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Nova pesquisa aponta que dispara a rejeição a Bolsonaro

Pesquisa do Ideia Big Data divulgada neste sábado(2), mostra que a rejeição de Jair Bolsonaro disparou depois que ele demitiu os dois ministros mais populares do governo, admitiu usar a Polícia Federal em causa própria e desprezar milhares de mortes por Covid-19.

Segundo o levantamento, divulgado pelo jornalista José Roberto de Toledo, na revista Piauí, o governo Jair Bolsonaro tem 41% de avaliação negativa, enquanto mantém 28% de avaliações positivas e 35% de confiança.

“Dos 41% de avaliação negativa, 25 pontos agora são de ‘péssimo’ e 16% de ‘ruim’. Apenas uma semana antes essas taxas eram respectivamente 19% e 15%. Ou seja, a turma do ‘péssimo’ cresceu tanto que quase se equivale à soma dos que avaliam o governo como ótimo ou bom”, diz o jornalista.

O percentual de brasileiros que aprovam a pessoa de Bolsonaro caiu oito pontos, foi de 30% para 22%.

A pesquisa Ideia Big Data fez 1.609 entrevistas entre 28 e 29 de abril, por meio de um aplicativo de celular. A margem de erro máxima é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

 

 

*Com informações do 247

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Vídeos: Com o vírus do mau-caratismo, Augusto Nunes, trabalhando em casa, faz discurso contra a quarentena

Assim que Moro anunciou sua saída do governo, Augusto Nunes, bolsonarista contratado pelo Planalto para fazer o mesmo papel que fez para os militares durante a ditadura, o de lustra-botas, teve uma recaída e pendeu para o lado de Moro.

Imediatamente, assim como JR Guzzo e Ana Paula do Vôlei, sócios na tal revista Oeste, foi atacado pelo exército de robôs que, naquele momento, via Bolsonaro agonizando.

No dia seguinte, os três, que tinham a revista patrocinada pelo governo Bolsonaro, mudaram de tom e passaram a defender o presidente, não propriamente na guerra com Moro, a tática foi abandonar o assunto sobre a briga dos dois e deixar que Guilherme Fiuza, também sócio da revista, fizesse esse papel para o lado de Bolsonaro, já que, desde o princípio do furdunço, ficou para o lado do patrão.

Cretino por natureza, do conforto e segurança de sua casa, Augusto Nunes faz um discurso de quem paga o banquete. Ele cria uma versão mais imbecil do que a de Bolsonaro para justificar o seu apelo covarde contra a quarentena que tem feito os índices da mortalidade pela Covid-19 dispararem no país.

Seu discurso assassino, no entanto, não consegue adesão sequer de seus seguidores, tal a insanidade de um sujeito que já nasceu com o vírus do mau-caratismo e contaminou muita gente por onde passou.

Todos sabem que, hoje, ele depende 100% de Bolsonaro, seja na revista ou como comentarista em telejornal. Mas o sabujo que passou a vida toda cumprindo o papel de capacho vigarista num balcão de negócios, é suficientemente blindado por sua total falta de escrúpulos tal a couraça que seu inapelável mau-caratismo lhe proporcionou.

Ocorre que, ao contrário de tudo o que Augusto Nunes fez na vida por dinheiro, seu discurso desta vez traz o que existe de mais macabro no lacaio, que é atentar contra a vida da população em troca de grana de quem lhe paga para promover o genocídio a que assistimos em função do coronavírus.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Gilmar Mendes detona o capanga da milícia: ‘Moro vazou delação de Palocci para favorecer Bolsonaro’

Da Época:

Gilmar Mendes deu uma dura entrevista hoje de manhã a Kelly Mattos e a Luciano Potter, em que acusou Sergio Moro de vazar propositalmente a delação do ex-ministro do PT Antonio Palocci no segundo turno de 2018 com o propósito de favorecer Jair Bolsonaro.

“Ele (Moro) estava muito próximo desse movimento político, tanto que no segundo turno ele faz aquele vazamento da delação do Palocci. A quem interessava isso? Ao adversário do PT. Depois, ele aceita o convite, que é muito criticado, para ser ministro deste governo Bolsonaro, cujo adversário ele tinha prendido. Ficou uma situação muito delicada, se discute a correição ética desse gesto”.

Perguntado se houve uma intenção política premeditada por parte de Moro ao publicar a delação, respondeu Mendes: “A mim me bastam os fatos. O vazamento desta delação naquele momento tinha o intuito que se pode atribuir”.

Gilmar revelou ainda uma conversa com Paulo Guedes em que o ministro contou ter pedido autorização a Bolsonaro para convidar Moro para ser ministro da Justiça “quando ele se tornou o responsável pela economia” — o que ocorreu ainda no primeiro semestre de 2018, portanto bem antes de quando publicamente se ficou sabendo do convite.

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Vídeo: Um hospício chamado Brasil: Gado racha, uns gritam ‘Moro’ e outros gritam ‘Mito’

Gado se divide em Curitiba em conflito de gritos de ‘Mito’ contra ‘Moro’.

Não é todo dia que se tem oportunidade de ver ex-aecistas, que marcharam juntos pelo golpe em Dilma, rachados. Esses mesmos que sofreram mutação e viraram bolsonaristas. Entre esses dois estados, Moro virou herói. Agora, que Aécio novamente foi pego em grossa corrupção, o gado não quer nem lembrar que, depois da derrota de Aécio, foi para as ruas de verde e amarelo, para derrubar Dilma. Em nome de quê? Do combate à corrupção.

Mas esse bonde sem freios lotado de imbecis, que já gritou nas ruas “somos todos Cunha”, hoje, chega ao auge com o racha de dois vigaristas que eles têm como a xepa da extrema direita e cada um dos dois grupos se agarra desesperadamente à sua divindade, porque sabem que, depois disso, não tem mais nada.

A extrema direita que, na verdade, é a extrema picaretagem, não deixou de pé a direita picareta tradicional, a do tucanistão, dos corruptos, FHC, Aécio, Alckmin e Serra, só ficou essa figura patética chamada Dória, que hoje é odiado por moristas e bolsonaristas que também votaram nele.

Naquela máxima de que todos sabem como começa um golpe, mas não sabem como termina, ninguém jamais imaginou que o Brasil terminaria em um hospício com golpistas loucos se digladiando no meio da rua.

 

*Da redação

 

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Acordar num sábado vendo bolsonaristas pró-AI5 denunciar golpe de Estado contra Bolsonaro, não tem preço

Que a chapa está esquentando contra Bolsonaro, não resta a menor dúvida.

A sinalização de que vem um tsunami contra ele está no twitter
#GolpeDeEstado e #GolpeDoSTF

Logicamente, o que está sendo bombado por robôs no twitter é orquestrado pelo gabinete do ódio de Carluxo e Eduardo Bolsonaro.

Na campanha bolsonarista, Mourão aparece como traidor de Bolsonaro, tendo sua imagem comparada até a de Hugo Chávez, mostrando foto dos dois.

Segundo bolsonaristas, um trecho da matéria do Estadão de hoje é colocada como aviso do golpe que Mourão e outros militares estavam tramando.

De acordo com o Estadão: “Há preocupação no mundo político quanto a um eventual superpoder dos militares caso Mourão venha a assumir o Planalto. Porém, muitos reconhecem que, neste momento, os representantes das Forças têm se portado de maneira firme na defesa da CF e da democracia”.

A bomba que explodirá no colo de Bolsonaro, segundo os bolsonaristas, vem de Moro que preparou com um dossiê com 15 meses de conversas com Bolsonaro no Whatsapp para entregar à Polícia Federal.

Soma-se a esses fatos contrários a Bolsonaro, a decisão da Juíza Janete Lima Miguel que suspendeu a nomeação de um militar para coordenadoria da FUNAI.

E mais, Eduardo Bolsonaro escreveu em seu twitter: “Oitiva de Moro será feita por delegados indicados pelo Diretor em exercício da PF, Dr.Disney Rosseti? Apressaram a oitiva para um sábado,logo após o feriado de 1º/MAI que foi sexta. Isso é vontade de esclarecer os fatos ou impedir que Moro seja ouvido pela equipe do próximo DG-PF?”

Clã Bolsonaro falando em golpe poucas horas antes do depoimento de Moro, é uma indicação de que a coisa vai feder, mas não deixa de ser uma piada para quem, há 15 dias, convocou manifestação com presença de Bolsonaro por um golpe de Estado e AI-5.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Moro montou um dossiê com 15 meses de conversas com Bolsonaro que será entregue à Polícia Federal

A Globo não mostraria a imagem e fala de Lula e de Dilma assim por acaso. Ali, nesta sexta-feira, em seus telejornais, ela já anunciava que alguma coisa séria estava por vir.

Depois de mover céu e terra para colocar Bolsonaro na cadeira da presidência, Moro prestará depoimento neste sábado, munido de um dossiê que traz conversas que teve com Bolsonaro pelo Whatsapp durante 15 meses para provar o que denunciou, a interferência do patrão no comando da Polícia Federal.

Segundo a coluna de Guilherme Amado, da Época, Moro tem todo o histórico de seu WhatsApp gravado, antes e depois do ataque hacker de que foi vítima no ano passado, e nele áudios, conversas, links e imagens trocadas com o presidente. O ex-ministro já começou a organizar o acervo para entregar à PF voluntariamente.

Participarão do depoimento de Moro três procuradores designados pelo procurador-geral da República Augusto Aras para acompanhar todas as diligências desta investigação: João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.

E o circo pega fogo. Agora, é aguardar os próximos capítulos que, com certeza, não serão nada promissores para Bolsonaro.

 

 

*Com informações da Época

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Bolsonaro dá ao Centrão R$ 53 bilhões em troca de apoio, o mesmo valor que gastou com o combate ao coronavírus

Isso mesmo, o mesmo valor que destinou para o combate ao coronavírus, Bolsonaro usa para comprar base no Centrão.

Isso não é toma lá da cá. Isso é um “vem cá meu bem” para a escória do congresso.

Isso é a nova política.

Nunca uma base cobrou e recebeu tanto por um apoio.

Esse é o orçamento de todos os órgãos em negociação com legendas historicamente associadas às picaretagens mais deslavadas, aos velhacos do Congresso e à mais pura nata da corrupção.

Mas e os bolsonaristas, o que acham?

Não acham nada, passam o pano sem questionar nada do que o mito faz.

Amanhã, Augusto Nunes e Alexandre Garcia, ao lado de Datena, “explicarão”.

Alguma dúvida de que Bolsonaro é o presidente mais pilantra da história da República e faz de tudo com o dinheiro do povo para livrar sua cara e de seus três filhos marginais?

Não né!

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro matou nas últimas 24 horas 428 brasileiros por Covid-19

A Nero o que é de Nero.

Bolsonaro matou nas últimas 24 horas 428 brasileiros por seu incentivo ao fim do isolamento social, somando 6.329 óbitos. Parabéns aos bolsonaristas!

Grosso modo, Bolsonaro aliou-se ao vírus contra a população. E para aqueles que acham exagero colocar as mortes em seu colo, é bom lembrar a frase que o próprio vociferou, que tirando Mandetta do Ministério da Saúde, as mortes por Covid-19, cairiam no seu colo, mas era o preço que ele estava disposto a pagar.

Bolsonaro é o único caso no planeta que faz o coronavírus se agravar perigosamente no país, ainda mais agora quando o ministro da Saúde, Nelson Teich está totalmente subordinado às suas vontades, numa integração total e permanente entre o ministro e o presidente. O resultado não poderia ser outro e nem de exceção.

A multiplicação de mortes pela Covid-19 nessa última semana mostra que a situação no Brasil corresponde a uma guerra com todos os elementos característicos de terra arrasada. E a semente dessa degeneração com seus discursos carregados de ódio, preconceitos, mentiras, racismo e discriminação, tratando idosos como lixos, resíduos da sociedade de consumo, é Bolsonaro respaldado na ideia de que o lucro dos empresários é mais importante do que a vida das pessoas, condenando à morte quem ele considera inferior, no caso, as pessoas com mais idade.

Bolsonaro conseguiu o que queria, estabelecer uma confusão na sociedade que afrouxou sua própria precaução diante de um vírus extremamente letal que já contaminou mais de 3 milhões de pessoas no mundo e levou à morte somente no Brasil mais de 6 mil pessoas até o momento.

Isso, sem levar em consideração as subnotificações que autoridades sanitárias afirmam ser um número muito maior tanto de contaminação quanto de letalidade.

Então, pergunta-se: que direito tem um homem, por usar a faixa presidencial, de atacar a ciência em nome do lucro de uma liderança empresarial e financeira do país?

Bolsonaro não é apenas contrário à medicina, ele é opositor e, com isso, promove discursos criando uma competitividade entre a sobrevivência dos seres humanos e a do mercado, numa esquizofrenia sem qualquer parâmetro tanto do ponto de vista científico quanto do econômico e sem qualquer sentimento humano. Seu pensamento parte da sua miséria intelectual, do seu desprezo pela vida de quem não faz parte de sua família.

Que o Brasil seria atingido pelo coronavírus, disso ninguém tinha dúvidas, tal a sua extensão territorial, suas divisas e o fluxo internacional de pessoas no país, mas daí a chegar aonde chegou com tantas mortes, vai uma gigantesca distância.

Esse quadro trágico que se apresenta no Brasil é cem por cento culpa de Bolsonaro, porque muitos hospitais já entraram em colapso por seu incentivo a desobediência à quarentena. E ele não vai parar aí.

Ontem, com uma quantidade ainda maior de mortes pela Covid-19 do que hoje, Bolsonaro fez um discurso criminoso contra quem respeita a quarentena, dizendo que essas pessoas que estão dentro de casa respeitando a sua vida e a de outras pessoas são culpadas pela disseminação do coronavírus.

Somente essa declaração de Bolsonaro mostra o genocida que é, como tantos outros da história da humanidade. Não é por acaso que é repudiado em todo o mundo.

Na verdade, a impressão que se tem é a de que Bolsonaro fica em êxtase a cada brasileiro morto pela Covid-19 tal o seu discurso beligerante que sempre foi a marca do capitão da morte.

A Nero o que é de Nero.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Reportagem sobre “respiradores fantasmas” do The Intercept gera impacto

A reportagem do ano e o jornalismo de impacto

Se a COVID-19 alterou a rotina do planeta e se nossas vidas nunca mais serão as mesmas depois dela, não é exagero dizer que a pandemia talvez seja a maior história que nossas gerações venham a contar. Por isso, reportagens que contam o drama humano pela sobrevivência e a transformação de nossos hábitos e relacionamentos são importantes para registrarmos na história este trágico episódio. O jornalismo deve oferecer a crônica desses tempos, mas não pode deixar de acompanhar como as autoridades lideram o combate à doença, quem se beneficia com a dor alheia e como os mais frágeis são novamente atingidos por decisões políticas ruins ou desastradas. E se assim é, o jornalismo catarinense já tem a sua reportagem do ano.

Publicada no dia 28 de abril no The Intercept Brasil, a reportagem denuncia a compra de 200 respiradores mecânicos pelo governo de Santa Catarina de uma empresa sem qualquer tradição na área e com valores bem acima aos praticados no mercado. Os repórteres Fábio Bispo e Hyury Potter mostram que a escolha da empresa prestadora do serviço não passou por licitação pública, que o processo durou apenas cinco horas e que foi celebrado um contrato de R$ 33 milhões. Os equipamentos deveriam ter sido entregues, mas não foram e quando isso acontecer, não é garantido que tenham as especificações técnicas necessárias. A reportagem ouve os envolvidos, cobra o poder público e mostra como negócios suspeitos podem ser feitos em situações emergenciais, quando as barreiras de controle habituais são dispensadas.

Mas por que esta é a reportagem do ano? Por seu impacto imediato.

Um dia depois de publicada, levou à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa, fez o governador Carlos Moisés abrir sindicâncias internas para apurar o pagamento antecipado do contrato e motivou uma decisão judicial bloqueando as contas da Veigamed, a empresa contratada. Em poucas horas, uma única reportagem mobilizou os três poderes para analisar um negócio suspeito, cujo objeto é um tipo de equipamento que pode salvar vidas em meio a uma epidemia. Não é pouca coisa, e não é comum no cenário jornalístico catarinense, bastante acomodado no duopólio e pouco disposto a fazer investigações do tipo.

A história do furo

O mercado jornalístico catarinense tem dois grandes players: a NSC – que comprou as operações da RBS no Estado, tem meios em todos os suportes e que retransmite a TV Globo – e o o Grupo ND – que também atua em todas as mídias e é o braço local da Rede Record. Apesar desse poder e capilaridade, a reportagem do ano não veio de nenhum desses gigantes, e foi publicada num meio alternativo e cuja sede fica no Rio de Janeiro. Entretanto, a história estava bem debaixo do nariz das redações locais.

Há duas semanas, o repórter Fábio Bispo já havia publicado reportagem apontando compra de respiradores pelo governo do Estado a preços 65% maiores. A matéria foi feita para a Associação dos Diários do Interior (ADI) e distribuída a jornais do interior catarinense, que não investiram na história. Diário Catarinense e Notícias do Dia também ignoraram a pista de que havia algo de estranho no negócio.

Bispo insistiu. “Fiz um pente fino no Portal da Transparência e me deparei com essa compra. Continuei fuçando e vi que o buraco é mais embaixo”. Como a história era complexa, Bispo foi buscar reforços e procurou o repórter Hyury Potter, com quem já trabalhou em outras ocasiões. Potter colabora com regularidade para The Intercept Brasil, e a reportagem foi aceita na hora.

Buscar um meio de circulação nacional para veicular a matéria foi estratégico. Em dez anos de reportagem, Fabio Bispo já viu CPIs serem instaladas com base no noticiário, mas muitas não avançaram. A operação abafa resfriava os ânimos dos políticos e da opinião pública.

Se os meios jornalísticos catarinense não serviram de berço da reportagem do ano, também não puderam ignorá-la. O assombro com as revelações provocou fatos nos três poderes, e as redações locais precisaram repercutir o assunto. Algumas deram os créditos, outras não. “Fiz várias perguntas nas coletivas do governo perguntando sobre os respiradores. Em quase todas elas, o secretário de Saúde ou mentiu ou omitiu informações. Foi a senha pra eu saber que estávamos com a pauta certa na mão”, relembra Fábio Bispo.

Pra que serve o jornalismo?

A repercussão foi rápida e maior do que os repórteres imaginavam.

A reportagem do The Intecept Brasil tem valor jornalístico, mas também oferece algumas pistas de como qualificar este exercício profissional em Santa Catarina (e também em outros estados). A matéria mostra o quanto os meios locais ainda podem fazer em se tratando de jornalismo investigativo. Denúncias como esta deveriam partir das redações mais próximas dos acontecimentos.

A matéria mostra também que repórteres obstinados com uma história podem recorrer a alternativas fora do Estado, quando observarem pouca receptividade regional. Às vezes, santo de casa não faz milagre mesmo e é necessário apelar para outras entidades…

Mais uma vez, o episódio demonstra o quanto o jornalismo sério e responsável tem lugar cativo na agenda da sociedade. Ele pode prestar serviços, trazendo à tona mal feitos e distorções sociais; pode aumentar o nível de transparência pública que impede crimes e abusos; e pode ajudar a frear medidas que causem prejuízos concretos à vida humana.

Alguém pode perguntar: “E daí?” Não estamos tratando do aquecedor da piscina do Palácio da Alvorada, mas de respiradores artificiais, tão necessários a milhares de pacientes infectados pelo novo coronavírus. De forma indireta, mas sem exageros, o jornalismo pode ajudar a salvar vidas humanas.

https://twitter.com/demori/status/1255984606270099457?s=20

 

 

*Rogério Christofoletti/GGN – Professor de jornalismo na UFSC e pesquisador do objETHOS

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A Lava Jato é a mãe do bolsonarismo que é o pai da tragédia do coronavírus no Brasil

Não era para o Brasil estar discutindo agora a crise política entre Moro e Bolsonaro, mas está, porque os dois não valem tostão. E isso acaba por alimentar as necessidades que Bolsonaro tem de produzir cortina de fumaça para os mortos, vítimas da Covid-19, que ele diretamente fomentou ao convocar a população a desobedecer ao isolamento social, fazendo dele o principal culpado de, pelo menos, 90% das mortes que estão acontecendo no país.

Em algum momento Bolsonaro terá que pagar por isso. Esse fato não faz Moro menos culpado, menos calhorda e assassino que Bolsonaro. Como bem disse Gilmar Mendes, a Lava Jato é a mãe do bolsonarismo, pois foi ela que armou todo o picadeiro e o mecanismo fraudador para levar o genocida Bolsonaro ao poder.

As mãos sujas de Moro estão segurando as alças de cada um dos caixões das vítimas da Covid-19, juntamente com Bolsonaro, a mídia e boa parte dos ministros do STF, que fizeram carga junto com Moro para tirar Lula da eleição e colocar na presidência da República um monstro que assusta o planeta.

Bolsonaro não tem hoje a oposição só do PT por conta de Lula ou dos partidos de esquerda, o mundo o trata como a figura mais repugnante da terra, seja por políticos até de direita, seja pela imprensa internacional.

Bolsonaro é uma unanimidade, uma figura comparada a Mussolini e Hitler por seu grau tóxico e a capacidade de letalidade que suas palavras e ações produzem.

É inconcebível a mídia tratar de forma separada Moro de Bolsonaro, assim como faz com Guedes, como se os dois não fizessem parte de um mesmo pacote. Todos são culpados por tudo o que está acontecendo no Brasil, seja pelo empenho nenhum em combater o crescimento exponencial do coronavírus, seja pela importância que dão à disputa política interna e externa.

O Brasil não vai suportar o que esses monstros, juntos, estão fazendo contra o país, contra o povo, mas principalmente contra os pobres.

Por isso é importante frisar que não tem um lado melhor na guerra entre Bolsonaro e Moro, os dois são deletérios, fascistas, corruptos e se alimentaram dessa corrupção mútua durante 16 meses e que, por um motivo qualquer, resolveram se bicar.

Até porque Moro não fez outra coisa, enquanto no governo, que não usar a PF para proteger os criminosos da família Bolsonaro, que não são poucos. Então, essa briga não tem rigorosamente nada a ver com autonomia da PF. Moro foi super obediente a Bolsonaro quando ele tutelou Maurício Valeixo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas