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“A verdade vencerá”, livro de Lula, é finalista no Prêmio Jabuti

Lista dos 10 finalistas das 19 categorias da premiação da literatura brasileira foi divulgada nesta quinta-feira, 3 de setembro.

Um livro que dá voz a um ex-presidente, lançado em março de 2018, dias antes do TRF-4 expedir mandado de prisão de Luiz Inácio Lula da Silva, está entre os finalistas da 61ª edição do prêmio da literatura brasileira, o Jabuti. “A verdade vencerá”, assinado por Lula e publicado pela Boitempo e El Viejo Topo, concorre na categoria “Livro Brasileiro Publicado no Exterior”.

A obra traduz horas de conversas, sem temas proibidos, entre o ex-presidente a editora Ivana Jinkins, e os jornalistas Juca Kfouri, Maria Ines Nassif e Gilberto Maringoni. Dividida em três rodadas, a entrevista aconteceu no Instituto Lula, na grande São Paulo, em fevereiro de 2018.

Entre mais de 100 páginas, Lula fala dos últimos anos políticos, do Partido dos Trabalhadores, da perda do poder após a reeleição de Dilma Rousseff, das eleições de 2018 e suas perspectivas para o futuro do Brasil. O livro também conta com textos de Luis Fernando Veríssimo, Luis Felipe Miguel, Eric Nepomuceno, Rafael Valim e Camilo Vannuchi.

Esta edição do Prêmio Jabuti conta com 19 categorias e faz uma homenagem à escritora Conceição Evaristo. Sob a curadoria do editor Pedro Almeida, em 31 de outubro, os organizadores anunciam mais uma lista de finalistas, desta vez com 5 nomes em cada categoria.

Os vencedores serão conhecidos em uma cerimônia no dia 28 de novembro, no Auditório do Ibirapuera, também em São Paulo. Eles recebem R$ 5 mil e a estatueta. Mas, o ganhador da categoria “Livro do Ano”, leva R$ 100 mil. O conselho curador é formado por Mariana Mendes, Camile Mendrot, Cassius Medauar e Marcos Marcionilo.

“A verdade vencerá” concorre com obras como “Brasil: Uma biografia”, assinado por Lilia Schwarcz e Heloisa Murgel Starling, e “A resistência”, de Julián Fuks. Se vencer, Lula será o primeiro ex-presidente brasileiro a ser contemplado com o Prêmio Jabuti.

 

 

*Do GGN

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Vídeo – Glenn Greenwald no Roda Viva: um jornalista brilhante sendo entrevistado por jornalistas medíocres

Assistir, no Roda Viva, aos súditos de Sergio Moro, perfilados, numa mal disfarçada defesa dos crimes praticados pelos procuradores e juiz da Lava Jato e comparar com a ótima entrevista que Glenn deu para Juca Kfouri na TVT, seria covardia, já que os que estiveram hoje no Roda Viva que, certamente, achavam Moro indestrutível, vieram com todos os clichês condensados na ponta da língua para tentar, numa modorrenta ladainha, culpar o jornalismo, a fonte ou qualquer coisa que tirasse das costas de Moro, Dallagnol e a gangue de Curitiba a responsabilidade pelos crimes que cometeram.

Resultado, a entrevista foi estática por força da mediocridade dos jornalistas que entrevistaram Greenwald, gente que nunca se preocupou com fonte na hora de estampar com garrafais acusações sem provas, vazadas pela Lava Jato, tentando atacar a reputação do Intercept porque ele usou vazamentos de um suposto hacker que teria cometido o crime de roubar essas informações.

Lógico, Glenn, um jornalista para lá de experiente, reconhecido no mundo todo, só não bocejou diante de tanta infantilidade das perguntas, porque foi muito educado. Mas não teve como impedir o tédio que a entrevista acabou provocando, quando todos esperávamos que a entrevista iluminasse ainda mais esse assunto pela qualidade do entrevistado, mas, ao contrário, os jornalistas projetaram em Glenn a própria imagem, possivelmente a mando dos chefes. O resultado foi um espetáculo de mesmice, perdendo uma grande oportunidade de fazer do programa um momento histórico.

Ainda assim, valeu assistir a Glenn dar umas saraivadas educadas nos que tentaram induzi-lo a alguma escorregadela que pudesse servir de bengala para um tipo de jornalismo brasileiro que se interessa mais por pegadinhas do que pelo aprofundamento dos fatos.

Assista à entrevista

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Glenn Greenwald revela: Jornal Nacional atuava como parceiro da Lava Jato

“No Jornal Nacional, o (William) Bonner (apresentador) apenas falava o que tinha recebido da força-tarefa, com uma audiência enorme, sem nenhum trabalho jornalístico”, disse o jornalista em entrevista que vai ao ar nesta quinta-feira (29), a partir das 22h, na TVT.

O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, veículo responsável pela série Vaza Jato, será entrevistado nesta quinta-feira (29) no programa “Entre Vistas”, da TVT, comandado por Juca Kfouri. A conversa vai ao ar às 22h e vai tratar da Lava Jato, da parcialidade de parte do sistema de Justiça no Brasil, do poder da informação e as relações entre a mídia e a democracia.

“A imagem de Moro foi construída como herói sem desafios. Durante cinco anos, a mídia aplaudiu tudo do Moro. Mas mesmo a Veja, que fez isso, hoje é nossa parceira. Em dois meses é difícil abalar uma imagem construída em tanto tempo. Moro ainda é ministro, mas é uma figura mais fraca. As mudanças são sutis”, disse Glenn em trecho da entrevista.

“No Jornal Nacional, o (William) Bonner (apresentador) apenas falava o que tinha recebido da força-tarefa, com uma audiência enorme, sem nenhum trabalho jornalístico. Atuavam como parceiros”, destacou o jornalista em outro ponto da conversa.

Glenn ganhou destaque no cenário nacional após o Intercept passar a divulgar as reportagens da Vaza Jato com conversas vazadas de procuradores do MPF responsáveis pela Operação Lava Jato revelando uma trama marcada por ilegalidades, abus0s e perseguições, feita sob tutela do ex-juiz federal e atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O programa vai ao ar às 22h na TV e no YouTube e vai contar também com as jornalistas Eleonora de Lucena, co-presidenta da Tutaméia TV, e Vanessa Martina Silva, editora da Revista Diálogos do Sul.

 

 

*Com informações da Forum