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Decreto confirma a participação das Forças Armadas nas eleições, mas na segurança e logística

Tribunal lembra que possibilidade de pedir apoio de forças federais está prevista em lei desde 1965.

Segundo a Rede Brasil Atual, trata-se de um tema de polêmica insuflada pelo governo, a participação das Forças Armadas nas eleições de outubro está definida pelo Decreto 11.172/2022, publicado na última sexta-feira (12) no Diário Oficial da União. O decreto autoriza o emprego das FA para “a garantia da votação e da apuração” das eleições, marcadas para 2 e 30 de outubro (nesse último caso, se for necessário segundo turno) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lembra que a possibilidade de requisição do auxílio de forças federais está prevista na legislação desde 1965.

No caso, a Lei 4.737/1965 (Código Eleitoral). O artigo 23 determina que cabe privativamente ao TSE “requisitar Força Federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos tribunais regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração”. O tribunal cita ainda a Lei Complementar 97/1999, para mostrar que ao presidente da República cabe outra responsabilidade, de ativar órgãos operacionais “na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz”.

Ordem pública

Tradicionalmente, nas eleições, as Forças Armadas atuam no apoio logístico e realizam transporte de urnas eletrônicas, pessoas e materiais para locais de difícil acesso”, lembra ainda o TSE. “Também garantem que os processos de votação e de apuração realizados pela Justiça Eleitoral ocorram dentro da normalidade. As Forças Federais ainda ajudam a manter a ordem pública em localidades em que a segurança precise de suporte extra. Esse tipo de operação é chamado de Garantia da Votação e Apuração (GVA).” Assim, o reforço pode ser solicitado pela Justiça Eleitoral, se for considerado necessário, para “assegurar o direito do eleitorado de exercer a cidadania por meio do voto e escolher representantes com tranquilidade”.

Assim, na eleição presidencial anterior, em 2018, houve apoio de força federal em 513 municípios, ante 279 quatro anos antes. Já no último pleito, dois anos atrás, 613 cidades necessitaram desse auxílio. Resolução de 2004 do TSE estabelece que o tribunal requisitará a força federal necessária ao cumprimento da lei ou decisões judiciais, para garantir o livre exercício do voto e a apuração dos resultados.

Reuniões ocorrem desde abril

A primeira reunião para alinhar como ocorrerá a atuação das Forças Federais nas Eleições Gerais de 2022 foi realizada em abril deste ano e contou com a participação do presidente do TSE, ministro Edson Fachin; do subchefe de Operações do Estado Maior das Forças Armadas, general Rezende de Queiroz; e do diretor-geral da Corte Eleitoral, Rui Moreira”, informa o tribunal.

Dessa forma, os pedidos de auxílio são encaminhados ao TSE pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que devem “apontar fatos que revelem o risco de perturbação das atividades eleitorais e devem ser feitas de forma apartada para cada zona eleitoral”. Cada demanda é analisada pelo TSE. Se aprovada, o TRE deve se comunicar com o comando local da força federal. “É importante destacar que o contingente que estiver à disposição da Justiça Eleitoral deve observar as instruções da autoridade judiciária eleitoral competente”, ressalta o tribunal.

Na semana que passou, o presidente do TSE, Edson Fachin, excluiu o coronel Ricardo Santana do grupo que inspeciona os códigos-fonte das urnas. O militar publicou nas redes sociais informações falsas sobre as urnas eletrônicas. O Exército informou que não indicará substituto. Na próxima terça-feira (16), o ministro Alexandre de Moraes assumirá o comando do tribunal.

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PF vê acirramento político e aciona estados por mais segurança na eleição

A Polícia Federal decidiu acionar forças estaduais para reforçar os cuidados com a segurança de presidenciáveis na eleição, informa a Folha.

A direção do órgão orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos estados para mobilizar esforços no processo.

A PF é diretamente responsável pela proteção dos candidatos à Presidência —com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fica sob os cuidados do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o que terá o maior efetivo envolvido, decisão que obedece regra interna da PF baseada na medição de risco detectada.

A recomendação da cúpula da PF partiu do diretor-executivo, Sandro Avelar, número dois na hierarquia do órgão. Fica sob seu guarda-chuva a área que cuida da segurança dos candidatos.

A Folha teve acesso ao ofício redigido pela PF para as superintendências encaminharem às secretarias estaduais.

No texto, a direção da PF afirma que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral”.

O documento foi elaborado no final de junho, antes do assassinato de Marcelo de Arruda em Foz do Iguaçu (PR), no dia 9 de julho. O militante petista foi morto por um apoiador de Bolsonaro durante a festa de seu aniversário de 50 anos em um clube na cidade. Os temas da festa eram Lula e o PT.

A PF também classifica como “complexa” a tarefa de realizar a segurança dos presidenciáveis.

Integrantes da polícia afirmam que essa deve ser a mais preocupante eleição da história por causa da polarização instalada no país.

Aos estados o órgão diz que espera contar com o serviço de inteligência das instituições, a força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, o emprego de batedores e a disponibilidade dos Corpos de Bombeiros —além do apoio de órgãos de trânsito.

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Política

Por motivo de segurança, Lula se muda para a cidade de São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mudou de São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista, para São Paulo após sofrer pressão de amigos, de sua assessoria e de lideranças do partido que, preocupados com a sua segurança, tentavam convencê-lo a morar em um local mais protegido. Ele aceitou se mudar no fim do ano passado, informa o Uol.

Anteriormente, Lula morava em um sobrado em São Bernardo do Campo, em uma situação descrita por amigos como precária no que diz respeito à segurança. Com a aproximação das eleições, o clima político acirrado no País foi uma das justificativas para que amigos e a equipe do petista o convencessem a se mudar. Ele, de início, não tinha interesse de sair do sobrado para morar na capital paulista.

A nova casa, que fica no centro expandido da cidade, na zona oeste, foi escolhida pela namorada do petista, a socióloga Rosângela da Silva, ou “Janja”. A locação é descrita como comum, mas com a segurança reforçada. Lula tem concentrado a agenda entre viagens, encontros presenciais, reuniões de preparação para campanha e entrevistas realizadas de sua casa, agora em São Paulo, ou do Instituto Lula, que fica no Ipiranga.

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Vídeo: Campanha publicitária de Dória sobre os feitos da segurança traz cenas pesadas de guerra

Uma absurda campanha publicitária sobre os feitos de Dória na segurança é aterrorizante, com cenas perfeitas de uma guerra e, pior, livres para todas as idades nas tevês dos lares paulistas.

Assim caminha o Brasil e é assim a campanha eleitoral e publicitária do governo João Doria, sobre seus feitos como “general” da segurança.

Coisa de assustar, mesmo. Padrão Rambo ou Chuck Norris.

O supermercado da morte

Bolsonaro libera armas, Moro distribui “excludente de ilicitude”, Witzel manda mirar nas criancinhas, nas cabecinhas e, agora, os filmetes descritos pela Folha como uma “espécie de cruzamento de Tropa de Elite com algum episódio da série CSI: policiais atirando, pesquisas forenses em laboratório, tudo com um padrão cinematográfico”.

Não falta muito para lançarem um programa Minha Bala, sua Vida ou o “Cada Cadáver, um Voto”

Assista:

 

 

*Com informações do Tijolaço

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CNT/MDA: avaliação negativa do governo Bolsonaro dispara de 19% para 39,5%

Pesquisa divulgada hoje pela CNT/MDA revela que 39,5% dos brasileiros considera o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) como ruim ou péssimo. Em fevereiro, esta avaliação era feita por 19% dos entrevistados.

De acordo com o levantamento, 29,1% veem o governo como regular e 29,4% consideram ótimo ou bom. Foram realizadas 2.002 entrevistas entre os dias 22 e 25 de agosto, em 137 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

A pesquisa também mostrou que 53,7% das pessoas desaprovam o desempenho pessoal do presidente. Já os que aprovam são 41%.

Para os entrevistados, as áreas em que o governo está se saindo melhor são “combate à corrupção”, “segurança” e “redução de cargos e ministérios”, enquanto as três piores são “saúde”, “meio ambiente” e “educação”.