Dólar chega a R$ 4,44 e BC, mais uma vez, usa reservas deixadas por Lula e Dilma para salvar o país

Ibovespa cai mais de 5%, dólar sai em disparada e, lógico, o Infomoney e grande mídia atribuem ao coronavírus, não na descrença cada vez maior na economia e na moeda brasileiras, que, mais uma vez estão sendo salvos pelas reservas de R$ 380 bilhões, deixadas por Dilma e Lula, os mesmos que a mídia, numa campanha imunda de fake news martelou, de forma sórdida e covarde, que eles quebraram o país.

Poderiam também citar a crise gerada pela disseminação, por Bolsonaro, no Whatsapp de uma convocação contra o Congresso e o STF, mas como vivemos uma democracia de mercado, o mesmo já coloca panos quentes para baixar a temperatura depois que FHC, pai do plano econômico de Guedes, escreveu um estribilho desautorizando Bolsonaro, o que, em termos políticos, tem validade nula, já que FHC é um resiliente, goza de uma impopularidade ímpar por ter jogado o país num inferno e por ter aplicado justamente uma agenda que Guedes copia de A a Z.

O resultado, lógico, não poderia ser outro. Mas como os economistas no Brasil estão aí na mídia a serviço dos interesses dos bancos, do capital improdutivo, que vive de exploração, lucrando horrores, enquanto o povo sente os efeitos da lambança neoliberal, a palavra de Fernando Henrique é lei, principalmente na Globo, a principal transmissora de fake news sobre a história recente da economia brasileira com o personagem FHC, que quebrou o Brasil três vezes em oito anos, como a autoridade máxima de economia no país.

Duro é o mercado ser tão franco e revelar, de forma tão fria, na prática, o preço do banquete dos banqueiros, com um desinvestimento inédito na indústria e a fuga de capital do país, porque até o mais bobo dos bobos da corte sabe que não se coloca dinheiro bom em negócio ruim.

E, por mais que o Brasil esteja barato, como gostam de dizer os agenciadores da retórica neoliberal, ninguém quer ouvir falar em investir em xepa de uma economia que começa a berrar através do dólar e do tombo na bolsa de valores que o Brasil está a dois passos do inferno.

Não adianta, por mais que a mídia tente esconder, inclusive a opinião de Lula e Dilma sobre mais uma travessura miliciana de Bolsonaro contra a democracia, como se os dois não tivessem a menor importância, o dólar em disparada grita. Se não fossem esses dois, o dólar teria passado de 7,00, assim como na era FHC que o próprio boquirroto neoliberal disse de boca própria a Clinton e outros chefes de Estado europeus na Itália, que o Brasil estava praticamente em estado terminal, porque bastaria alguém espirrar na Cochinchina para, no Brasil, virar pneumonia.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas