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Vídeo: Bastaram três dias de CPI para Bolsonaro ir à lona e passar a atacar o relator Renan Calheiros

Três dias de CPI foram suficientes para detonar Bolsonaro. Certamente é uma semana que não será esquecida pelo clã. E no lugar de fazer sua defesa, nem Bolsonaro, nem os filhos dizem nada, nenhuma palavra daquelas cheias de exclamação. O que se viu foi um projeto organizado por Carluxo para puxar a brasa para a maquete do pai. Mas Bolsonaro, lógico, ia fazer o dever de casa para contribuir de alguma forma com a tentativa de criar cortina de fumaça para desviar a atenção da CPI que, com certeza, está fazendo brotar o seu impeachment.

Assista:

*Da redação

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Na CPI Queiroga mostra conivência com Bolsonaro e falta de domínio sobre contratos de vacinas

O ministro da Saúde se recusou a emitir uma opinião sobre a defesa da cloroquina e ivermectina por Bolsonaro, entre outras polêmicas.

O ministro da Saúde Marcelo Queiroga depôs aos senadores da CPI da Covid desde às 10h desta quinta (6). Durante a primeira rodada de perguntas, feitas pelo relator Renan Calheiros (MDB), Queiroga usou o pouco tempo de casa para fugir de algumas perguntas e se negou a criticar a postura negacionista e as manobras diversionistas de Jair Bolsonaro na gestão da pandemia do novo coronavírus.

Queiroga repetiu inúmeras vezes que seu papel como ministro não é o de fazer “juízo de valor sobre as opiniões do presidente”. Além de poupar Bolsonaro, ele não quis avaliar a gestão dos antecessores no Ministério. Se negou a dizer se é contra ou a favor da cloroquina e da ivermectina, e demonstrou falta de domínio sobre contratos de aquisição de vacinas.

No começo da oitiva, Calheiros questionou Queiroga sobre o que faltou ao Brasil para evitar que o surto sanitário iniciado em março de 2020 tivesse se transformado numa verdade tragédia humanitária, levando a vida de mais de 410 mil brasileiro até aqui. Queiroga se disse incapaz de avaliar o que foi feito por seus antecessores no Ministério da Saúde. Pressionado, culpou as novas variantes do vírus – “o colapso decorre de imprevisibilidade biológica” – e a falta de um “SUS fortalecido” pelo desastre na pandemia. Segundo ele, quando a crise estourou, os hospitais não estavam preparados para a sobrecarga e os profissionais de linha de frente tampouco estavam devidamente capacitados.

Com o tempo, a resistência de Queiroga em analisar o que o governo federal fez no primeiro ano de pandemia passou a irritar os senadores, que começaram a questionar se ele tomou pé da situação da Pasta que comanda há mais de 40 dias. Queiroga revelou, por exemplo, que ainda não tem domínio sobre a lei de compra de vacinas e tampouco conhece os termos do primeiro contrato de compra de imunizantes assinado com a Pfizer, por 100 milhões de doses. A informação veio à tona quando Renan questionou sobre a vacina Sputnik, que ainda não foi aprovada pela Anvisa, mas está em uso em outros países.

Ele não soube explicar por que o governo dispensou a oferta de 70 milhões de vacinas da Pfizer, em agosto de 2020, com previsão de começar a entrega em dezembro daquele ano. Amenizando a situação, Queiroga disse que “o fato de assinarmos o contrato não significa que seriam entregues.”

De “diferente” em relação aos ministros Luiz Henrique Madetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, Queiroga disse que vai assinar mais um contrato com a Pfizer, por mais 100 milhões de doses – com previsão de receber 35 milhões em setembro – e está trabalhando em dois protocolos: um sobre o atendimento hospitalar dos pacientes com Covid e outro acerca de restrições à mobilidade. Além disso, prometeu adotar uma postura mais “ativa” do Ministério em relação à testagem. Segundo ele, até aqui, a Pasta vinha enviando os testes diagnósticos para os estados e municípios apenas quando requisitados. Ele também pretende trocar os testes do tipo RT-PCR para “teste antígeno, mais rápido”.

Por conta do protocolo em desenvolvimento para atendimento em hospitais, Queiroga se recusou a dizer se é a favor ou contra o uso de remédios como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia compravada no tratamento de casos graves e moderados do novo coronavírus, mas que são propagados constantemente por Bolsonaro. Ontem mesmo o presidente da República chamou de “canalha aqueles que são contra o tratamento precoce e não oferecem alternativa. O que eu tomei [quando estava com Covid], todo mundo sabe.” Queiroga respondeu à CPI que a cloroquina divide opiniões na própria comunidade médica e que, como ministro da Saúde, ele será a “última instância” a se manifestar sobre a polêmica, no “momento oportuno”.

Com Eduardo Pazuello, o Ministério da Saúde emitiu uma portaria “recomendado” a cloroquina para tratamento de Covid, a despeito dos efeitos colaterais. Queiroga disse que a portaria não foi suspensa na sua gestão “porque não é tão simples assim”.

Sobre o fato de Bolsonaro defender a cloroquina, assim como atacar a China, que é o país que importa insumos para o Brasil, entre outras posturas do presidente da República, Queiroga se recusou a comentar. Ele disse que Bolsonaro lhe deu “autonomia” para trabalhar e que questões referentes à promoção de falsos “tratamentos precoce” não seriam questões “decisivas no enfrentamento à pandemia. O que é decisivo é a vacinação e as medidas não farmacológicas.”

O médico foi perguntado, ainda, sobre a nova ameaça de Bolsonaro, que na última quarta (5) avisou que pode publicar um decreto para impedir o “lockdown” determinado por estados e municípios. O ministro disse que não foi consultado sobre o tema, mas que Bolsonaro conversou com ele sobre “garantir a liberdade” das pessoas, e Queiroga teria concordado. Quanto ao mérito do decreto, na visão do ministro, o Brasil é um “país continental” e uma política nacional de distanciamento social seria ineficaz porque a sociedade não iria aderir. Ele defendeu, contudo, que estados e municípios possam usar a “medida extrema” em “casos pontuais”.

Renan Calheiros questionou se ele teria conhecimento sobre o “assessoramento paralelo” de Jair Bolsonaro nas questões da pandemia, que foi denunciado à CPI pelo ex-ministro Mandetta. Queiroga negou conhecimento, mas para Renan, o fato de Bolsonaro estar estudando um decreto anti-lockdown sem a consulta do Ministério da Justiça prova que o gabinete paralelo ainda está em operação.

A respeito da falta de uma campanha de comunicação nacional, mais firme e clara a respeito da gravidade da pandemia e medidas de mitigação, Queiroga disse que há duas em andamento, uma sobre vacinação e outra sobre prevenção, ao custo de mais de 20 milhões de reais, com inserções em nível nacional e “internacional”.

*Do GGN

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A tática de Bolsonaro é soltar frases e ações estrambóticas para tirar o foco da CPI

Uma CPI para ter um resultado eficiente, ou seja, para oferecer uma resposta contundente à sociedade, ela tem que ser não só simpática à causa do povo, mas também assumir uma proporção à altura do que se pretende como resultado.

Para Bolsonaro sofrer um impeachment depende da toada do mutirão, porque ele é, antes de mais nada, um ato político, mesmo que apresente numa certa divisão características de um processo legal.

O que designa mesmo um determinado desfecho de uma CPI é o tamanho que ela ganha a partir de sua natureza. E o que não falta no catálogo imenso de crimes na CPI da Covid, é crime que sirva como prova cabal de excepcionalidade para que o povo cobre a cabeça do governante.

Para se atingir esse objetivo, a CPI tem que ter um foco bem claro que dê ganho diário de musculatura que equivalha ao peso do crime. Isso só é possível com um conjunto de movimentos que desaguam numa maior exposição daquilo que está virtualmente sendo investigado.

Por isso é fundamental a construção de uma escala de valores de cada palavra dos depoentes e sublinhar as mais determinantes que se somarão dia após dia para que o drama ganhe a mesma dimensão do palco da CPI para as ruas, melhor dizendo, do palco da CPI para as casas das pessoas.

Para isso ocorrer, tem que haver muita visibilidade e, consequentemente, promover um debate sobre a gravidade dos fatos apresentados.

Bolsonaro já percebeu, logo nos dois primeiros dias, que no palco ele perdeu muito e perderá ainda mais no decorrer da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele chegou a reclamar da sua tropa de choque que está imobilizada e não consegue defendê-lo e nem obstruir os trabalhos da CPI, principalmente os do relator Renan Calheiros que Bolsonaro tentou a todo custo e em vão tirar da relatoria.

Então, vendo que nesse terreno já se anuncia uma goleada história que a cada dia enumera um compêndio de crimes do governo na pandemia, a literatura do absurdo de Steve Banner tem que entrar em campo de forma sistemática para produzir falácias que passam a ser marteladas pela grande mídia e, com isso, não deixar a CPI ficar muito próxima das manchetes. Quem deve ocupar as manchetes com suas insanidades sinfônicas é Bolsonaro.

A última palavra, por mais absurda que seja, tem que ser a dele. Por isso, Carluxo, o mais aloprado soprador de sandices do pai, passa agora a prestar um serviço que transformará as declarações de Bolsonaro no fator principal de notícias da mídia.

Se puder, deverá ocupar completamente as garrafais dos jornalões e da própria análise dos articulistas políticos da grande mídia e na mídia independente, ditando ritmicamente e entoando, para ser mais direto, pautando apenas com frases de efeito, o debate nacional.

Este é o valor “científico” dos pombos que Bolsonaro solta. O que dá na caixola, ele fala, mesmo que não tenha condição de cumprir uma linha do que anuncia, pior, como usou ontem, um mesmo fato para criar dois quando pela manhã insinua que a China fez guerra bacteriológica e, mais tarde, respondendo a um simpático colaborador da farsa, afirma que hora nenhuma citou a palavra China.

E o que fez a mídia tradicional e a alternativa como a nossa aqui? Repercutimos as porcarias absolutas que ele fala para vendar os olhos da sociedade e, no dia seguinte, ele sequer toca no assunto, porque a intenção é ganhar um pedaço de terreno proporcional a uma fração.

A intenção de Bolsonaro é que suas declarações alcancem todos, mais do que os fatos graves que a CPI vem revelando sobre o governo que está sob sua batuta, o que acaba por provocar uma dispersão da CPI e muitas vezes levar à fadiga pela própria preguiça que uma CPI pode provocar na população.

É muito importante uma evolução tonal que a cada dia a imprensa aumente um tom para que mantenha o fôlego da CPI, ao mesmo tempo em que aumenta o fogo da chaleira do impeachment até que ele apite no seio da sociedade.

Amanhã, com certeza, Bolsonaro vai criar uns cinco fatos, se necessário uns dez, mas a tática dele, sobretudo nos dias de CPI, será a mesma, criar um absurdo maior que, naturalmente, levará a sociedade a discutir mais uma bravata histriônica do bufão e seus blefes, contanto que a própria CPI fique sempre em segundo plano na relação entre declarações idiotas de Bolsonaro e revelações criminosas do seu governo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Renan Calheiros: São graves as revelações de Mandetta e atingem Bolsonaro

Relator da CPI afirma que o ministro mostrou que o presidente divergiu da ciência, teve aconselhamento paralelo e que governo chegou a propor mudar a bula da cloroquina.

De acordo com matéria de Mônica Bergamo na Folha, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) elencou uma lista de revelações feitas pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta que atingem o governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele diz que os fatos descritos são “graves”.

“O depoimento mostrou que houve aconselhamento paralelo na Covid, adoção da cloroquina ao arrepio do Ministério [da Saúde], participação de Carlos Bolsonaro [vereador do Rio e filho do presidente] em reuniões (por que?) e alerta sobre 180 mil mortes [Mandetta disse na CPI que afirmou a Bolsonaro que os óbitos poderiam chegar a esse número)”, disse Renan em mensagem enviada à coluna.

Ele segue: “Bolsonaro divergiu das orientações científicas, no isolamento e na cloroquina. Foi um depoimento importante na minha opinião para clarear exatamente o que ocorreu naquele momento inicial da pandemia”.

“Também é relevante a informação de que Mandetta viu um decreto para mudar a bula e recomendar a cloroquina”, afirma Renan Calheiros.

