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Sapatada no cínico: Justiça desanca Veio da Havan por arrotar Estado mínimo e viver de crédito subsidiado do BNDES

Enfim, a justiça brasileira parece voltar a dar o ar da graça, depois de se livrar das garras da mídia e detona o clima de intolerância patrocinado por vigaristas, como o Veio da Havan que sobrevive de compadrio político sugando as tetas gostosas do Estado. Figuras como esta aparecem, publicamente, como liberais de sucesso propondo para a sociedade não o Estado mínimo simplesmente, mas o Estado nenhum.

Esse discurso no Brasil, requentado por Bolsonaro e seu bando, vai caindo no ridículo.

Nesta sexta-feira (6), o banqueiro Paulo Guedes, num discurso maroto, típico dos agiotas mais vis, arrotou investimento em infraestrutura com obras de saneamento básico em nome da privatização da água por empresas que farão isso com financiamento do BNDES que diziam terem sido quebradas pelo PT.

E o que descobriram quando abriram a tal caixa preta do BNDES? Que tinha dinheiro a balde nos cofres dos bancos públicos deixado pelo PT. Aí sim para que Bolsonaro deitasse e rolasse no fisiologismo fascista e no compadrio miliciano com figuras repugnantes do mundo empresarial, como essa coisa inclassificável chamada Veio da Havan.

A sugestão que o juiz deu no muquirana mereceu nota do Jota que segue abaixo:

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, perdeu em primeira instância uma ação que moveu no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) para tirar do ar um vídeo que o cita e em que também solicitava uma indenização por dano moral. A reportagem foi ao ar em fevereiro na TVT e citava em tom de crítica empresários que cresceram com a ajuda de empréstimos do BNDES.

Em um primeiro momento, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de São Miguel Paulista, concedeu a antecipação de tutela para remover o vídeo da internet, por não ter verificado mínima evidência quanto à veracidade das informações contidas no vídeo quanto a um processo de Hang.

O vídeo, além de Hang, também citava outros empresários, como o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Os demandados na ação são a Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho e José Lopez Feijó, autor das críticas na reportagem. A TVT é mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

No mérito, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva julgou a ação improcedente e revogou o provimento que tirou a matéria do ar. No entanto, até o momento a reportagem não foi republicada nos canais da TVT.

Ao julgar a causa, o juiz o considerou que o pronunciamento dos processados se realizou “no legítimo exercício de atividade jornalística, fundamentada na liberdade de crítica e manifestação do pensamento, tudo dentro do limite constitucionalmente assegurado, sem que dela se possa extrair inequívoca ofensa à honra”.

Para ele, a manifestação de pensamento contida na matéria jornalística produzida e divulgada pelos réus buscou apenas formular uma crítica inspirada pelo interesse público.

Segundo o juiz, não há caráter ofensivo na declaração de que Hang e outros empresários utilizaram recursos do BNDES, “tendo essa afirmação sido formulada com a intenção de demonstrar a contradição entre o discurso de Estado Mínimo e o uso de crédito proveniente de instituição bancária estatal”.

“Já a suposta prática de condutas criminosas de natureza fiscal foi noticiada por outros veículos de comunicação social e objeto de apuração pelo Ministério Público Federal, não se podendo exigir do comentário jornalístico a mesma precisão jurídica exigida do operador do Direito”, afirma o juiz.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Havan para saber se Luciano Hang pretende recorrer da decisão, mas a resposta foi de que não comentam assuntos jurídicos.

A ação tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com o número 1007377-29.2019.8.26.0005.

