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Com medo, diz ao Exército que não vai para a reserva antes do fim da CPI

Segundo matéria de Carla Araújo, no Uol, membros do Alto Comando e o próprio comandante do Exército, general Paulo Sérgio, tentaram usar de persuasão para convencer o general Eduardo Pazuello de que ele deveria ir para a reserva.

O objetivo era encerrar os inúmeros danos que Pazuello tem causado à imagem da Força e, ao mesmo tempo, tirar a pressão em cima de uma punição rigorosa por sua participação em um ato político com o presidente Jair Bolsonaro no último domingo.

A tentativa de convencimento, relataram militares da ativa envolvidos no processo, não prosperou.

“Não houve ameaça do tipo: ‘podemos te prender se você não fizer isso’. Ele é um oficial-general, o Exército não trabalha assim. Nós fizemos o que pudemos e ele não quer”, afirmou um integrante do Alto Comando.

Pazuello disse aos colegas que pretende responder no prazo o formulário de procedimento disciplinar, que daria suas razões para estar no ato de domingo, mas que não poderia agora ir para a reserva, já que foi mais uma vez convocado pela CPI da Covid para depor.

Segundo relatos feitos ao UOL, Pazuello afirmou que se sente mais seguro ao estar respaldado pelo cargo de general da ativa para enfrentar os senadores. Na véspera do seu primeiro depoimento, inclusive, chegou a cogitar ir fardado, o que foi repreendido pelos colegas de farda.

Para alguns generais, o fato de Pazuello atrelar a sua permanência à duração da CPI abre a possibilidade (e mantém a expectativa) de que o general possa finalmente deixar os quadros do Exército quando os trabalhos no Senado forem encerrados.

Punição em estudo

Apesar de terem que aceitar a permanência de Pazuello, militares continuam defendendo que haja uma “punição exemplar” para inibir carta-branca aos “soldados, tenentes e coronéis” de participarem de atos políticos.

O Comandante Paulo Sérgio tem pregado cautela, entoado o mantra de que é preciso conceder o amplo direito de defesa ao general, mas avisa que não faltará com sua autoridade.

Isso, na avaliação dos generais, significa algum tipo de punição, já que “é público e notório” que Pazuello cometeu uma infração.

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Política

Por participar da manifestação de Bolsonaro, exército vai enviar Pazuello para a reserva

O Comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, vai enviar o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a reserva. A decisão foi tomada após o general da ativa participar de uma manifestação política a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23).

A informação foi confirmada por interlocutores próximos ao Comandante Geral do Exército pelo Congresso em Foco.

De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. Portanto, Pazuello deve ser punido, mas a decisão é delicada porque o presidente da República pode reverter a definição de Paulo Nogueira e gerar uma crise com os militares.

O ex-ministro prestou depoimento na CPI da Covid na última semana e deve ser reconvocado nos próximos dias, já há requerimentos para nova oitiva do militar.Na manhã de hoje, ao participar do ato pró-Bolsonaro, Pazuello apareceu sem máscara e descumprindo regras de distanciamento social.

Na semana passada, ao responder ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) sobre qual sua posição sobre medidas de distanciamento, Pazuello afirmou: “Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível”.

Pazuello é questionado pelos senadores da CPI por ignorar as negociações de compras de vacinas da Pfizer, atrasar o início da vacinação no país e negligenciar apoio ao estado de Manaus durante a crise de oxigênio devido a pandemia de covid-19 em janeiro deste ano.

*Com informações do Congresso em Foco

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Militares veem Pazuello como um vírus e não o querem de volta ao Exército

Militares não querem Pazuello de volta ao Exército e são contra cargo no governo sem o general ir para a reserva.

Após ocupar ministério, ele fica em situação delicada para voltar a ocupar postos de comando nas Forças Armadas.

A saída do general Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, após dez meses à frente da errática gestão na pandemia da Covid-19, foi recebida com alívio por oficiais do Exército. Ainda com o futuro de Pazuello incerto, o maior receio entre os militares agora é sobre a possível volta do general à Força após deixar o cargo político. Esses oficiais defendem que o ministro, que é general, vá para a reserva.

A exoneração do ministro ainda não foi publicada no Diário Oficial da União. O Palácio do Planalto tenta encontrar um cargo para construir uma “saída honrosa” para Pazuello. Entre oficiais- generais há receio que o movimento de retorno de Pazuello à atividade do Exército seja interpretado como um vínculo político da instituição, o que tem sido evitado pelo comandante do Exército, Edson Leal Pujol. Em novembro do ano passado, com aumento das críticas, Pujol disse que “militares não querem fazer parte da política”, delimitando que o Exército é uma instituição de Estado e não de governo.

Integrantes da Força avaliam que a retirada do general da ativa da linha de frente na crise sanitária poupa o Exército diante do agravamento da situação. O coronavírus já matou mais de 280 mil pessoas no país e o sistema de saúde está em colapso, com falta de unidades de terapia intensiva em diversos estados

Segundo um integrante do Alto Comando do Exército, em conversa reservada com o GLOBO, a substituição de Pazuello pelo médico Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde é a melhor tentativa de reparar o erro que o general cometeu ao aceitar ter ficado no cargo após a saída do ex-ministro Nelson Teich, em maio do ano passado. Na opinião dele, o general deveria ter se antecipado e pedido sua passagem para a reserva.

Para um general da ativa, Pazuello ficou com o maior desgaste da condução da pandemia, mas admite que a saída dele do Ministério da Saúde é boa para a Força. De acordo com este militar, apesar dos esforços para para blindar a instituição das críticas a Pazuello, a associação feita pela população é inevitável.

Na avaliação desses generais ouvidos pelo GLOBO, após a passagem pelo governo, Pazuello fica em situação delicada para voltar a ocupar cargos de comando no Exército. Antes de chegar ao Ministério da Saúde como secretário-executivo em abril de 2020, o general, especializado em logística, era o comandante da 12ª Região Militar da Amazônia.

No Planalto, a ordem é encontrar uma colocação para o ainda ministro. O presidente Jair Bolsonaro, segundo integrantes do governo, tem afirmado não querer deixar Pazuello desamparado. Caso isso não se concretize, Pazuello poderá despachar no Ministério da Defesa ou assumir uma função administrativa.

Ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, disse que o caso de Pazuello, que permaneceu na ativa enquanto esteve no ministério, é um exemplo de que é preciso alterar a legislação para limitar a atuação de militares e outras carreiras de Estado de cargos políticos.

— A responsabilidade da atuação no Ministério da Saúde é do Pazuello, não tem na a ver com o Exército. Por outro lado, ele ser da ativa mostra que é preciso acertar a legislação para não ter esse vínculo institucional e político. É uma situação esdrúxula que acaba estabelecendo entre a política e a instituição, mesmo que você não queria. Pode dar a desculpa que você quiser, o vínculo fica estabelecida — disse Santos Cruz.

Para generais da ativa e da reserva ouvidos pelo GLOBO, Pazuello assumiu todo o desgaste da pandemia, principalmente após ter sido desautorizado quando negociava a compra da vacina Coronavac. Na época, Pazuello disse “Um manda e outro obedece”. A frase até hoje é lembrada por militares como o início da derrocada do general.

Secretário especial de Assuntos Estratégicos nos 11 primeiros meses do governo Bolsonaro, o general da reserva Mayanard Santa Rosa diz que a demissão de Pazuello ocorre num momento em que o presidente, pressionado pela população e pelo Congresso, precisa apresentar um culpado para a condução desastrosa na pandemia.

— O erro foi de Bolsonaro, não do Exército. Pazuello não foi uma indicação da Alto Comando, mas uma escolha personalíssima do presidente. A saída dele é sim um alívio para a instituição — disse o general.

*Jussara Soares/O Globo

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