O ex-ministro da Saúde disse aos integrantes da CPI que “várias vezes na reunião do ministério, o filho do presidente, que é vereador do Rio de Janeiro, estava atrás, tomando as notas na reunião. Eles tinham constantemente reuniões com esses grupos dentro da Presidência”.

Ele afirmou que os aconselhamentos de grupos paralelos eram constantes na gestão de Bolsonaro. Entre outros fatos, relembrou que foi informado, em uma reunião, que “era para subir para o terceiro andar porque tinha lá uma reunião de vários ministros e médicos. Vinha propor esse negócio de cloroquina que eu nunca havia conhecido, porque ele [Bolsonaro] tinha um assessoramento paralelo nesse dia”.

Foi nessa ocasião que chegaram a sugerir que a bula da cloroquina fosse modificada por decreto para poder ser receitada no tratamento da Covid-19.

Renan Calheiros diz ainda que a CPI já tem “gerado uma mudança elogiável no comportamento, na condução de vacinas, na negociação de insumos e até mesmo no abandono do negacionismo” por parte do governo.

Sobre o fato de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmar que teve contato com pessoas com Covid-19 e por isso não pretende depor presencialmente na CPI, Calheiros afirma: “Quanto ao ex-ministro Pazuello, fico até contente que mais um integrante do governo fique preocupado com isolamento, distanciamento, ao contrário de comportamentos recentes”.

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Renan Calheiros não aceita desculpa esfarrapada do general fujão e diz: ‘faça o teste de covid’

Pazuello tentou dar um perdido na CPI, justificando sua fuga pela tangente com uma possível reinfecção pela covid, já que, segundo ele, teve contato com dois oficiais supostamente infectados.

Afirmação essa sem dotação alguma de veracidade, pois o general não apresentou qualquer prova que desse asas a essa tese .

Renan Calheiros, então, foi objetivo e disse a Pazuello, faça o teste PCR de covid que, em 15 minutos saberá se está ou não infectado e participe da CPI, dando o seu depoimento na quarta-feira.

Ou seja, Renan não admitiu qualquer alteração na súmula da CPI, sobretudo essa grosseria inventada pelo governo para mudar a diretriz da CPI presidida por Omar Aziz e relatada por Renan Calheiros.

Calheiros foi irredutível indicando que não vai deixar barato para Pazuello, o figurão do governo Bolsonaro que parece estar com horror da CPI, confessando que não vai suportar o calor quando a água ferver.

Renan mostrou que tem arco e flecha suficientes para apurar cada manobra mistificadora do Palácio do Planalto.

Agora é aguardar como Pazuello sairá dessa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Não há mais governo, e ninguém se dispõe a derrubar quem já desistiu de governar

Resta-nos confiar no que ainda temos de burocracia profissional no país.

Segundo Celso Rocha de Barros, em matéria publicada na Folha, no sábado (1º), velhos vacinados pelo Doria foram às ruas em apoio a Bolsonaro. Parabéns para os chineses: os manifestantes pareciam bem fisicamente, e seus evidentes problemas mentais eram claramente preexistentes.

Mesmo a maior manifestação, no Rio de Janeiro, não reuniu mais do que quatro ou cinco dias de brasileiros mortos durante a pandemia por culpa do governo Bolsonaro. Se a ideia era dizer “se tentarem derrubar Bolsonaro, terão de se ver conosco”, ninguém ficou assustado.

A demonstração de força dos bolsonaristas fracassou, mas o que interessa é que precisaram tentá-la. Eles sabem que Bolsonaro está perdendo.

O governo dos extremistas se desfaz a olhos vistos. Pela primeira vez na história, os chefes das Forças Armadas renunciaram conjuntamente em protesto contra o presidente da República. Logo depois, o Supremo Tribunal Federal tomou coragem e cumpriu seu dever constitucional obrigando o Senado a abrir a CPI do assassinato em massa. Bolsonaro manobrou para barrar a CPI, fracassou; manobrou para tirar Renan Calheiros da relatoria da CPI, fracassou.

A equipe econômica está se desintegrando em plena luz do dia, com demissão após demissão, uma fila puxada pelos melhores que só não termina em Guedes porque existe o inacreditável Adolfo Sachsida. O extremista Ernesto Araújo perdeu o Itamaraty e agora xinga o governo no Twitter. O vice-presidente Mourão deu uma entrevista ao jornal Valor Econômico em que declarou que não deve continuar na chapa na campanha da reeleição; defendeu, inclusive, a união em torno de uma terceira via para 2022.

Não há precedente para nada disso. Todo governo brasileiro que chegou perto desse ponto caiu antes de atingir esse grau de degeneração. E, no entanto, o governo Bolsonaro não cai.

No fundo, quem sustenta o governo Bolsonaro no momento é a Covid-19. O vírus impede manifestações de rua dos 70% do eleitorado que rejeitam Bolsonaro. E a mortandade causada pelo governo está tão fora de controle que as forças que poderiam organizar o impeachment não querem assumir responsabilidade pelo número imenso de mortes que Bolsonaro já contratou.

Mas se a Covid-19 segura Bolsonaro no Planalto, também impede que seu governo seja funcional, o que, sejamos honestos, já não seria fácil de qualquer maneira. O Brasil tem um grande problema de cuja solução depende a solução dos outros, a pandemia. Foi justamente esse o problema que Jair Bolsonaro desistiu de solucionar, porque já não comprou a vacina, já sabotou o isolamento social, e, a esta altura, não saberia corrigir-se se o quisesse.

Daí em diante, não há mais governo, só a mímica da rotina administrativa, a máquina rodando no vazio. A grande realização de Bolsonaro em 2021 foi aprovar o orçamento antes de maio.

Não há mais governo, e ninguém se dispõe a derrubar quem já desistiu de governar.

Resta-nos confiar no que ainda temos de burocracia profissional, no SUS, na Anvisa, nos governos estaduais, no Butantã, na Fiocruz. Que o medo da CPI pelo menos impeça Bolsonaro de continuar atrapalhando essa gente.

Minha aposta é que, depois do governo Bolsonaro, alguma palavra do português brasileiro entrará para as outras línguas como sinônimo de desastre.

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Renan Calheiros: ‘Todas as frases de Bolsonaro sobre a pandemia me assustam’

De acordo com matéria publicada pelo Uol, relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) admitiu que reuniu 200 frases negacionistas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. O parlamentar teve dificuldade em apontar uma das frases porque “todas me assustam”, afirmou.

A afirmação do relator ocorreu durante o UOL Entrevista desta segunda-feira (3), conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral e pelo colunista Tales Faria.

De acordo com Renan, escolher as frases ditas pelo presidente foi um jeito encontrado para iniciar as investigações.

“Como é que vai investigar, cumprir seu papel constitucional, se há omissão, se há responsabilidade de um governo, de um presidente da República, sem começar juntando as frases e suas manifestações públicas? Não há como começar diferente”, afirmou.

Questionado sobre qual a frase que mais o assusta, Renan admitiu dificuldade em responder.

Olha, se você me perguntar mesmo isso eu terei muita dificuldade em responder, porque na verdade todas me assustam.

Renan é suspeito?

Renan afirmou que “nenhum governador absolutamente” será chamado para depor na CPI “porque é que quer quem deseja desviar o foco da comissão”, afirmou.

“Isso tem de ser investigado pela Policia Federal e Ministério Público e não uma CPI criada para apurar negligência e responsabilidade desse morticínio que apavora o Brasil”, afirmou.

A investigação dos governadores foi a razão da oposição para tentar impedir que Renan fosse escolhido relator da CPI. Pai de Renan Filho (MDB), governador de Alagoas, seria um dos alvos. Questionado se isso não o faria parcial na relatoria da comissão, Renan respondeu que “não tenho nem porque responder esse tipo de indagação”.

“Não há nenhuma investigação contra o estado de Alagoas, o mais transparente no Brasil”, disse “Se o desdobramento desta investigação precisar apurar Alagoas, não tenham nenhuma dúvida de que isso será feito com toda isenção como qualquer investigação requer.”

Quiseram fazer disso (…) um biombo para investiar estados e municpios para isentar o presidente da Repúblia, mas não é isso o que a sociedade faça. (Renan Calheiros)

Escolha conturbada

Crítico das medidas adotadas pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) contra a pandemia, Renan foi escolhido após acordo entre 7 dos 11 membros da CPI considerados independentes ou de oposição ao governo. O ex-presidente do Senado quase foi impedido de assumir o posto depois que a Justiça Federal do Distrito Federal concedeu à deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) uma decisão liminar.

Zambelli defendia que Calheiros é pai de Renan Filho, governador de Alagoas, e por isso seria parcial nas investigações, cujo alvo inclui repasses federais a estados e municípios.

A decisão, porém, acabou caindo no último dia 27 por decisão do próprio presidente em exercício do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Francisco de Assis Betti, ao alegar que a escolha do relator é direito do presidente da comissão, no caso o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Calheiros assumiu o posto defendendo que os responsáveis pelo agravamento da pandemia sejam punidos “exemplarmente”. Um dos alvos da comissão é o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que deverá depor na CPI na próxima quarta-feira (5).

Os outros dois ex-ministros da Saúde do governo Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, também serão ouvidos. Mandetta e Teich falarão à comissão amanhã (4); já Queiroga dará seu depoimento na quinta (6).

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O impeachment de Bolsonaro não depende de Lira nem de Renan Calheiros, mas das provas

Lira não tem como negar os fatos, já Calheiros tem de sobra material produzido pelo próprio Bolsonaro contra si.

A prepotência de Bolsonaro é que vai derrubá-lo, não Renan Calheiros, o relator vai apenas apresentar fatos pra lá de conhecidos da sociedade, de forma sequencial e com um histórico mais detalhado dos bastidores de determinadas decisões políticas que associam Bolsonaro ao morticínio.

Que fique claro, teremos um enredo de como se arquitetou determinada decisão, não a decisão em si que foi explícita e está fartamente documentada em vídeos, declarações e, sobretudo na prática com a negação da gravidade do vírus, de sua letalidade, de sua capacidade de contágio, enfim, de tudo aquilo que os cientistas diuturnamente falam na mídia, que diga-se de passagem, teve papel relevante para não transformar a tragédia negacionista de Bolsonaro em uma tragédia com consequências inimagináveis.

Uma das mais graves atitudes de Bolsonaro é ter tratado os cientistas e a ciência como opositores políticos, sem a menor capacidade de discutir ciência. Tudo foi feito na base da prepotência e do risco que quis correr de produzir, como produziu, centenas de milhares de mortes por pura estratégia política que, até hoje, ninguém entendeu que cálculo político é esse adotado por Bolsonaro, já que, se estava mesmo preocupado com a economia e não com as vidas, a primeira coisa que deveria fazer, se negava o lockdown para não parar os negócios que ele julgava piorariam o já combalido programa econômico de seu governo por incapacidade de Guedes, as medidas de prevenção básicas como uso de máscaras, higiene das mãos e distanciamento social, foram mais do que ignoradas, foram atacadas por ele. Isso gerou o que tem de pior em termos de tragédia humana.

Como Lira vai ignorar isso? Ele não tem o poder de apagar o que está fartamente registrado na história recente, para tanto, basta dar um Google para chegar em todas as declarações de Bolsonaro, dá para ficar vários dias assistindo às sandices criminosas e, ainda assim, não conseguirá ver todas as que ele usou para insuflar o seu negacionismo milimetricamente pensado. Claro, sem falar na rede de fake news comandada pelo gabinete do ódio nas redes sociais, mas também por programas regulares como Pingo nos Is e congêneres, regiamente patrocinado pela Secom através de empresas de mídia com contratos milionários.

Então, o que Renan terá que fazer, e já está fazendo, é convocar os ministros para relatarem os bastidores dessa receita trágica comandada por Bolsonaro.

Mas é bom deixar claro que nem isso é tão mais potente contra Bolsonaro do que o farto material produzido por ele atacando a ciência numa associação criminosa com o coronavírus.

Renan Calheiros, certamente, com sua longa experiência no Senado, fará um relatório baseado em provas cabais de fatos protagonizados por Bolsonaro e testemunhos de inúmeros personagens chave que tiveram, de alguma forma, ligação com o governo e que podem sim, com a autoridade de quem participou como testemunha ocular de um pensamento trescloucado de um presidente que jamais negou o seu negacionismo, assumindo integralmente seu nado de afogado contra a correnteza mundial, inclusive na crença destrambelhada da tal imunidade de rebanho que, a princípio, era o ponto central do seu pensamento, ao estilo, morra quem tiver que morrer e salve-se quem puder.

Como Lira vai frear isso? Nem se ele negasse a existência de Bolsonaro e da cloroquina. Lira pode muito, mas não pode tudo como presidente da Câmara, pelo que se sabe dele até aqui, não tem capacidade para produzir milagres. Na verdade, nem ele e nem Renan são capazes de inventar fatos que não estejam amparados por robustas provas materiais.

Assim, quando a bola da CPI da Covid  rolar de fato, será possível afirmar com todas as letras que é o começo, o meio e o fim do governo Bolsonaro, porque se essa pilha de crimes não chegar ao impeachment, nenhum crime mais no Brasil será suficiente para cassar o mandato de um presidente da República.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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CPI da Covid tem gravações explosivas

Há uma sede por parte da imprensa de derrubar a gente. Eu poderia acabar com a pandemia hoje. É só eu juntar os meus ministros, pegar a Caixa Econômica, o BNDES, Banco do Brasil e voltar a pagar à imprensa como se pagava no passado. (Bolsonaro)

De acordo com matéria de Ricardo Noblat, publicada no Metrópoles, está à disposição da CPI da Covid no Senado uma fita explosiva contendo pouco mais de oito horas de gravações do presidente Jair Bolsonaro recomendando remédios ineficazes contra o vírus e criticando medidas adotadas por governadores e prefeitos que poderiam ter reduzido o número de mortos pela pandemia.

A voz debochada e arrogante de Bolsonaro ecoa numa sucessão de vídeos e áudios que mostram um claro desrespeito e desumanidade com os doentes, além do confronto permanente do chefe do governo com os fatos, a ciência e o bom senso, conforme apurou a jornalista Vanda Célia, colaboradora deste blog.

Assessores da CPI temem invasão dos arquivos da comissão para roubo do material, tamanho o impacto que os áudios poderão vir a ter nas eleições do ano que vem. O material está guardado em um cofre, e a senha só é conhecida pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) e o relator Renan Calheiros (MDB-AL).

*Com informações do Metrópoles

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O uso de obstrução da CPI por senadores bolsonaristas só revela que Bolsonaro não tem plano de defesa

Pra começo de conversa, se Bolsonaro tivesse algum feito positivo no combate à pandemia, os bolsonaristas já teriam feito um carnaval nas redes. Se buscarem o mesmo caminho dos senadores que defendem o governo Bolsonaro atacando prefeitos e governadores, é porque Bolsonaro, em última análise, está confessando uma derrota política acachapante. E a CPI ainda nem começou.

Por ora, os times só estão escalados, o que já de cara apresenta uma derrota mortal para quem queria tirar Renan Calheiros da relatoria, justamente porque não tem nada para mostrar como política de combate à pandemia e muito o que esconder sobre a responsabilidade pelo Brasil ter chegado à catástrofe que chegou, com 400 mil mortes.

Até aqui, foi um jogo de perde-perde para Bolsonaro. E essa situação dramática tem tudo para ser ainda pior depois da convocação dos ex-ministros da Saúde, Mandetta, Nelson Teich e, principalmente Pazuello, pois, além da guerra travada por Bolsonaro contra as vacinas, o kit covid, praticamente imposto pela gestão de Pazuello e a falta tanto de oxigênio quanto de medicamentos para intubação nos hospitais, terá um bombardeio de torpedos disparados à queima-roupa.

Pelo aquecimento da peleja na CPI, a tendência é que Bolsonaro não ganhe uma bola dividida e não terá espaço para avançar nos momentos em que estiver com a bola dominada, além de manter a posse desta mais tempo na sessão sem conseguir aplicar qualquer jogada, mesmo porque essas nem teorias têm, que fará fôlego.

Não é sem motivos que Bolsonaro está, além de desesperado, suplicando por algum acontecimento que ao menos reduza esse processo que, sem dúvida alguma, vai tratorar o seu mandato e desembocará inevitavelmente em impeachment.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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