 

 

*ÉRICO OYAMA – Repórter JOTA.INFO

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Vídeo – Glenn Greenwald no Roda Viva: um jornalista brilhante sendo entrevistado por jornalistas medíocres

Assistir, no Roda Viva, aos súditos de Sergio Moro, perfilados, numa mal disfarçada defesa dos crimes praticados pelos procuradores e juiz da Lava Jato e comparar com a ótima entrevista que Glenn deu para Juca Kfouri na TVT, seria covardia, já que os que estiveram hoje no Roda Viva que, certamente, achavam Moro indestrutível, vieram com todos os clichês condensados na ponta da língua para tentar, numa modorrenta ladainha, culpar o jornalismo, a fonte ou qualquer coisa que tirasse das costas de Moro, Dallagnol e a gangue de Curitiba a responsabilidade pelos crimes que cometeram.

Resultado, a entrevista foi estática por força da mediocridade dos jornalistas que entrevistaram Greenwald, gente que nunca se preocupou com fonte na hora de estampar com garrafais acusações sem provas, vazadas pela Lava Jato, tentando atacar a reputação do Intercept porque ele usou vazamentos de um suposto hacker que teria cometido o crime de roubar essas informações.

Lógico, Glenn, um jornalista para lá de experiente, reconhecido no mundo todo, só não bocejou diante de tanta infantilidade das perguntas, porque foi muito educado. Mas não teve como impedir o tédio que a entrevista acabou provocando, quando todos esperávamos que a entrevista iluminasse ainda mais esse assunto pela qualidade do entrevistado, mas, ao contrário, os jornalistas projetaram em Glenn a própria imagem, possivelmente a mando dos chefes. O resultado foi um espetáculo de mesmice, perdendo uma grande oportunidade de fazer do programa um momento histórico.

Ainda assim, valeu assistir a Glenn dar umas saraivadas educadas nos que tentaram induzi-lo a alguma escorregadela que pudesse servir de bengala para um tipo de jornalismo brasileiro que se interessa mais por pegadinhas do que pelo aprofundamento dos fatos.

Assista à entrevista

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Intercept emparedou a Globo e os Marinho deixam Moro com a brocha na mão

Sem a capa de super-homem que a Globo lhe emprestou, Moro não dispõe mais da força nos braços para esmurrar a constituição e promover todos os absurdos que cometeu como juiz da Lava Jato. O mesmo pode ser dito de Dallagnol, que, da noite para o dia, anda vendo o mundo de cabeça para baixo, depois de construir uma carreira primorosa de palestrante, com ganhos extraordinários, parece que a fecundíssima fonte secou em consequência dos vazamentos do Intercept.

É que os Marinho, diante da realidade escancarada pelo Intercept, deram uma forte guinada no leme, norteando o Jornal Nacional a transformar Bonner em Pilatos em busca de um remanso em meio ao tormento provocado pelos vazamentos, até porque, pelo que disse Glenn em entrevista na TVT, o que certamente alarma a Globo, ele tem um vasto material das relações nada republicanas da Globo com os procuradores da Lava Jato, avalizados por Moro.

Sem esse sistema de lentes que a Globo usava para ampliar a musculatura da Lava Jato, as respostas que Dallagnol, Moro e cia. dão a cada vazamento se transformaram em balas perdidas, pior, eles agora é que não têm blindagem nenhuma e se encontram em recinto nada adequado a céu aberto no momento em que estão sendo bombardeados, quase diariamente, com as revelações cirúrgicas que estão explodindo na cabeça dos procuradores e de Moro.

Não há nenhum espetáculo em vista no Jornal Nacional protagonizado pela Lava Jato, com o japonês da Federal, por exemplo. Moro hoje está tão fora de moda na Globo quanto o Capitão Furacão, Nacional Kid e o Vigilante Rodoviário. Sim, Moro para a Globo agora é coisa do passado. O que ela quer é ficar bem longe do espelho para ter o mínimo possível de contaminação com a cascalheira que cai sobre a cabeça dos procuradores e de Moro.

A Globo não quer fazer ondinha, não quer se enlamear publicamente mais do que já se enlameou, ela já farejou no ar que o sangue de suas vítimas em parceria com a Lava jato já não é mais delas, mas deles próprios e desistiu de tentar blindar os ex-inatingíveis procuradores e juiz da Lava Jato.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas