expectativa é de revelações sobre tramas que elegeram Bolsonaro.
Segundo o Brasil de Fato, espectadores estadunidenses e britânicos vão poder assistir nas próximas semanas um documentário em três partes sobre a chegada ao poder de Jair Bolsonaro e seus filhos, além de sua gestão, que mudou a percepção do Brasil aos olhos do mundo.
As três horas de The Boys From Brazil: Rise of the Bolsonaros (Os Meninos do Brasil: Ascensão dos Bolsonaros, em tradução livre) começam a ser transmitidas nesta quarta pela TV pública dos EUA, a PBS (Public Broadcasting Service). No Reino Unido, a série vai ao ar a partir da próxima segunda (5/9) pela BBC2 – responsável pelo documentário.
Os produtores entrevistaram membros do clã, como o senador Flávio Bolsonaro (que dá sua versão para a “facada” durante a corrida de 2018, determinante para o desfecho do pleito), o ex-ministro bolsonarista da Saúde e agora opositor Luiz Mandetta (sobre a condução da pandemia), o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, radicado no Brasil desde 2005 e seu marido, o deputado federal e ativista LGBTQIA+ David Miranda (PDT).
A expectativa é que o programa traga revelações sobre o processo de manipulação da mídia e opinião pública que catapultou então candidato nanico ao Palácio do Planalto. Para isso, os produtores entrevistaram Steve Bannon, o estrategista do ex-presidente dos EUA Donald Trump, responsável por ajudar na consolidação de governos de extrema-direita pelo mundo. Bannon se envolveu ativamente na campanha presidencial de Bolsonaro.
Além da chegada ao poder, o documentário foca na desastrosa condução da pandemia e os alarmantes índices de destruição do meio-ambiente – um dos temas relacionados ao Brasil mais caros para as audiências estrangeiras. Não há previsão para que The Boys From Brazil: Rise of Bolsonaros seja transmitido em território nacional.
Faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais, a data de exibição pode ter impacto eleitoral. Em 2018, Bolsonaro venceu com folga entre os eleitores brasileiros radicados nos EUA e no Reino Unido.
Esse “The Boys From Brazil: Rise of the Bolsonaros” parece, antes de tudo, um ótimo sinal. Estreia em 31/08 na PBS (a TV pública dos EUA) e em 05/09 na BBC2. Parece que EUA e Reino Unido querem mostrar para a opinião pública local que não vão aceitar golpe do Bolsonaro aqui pic.twitter.com/o0tNpTXsz0
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Aliado de primeira hora dos EUA e um dos principais membros da Otan, Londres bate bumbo para denunciar invasão russa, mas não permite entrada dos refugiados. França está furiosa e diz que britânicos liberaram 50 vistos.
O governo do Reino Unido, liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson, é um dos mais ferozes a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, a propor sanções contra Moscou e a estimular os ucranianos a resistirem aos mísseis disparados por caças supersônicos da poderosa força aérea a serviço do Kremlin, mas ao que tudo indica, o gabinete instalado na Downing 10 não está disposto realmente a ajudar no que for preciso, limitando-se à conversa fiada do campo da retórica.
Milhares de refugiados ucranianos que chegam à Europa ocidental, sobretudo à França, deveriam ter como destino o Reino Unido, já que os países daquele continente, membros ou não da União Europeia, concordaram em dividir o ônus provocado pelo êxodo. Só que o governo de Paris denuncia que Londres está vetando o ingresso dos ucranianos que fogem desesperados da guerra, colocando propositalmente o consulado britânico em Calais numa situação de caos que não libera vistos para ninguém.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, denunciou nesta segunda-feira (7) que a ilha da rainha concedeu apenas 50 vistos de entrada para refugiados desde que a guerra começou, há 12 dias, barrando todos os outros ucranianos ainda em território francês, com um discurso cínico de que está fazendo o possível para resolver o problema e alegando que o consulado de Calais está sobrecarregado.
Darmanin encaminhou uma carta ao Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, à qual a agência France Presse teve acesso, e num tom furioso disse que o funcionamento do consulado britânico em Calais “é completamente inadequado”, que Londres se comporta de forma “desumana” frente à crise e que está colocando “segurança dos refugiados em risco”.
O ministro do Interior do Reino Unido, Priti Patel, não gostou muito das palavras de seu homólogo encaminhadas à chancelaria do governo de Sua Majestade, e respondeu que “o governo britânico não está devolvendo ninguém” e que está “fazendo todo o possível” diante das 5.535 solicitações on-line recebidas, 2.368 consultas para agendamento de visto e 11.750 pedidos de regularização que não foram finalizados pela internet.
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Entidade confirmou a existência de estudos certificando que a variante do coronavírus descoberta no Reino Unido tem maior capacidade de manifestar sintomas entre pessoas menores de 30 anos.
A pandemia do coronavírus pode se tornar muito mais preocupante para jovens e crianças a partir da descoberta da nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 encontrada no Reino Unido.
Em uma entrevista para o canal Sky News, o epidemiologista David Nabarro afirmou a nova cepa do coronavírus, batizada como VUI-202012/01, pode afetar muito mais pessoas com idades inferiores a 30 anos, incluindo adolescentes e crianças.
Nabarro é um dos seis especialistas enviados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) ao Reino Unido para estudar a nova cepa do coronavírus e suas características. Ele estaria realizando análises junto com a equipe da Universidade de Leeds, comandada pelo professor Mark Harris.
“Há a preocupação muito grandes pelo fato de que esta segunda onda da pandemia no Reino Unido registrou muitos novos casos de covid-19 em escolas e universidades”, comentou Nabarro.
O epidemiologista britânico também afirmou que “esta nova mutação do vírus se realmente está se replicando e se desenvolvendo melhor em crianças e adolescentes, que eram assintomáticos na maioria dos casos da cepa original do SARS-CoV-2”.
O especialista também disse que ainda não há dados capazes de dizer que ela seria mais mortal, apenas que provoca mais casos de covid-19 (ou seja, casos com sintomas) entre pacientes mais jovens.
A nova cepa do coronavírus também é considerada 70% mais contagiosa do que a original, ou seja, se transmite muito mais rapidamente. Razão pela qual esta segunda onda da doença no país tem gerado um número muito mais de novos contágios e de óbitos no Reino Unido, em comparação ao registrado no primeiro semestre de 2020.
Cientistas em Londres estudam a possibilidade de que a nova variante do vírus responsável pela covid-19 possa infectar mais facilmente as crianças. O cenário foi lançado como uma possibilidade por um dos membros do grupo encarregado de aconselhar o governo britânico sobre a pandemia, conhecido como NervTag. Para que se estabeleça uma relação direta entre a variante e as infecções entre crianças, porém, os cientistas do grupo insistem que novos estudos precisam ser realizados.
O surgimento da nova variante foi comunicado à OMS no dia 14 de dezembro. Mas só nesta semana os estudos indicaram que sua taxa de transmissão poderia ser 70% superior ao coronavírus que se conhecia até então. O descobrimento levou o primeiro-ministro Boris Johnson a cancelar o Natal para milhões de pessoas, colocadas sobre restrição. Mais de 40 pessoas fecharam acesso e voos para o Reino Unido.
De acordo com os cientistas, estudos estão sendo feitos para entender o que a mutação pode significar. Mas, para Neil Ferguson, os dados hoje sugerem que o vírus “tem uma propensão maior para infectar crianças”. Mas ele mesmo foi claro em indicar que não estabeleceram “nenhum tipo de causalidade sobre isso”. “Mas podemos ver isso nos dados”, insistiu o professor da Imperial College de Londres.
“O que vimos ao longo de um período de cinco ou seis semanas é que a proporção consistente de casos para a variante em menores de 15 anos foi estatisticamente maior do que o vírus não-variante”, disse.
O surgimento da nova variante foi comunicado à OMS no dia 14 de dezembro. Mas só nesta semana os estudos indicaram que sua taxa de transmissão poderia ser 70% superior ao coronavírus que se conhecia até então. O descobrimento levou o primeiro-ministro Boris Johnson a cancelar o Natal para milhões de pessoas, colocadas sobre restrição. Mais de 40 pessoas fecharam acesso e voos para o Reino Unido.
De acordo com os cientistas, estudos estão sendo feitos para entender o que a mutação pode significar. Mas, para Neil Ferguson, os dados hoje sugerem que o vírus “tem uma propensão maior para infectar crianças”. Mas ele mesmo foi claro em indicar que não estabeleceram “nenhum tipo de causalidade sobre isso”. “Mas podemos ver isso nos dados”, insistiu o professor da Imperial College de Londres.
“O que vimos ao longo de um período de cinco ou seis semanas é que a proporção consistente de casos para a variante em menores de 15 anos foi estatisticamente maior do que o vírus não-variante”, disse.
Outros membros do mesmo grupo de aconselhamento do governo fizeram questão de alertar que não existem ainda provas dessa relação e pediram cautela. “Não estamos dizendo que se trata de um vírus que ataca especificamente as crianças”, disse a pesquisadora Wendy Barclay, que também faz parte do grupo
“Sabemos que o SARS-CoV-2, tal como surgiu como um vírus, não foi tão eficiente em infectar crianças, e há muitas hipóteses sobre isso”, disse. Para ela, se o novo vírus está tendo mais facilidade para infectar, isso poderia mudar a situação para as crianças.
“Talvez as crianças sejam igualmente suscetíveis a este vírus como adultos e, portanto, dado seus padrões de mistura, você esperaria ver mais crianças sendo infectadas”, disse.
Os contatos privados do governo britânico com o atual presidente do Brasil podem explicar o porquê da vacina britânica contra a COVID-19, da AstraZeneca, ser prioridade para o governo sul-americano, conta jornalista investigativo à Sputnik.
O governo britânico teria secretamente feito lobby com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em nome dos interesses de grandes corporações britânicas, mesmo antes dele ter sido eleito para a Presidência em 2018, segundo documentos obtidos pelo site de notícias independentes Brasil Wire.
John McEvoy, jornalista investigativo, explicou à Sputnik a importância de suas descobertas, conforme descrito em seu artigo “‘Strategic Partners’: Britain’s secret lobbying of Bolsonaro for Big Pharma, Oil and Mining” (“‘Parceiros estratégicos’: lobby secreto britânico de Bolsonaro por grande farmacêutica, petróleo e mineração”).
Sputnik: Explique o que você e seus colegas encontraram em relação a esses documentos que mostram o lobby pré-eleitoral de Jair Bolsonaro pelo governo do Reino Unido?
John McEvoy: Descobrimos que o governo britânico estava secretamente fazendo lobby para o candidato Jair Bolsonaro antes da eleição presidencial de 2018. O então embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan, convidou Bolsonaro para uma reunião privada na residência pessoal de Rangarajan com os “parceiros estratégicos” britânicos no Brasil. Esses “parceiros estratégicos” são uma lista das principais corporações britânicas – BP, Shell, AstraZeneca, Anglo-American e outras. Também temos detalhes de mais reuniões entre Bolsonaro e representantes britânicos antes, durante e depois da campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro conduziu abusos dos direitos humanos consideráveis e uma resposta desastrosa à COVID-19, logo é importante saber qual o papel britânico neste país.
Sputnik: Não é normal os governos fazerem lobby entre si?
John McEvoy: Sim, é normal – parte da missão do Escritório de Relações Internacionais, Comunidade e Desenvolvimento (FCDO, na sigla em inglês) é proteger e apoiar as empresas britânicas no exterior. Porém, Jair Bolsonaro – um homem que pediu o retorno de uma ditadura ao Brasil e que se expressa abertamente em seu ódio pelas comunidades indígenas brasileiras – não é normal. Nesse contexto, estava bem claro, em junho de 2018, que suporte da BP ou da Shell, por exemplo, no Brasil poderia implicar a expansão para territórios indígenas, abusos dos direitos humanos, e venda de recursos soberanos do Brasil. Agora, também vimos a resposta desastrosa de Bolsonaro à COVID-19. Ele colocou quase todas as esperanças do Brasil na vacina AstraZeneca, recusando-se a fazer pedidos de outras opções mais viáveis. Quase 200 mil brasileiros morreram de COVID-19, e vale a pena questionar se os esforços de lobby britânicos contribuíram para essa política desastrosa.
Sputnik: Qual é a importância, se houver, do fato de que esses esforços de lobby começaram antes de Bolsonaro ser eleito?
John McEvoy: Acho importante obter detalhes de toda e qualquer comunicação britânica com Bolsonaro […], mas também é importante que essa comunicação tenha ocorrido antes das eleições, dado o longo e conhecido histórico de interferências britânicas em eleições estrangeiras. Se Bolsonaro se recusasse a jogar com o capital britânico, teria de se preocupar com o Reino Unido apoiando secretamente outro candidato?
Sputnik: Existem exemplos do governo brasileiro favorecendo os interesses comerciais do Reino Unido em detrimento dos seus próprios interesses por causa desse lobby?
John McEvoy: A confiança de Bolsonaro na vacina AstraZeneca foi descrita como “absurda” e “perigosamente homicida”. Este é, talvez, o exemplo mais presciente, mas a BP, a Shell e a Anglo-American também expandiram a sua presença no Brasil. Bolsonaro supervisionou com eficácia uma venda incerta dos recursos naturais do Brasil, e essas empresas de mineração britânicas estão entre as que mais lucraram.
Sputnik: De onde vieram esses documentos?
John McEvoy: Estivemos em uma batalha prolongada pela liberdade de informação com o FCDO no ano passado. Aos poucos, estamos obtendo mais e mais detalhes das relações britânicas com Bolsonaro antes, durante e depois da eleição presidencial extremamente polêmica de 2018 no Brasil. Foi, efetivamente, o produto de um golpe lento – o Partido dos Trabalhadores, que melhorou a vida dos pobres do Brasil em basicamente todas as medidas socioeconômicas que você possa imaginar, teve um candidato destituído e outro, o principal candidato às eleições, preso por motivos totalmente duvidosos.
Reunião interessante com o pré-candidato à presidência @jairbolsonaro. Falamos sobre investimento, cooperação bilateral, questões sociais, segurança e diversidade. É fascinante e válido entender com clareza as diversas visões políticas p/ o país, mesmo sob diferentes perspectivas pic.twitter.com/9XxIUA1u8Q
Ministro da Saúde afirma que OMS já foi notificada e relaciona surto de casos à nova variante do Sars-CoV-2. País é o mais atingido pela COVID-19 na Europa ocidental.
O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta segunda-feira (14) ao Parlamento britânico que uma nova cepa do novo coronavírus foi identificada no país, informou o jornal O Globo.
A descoberta ocorre em meio à vacinação contra a COVID-19, iniciada na semana passada. Segundo Hancock, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada.
A variante do Sars-CoV-2 poderia estar relacionada à alta de casos no sudeste da Inglaterra e se multiplicaria mais rapidamente do que as demais cepas do patógeno.
Ainda segundo o ministro britânico, mais de mil casos já foram registrados no Reino Unido em mais de 60 localidades diferentes. Os números, descreveu Hancock, estão “crescendo rapidamente”.
Ele ponderou que ainda não há elementos que indiquem que a nova cepa tem maior probabilidade de agravar o quadro da COVID-19 do que as demais.
“Nós identificamos uma nova variante do coronavírus que pode estar associada à disseminação acelerada [da COVID-19] no sudeste da Inglaterra”, disse Hancock em uma reunião com parlamentares.
Análises iniciais sugerem que essa variante está se multiplicando mais rapidamente do que as já existentes.
O ministro afirmou ainda que o laboratório de Porton Down, vinculado ao Ministério da Defesa britânico, fará testes para avaliar se a nova cepa é resistente a vacinas. Hancock ponderou, no entanto, que assessores médicos da pasta acreditam que essa possibilidade é “altamente improvável”.
Restrições mais rígidas
Na mesma ocasião, Hancock confirmou que o governo britânico colocará a capital, Londres, sob o nível mais rígido de restrições por conta da alta de casos de COVID-19. Outras cidades no entorno também entrarão em regime de confinamento.
De acordo com os procedimentos previstos pelo governo, restaurantes, cafés e bares serão fechados e empresas deverão adotar o trabalho remoto para todos os serviços não essenciais.
“Não sabemos até que ponto isso se deve à nova variante, mas, independentemente da causa, precisamos tomar ações decisivas e rápidas que, infelizmente, são absolutamente essenciais para controlar essa doença mortal enquanto executamos a vacinação”, disse o ministro se referindo à alta de casos em regiões da Inglaterra.
O Reino Unido é o país mais afetado pela COVID-19 na Europa Ocidental junto da Itália e já soma mais de 1,8 milhão de casos da doença. Mais de 64 mil pessoas morreram por conta do novo coronavírus em solo britânico.
O governo se tornou no último dia 8 o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação contra a COVID-19 dentro dos procedimentos científicos.
Stella Morris, mulher de Julian Assange, preso no Reino Unido, relatou no Twitter mais uma perda para o jornalista:
Falei com Julian. Um amigo dele se matou nas primeiras horas desta manhã. Seu corpo ainda está na cela da ala de Julian. Julian está arrasado. Manoel Santos era gay. Ele viveu no Reino Unido por 20 anos. O Home Office o notificou com uma notificação de deportação para o Brasil.
Julian deseja expressar suas condolências aos amigos e familiares de Manoel. Julian me disse que Manoel era um excelente tenor. Ele ajudou Julian a ler cartas em português, e ele era um amigo. Ele temia ser deportado para o Brasil depois de 20 anos, ser gay o colocava em risco.
Julian espera que haja uma investigação sobre a decisão de deportação. Manoel estava em alto risco. Seu suicídio era previsível. Uma investigação sobre seu caso pode prevenir futuros suicídios.
As condições nas prisões do Reino Unido sob COVID também desempenham um papel. Os presos são separados de sua rede de apoio, filhos, pais, parceiros. Eles praticamente não têm tempo fora da cela. Muitos não foram condenados, estão sob prisão preventiva ou não são violentos. É desumano. As pessoas perdem a esperança.
Julian wants to express his condolences to Manoel's friends and family.
Julian tells me Manoel was an excellent tenor. He helped Julian read letters in Portuguese, and he was a friend.
He feared deportation to Brazil after 20 years, being gay put him at risk where he was from.
— Stella Assange #FreeAssangeNOW (@Stella_Assange) November 2, 2020
Países com altas taxas de mortalidade por COVID-19, como Itália, Espanha e Reino Unido, tinham níveis mais baixos de vitamina D.
Depois de estudar dados globais da nova pandemia de coronavírus (COVID-19), os pesquisadores descobriram uma forte correlação entre a severa deficiência de vitamina D e as taxas de mortalidade.
Liderada pela Northwestern University, a equipe de pesquisa conduziu uma análise estatística de dados de hospitais e clínicas na China, França, Alemanha, Itália, Irã, Coréia do Sul, Espanha, Suíça, Reino Unido (Reino Unido) e Estados Unidos.
Os pesquisadores observaram que pacientes de países com altas taxas de mortalidade por COVID-19, como Itália, Espanha e Reino Unido, tinham níveis mais baixos de vitamina D em comparação com pacientes em países que não foram tão severamente afetados.
Isso não significa que todos – especialmente aqueles sem uma deficiência conhecida – precisam começar a acumular suplementos, alertam os pesquisadores.
“Embora eu ache importante que as pessoas saibam que a deficiência de vitamina D pode ter um papel na mortalidade, não precisamos pressionar a vitamina D em todo mundo”, disse Vadim Backman, da Northwestern, que liderou a pesquisa. “Isso precisa de mais estudos, e espero que nosso trabalho estimule o interesse nessa área. Os dados também podem iluminar o mecanismo da mortalidade, que, se comprovado, poderá levar a novos alvos terapêuticos”.
A pesquisa está disponível no medRxiv, um servidor de pré-impressão para ciências da saúde.
Backman é o professor de engenharia biomédica Walter Dill Scott da Escola de Engenharia McCormick da Northwestern. Ali Daneshkhah, pesquisador associado de pós-doutorado no laboratório de Backman, é o primeiro autor do artigo.
Backman e sua equipe foram inspirados a examinar os níveis de vitamina D depois de perceber diferenças inexplicáveis nas taxas de mortalidade por COVID-19 de país para país. Algumas pessoas levantaram a hipótese de que diferenças na qualidade da assistência médica, distribuição de idade na população, taxas de testagem ou diferentes cepas do coronavírus podem ser responsáveis. Backman, porém, permaneceu cético.
“Nenhum desses fatores parece desempenhar um papel significativo”, disse Backman. “O sistema de saúde no norte da Itália é um dos melhores do mundo. As diferenças de mortalidade existem mesmo que se observe a mesma faixa etária. E, embora as restrições aos testes realmente variem, as disparidades na mortalidade ainda existem mesmo quando analisou países ou populações para os quais se aplicam taxas de teste semelhantes.
“Em vez disso, vimos uma correlação significativa com a deficiência de vitamina D”, disse ele.
Ao analisar dados de pacientes publicamente disponíveis em todo o mundo, Backman e sua equipe descobriram uma forte correlação entre os níveis de vitamina D e a tempestade de citocinas – uma condição hiperinflamatória causada por um sistema imunológico hiperativo -, bem como uma correlação entre a deficiência de vitamina D e a mortalidade.
“A tempestade de citocinas pode danificar gravemente os pulmões e levar à síndrome do desconforto respiratório agudo e à morte em pacientes”, disse Daneshkhah. “Isso é o que parece matar a maioria dos pacientes com COVID-19, não a destruição dos pulmões pelo próprio vírus. São as complicações do incêndio mal direcionado do sistema imunológico”.
É exatamente aí que Backman acredita que a vitamina D desempenha um papel importante. A vitamina D não apenas melhora nosso sistema imunológico inato, como também evita que nosso sistema imunológico se torne perigosamente hiperativo. Isso significa que ter níveis saudáveis de vitamina D poderia proteger os pacientes contra complicações graves, incluindo a morte, do COVID-19.
“Nossa análise mostra que pode ser tão alta quanto reduzir a taxa de mortalidade pela metade”, disse Backman. “Isso não impedirá o paciente de contrair o vírus, mas pode reduzir as complicações e evitar a morte daqueles que estão infectados”.
País se prepara desde janeiro e garante a produção de mais de vinte medicamentos para tratamento da doença.
Nesta quinta-feira (19) o governo cubano confirmou que há sete casos de coronavírus no país, todos em pessoas que foram ao exterior ou tiveram contato com viajantes.
Com controle rígido de entrada e saída e ações de vigilância extensas e consolidadas, as autoridades de saúde têm colocado em isolamento todas as suspeitas.
Em paralelo a isso, o país implementa ações de solidariedade a outras nações no combate à doença. Nesta semana, um navio britânico com viajantes infectados foi acolhido pelo governo cubano, após ser rejeitado em outras nações do Caribe e passar vários dias no mar.
Os governos do Reino Unido e da Irlanda do Norte tentavam acordos humanitários para que os doentes desembarcassem e fossem repatriados aos seus países de origem de avião. Cuba foi a única que aceitou o pedido e adotou de imediato as medidas sanitárias para atendimento de quem estava a bordo.
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores de Cuba ressaltou que a crise global pede ações cooperativas entre as nações. “São tempos de solidariedade, de entender a saúde como um direito humano, de reforçar a cooperação internacional para enfrentar nossos desafios comuns, valores que são inerentes à prática humanística da Revolução e de nosso povo”, diz o texto.
As ações do solidariedade são tratadas pelo governo cubano como um princípio central. Em conversa com o Brasil de Fato, o cônsul do país no Brasil, embaixador Pedro Monzón, afirmou que não só no caso do coronavírus, mas em todas as situações extremas como terremotos, tempestades e grande tragédias físicas, Cuba considera que a medicina não é um fenômeno mercantil.
“O enfermo não é uma mercadoria. A saúde pública é um direito humano, não pode ser um fenômeno de mercado. É uma questão de princípios, seres humanos são seres humanos e tem direitos. Isso independe da política. São humanos. É um princípio fundamento da revolução. Não desprezamos o mercado, sabemos que o mercado tem que existir, mas a política não pode se mover em função do mercado”, afirma.
Em 15 de março, uma delegação técnica especializada cubana chegou à Venezuela para apoiar a estratégia de contenção do covid-19. Há médicos cubanos trabalhando em nações do mundo todo, inclusive na China. São profissionais com expertise em missões que já estiveram presentes em mais de 160 países. Em 56 anos, Cuba já mandou mais de 400 mil agentes de saúde para países estrangeiros.
Brasil não sinaliza para retorno de Cuba ao Mais Médicos
Fora do Brasil desde o início do governo de Jair Bolsonaro, Cuba não deve reverter a decisão de retirar seus médicos do programa Mais Médicos, tomada após uma série de manifestações do capitão reformado contra as equipes que atuavam em todo território nacional.
Pedro Mónzon afirma que seria preciso garantias de segurança absoluta e uma mudança política radical.
“Os médicos cubanos saíram do Brasil porque foram feitas declarações agressivas, que os colocaram em perigo. Questionou-se o prestígio dos médicos cubanos, o profissionalismo, até se dizia que eram escravos, terroristas e que formavam guerrilheiros. Um conjunto de de mentiras que não tinham nada a ver com solidariedade cubana, aponta.
Recentemente o governo brasileiro anunciou ampliação nas contrações de médicos para os postos de saúde e informou que os cubanos que ficaram no Brasil após a saída determinada pelo governo da ilha, poderiam participar. No entanto, só é possível a atuação de profissionais com registro e diploma revalidado. Exigência que não existia no Mais Médicos.
Pedro Monzón informou que o governo brasileiro não fez nenhum contato com Cuba para possível retomada da parceria.
“Até agora não houve. Sei que há estados que estão interessados, porque, por exemplo, li ontem que 20% dos municípios no Brasil não têm médicos e antes tinham médicos cubanos.Alguns dos nossos médicos deixaram o Brasil chorando, devido ao forte relacionamento que foi desenvolvido com a população. Eu gostaria que isso fosse possível naturalmente, honestamente, sinceramente, sem mentiras, sem agressão, que a relação pudesse ser reconstituída para o bem-estar de boa parte da população brasileira. Infelizmente não vejo, no momento, perspectiva desse acontecimento”, afirma.
Medicamentos
É na ilha também que se produz um medicamento eficaz para o tratamento dos efeitos respiratórios do covid-19. O Interferon Alfa 2B já foi solicitado por mais de dez países.
De acordo com o governo cubano, o país tem hoje medicamento pronto para os próximos seis meses e capacidade de produção que atende a demanda da própria ilha e pedidos que venham de outras nações.
Na China, uma fábrica criada em parceria com o país caribenho é responsável pela produção local. O processo também conta com profissionais cubanos. O Interferom Alfa 2B também é usado preventivamente em profissionais de saúde, que estão mais vulneráveis ao contágio.
Segundo Pedro Monzón, o Brasil também demonstrou interesse, mas a entrada no medicamento ainda não foi autorizada pela Anvisa.
Há outros 21 medicamentos fabricados no país e que fazem parte do protocolo de atendimento a pacientes. São antivirais, antirrítmicos e antibióticos, para o tratamento de complicações.
O bloqueio econômico sofrido pelo país parece ser o único empecilho para que Cuba conte com todo o material que é necessário no enfrentamento ao Coronavírus. 15% dos medicamentos fornecidos pela indústria estão ausentes das farmácias, por que o tempo dos ciclos de distribuição é elevado. Para coletivizar o acesso, o governo cubano garante o abastecimento do sistema de saúde em primeiro lugar.
Atualmente, cientistas cubanos trabalham também no estudo da capacidade viral de dois medicamentos para o tratamento do Covid-19. Ambos estão na classe de peptídeos inibidores. Um deles, o CIGB 210, atua como antiviral no tratamento da Aids. Já o CIGB 300 é usado para tratar alguns tipos de câncer.
De acordo com o governo cubano, o país atua com a China em um dos projetos de vacina que vêm sendo colocados em prática em todo o mundo. O método estudado é usado para a vacina terapêutica contra a hepatite B crônica no país e o projeto foi disponibilizado às autoridades sanitárias chinesas.
Cuba se prepara para o surto do coronavírus desde janeiro. Até agora, já houve acompanhamento de quase 25 mil pessoas no atendimento primário, o que inclui todos os indivíduos com origem em países de alto risco.
A Rússia não concorda com o apelo do presidente dos EUA, Donald Trump, aos países garantidores para se retirarem do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) sobre o programa nuclear do Irã, disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Rússia à Sputnik.
Anteriormente, Trump afirmou que os países garantidores deveriam se retirar do JCPOA e trabalhar em um novo acordo. O próprio governo norte-americano anunciou a retirada do acordo em 8 de maio de 2018.
“Existe um acordo, muito bem desenvolvido, um compromisso que precisa ser implementado. Portanto, a posição do lado iraniano é mais clara de que os EUA precisam retornar à implementação do JCPOA”, declarou a fonte russa.
“E, se alguém não gostar de algo nesses acordos, provavelmente precisaremos discutir a conveniência e a possibilidade de algum tipo de ajuste, mas dentro da estrutura do JCPOA”, acrescentou.
Desde a sua campanha eleitoral, há quatro anos, Trump sempre tratou o acordo nuclear firmado em 2015 pela administração de Barack Obama com o Irã e outras potências signatárias – Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia – como “o pior acordo já feito”.
Desde a saída dos EUA do JCPOA, novas sanções foram implementadas contra o Irã, país que estava cumprindo estritamente o que previa o acordo nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado à ONU.
No fim de semana, Teerã anunciou que deixaria de cumprir integralmente o documento de 2015, porém um oficial destacou que o governo iraniano não descarta se manter no acordo, desde que os signatários europeus garantam o fim das sanções impostas pelos EUA.