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Política

Toma lá, dá cá: Bolsonaro oferece mais quatro ministérios ao Centrão, que não deve deixá-lo antes de abril

Jair Bolsonaro botou nas mãos de Ciro Nogueira uma guloseima apetitosa.

Ofereceu mais quatro ministérios para o Centrão — ainda sem definição de quais seriam exatamente. Dois irão para o Senado escolher e mais dois para a Câmara.

A propósito, um escolado líder do Centrão respondeu assim à possibilidade de a facção deixar o governo Bolsonaro: “Antes de 2 de abril, ninguém sai”. A data, seis meses cravados antes da eleição, é o prazo final para a desincompatibilização de quem disputará as urnas de outubro.

Não é à toa que um ministro do STF, com fina ironia, costuma sentenciar: “Este governo foi desapropriado pelo Centrão.

Como disse o próprio Ciro Nogueira, “Até o Talibã aderiu ao Centrão. kkkk.”

O Talibã afegão, não se sabe ainda. Mas o brasileiro, ninguém tem dúvida.

*Lauro Jardim/O Globo

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Mundo

Vídeo – Breno Altman: derrota imperialista no Afeganistão é fato positivo

Jornalista narra origens da crise e critica Talibã, mas define os EUA como principal responsável pelas tragédias do país desde 1979; veja vídeo na íntegra.

No programa 20MINUTOS HISTÓRIA desta terça-feira (17/08), o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, discorreu sobre a origem da crise do Afeganistão. O Talibã retornou ao poder no país, colocando abaixo o governo de Ashraf Ghani, considerado um fantoche dos Estados Unidos, que invadiram o país em 2001.

Nesta semana, ganhou intensidade o debate de se teria havido ou não uma derrota da Casa Branca. Se a ascensão do Talibã é um fato positivo ou negativo no cenário mundial e na vida do Afeganistão.

Para Altman, “a derrota do imperialismo estadunidense é fato positivo na situação internacional e na própria condição interna do país, embora muitas nuvens ainda pairem sob o horizonte. O povo afegão merece toda a solidariedade internacional que puder ter, inclusive contra possíveis delírios e crueldades dos novos governantes”.

Assim, os comunistas passaram à oposição frontal, aproveitando-se da influência conquistada no interior das Forças Armadas por conta do auxílio militar soviético desde 1973. O PDP inclusive se reunificou em 1977, diante da situação, pondo fim a 10 anos de cisma entre as frações Khalq (massas, em dari) e Parcham (bandeira).

República Democrática do Afeganistão

Com apoio de setores das Forças Armadas, das classes trabalhadoras assalariadas e das camadas médias urbanas, especialmente em Cabul, o PDP comandou a chamada Revolução de Saur, em 28 de abril de 1978.

Um novo governo foi constituído, com Taraki como primeiro-ministro, Karmal como seu vice e Amin como ministro das Relações Exteriores, compondo as duas tendências comunistas.

“As primeiras medidas do governo Taraki foram a decretação do caráter laico do Estado e de uma ampla reforma agrária, além de outras medidas buscando igualdade de gênero e direitos para as mulheres, controle do capital financeiro, estabelecimento de um sistema público de ensino”, listou Altman.

Essas medidas geraram rechaço no campo, onde dominavam forças semifeudais e muçulmanas que estavam “descontentes com o combate explícito dos comunistas às posições religiosas, ao poder das instituições islâmicas e a implantação de um modelo agrário baseado na combinação entre coletivização e cooperativização”.

Essa resistência rapidamente ganhou o formato de uma rebelião armada, com inúmeros grupos sendo criados para lutar contra o governo Taraki, com ajuda militar do Paquistão e da Arábia Saudita, mas também com apoio decisivo dos EUA e do Reino Unido.

“No dia 3 de julho de 1979, o então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, assinou secretamente uma ordem executiva para reforçar as finanças e a capacidade militar dos grupos de oposição ao regime liderado pelo PDP, usando como base operacional o Paquistão e seu serviço secreto”, explicou Altman.

Era o início da Operação Ciclone, chefiada pela CIA, que chegou a treinar mais de 100 mil mujahideen até 1989, palavra árabe para “combatentes”, como eram chamados os insurgentes que se levantavam contra Taraki e seus companheiros.

Amin acabou derrubando Taraki e ordenando sua execução, assumindo o governo e se aproximando dos EUA e do Paquistão. Moscou, que até então havia tentado evitar interferir no conflito, se aliou a Babrak Karmal em uma conspiração para derrubar e matar Amin, fazendo de seu aliado principal o novo presidente do Afeganistão.

Karmal decidiu, como primeira medida, a invocação do Tratado de Amizade entre o Afeganistão e a URSS, assinado em 1978, solicitando a entrada formal do Exército Vermelho no país para enfrentar seus inimigos.

A intervenção soviética durou 10 anos, e não conseguiu “derrotar os grupos islâmicos insurgentes, embora fosse capaz de impedir a queda do governo dos comunistas, chefiado por Karmal até 1986 e por Mohammad Najibullah até 1992”.

O Exército Vermelho se retirou unilateralmente, em 1989, sob o governo de Mikhail Gorbatchev. Três anos depois, os grupos islâmicos mais moderados, pró-ocidente, vinculados às elites agrárias, semi-feudais, chegaram ao poder. O novo presidente passou a ser Burhanuddin Rabbani, que ocuparia o cargo até 1996. As frações muçulmanas. mais radicais, porém, vinculadas aos pequenos fazendeiros e excluídas do governo, rapidamente passaram à oposição.
Talibã

“Foi nesse caldo de cultura que surgiu o Talibã, criado em 1994, a partir de um grupo de islâmicos fundamentalistas que tinham combatido a URSS e os comunistas, embora não haja provas ou evidências que tivessem relação direta com os Estados Unidos”, ponderou Altman.

De toda forma, fortemente apoiados pelo Paquistão, apesar da pressão em contrário dos EUA, o Talibã rapidamente ganhou musculatura social e militar, até derrubar o governo, em 27 de setembro de 1996, e estabelecer uma “feroz ditadura fundamentalista, mas já em contradição com os interesses dos Estados Unidos”.

Além da brutalização das mulheres e da conversão do país em um emirado islâmico, governado pela Xaria e inteiramente submetido a sua versão do Alcorão, o Talibã ficou conhecido por atos de absurda crueldade.

“A ascensão do Talibã tinha sido possível, em última instância, graças ao apoio dos Estados Unidos aos mujahideens anticomunistas, mas seu perfil antiamericano decorreu de um sentimento de traição”, reforçou o jornalista.

Os atentados contra o World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, foram o episódio decisivo para a abertura de um novo ciclo. Os EUA, desde 1996 em conflito com o Talibã, invadiram o país “e restituíram o poder para seus antigos aliados, conformados na Aliança do Norte, formada em 1996 por Rabbani e amigos”.

As tropas norte-americanas expulsaram os fundamentalistas da capital, criaram a Administração Transitória do Afeganistão e praticamente impuseram o retorno dos políticos afegãos mais próximos da Casa Branca. Segundo o jornalista, os presidentes sob ocupação norte-americana “sempre foram vistos, pela imensa maioria do Afeganistão profundo, como fantoches do imperialismo, verdadeiro sustentáculo do regime nascido em 2001, a bordo dos tanques e aviões enviados por Washington”.

Durante os 20 anos de guerra neocolonial, como definida por Altman, sem conseguir controlar o território ou dotar seus aliados de uma estrutura político-militar que o fizesse, a ocupação norte-americana provocou 180 mil mortes, 50 mil das quais de civis. Mais de 60 mil pessoas ficaram gravemente feridas e 11 milhões de refugiados deixaram suas casas e o país. Mais de 2,5 mil norte-americanos faleceram, além de outros 1,1 mil aliados estrangeiros.

“Ao contrário de retirar o país das sombras do período talibânico, como prometia a famosa Guerra ao Terror, o que se viu foi a proliferação de grupos terroristas, alicerçados no fundamentalismo islâmico, atuando dentro do Afeganistão e reforçando seus pares além-fronteiras”, criticou.

Derrota dos Estados Unidos

Ele argumentou que o Talibã comandou, por vinte anos, uma guerra popular de libertação nacional, anti-imperialista, com o apoio de amplas massas do povo afegão, até mesmo de setores que tinham sido oprimidos pelo regime dos mulás.

“Essa constatação não faz do Talibã uma força progressista, mas seu caráter reacionário não deveria servir de argumento contrário à caracterização do que ocorreu depois de 2001”, enfatizou.

Para Altman, ainda é cedo para saber se o Talibã de hoje é a mesma organização de 2001 ou se as alianças internacionais, além da mobilização interna contra os Estados Unidos, forçaram alguma mudança em seu programa, em seus valores e em seus métodos.

“O fato principal, no entanto, é que a origem dos principais problemas do país não está no fundamentalismo religioso e reacionário do Talibã, mas na dominação imperialista que os EUA buscam exercer, nesse país, desde o final dos anos 70”, afirmou.

