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Sem ter o que mostrar em três anos de tragédia, Bolsonaro usa obra emblemática de Lula para tentar fazer o povo de idiota

Em seu pronunciamento no último dia de 2021, Bolsonaro, ridiculamente mencionou a transposição do Rio São Francisco como se fosse uma obra de seu governo.

A transposição do Rio São Francisco, todos sabem, é uma obra monumental e uma das marcas do governo Lula e está tatuada na memória do povo, não há como apagar.

Mas como Bolsonaro é essa distopia crônica, no desespero de não ter nada para mostrar de construtivo, apenas desmonte e terra arrasada em três anos de governo, achou por bem passar recibo de idiota para o povo mentindo, sem um mínimo de vergonha na cara.

Isso mostra que Bolsonaro, mais que qualquer um, vê-se como um político falido, gestor de um governo quebrado que arrastou o Brasil para seu inferno particular.

Ao assumir, de forma fraudulenta, a grande obra feita por Lula como sua, o apodrecido Bolsonaro, só sublinhou que está politicamente arruinado.

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Vídeo: Uol desanca fake news de Bolsonaro sobre obras no São Francisco como se fosse de seu governo e não de Lula

Diversas postagens enaltecendo a atuação do governo do presidente Jair Bolsonaro em relação à transposição do Rio São Francisco viralizaram nas redes sociais desde o início de novembro.

Um dos vídeos que viralizou, e que é alvo desta checagem, afirma no título: “Bolsonaro desbanca Lula e coloca projeto no nordeste (sic) para funcionar”.

No entanto, o contexto das postagens e do vídeo foi o religamento de uma bomba que já tinha sido colocada em funcionamento em 2017 e que permite que as águas cheguem ao município de Monteiro (PB) e à região de Campina Grande, também na Paraíba.

A bomba em questão, localizada em Sertânia (PE), esteve desligada em dois períodos este ano: de abril a julho e de agosto a outubro, devido a vazamentos na barragem de Cacimba Nova.

O trecho final do vídeo mostra o vereador de Campina Grande Sargento Neto (PRTB), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Câmara Municipal, comemorando a retomada do bombeamento da água. O mesmo conteúdo foi publicado na página oficial do parlamentar no Facebook, no dia 11 de novembro, quando Jair Bolsonaro esteve na cidade.

O que é a transposição do Rio São Francisco?

As obras da transposição do rio São Francisco começaram em 2007, no segundo mandato de Lula.

O objetivo do projeto é interligar, através de canais, a bacia do São Francisco com rios temporários (que secam em períodos de estiagem) de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

O São Francisco nasce em Minas Gerais e passa por Bahia, Pernambuco, Sergipe e termina em Alagoas.

Os primeiros registros da proposta de construir canais para levar a água até o Ceará são do período do Império.

Antecessores de Lula, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco também fizeram projetos para a transposição, mas nenhum deles saiu do papel.

Quanto foi investido?

O orçamento inicial de toda a obra de transposição saltou de R$ 4,5 bilhões para R$ 12 bilhões. Até o momento foram investidos R$ 10,7 bilhões. Desse montante, cerca de R$ 582 milhões (pouco mais de 5% do total) foram gastos na gestão de Jair Bolsonaro.

Repercussão nas redes

O Comprova verifica conteúdos duvidosos sobre políticas públicas do governo federal que tenham grande potencial de viralização. O vídeo verificado teve, até a tarde de segunda-feira (9), mais de 114 mil visualizações no YouTube.

 

 

*Com informações do Uol

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Depois de Bolsonaro acusar a Venezuela, barris da Shell são encontrados em praias do Nordeste contendo óleo cru

Trata-se de um governo estúpido e qualquer tipo de respeito em análises e notícias vão se perdendo na medida em que as declarações vão se provando altamente ideologizadas, recheadas de achismos e ódio. Bolsonaro insinuou e seu ministro do Meio Ambiente disse que o óleo que atingiu diversos estados do nordeste e o rio São Francisco, teria vindo da Venezuela.

O pior de tudo foi ver a Marinha analisar que a óleo dos barris encontrados no litoral de Sergipe não se trata do mesmo que se espalhou pelo litoral brasileiro.

Isso, por que os barris são da Shell e não tem origem alguma de qualquer “regime socialista”, como insinuou Arthur Weintraub, que é assessor da presidência da República e irmão do ministro da educação, Abraham Weintraub.

Já a Universidade Federal do Sergipe concluiu, em análises químicas, que o óleo encontrado junto aos barris é o mesmo que espalhou no mar.

O fato dos barris serem da Shell não exclui a origem venezuelana do óleo, já que a Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.

Os barris contêm inscrições e etiquetas que podem ajudar a identificar a embarcação de onde caiu ou foi despejado o petróleo que causou um desastre ecológico no litoral brasileiro.

Os barris contêm a inscrição “Argina S3 30”, um lubrificante da marca Shell, além de etiquetas da multinacional de petróleo. Como o que havia dentro deles era óleo cru e não lubrificante, os investigadores acreditam que apenas foram reaproveitados pela empresa que fazia o transporte do óleo venezuelano.

A descoberta dos barris trás mais dúvidas que certezas mas, serve como alerta para pessoas do governo se comportem com o decoro exigido pelo cargo. Não cabe a um ministro e ao próprio presidente que torne público qualquer juízo contra qualquer país, ou pessoa, antes que haja provas sobre fatos tão graves a ponto de criar incidentes diplomáticos.

“A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores localizados na Praia da Formosa, no Sergipe, não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira. São tambores de óleo lubrificante para embarcações, produzido fora do país. O IBAMA está ciente do caso.”

 

 

*Com informações do A Postagem