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Trump bloqueia acesso da equipe de Biden a dados e recursos para iniciar transição

Equipe do republicano se recusa a assinar documento que permite ao democrata receber dinheiro e acesso a prédios federais.

Washington – O governo Donald Trump bloqueou o acesso da equipe do presidente eleito, Joe Biden, a informações e recursos para que seja iniciada a transição de poder nos EUA.

O time de Trump se recusa a assinar, como é de praxe, uma carta oficial que permite ao democrata iniciar formalmente a transição após ter sido declarado vencedor da disputa presidencial.

O movimento é mais um exemplo de como o republicano usa o governo para atender a seus interesses, já que a chancela seria um reconhecimento da vitória do democrata, o que Trump se recusa a fazer.

Nos EUA, assim que um novo presidente é eleito, a Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês) autoriza de maneira formal o início da transição. A agência assina uma carta que libera recursos para pagamento de salários e apoio administrativo aos novos funcionários, além do acesso à burocracia americana —neste ano, o valor total é estimado em US$ 9,9 milhões (R$ 52,97 milhões).

O processo funciona assim desde 1963, quando a Lei de Transição Presidencial foi promulgada e, até agora, começava sempre horas ou dias depois de um novo presidente ser declarado eleito.

Em 2016, Barack Obama, por exemplo, concedeu rapidamente a transição a Trump e, inclusive, recebeu o republicano na Casa Branca após o resultado da eleição que o declarou vencedor sobre Hillary Clinton.

A equipe de Biden já recebeu autorização para estabelecer um escritório de transição na sede do Departamento de Comércio, em Washington, mas todos os outros acessos e recursos para iniciar formalmente o trabalho dependem da carta assinada pela GSA.

Caso o impasse se prolongue por mais tempo, esta seria a primeira vez que uma transição sofre esse tipo de atraso na história moderna dos EUA, com exceção a 2000, quando a disputa entre George W. Bush e Al Gore foi decidida na Suprema Corte, que interrompeu a recontagem de votos na Flórida.

A checagem das cédulas atrasou a divulgação dos resultados e, portanto, a transição.

A equipe de transição é geralmente composta por quadros técnicos, e não políticos, e pode ter acesso, inclusive, a informações confidenciais do governo incumbente. Dessa forma, a nova equipe ganha acesso aos prédios do governo, aos sistemas de computador, endereço de e-mail e já começa a trabalhar com o time em exercício, que transmite prioridades, projetos e riscos de cada agência oficial americana.

A equipe de Biden pressiona para que a GSA reconheça rapidamente o democrata como presidente eleito e inicie os trâmites formais. Apesar dos entraves, Biden correu para ocupar o espaço político e anunciou, ainda em seu primeiro discurso como presidente eleito, no sábado (7), que iria lançar uma força-tarefa nesta segunda (9) para o combate da pandemia de coronavírus.

Durante a campanha, o democrata disse que queria começar a trabalhar no dia 1, e essa dificuldade inicial no período de transição, sem acesso a informações importantes do governo, além de ser simbólica, pode ter efeitos práticos, atrapalhando os planos do democrata.

Ainda assim, Biden tem sido aconselhado por assessores a seguir com o processo normalmente, anunciando os nomes e as prioridades de sua equipe de transição. A nomeação de seu secretariado, porém, pode ser prejudicada caso Trump continue esticando a corda.

Diferentemente do que acontece no Brasil, onde o presidente tem o poder de escolher seus ministros livremente, nos EUA a indicação para o gabinete precisa ser aprovada pelo Senado. A transição poderia adiantar a verificação de antecedentes, por exemplo, uma exigência do FBI, sobre nomes que Biden cogita para o primeiro escalão. Segundo o jornal The Wall Street Journal, para além do secretariado, a transição de Biden vai precisar preencher cerca de 4.000 cargos na nova administração.

Trump não reconheceu a derrota e insiste, sem apresentar provas, que a eleição foi fraudada. Apesar da pressão que tem sofrido por parte de aliados e familiares para mudar de postura, pretende seguir dificultando a transferência do cargo —e promete novas ações judiciais para contestar a eleição.

No entanto, mesmo auxiliares próximos do presidente já afirmam, nos bastidores, que não há força para levar essa empreitada adiante sem evidências de que houve irregularidades no pleito. A posição do presidente, porém, deixa Emily Murphy, chefe da GSA, em compasso de espera.

Biden foi declarado presidente eleito pelas projeções da imprensa americana após ultrapassar os 270 dos 538 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral —sistema indireto que escolhe o líder americano. A votação formal do colégio acontece em 14 de dezembro, e a posse do novo presidente, em 20 de janeiro.

 

*Com informações da Folha

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Moro, que prendeu Lula para eleger Bolsonaro e virar ministro, parabeniza Biden e a democracia dos EUA

O ex-juiz corrupto e ladrão, Sergio Moro, com seu habitual cinismo e cara de pau,  escreveu em seu twitter uma piada que já vem pronta.

A democracia norte-americana continua forte. Parabéns ao presidente eleito
@JoeBiden. Brasil e US têm muito em comum e continuarão tendo.

A notícia foi dada por ninguém menos que Diogo Mainardi, do Blog Antagonista, que foi, durante a eleição mais suja da história do Brasil, um dos esgotos que serviram de comitê de campanha digital de Bolsonaro, o Trump tropical.

Ou seja, todos esses têm como origem comum a mesma treva e afundaram no mesmo inferno que Donald Trump, mas seguem a alcateia de velhos lobos e raposas da política brasileira. Estão todos aprisionados na mesma poça no escuro das mesmas tocas de onde saíram as mulas, Trump e Bolsonaro.

É certo que alguns, como FHC, saem de suas tumbas para festejar a derrota de Trump, depois de mergulhar de cabeça em toda essa teia golpista que tirou Dilma do governo e prendeu Lula para dar a cadeira de presidência a Bolsonaro.

E é com a biografia atolada até o pescoço nessa lama golpista, com uma quantidade abundante de excrementos, que o tatu de Curitiba saiu da toca para vestir-se de democrata, mesmo sabendo que ninguém esquece que o vigarista tem horror à democracia e à constituição.

Por isso, diante dessa aberração de hipocrisia, muitos gargalharam na cara do juiz corrupto em seu twitter.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Com derrota de Trump, hashtag #BolsonaroEoProximo bomba nas redes sociais

Brasileiros comemoram mais a derrota de Trump que a vitória do candidato do Partido Democrata, e ironizam situação de Jair Bolsonaro, que perde seu principal aliado internacional.

A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada neste sábado (7), desencadeou uma série de reações nas redes sociais, que variam entre a tristeza, frustração ou raiva de trumpistas e bolsonaristas, e a alegria e celebração de quem torcia pela queda da extrema-direita nos Estados Unidos, supondo que possa ser um primeiro passo pro mesmo acontecer no Brasil daqui a dois anos.

Tanto é assim que uma das hashtags mais difundidas minutos depois de anunciado o resultado na Pensilvânia é #BolsonaroEoProximo, usada por pessoas que ironizam a situação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro que, com a derrota de Trump, perderá seu principal aliado internacional.

Também vale destacar que a maioria das publicações com esta hashtag são para satirizar Bolsonaro e Trump, e comemoram mais a derrota do candidato do Partido Republicano do que a vitória em si do candidato do Partido Democrata.

Veja algumas das publicações da hashtag #BolsonaroEoProximo:

https://twitter.com/Uefyerryeni/status/1325126481740255232?s=20

https://twitter.com/RosaRosayme/status/1325126354979811330?s=20

 

*Com informações da Forum

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Uribe e Trump: Uma identificação tão perversa quanto tóxica

O uribismo foi fundamental na articulação da extrema direita do continente em torno de Trump, e hoje nenhum país contesta a posição incondicional da Colômbia.

Em outubro, quando um juiz libertou o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, Trump vibrou parabenizando-o e chamando-o de herói e aliado na luta contra castro-chavismo. Dois meses antes, o vice-presidente Pence havia pedido sua libertação, depois de falar com o atual presidente Iván Duque, afilhado político de Uribe.

Esta semana foi conhecida a intervenção aberta do partido uribista Centro Democrático e do embaixador Pacho Santos na campanha eleitoral na Flórida. Goldberg, o embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, chamou a atenção para o assunto. Foi ele mesmo quem engendrou um golpe militar fracassado na Bolívia, em 2008, quando representava aquele país. Que ironia! Como se os Estados Unidos não estivessem intervindo e dando ordens na Colômbia por mais de um século, as quais são obedecidas por nossos dirigentes quase sempre sem objeções.

No entanto, há uma notícia que não podemos deixar passar. A estreita relação entre Trump e Uribe, que mal se conhecem, parte de uma identificação plena de ambos com a ideologia e a agenda do fascista de extrema-direita, fortalecida em todo o mundo graças ao magnata.

É uma agenda que se adapta a cada caso. A de Trump tem sido marcada pelo insulto, pela ameaça e pela guerra, diante do diálogo e da negociação para resolver conflitos; pela xenofobia, supremacia branca e racismo; valores patriarcais e cultura machista, desprezo pela diversidade e fanatismo religioso; exclusão social, prioridade das empresas privadas e familiares; desprezo pelas instituições nacionais e globais e manipulação de seus seguidores, recorrendo à gestão dos instintos primários.

Outra característica distintiva é seu desprezo pela ciência. Como o maior porta-voz dos negadores das mudanças climáticas, ele tirou o país da conferência do clima e reverteu o que Obama fez a respeito. Seu desprezo pela pandemia e pelos mais vulneráveis %u20B%u20Bfez dos Estados Unidos o país com mais infecções e mortes. Contra várias vozes, incluindo a do Papa Francisco, ele reforçou as sanções penais unilaterais contra Irã, Cuba e Venezuela.

Seus aliados colombianos compartilham essa agenda e fazem o mesmo. Uribe é o principal inimigo da paz; despreza o império da lei e concentra cada vez mais poder. Como grande proprietário de terras, ele e seus correligionários estabeleceram laços obscuros com organizações mafiosas.

Ele despreza os indígenas e os camponeses; estigmatiza os líderes sociais, em um país onde isso basta para matá-los. Suas façanhas não param por aí, pois os crimes e massacres deste ano são sem precedentes. As empresas privadas e familiares à custa do Estado também não lhe são estranhas: ele adora o setor financeiro.

Na região, nenhum país hoje contesta a posição incondicional da Colômbia contra Trump. Alguns exemplos:

Em primeiro lugar, para intensificar a campanha de cerco e agressão contra a Venezuela, Trump promoveu o chamado Grupo de Lima, que vem se tornando ineficiente, mas ainda está vivo. Esta estratégia, que inclui a presença ilegal de tropas estadunidenses em território colombiano, visa derrubar Nicolás Maduro, se apropriar dos recursos do país vizinho, gerar uma guerra na fronteira e golpear com força o maltratado Acordo de Paz colombianos.

Em segundo lugar, Trump aumentou o bloqueio à Cuba, revertendo assim a reaproximação política e diplomática empreendida pelo governo Obama (e Biden), mediado pelo Papa. Na tarefa de isolamento de Cuba, a Colômbia também o apoiou, chegando a pedir que Washington incluísse a ilha em sua lista de terroristas, por se recusar a extraditar membros do ELN (Exército de Libertação Nacional) que estão em seu território, em uma ação que seria contra o direito internacional.

Em terceiro lugar, Duque apoiou Trump em suas mudanças regressivas no sistema interamericano. A reeleição do malfadado Luis Almagro como secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), contra a maioria dos países, foi arquitetada pelos Estados Unidos e secundada pela Colômbia e pelo Brasil. Situação semelhante ocorreu com a eleição para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com a eleição do norte-americano Mauricio Claver-Carone, ex-assessor do presidente Trump.

A CIDH (Comissão Interamericana dos Direitos Humanos), foi enfraquecida. Almagro, com a cumplicidade da Colômbia, não ratificou seu secretário executivo, o brasileiro Paulo Abrão, o que foi denunciado como “um sério atentado contra sua autonomia e independência”. Na 50ª Assembleia da OEA, na semana passada, o embaixador colombiano, monsenhor Alejandro Ordóñez, se pronunciou contra os direitos das pessoas LGBT e contra o reconhecimento da diversidade das mulheres.

Assim, o uribismo tem sido fundamental na articulação e fortalecimento da extrema-direita do continente em torno de Trump. Com isso, Duque conseguiu romper o apoio que o Acordo de Havana tinha na região, que atende a sua estratégia nacional de descrédito e desmantelamento. Para isso, não para de atacar os Juizados Especiais de Paz, como fazem também os Estados Unidos.

Por tudo isso, o resultado das eleições dos Estados Unidos deve preocupar a Colômbia. Apesar de concordarem com uma visão imperial e com a preocupação com o desafio global colocado pela China, Trump e Biden não representam a mesma coisa. O que a vitória do candidato democrata garantiria para o país? Nada menos que uma derrota para a extrema-direita fascista e seus amigos, e melhores condições para a luta por mudanças reais. Bolívia e Chile mostraram o caminho.

*Publicado originalmente em ‘Las 2 Orillas’ | Tradução de Victor Farinelli/Via Carta Maior

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Política

O traíra Bolsonaro, agora, chuta Trump como um cachorro morto

Todo brasileiro sabe que a principal característica de Bolsonaro é a traição. E não foi diferente agora em que Trump está fragorosamente sendo derrotado por Biden, dizendo que Trump não é tão importante assim, que importante é Deus, ou seja, já avisando que o próximo a ser traído por ele, é o próprio Deus.

O sujeito não vale nada. São incontáveis os números de traições que ele acumula como traíra número um da nação. Bolsonaro nunca teve amigos, apenas filhos, governa com e para eles. É o clã acima de tudo e acima de todos.

Agora, não pretende mais se comprometer com o falido Trump e, sem qualquer disfarce, já o jogou aos leões, mesmo antes da eleição americana bater o martelo da vitória de Biden.

A principal característica do bajulador é essa de Bolsonaro, falso e desleal, trai sem o menor escrúpulo quem tinha nele alguém confiável.

Um falsificador capaz de montar uma farsa, como a da facada, é fingido o suficiente para se tornar um infiel para aqueles que o traidor bajulava.

E foi exatamente isso que Bolsonaro fez, nesta sexta-feira, em discurso oficial contra Trump.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: ALan Santos

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Alemanha ataca “show” de Trump; Europa detecta risco de violência nos EUA

O tom desafiador de Donald Trump em sua última declaração à imprensa e as acusações falsas de corrupção e fraude na apuração de votos levam governos estrangeiros a temer pela eclosão da violência nos EUA.

“Os Estados Unidos são mais do que um show de um homem só”, disse o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, abandonando a tradição de não se envolver em assuntos domésticos eleitorais dos EUA.”

“Aqueles que continuam a acrescentar combustível ao fogo na situação atual estão agindo de forma irresponsável”, denunciou. Para ele, “os perdedores decentes são mais importantes para o funcionamento da democracia do que os vencedores brilhantes”.

Um dia antes, o Ministério da Defesa da Alemanha já havia alertado para o risco de uma “crise constitucional” e uma situação “explosiva”.

Membros do corpo diplomático europeu indicaram ainda que foram alertados por serviços de inteligência sobre o risco de violência. A informação também chegou ao Itamaraty, em Brasília.

O tom incendiário ainda foi promovido pelo ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon. O Twitter suspendeu permanentemente sua conta depois que Bannon afirmou que Anthony Fauci deveria ser decapitado. Num vídeo, ele ainda repetiu a narrativa de Trump de que ele venceu a eleição, algo que os números oficiais negam.

Mediadores que estiveram em contato com a família de Trump na Casa Branca nos últimos dias acreditam que o risco de violência é ainda real, ainda que a dimensão possa ser bem menor do que havia sido previsto.

Na esperança de evitar uma crise constitucional e social, negociadores que tradicionalmente foram enviados para buscar acordos de paz com governos estrangeiros estiveram focados em evitar que seu próprio país entrasse em colapso.

Uma missão internacional de observadores também constatou o risco de que o comportamento de Trump ameace o processo. O grupo de mais de 100 especialistas foi enviado pela OSCE para acompanhar o pleito nos EUA e considerou o comportamento do presidente de “abuso de poder”.

“Os ingredientes para a agitação social estão presentes”

Antes mesmo da eleição, entidades já tinham feito alertas de que um cenário de violência poderia ocorrer. O International Crisis Group, por exemplo, indicou que “os ingredientes para a agitação estão presentes”.

“O eleitorado é polarizado, ambos os lados enquadram os riscos como existenciais, os atores violentos podem interromper o processo e é possível uma contestação prolongada. A retórica muitas vezes incendiária do Presidente Donald Trump sugere que ele irá mais provavelmente aumentar do que acalmar as tensões”, indicou o grupo, dias antes da votação.

“Além das implicações para qualquer americano apanhado pela agitação, a eleição será um prenúncio de que suas instituições podem guiar os EUA com segurança através de um período de mudanças sócio-políticas. Caso contrário, o país mais poderoso do mundo poderá enfrentar um período de instabilidade crescente e uma credibilidade cada vez menor no exterior”, alertou.

Para o grupo, a história americana e a situação atual precisam ser levadas em conta. “Os Estados Unidos tem visto escravidão, guerra civil, linchamentos, conflitos trabalhistas e a limpeza étnica dos povos indígenas. As feridas desses legados nunca sararam completamente. O país está inundado de armas de fogo, tem níveis de homicídios por armas inigualáveis por qualquer outro país de alta renda e é o lar de um movimento de supremacia branca que, como discutido abaixo, está crescendo em virulência”, alertou.

“A injustiça racial, a desigualdade econômica e a brutalidade policial são fontes crônicas de tensão, que periodicamente se transformam em manifestações pacíficas em larga escala e, às vezes, em tumultos civis”, disse.

Já o Instituto Brookings apontou que o FBI e as empresas de mídia social estão “todos em alerta, tentando identificar indivíduos potencialmente violentos”.

Segundo a análise, se a violência for limitada, a aplicação da lei pode impedi-la de se transformar numa bola de neve. “A maior incerteza, infelizmente, é o próprio Presidente dos Estados Unidos. Ele tem o poder de aliviar a ameaça ou de exacerbar a polarização”, previa o grupo, dias antes do pleito.

 

*Jamil Chade/Uol

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Biden está com a mão na taça e Bolsonaro com a mão na brocha

Trump fracassou miseravelmente.

Vai se confirmando que nesta quinta-feira (05), Trump fez um discurso de derrotado, só faltou imitar o bolsonarista Constantino chorando por perder o emprego.

Dentro da cultura americana, Trump entrou para a galeria dos fracassados, dos perdedores, por não conseguir se reeleger, e daí não sai nunca mais. Erra quem acredita que ele deixará legado com o suposto trumpismo resiliente.

A contagem de votos ainda não acabou, mas, perdendo na Georgia, como está, Trump só tem uma saída, apelar para Moro prometendo a ele a pasta da Justiça em troca da prisão de Biden.

A ascensão da estrema direita, ancorada pela vitória de Trump, há quatro anos, não terá sobrevida capaz de abrir novas picadas, nem com todas as milícias digitais entrando em ação.

Trump foi moralmente desancado. Não foi uma derrota qualquer. Se ele conquistou a presidência dos EUA numa guerra digital, criando rebanho na base do sentimento belicoso, o coronavírus colocou uma faca em sua nuca, o que fez com que a campanha de Biden transformasse Trump em um mero boi de corte.

O esperto quis se criar na pandemia, alimentando-a como o suposto pretexto de salvar a economia, arrastou mais de 240 mil norte-americanos para a morte, deixando para o povo uma luta solitária contra o vírus, imaginando que asseguraria sua vitória se certificasse o carimbo de vírus chinês nas redes sociais.

A atitude clássica de um perdedor bandoleiro vista ontem no discurso de Trump, mereceu a censura de três das maiores redes de TVs americanas. Por mais bagunçada que seja a apuração de votos pelo sistema americano, Trump, ao contrário de somar votos contra a democracia, produziu atritos fortes até mesmo dentro do partido Republicano.

O fundamentalismo de laboratório tem seus limites, até porque aqui não se fala de polos em que, na vitória de um, bombardeia-se a essência da própria democracia norte-americana, por mais erros e defeitos que ela possa ter.

Dentro do sistema dos EUA, a democracia serve, como sempre serviu, a quem de fato tem poder na arena estadunidense.

Trump foi ingênuo ao tentar fazer ataque institucional à democracia, pois gerou uma reação graúda contra ele, e isso lhe jogará num pântano ainda mais lodoso.

No Brasil, onde Bolsonaro herdou o lado mais grotesco do bufão americano, os reflexos não serão pequenos. Com a queda de Trump, o chão de Bolsonaro desaparece. Todo o seu percurso foi milimetricamente copiado, ao menos naquilo que ele acredita ser uma cópia de Trump, mesmo que os resultados da economia no Brasil, com Bolsonaro, fossem diametralmente opostos aos dos EUA.

Trump agiu durante quatro anos como um ultranacionalista, e Bolsonaro, como um ultraentreguista. Por isso os dois se davam bem, pois, juntos, sempre somaram forças para benefício dos EUA em detrimento do Brasil.

Por isso, a derrota de Trump significa uma fatura amarga e automática para Bolsonaro, até porque, depois de Trump, somente Bolsonaro matou mais gente por Covid-19 no mundo e, consequentemente, terá o mesmo destino de seu ídolo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Na beira do barranco, Trump faz discurso de desesperado

A desconsolação de um bufão que viu seu chão evaporar.

Esse foi Trump em seu pronunciamento que, de tanta mentira típica de quem se vê numa situação sem saída com a derrota que lhe abraça, que canais de TVs americanas tiraram o mastodonte do ar.

Isso mesmo, de maneira inédita tiraram o Presidente dos EUA do ar.

Trump agrediu a democracia e a ameaçou quando sentiu que está chegando a hora de pedir o chapéu e sair do comando do país.

No final, nitidamente abatido e de cabeça baixa, Trump não consegue esconder a desesperença de se manter na Casa Branca.

Trump nitidamente cambaleando e com aura de crepúsculo, balbuciou uma misteriosa saída fora da democracia, mas não conseguiu elaborar algo que fizesse vibrar seus seguidores.

Na verdade, Trump não conseguiu esconder seu abalo. Nem o teatro que costuma utilizar como retórica foi capaz de impressionar. E se ele tentou emparedar a democracia, sua declaração soou mais como despedida de quem foi esmagado nas urnas.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Evo faz chacota de Trump: se há fraude procure o Almagro, OEA

Ainda na Argentina, o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, deu entrevista à RT para falar sobre seu retorno ao país plurinacional, o futuro governo de Luis Arce e as denúncias de fraude eleitoral que ressoa em seu país, mas também nos Estados Unidos.