Segundo o jornalista, “não há como o Afeganistão chegar a um caminho democrático e emancipatório sem antes se livrar da dominação imperialista”. A reconfiguração do próprio Talibã ou sua substituição por uma eventual alternativa de esquerda ou mais democrática, dependeria da expulsão do imperialismo, para que outras questões possam emergir com mais relevância.

“Por outro lado, o enfraquecimento dos Estados Unidos, propiciado pela derrota no Afeganistão, é saudável para o equilíbrio internacional de forças, para o desmonte final da ordem unipolar que emergiu depois do desaparecimento da União Soviética, em 1991. Claro, abre-se também um novo período de tensão e dor para os setores populares, para as mulheres, em função da natureza do Talibã e sua história. Mas esses dramas não foram amenizados no período da ocupação norte-americana. Ao contrário, pioraram. Somente a derrota do imperialismo, um fato positivo e central, poderá abrir espaço para enfrentar as chagas do fundamentalismo religioso, na medida em que esse deixe de ser confundido com a própria luta de libertação nacional”, concluiu.

*Breno Altman/Opera Mundi

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Mundo

Retorno do Talibã ao poder consolida o fracasso dos Estados Unidos no Afeganistão

Após 20 anos de ocupação militar, Washington acelera a retirada de suas tropas de Cabul ao mesmo tempo em que os extremistas islâmicos retomam o controle da capital, um cenário quase tão vergonhoso quanto a derrota no Vietnã há 44 anos.

A notícia internacional deste domingo (15/8), e que provavelmente continuará a se destacar nas próximas semanas, é a retomada do controle do Afeganistão pelas forças do Talibã.

Os extremistas já haviam recuperado o domínio no norte do país e dos arredores de Cabul, e neste fim de semana avançaram sobre a capital, sem encontrar resistência do exército afegão – que ainda conta com algum apoio da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), apesar do fato de os Estados Unidos terem retirado suas tropas do país há algumas semanas, tanto que a reação de Joe Biden aos acontecimentos deste domingo foi enviar 5 mil homens à região, não para impedir o Talibã mas para garantir a segurança dos militares estadunidenses que ainda não haviam saído do país.

Quem conseguiu escapar ileso foi o agora ex-presidente afegão, Ashraf Ghani, que encontrou refúgio temporário no Tajiquistão, deixando o país e sua capital nas mãos do grupo fundamentalista muçulmano, pelo menos momentaneamente.

A retomada do poder no Afeganistão por parte do Talibã é a materialização de mais uma derrota dos Estados Unidos e da OTAN no país que esteve ocupado militarmente por quase 20 anos, desde cerca de um mês após os atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001.

Uma vez que o país se tornasse militarmente controlado pelo Ocidente, a promessa foi que a ocupação tinha como objetivo fortalecer o sistema democrático e, justamente, extinguir os grupos fundamentalistas islâmicos.

Não aconteceu nem uma coisa nem outra. O Talibã foi expulso da capital e ficou alguns anos afastado do poder central, mas continuou dominando algumas regiões do interior do país, apoiado por etnias hegemônicas ao norte e ao sul da capital. Seguiram realizando ataques esporádicos que terminaram com a vida de milhares de militares estadunidenses e muitas mais de civis afegãos.

Enquanto isso, o sistema democrático que a OTAN prometeu instalar no país nunca foi tal. As três eleições realizadas no país sob a tutela do Ocidente tiveram a participação de menos de um terço dos eleitores, o que resultou em governos de legitimidade questionada. Em todas as três ocasiões, o Talibã reivindicou o sucesso de seus apelos de boicote à votação.

Na verdade, houve vitórias de ambos os lados: nas cidades controladas pela OTAN a participação eleitoral não foi tão baixa, mas isso aconteceu basicamente em Cabul e arredores. No interior do país, onde o Talibã manteve o domínio, não houve votação. Por isso, os três governos afegãos eleitos por aquele sistema nunca tiveram aceitação em todo o país.

Além disso, outras instituições do país não foram fortalecidas. O judiciário e outros órgãos também dependiam da presença de forças da OTAN para fazer cumprir suas decisões, o que significava que não eram aceitas em todo o território afegão.

Trump e Biden igualmente derrotados

De forma oportunista, Donald Trump tentou culpar Joe Biden pelos acontecimentos deste fim de semana. Porém, em sua gestão, após mais de uma década e meia de ocupação, o Pentágono e a Casa Branca já defendiam a ideia de retirar tropas do país asiático.

Em 2018 o próprio Trump procurou estabelecer uma trégua com o Talibã para retirar as tropas norte-americanas. A ideia não foi adiante, mas Washington tomou outras decisões: diminuiu o orçamento para financiar a ocupação militar e instou seus aliados da OTAN a reforçar sua presença no país – ideia que também não recebeu muito apoio.

Com a chegada de Biden, que prometeu durante sua campanha eleitoral que o país se retiraria do Afeganistão, as forças estadunidenses passaram a ser comandadas pelo general Austin S. Miller, cuja posição desde o início foi a de defender a retirada dos Estados Unidos do conflito.

“A guerra civil (no Afeganistão) é um caminho que pode ser visualizado. Esta deve ser uma preocupação global”, alertou Miller em uma entrevista. Mas foi um mero eufemismo: a “guerra civil” era na verdade a volta do Talibã ao poder, algo que ele sabia porque desde 2020 o grupo já se aproximava da capital do país.

Em abril passado, Biden anunciou a retirada das forças estadunidenses do Afeganistão. Inicialmente, esse movimento estava programado para começar em setembro, mas a medida foi adiantada e começou em julho. Rumores afirmam que essa decisão tentou antecipar a retomada de Cabul pelo Talibã, algo que já se visualizava há um mês: os extremistas capturaram mais da metade dos 398 distritos do país nas últimas semanas, segundo reportagem recente do jornal The New York Times.

Em julho, quando foi anunciado o início da retirada, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, evitou falar derrotada, mas assumiu que “não vamos ter um momento de missão cumprida”, aludindo a uma definição de George W. Bush sobre a Guerra do Iraque, em maio de 2003. “Esta foi uma guerra de 20 anos que não foi vencida militarmente”, resumiu Psaki.

Mas foi pior do que isso. O resultado após esses 20 anos é comparável ao obtido pelos Estados Unidos no Vietnã, outro país asiático onde os militares ianques sofreram uma severa derrota em 1975, após 11 anos de luta contra o comunismo – na verdade, Washington apoiou grupos anticomunistas desde 1955, mas o embarque das suas tropas só começou em 1964, após o assassinato de John Kennedy e a chegada ao poder de Lyndon Johnson.

O retorno do Talibã e suas consequências

O Talibã que retoma o poder no Afeganistão – depois de quase duas décadas longe de Cabul por conta da ocupação da OTAN – é o mesmo que impôs um regime fundamentalista no país nos Anos 90, e que volta fortalecido pela vitória contra uma das maiores potências militares do planeta.

Entre as características do regime estão a perseguição e extermínio de seguidores de outras religiões, e até de muçulmanos que não seguem as ideias radicais do grupo. Nesse sentido, quem mais sofre são as mulheres, submetidas a leis que impõem terríveis restrições às suas liberdades e punições ainda piores para aquelas que tentam infringir as regras.

Mas talvez o maior risco de um Talibã fortalecido seja a possibilidade de o grupo expandir seu poder e suas ideias a outros países vizinhos. Os maiores riscos estão justamente no Tadjiquistão, onde o ex-presidente Ghani se refugiou, e principalmente no Paquistão, um dos países mais fragilizados política e economicamente pela pandemia covid-19 e que recentemente fechou suas fronteiras com o Afeganistão, justamente para tentar evitar possíveis conflitos.

A China também poderia enfrentar problemas com essa situação. Embora não tenha sofrido uma derrota como os Estados Unidos, o país tem fronteira terrestre com o Afeganistão e recentemente adotou medidas que buscam conter a influência dos radicais islâmicos na província de Xinjiang, fronteiriça com o país islâmico.

*Victor Farinelli/Carta Maior

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Motim no Ceará provoca mais de 170 mortes e milícia faz ameaças a quem critica a PM nas redes

Segundo informações que circulam nas redes sociais, os policiais (leia-se milicianos) amotinados do Ceará estão usando dados pessoais para fazerem ameaças a críticos nas redes sociais.

Certamente, isso é feito pelos amotinados ou por pessoas ligadas a essa forma de fascismo, como revela o twitter abaixo.

Isso mostra que o motim miliciano no Ceará adquiriu formato idêntico ao do Talibã ou ao do Estado Islâmico. Ou seja, a ida de Moro ao estado, cheio de “respeito” com quem comete crime contra a constituição, fazendo motim policial, já que é expressamente proibido por lei que policiais façam greve.

O STF, há pouco tempo, sublinhou que é inadmissível a greve de policias, já que andam armados. Então, não há o menor sentido, diante dessa tragédia em que a milícia se rebela contra o Estado de Direito, tendo o apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, como fez Moro em sua visita ao Ceará, pois hora nenhuma ele sequer criticou a greve de PMs encapuzados e armados.

O resultado está aí, o número de mortos nas ruas se multiplica e, agora, eles ameaçam não só os jornalistas que os criticam, mas também qualquer um que faça o mesmo nas redes sociais ou em matérias sobre o motim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas