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Sergio Moro, perto do fim

Por Leandro Fortes

Os vazamentos das mensagens de integrantes da força-tarefa da Lava Jato parecem levar ao “fim da linha” as ambições políticas do ex-juiz Sérgio Moro; “Nessa toada, vai acabar como muitos outros salvadores da pátria criados pela Casa Grande para conter a força do povo e destruir lideranças populares: caído, moralmente mutilado e, finalmente, esquecido”, analisa.

Não se trata mais de culpa ou inocência, mas do tamanho do abismo sobre o qual o País, governado por uma turba de desqualificados, está prestes a ser jogado.

A julgar pela fuga de Sérgio Moro e o silêncio da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, estamos todos por conta própria, à espera de uma mega crise institucional provocada por uma paralisia política próxima da estupidez.

Apoiado por mentirosos, dentro e fora do governo, Sérgio Moro se mantém escorado no hacker imaginário, um delírio com fôlego cada vez mais curto e, por isso mesmo, com terrível potencial para se transformar em tragédia: apoiadores do ex-juiz falam na prisão de um laranja disposto a confessar adulterações nas mensagens do Telegram.

Trata-se de cinismo, além de um flerte com perigo, mas talvez Moro, chefe da Polícia Federal, com o apoio de Bolsonaro, esteja mesmo disposto a dobrar a aposta contra o bom senso e a democracia.

Ele, aliás, como de resto, o mundo todo, sabe que as mensagens são verdadeiras e que, embora ainda esteja razoavelmente blindado, sua atuação como chefe de fato da Lava Jato, em conluio com o Ministério Público, é o fim da linha para suas ambições políticas.

Mais ainda: a possibilidade real da anulação das sentenças da Lava Jato, uma a uma, em efeito cascata, farão dele um alvo fácil dos muitos inimigos que fez, ao longo dos últimos anos, e não só na esquerda.

Nessa toada, vai acabar como muitos outros salvadores da pátria criados pela Casa Grande para conter a força do povo e destruir lideranças populares: caído, moralmente mutilado e, finalmente, esquecido.

O julgamento histórico é cruel e, em tempos de redes sociais globais, cada vez mais rápido.

 

 

*Leandro Fortes

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Ministério Público Federal reforça pedido da defesa de Lula para alterar absolvição dele no caso do acervo presidencial

Enfim…

Procuradora concorda com defesa de Lula que a absolvição no caso do acervo deve se dar por atipicidade na conduta, e não por falta de provas.

a subprocuradora-geral da República Áurea Maria Etelvina Nogueira Lustosa Pierre enviou ao Superior Tribunal de Justiça, na terça (21), um pedido para que a Corte mude o fundamento da absolvição de Lula e Paulo Okamotto na questão do acervo presidencial do Instituto Lula.

Na ação triplex, Sergio Moro condenou Lula pela reforma no apartamento, mas declarou falta de provas para sentenciar os réus à condenação pelos recursos empregados pela OAS na manutenção do acervo presidencial. Leo Pinheiro, delator informal, fez constar nos autos que não havia nenhuma irregularidade ou acerto de propina nesse subsídio.

A segunda instância seguiu a sentença de Moro. No STJ, os desembargadores não apreciaram pedido da defesa para alterar a fundamentação. “A intenção é que eles sejam declarados não culpados por atipicidade de suas condutas (artigo 386, III, do Código de Processo Penal), e não por falta de provas”, explicou o Conjur. Com isso, Okamoto e Lula evitaram desdobramentos na área cível, por exemplo.

“Antes do julgamento do recurso especial, a integrante do MPF já havia opinado ao STJ que Lula e Okamotto não cometeram crime. De acordo com ela, a legislação permite que empresas e pessoas possam se interessar na preservação da memória do Estado brasileiro.”

 

 

 

 

*Com informações do GGN