O líder político boliviano confirmou que volta semana que vem: “De acordo com o que está programado pelos movimentos sociais, no dia 9 deste mês voltaremos à Bolívia”, disse.

Sobre a futura gestão do Movimento ao Socialismo (MAS), ele demonstrou confiança na fidelidade de Luis Arce ao socialismo e ao povo, e destacou que um dos planos será reativar “todas as construções de tantas obras paralisadas”. Pretende-se também “injetar títulos e recursos para fazer frente à crise econômica deixada pelo governo de fato”.

Da mesma forma, o dirigente latino-americano disse: “Dói que o que foi construído em 14 anos tenha sido destruído em um ano”, referindo-se à interrupção democrática de 2019.

Sem ilusões sobre os EUA , Morales disse que “nada muda” quem ganha .
O líder sul-americano fez um paralelo entre as eleições nos Estados Unidos e as eleições bolivianas, nas quais Morales venceu, mas a oposição denunciou irregularidades: “Quando a direita perde, eles acusam de fraude”, enfatizou.

Se valendo de ironia, Evo lembra a contradição da retórica estadunidense: “Se houver fraude, Donald Trump deve ir para Luis Almagro”. Este comentário se explica porque, antes do golpe contra Morales, o principal órgão internacional que havia argumentado que havia uma suposta fraude eleitoral na Bolívia era a Organização dos Estados Americanos (OEA), liderada por Almagro.

Além disso, o ex-presidente indicou que para a sociedade boliviana “nada muda” se Joe Biden ou Trump vencer. Em sua consideração, dentro dos Estados Unidos o povo não manda, “as transnacionais e o capitalismo mandam”. Assim, a única diferença entre os candidatos, segundo Morales, é que o republicano “é mais racista”.

Assista:

 

*Tulio Riberiro/ÚLtimo Segundo

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Com favoritismo de Biden, Nevada e Geórgia podem definir eleições ainda hoje

As eleições presidenciais nos Estados Unidos podem ser decididas ainda hoje em favor do candidato democrata Joe Biden graças a dois estados que estão perto de definir suas contagens de votos: Nevada e Geórgia.

Embora ainda falte apurar os votos de cinco estados (ou seis, dependendo de quem faz a apuração), Biden pode se sagrar o novo presidente dos Estados Unidos se vencer em Nevada, com seis votos no Colégio Eleitoral, número suficiente para que o democrata atinja os 270 delegados necessários para se tornar o 46º presidente americano.

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as projeções da imprensa são relevantes na divulgação da conquista dos delegados. Todos os veículos indicam que cinco estados ainda estão em aberto: Pensilvânia (20 delegados) Geórgia (16) Carolina do Norte (15) Nevada (6) Alasca (3).

Há dúvida sobre o Arizona, com 11 delegados (leia abaixo).

Até as 8h de hoje, Biden liderava com 264 votos, considerando que ele ganhou no Arizona. Já o presidente Donald Trump contava 214 delegados.

A expectativa é de que Nevada divulgue sua apuração por volta das 13h (horário de Brasília). Biden liderava no estado por menos de 1 ponto percentual na manhã de hoje.

Confirmando a vitória no Arizona e Nevada, Biden seria eleito independentemente do resultado nos demais estados.

Na Geórgia, com 16 delegados, Trump lidera com 0,5 ponto percentual. Ele também está vencendo na Carolina do Norte e na Pensilvânia, embora a diferença de 3 pontos percentuais para Biden já tenha sido de 14 pontos. O republicano é favorito para vencer no Alasca.

Para ser reeleito, o republicano precisa confirmar a vitória nesses quatros estados onde lidera, além de virar em Nevada.

 

*Com informações do Uol

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