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Hackers presos delatam Mainardi e seu Blog Antagonista

Em depoimento prestado na semana passada à Polícia Federal, o estudante de direito Luiz Henrique Molição, um dos presos na Operação Spoofing, delatou O Antagonista e a Crusoé.

Lembrando que o Antagonista o tempo todo tomava as palavras dos hackers como verdadeiras para tentar incriminar Glenn Greenwald.

Agora que um dos hackers delatou que Mainardi e seus sócios estavam envolvidos, o Antagonista quer desacreditar os hackers.

Fica explicado o porquê de tanto ódio do Antagonista aos hackers.

Diante da delação, vem a notinha muquirana dos Mainardis:

“O site O Antagonista e a revista Crusoé nunca compraram informação nenhuma de ninguém. Trata-se de uma mentira deslavada de estelionatários a serviço provavelmente de interesses poderosos que visam a minar a nossa credibilidade” bla, bla, bla…

É aquela velha máxima: delação no dos outros, é refresco, é festa na casa grande e de seus feitores.

 

*Da redação

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Desbundada por Lula, Cantanhêde não segura o ódio e sai dando soco no vento

Na entrevista concedida por Lula ao GGN, representado por Luiz Gonzaga Belluzzo e Eduardo Moreira que, na verdade, foi a melhor entrevista de Lula até o momento, pelo tom político adotado por ele, dois personagens do folclore midiático, Cantanhêde e Merval, foram ridicularizados por Lula.

Lula pondera um fato importante, que Gilmar Mendes classificou de “a terceira turma do STF”, que são os comentaristas da Globo News que, pelas palavras de Gilmar, assim como nas palavras de Lula, o STF dá muita confiança. E Lula alerta que eles não têm qualquer capacidade de formação de opinião pública, já que não têm 1% sequer de pontuação no IBOPE.

Nesse momento, Lula arremata de primeira: quem dá crédito às patacoadas ditas pelo jeca do Merval e pela boboca da Eliane Cantanhêde, a jornalista limpinha e cheirosa?

Na verdade, há quase um consenso na sociedade de que essas duas figuras representam o que há de mais banal, no grandiloquente símbolo da ação divina da mídia industrial.

Lula foi certeiro, porque nada representa mais a caricatura profanatória do jornalismo no Brasil do que essas duas peças.

Assim, Eliane Cantanhêde resolveu dar o troco fazendo julgamento da decisão de Lula de não aceitar o regime semiaberto. A solução milagreira de Dallagnol para tirar Lula da prisão que hoje se tornou, como disse Saul Leblon, o principal símbolo político do país, ofuscando e muito o Palácio do Planalto, é a mesma da jornalista. Por isso, ela não se conforma com a decisão de Lula, irrita-se com a carta escrita por ele ao povo, chamando-a de apelativa, mas não esconde o medo que tem dessa postura de dignidade de Lula.

O artigo de Cantanhêde é farto de bobagens e aquelas apostas manjadas de que Lula, mesmo sendo a maior liderança política do país, não teria força de mover nas ruas uma massa que fizesse frente aos descalabros da milícia bolsonarista que hoje governa o Brasil.

Na realidade, a jornalista da Globo News implora misericórdia para que Lula aceite o semiaberto porque, quanto mais tempo ele permanecer na prisão, mais forte ele ficará e mais apagado o governo de Bolsonaro, apoiado pela Globo, também ficará.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Janot faz autópsia da Lava Jato e revela intestinos de um projeto de poder

DCM: Na autópsia que faz da Lava Jato, Janot revela o intestino de um projeto de poder. Por Joaquim de Carvalho.

O subprocurador Moacir Guimarães Morais Filho pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público medida para apreender o livro “Nada menos que tudo – Bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque”.

É uma medida que não deve prosperar, por representar censura e ser inconstitucional, mas, se fosse adiante, seria uma pena.

O livro tem revelações importantes sobre os abusos da Lava Jato desde o seu início. Sua importância vai muito além da revelação de que planejou matar Gilmar Mendes.

Janot diz que a ideia da criação da força-tarefa para combater a corrupção foi dele, fruto de uma promessa de campanha, mas admite que a Lava Jato tinha projeto político próprio. Ele não usa esses termos, mas é isso o que quer dizer quando cita dois vazamentos em momentos eleitorais.

“Estou falando dos vazamentos de trechos de depoimentos de Youssef e do ex-ministro Antonio Palocci na reta final das eleições presidenciais de 2014 e 2018, respectivamente”, escreve.

“As declarações de Youssef, segundo o qual Lula e Dilma sabiam das falcatruas na Petrobras, eram destituídas de qualquer valor jurídico. Youssef não compartilhava da intimidade do Palácio do Planalto e não tinha provas do que dizia. Mas, mesmo assim, eram de forte conteúdo político, e não há dúvidas de que tiveram enorme impacto eleitoral”, acrescenta.

“A divulgação de parte da delação de Palocci teve reflexo menor. O tema abordado já não era novo. Mas não é demais supor que também ajudou a municiar um dos lados do jogo político. Esses dois casos, a meu ver, expõem contra a Lava Jato, que a todo momento tem que se defender de atuação com viés político”, finaliza.

Janot diz que esses episódios lhe vieram à lembrança quando soube da notícia de que Sergio Moro estava no Rio de Janeiro para acertar sua ida ao governo Bolsonaro, como ministro da Justiça.

Para ele, era um indicativo de que se consumara a advertência que tinha ouvido de um interlocutor, no início da Lava Jato: a de que a operação havia se tornado horizontal, sem aprofundar num alvo específico, para ter ganhos no futuro.

Que ganhos seriam estes?

Janot não diz com todas as letras, mas a conclusão é óbvia: o poder.

O livro de Janot merece ser lido não pelo que diz, mas pelos relatos — a conclusão é do leitor.

Por isso, quando propõe censura à publicação, o subprocurador Moacir, que é do Conselho Superior do Ministério Público, talvez não esteja preocupado com o estímulo que possa provocar sobre potenciais homicidas.

Até porque essa revelação é feita de maneira superficial, não mais que um parágrafo, e sem que o nome de Gilmar Mendes seja sequer citado.

O problema para alguns não é o tiro que nunca foi dado, mas a bomba que já está na praça e que a defesa de Lula, corretamente, usará para reforçar a denúncia de que Moro sempre foi um juiz parcial, com projeto político bem definido e que, se depender dele, não se restringirá ao Ministério da Justiça.

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O desespero do clã em impedir que a investigação do caso Queiroz e Flávio avance é uma confissão de culpa

A conclusão simples e direta de Marcelo Freixo, diz tudo sobre o que assistimos:

“O desespero do clã em impedir que a investigação do caso Queiroz e Flávio Bolsonaro avance é uma confissão de culpa. Nos seus esforços para blindar familiares, Jair Bolsonaro está atacando inclusive órgãos de combate à corrupção, como Polícia Federal e Receita.”

Não podemos esquecer o que disse Dallagnol num áudio vazado pelo Intercept que o “Caso Queiroz” envolve com certeza Jair Bolsonaro.

Então caindo Queiroz, o efeito dominó é inevitável para o Palácio do Planalto.

Já a decisão de Gilmar Mendes é correta, por mais que queiramos que se investigue, não se pode aplaudir o MP e o COAF investigando dados pessoais sem autorização judicial, ou seja, de forma clandestina.

Não há atalhos para a Democracia; há de se respeitar as regras.

Mas isso também não tira a confissão de culpa que está patente nessa movimentação do clã.

O que não se pode é permitir que as investigações sejam no estilo deles como fizeram com Lula, fora da lei.

Na lei eles já foram pegos, nada de copiar as práticas de Moro, Dallagnol e cia. A esquerda pode mostrar que as leis funcionam.

O julgamento acontecerá em novembro.

Mas uma coisa é inegável, o Brasil vai acordando para uma realidade escancarada: O clã é formado por marginais e eles estão no controle da nação.

 

*Da redação

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Áudio: 542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país

”Dá para imaginar o fim do ‘apartheid’ com Mandela preso? É a mesma relação entre Lula Livre e a democracia plena aqui.”

O futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar: ”Lula Livre”!

Ouça a segunda parte da entrevista exclusiva do Embaixador e ex-Ministro CELSO AMORIM a Carlos Tibúrcio e Saul Leblon.

https://soundcloud.com/user-397632368/entrevista-com-celso-amorim-2-parte

Tic,tac,tic,tac,
542 dias de resistência e a cela de Lula se tornou o principal escritório político do país. Agora, Curitiba quer vê-lo longe e o pressiona a aceitar o regime domiciliar. Lula recusa. Procuradores já admitem: o melhor é julgá-lo de novo.

Celso Amorim à Web Radio Carta Maior:

No manicômio judicial instalado pela Lava Jato no país – dentro do qual a confissão do quase homicida ex-procurador-geral, Rodrigo Janot, é só mais um despautério — o poder paralelo de Curitiba exige que um preso político agora incômodo exerça o atenuante da pena que lhe foi imposta pelo crime que não cometeu.

Na recusa em protagonizar a farsa, o mais importante preso político do mundo na atualidade cobra que lhe devolvam a liberdade junto com a plena inocência.

Inocência que ganha maior espaço para ser comprovada com a decisão do STF que restaurou em parte o direito de defesa no país, restituindo a um réu delatado que argua ao final as acusações de seu delator.

Nesse enredo pronto de Costa Gravas, emoldurado por um quadro econômico em franca colisão com as urgências e esperanças da sociedade, a defesa da democracia tornou-se a peça-chave do xadrez político.

A liberdade de organização e expressão é o abrigo de todas as causas sociais, econômicas e políticas que afligem a nação brasileira neste momento.

Não por acaso tem sido fustigada por um governo cuja agenda antissocial e antinacional colide com o clamor crescente do imenso dique de interesses comprimidos pelo arrocho neoliberal.

É nesse ambiente que a união das forças democráticas emerge como uma estaca indispensável à defesa do Estado de Direito e da Constituição de 1988 — cada vez mais caricaturada como um estorvo à livre mastigação do Brasil pelas mandíbulas dos mercados globais.

Defender a democracia, no entanto, nunca é uma bandeira abstrata.

No limite, todos se dizem apóstolos da democracia.

Mas o cerco a ela tem a marca, o peso e a medida de cada passo da história.

A argúcia de cada geração para captar esse catalisador é que muitas vezes decide o futuro das nações.

Hoje o símbolo que condensa o divisor político entre as ameaças e a plena vigência da democracia para decidir o nosso futuro chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.

Não é preciso concordar com as suas ideias para identificar na causa da sua liberdade o núcleo duro do futuro institucional brasileiro, vale dizer do futuro da nação e do seu desenvolvimento.

Basta enxergar o ostensivo esbulho do Estado de Direito que cercou a sua condenação.

Basta admitir que ele, como qualquer outro brasileiro pode, sim, ser arguido judicialmente.

Mas, como qualquer outro, merece também a garantia constitucional do devido processo legal, as provas incontrastáveis de eventuais ilícitos, o testemunho de cidadãos preservados da coação e da chantagem, o veredito de juízes isentos e um julgamento baseado nos autos, não em indícios, não em convicções, não em conveniências eleitorais ou derivadas do ódio ideológico ou partidário.

Qualquer trecho dos muitos vazamentos de bastidores da Lava Jato, divulgados após criteriosa checagem de veracidade pelo Intercept Brasil em parceria com um gradiente plural de veículos da mídia brasileira e internacional, mostra que esses requisitos não foram observados no seu caso.

E o seu caso não se encerra nele mesmo.

Assim também como não se encerrava nela mesma o caso da norte-americana Rosa Parks, por exemplo, arrancada de um ônibus e presa em Montgomery, nos EUA, em dezembro de 1955, por se recusar a ceder o assento a um passageiro branco, conforme o código oficial de segregação da cidade.

A prisão da senhora Parks mobilizou protestos por direitos civis em todo o país. Em Montgomery e arredores, os negros ficaram sem usar ônibus por 381 dias impondo graves prejuízos às empresas.

As mobilizações revelaram grandes lideranças da luta pelos direitos civis nos EUA, entre elas Martin Luther King. Em 1956, em meio à forte pressão, o Supremo Tribunal norte-americano julgou inconstitucional a segregação de passageiros no transporte coletivo de todo o país.

Na segunda parte de sua entrevista à Web Rádio Carta Maior, nesta edição especial da ‘Sua Voz na Conjuntura’, o embaixador Celso Amorim, que preside o Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa da Democracia e de Lula Livre, reforça a natureza ecumênica dessa bandeira remetendo a um outro paralelo histórico.

‘Alguém pode imaginar a vitória contra o apartheid na África do Sul, separada da libertação de Mandela?’, questiona o ex-Ministro ao defender uma frente democrática no país

Todos que se preocupam com as garantias democráticas no Brasil não podem hesitar na resposta.

Mais que isso: quem ainda acha que o cerco em torno de Lula abrirá uma clareira propícia ao florescimento da ‘esquerda consequente’, na verdade está azeitando o encontro da guilhotina com o seu próprio pescoço. O de Lula, assim como a garganta dele, a voz que ela ecoa, as coisas que diz e, sobretudo, o que esse conjunto simboliza, tudo isso compõe um obstáculo ao que almeja, de fato, o maquinismo conservador no Brasil.

A saber, almeja a instauração plena do moedor de direitos e patrimônio na sociedade, vulgo ‘Nova Liberdade Econômica’.

Para tanto é necessário estralar e quebrar os sete ossos que compõem o pescoço do povo brasileiro.

Esse é o verdadeiro e definitivo alvo do garrote vil em marcha batida desde as eleições de 2014.

O pescoço de Lula está no meio desse asfixiar nefasto; silenciar diante do percurso do torniquete é ser cúmplice de um estrangulamento final que atingirá toda a sociedade. Não existe meio golpe na história.

A natureza implícita de 1964 revelou-se explicitamente no AI-5 de 13 de dezembro de 1968.

Podemos estar trilhando hoje um despenhadeiro da democracia arrematado de abismos parecidos logo adiante.

Não é uma avaliação ideológica; é a lógica do poder ilegítimo.

Quanto mais unilaterais seus objetivos, maior a abrangência de seus alvos e de sua intolerância.

Vale para a Lava Jato, vale para o extremismo econômico em curso. Adernamos em uma transição de ciclo de desenvolvimento.

A restauração conservadora quer transformar esse hiato em uma rendição incondicional à supremacia dos interesses dos mercados globais, sem conceder à sociedade o direito de comandar o passo seguinte do seu destino.

Trata-se de dobrar a espinha da sociedade a ponto de sujeita-la à sarjeta da desemancipação social violenta, onde transitam a incerteza permanente, o desemprego para sempre, o limbo das vidas franqueadas às demandas just in time dos negócios voláteis.

Prostração e morte da esperança é o lubrificante da rendição incondicional à precariedade.

Descolar o país de direitos constitucionais, políticos e simbólicos que sustentam os laços de interesses compartilhados — a solidariedade coletiva — é crucial.

Inclua-se aí a derrubada das escoras emancipadoras recentes, históricas ou futuras — entre elas, a legislação trabalhista de Vargas, a semente de democracia social contida na Constituição Cidadã de 1988 e o regime de partilha do pré-sal…

O tamanho da empreitada requer afastar todas as pedras do caminho.

Lula é a peça angular da estrutura cujo deslocamento permitirá demolir o conjunto. É preciso espatifa-lo.

Quem critica e criticou – com razão, como o fez Carta Maior, em vários momentos desde 2005 – a letargia dos governos do PT diante do aguçamento da luta de classes e do evidente passo de ganso da Liga dos Golpistas não deve alimentar ilusões.

Vive-se um acelerado assalto ao espaço expandido da democracia brasileira, em alargamento desde os grandes levantes operários dos anos 70/80 no ABC e da luta de rua subsequente pelas Diretas contra a ditadura.

Com todas as enormes virtudes listáveis, e também defeitos, por óbvio, Lula é hoje uma espécie de esteio simbólico desse solo avançado, ao redor do qual a voçoroca conservadora avança célere para engolir a árdua e incipiente sedimentação da democracia social entre nós.

Isso significa que ambiguidades e hesitações do maior e mais importante partido de esquerda do país devam ser poupadas de críticas, avanços e confrontações?

Ao contrário.

Mas cada crise tem uma contradição central.

Ignorar essa hierarquia ou ombreá-la em importância às demais costuma ser devastador para a sorte de uma sociedade.

À dialética dura das transformações históricas não importam as boas intenções avocadas no caminho.

A contradição central e objetiva do projeto conservador hoje no Brasil é a existência de uma vasta maioria de milhões de famílias que precisam de emprego, habitação, escola, saúde digna, cidadania plena, esperança em si mesmas e confiança no horizonte da nação, vale dizer na capacidade de agir coletiva e democraticamente para alarga-lo e ocupa-lo.

O país tem um dique vazando com 48 milhões de pessoas à margem do mercado formal de trabalho, o que equivale a quase metade da população em idade de trabalhar.

Juntas, formam uma espécie de ‘pré-sal’ de possibilidades emancipadoras, cuja espinha de discernimento precisa ser vergada para que volte a se arrastar de cabeça baixa, deformada pela tragédia social, conformada em não pertencer a lugar nenhum, a não dispor de qualquer voz, organização ou liderança que lhe dê sentido e esperança.

A existência de Lula atrapalha a paz dos cemitérios aspirada pela direita aqui como em todos os tempos e lugares.

Se hoje ela tiver êxito em silenciar um pedaço da esquerda em relação à liberdade de Lula, um grande passo terá sido dado pelo garrote vil conservador.

Sem ilusões.

O passo seguinte será fechar os anéis sobre o que restar do campo progressista para, ato contínuo, asfixiar o que de fato importa: a respiração social do povo brasileiro.

É por isso que o futuro da democracia e do desenvolvimento justo no país confunde-se nesta quadra com uma frase simples, curta, fácil, inteligível, dotada ao mesmo tempo de memória e história, enfeixada em uma urgência de justiça que o povo intui e diante da qual nenhum democrata pode silenciar:

‘Lula Livre”!

 

 

*Joaquim Palhares, Saul Leblon e Carlos Tibúrcio/Carta Maior.

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Sob a regência de FHC, Temer e Bolsonaro devolvem o Brasil ao inferno econômico

Brasil acaba de ser cuspido do grupo que forma as dez maiores economias industriais do mundo.

Imaginem a festa que os tucanos estão fazendo, abrindo champagne e brindando, como fizeram quando o país, sob a regência de FHC, foi chutado para a 14ª economia.

Fernando Henrique, essa múmia empalhada, é até os dias de hoje, o monsenhor da mídia nativa, que tem verdadeira tara pelos anos de fracasso do Brasil. É justificável esse amor todo, afinal, além de toda a corrupção e a privataria, FHC quebrou o país três vezes em oito anos.

Isso não é pouca coisa. Tanto que Clinton, como mostra o vídeo para recordar, humilha FHC em frente a chefes de Estados europeus mais do que Trump humilhou Bolsonaro, depois que o medíocre ficou 1 hora nos corredores da ONU esperando a oportunidade de lamber as botas do presidente americano.

O que assistimos hoje é a uma espécie de vale a pena ver de novo da direita nativa. Sim, porque a política econômica tanto de Temer quanto de Bolsonaro teve apoio incondicional do PSDB. Lógico, porque tanto Meireles quanto Paulo Guedes tem como livro de cabeceira o programa econômico do PSDB que faliu o país nos anos FHC.

A verdade é que a Globo e o restante da mídia conseguiram o que queriam, através de sucessivos golpes na política nacional, o impeachment de Dilma e a prisão política de Lula, tirar o país da 6ª maior força econômica do mundo, com Lula e Dilma e jogá-lo para fora do seleto grupo das dez maiores economias.

E não culpem o povo por isso, porque, se não fosse o golpe em Dilma e a prisão de Lula regidos pela Globo, os Marinho teriam sofrido a quinta e mais dura derrota consecutiva para Lula e o PT, pois lula caminhava para ganhar a eleição já no primeiro turno e foi impedido por uma trama macabra entre Globo, Moro e Bolsonaro, para que o país garantisse seu lugar no inferno econômico.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Miriam leitão quer que a Lava Jato solte Lula coercitivamente

O Brasil anda mesmo de cabeça para baixo conversando com morcegos.

Imaginar que Miriam Leitão e Bolsonaro teriam opiniões invertidas sobre a decisão de Lula não aceitar o regime semiaberto, merece nota. Na verdade, isso é uma parada dura de encarar.

Quem ia imaginar que Bolsonaro, um dos maiores tarados por torturas e assassinatos, cometidos pelos piores facínoras da ditadura militar, diria que é direito do Lula escolher se quer ou não o regime semiaberto, enquanto Miriam Leitão diz que Lula não tem o direito de escolher.

Pior, justifica seu inacreditável raciocínio do ponto de vista econômico, imagina isso, dizendo que Lula sai caro aos cofres públicos.

Quem sabe não está aí o motivo do fracasso da política econômica de Temer e Bolsonaro, ultraneoliberal, fogueteada por Miriam como visionária e que chutou o país para fora do grupo das 10 maiores economias industriais do mundo.

Na realidade, é de soluçar de emoção ver Miriam Leitão, a mãe zelosa, falando bobagens que brotam do coração para, numa singela nostalgia, ajudar a promover o livro de seu filho, Wladimir Netto, sobre a Lava Jato, com milhões de citações heroicas de Moro e de todos os outros vigaristas da Força-tarefa, que já foi para o sebo.

O fato é que, a partir do juízo jurídico do seu filho, Wladimir, e o econômico de Miriam, o inferno é o limite para o futuro do Brasil.

Sobre a prisão política de Lula, Miriam não dá um pio. Uma vergonha para o judiciário brasileiro e para a Globo de quem a jornalista é serviçal, associando-se aos terraplanistas e aos que se encontram do lado dos que promoveram, no país, as maiores atrocidades nos anos de exceção dos quais ela foi vítima. Preferiu fazer “referências numéricas” para justificar seu apoio incondicional a todo o banditismo jurídico de Moro e seu bando. E, por tabela, dá ares de verdade jornalística ao lixo escrito pelo filhão.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Terra arrasada: Golpe, Lava Jato e Bolsonaro tiram o Brasil das 10 maiores economias industriais

A política econômica do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, a destruição provocada pela Lava Jato e a política de terra arrasada de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estão conseguindo um impressionante recorde negativo: o Brasil prepara-se para deixar o grupo dos 10 maiores países industriais do mundo.

O Brasil prepara-se para deixar o ranking dos 10 maiores países industriais do mundo. Reportagem da jornalista Thaís Barcellos, em O Estado de S.Paulo demonstra que enquanto a produção industrial no resto do mundo cresceu 10% desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% no mesmo período – e não recuperou o patamar em que estava antes da recessão. É o resultado da política econômica do golpe, da devastação da Lava Jato na indústria nacional e da terra arrasada de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

A consequência é que a indústria, que representa cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), poderá sofrer nova retração este ano.

A reportagem destaca que o pico de participação da indústria no PIB foi em 1976, com 22,3% (a preços constantes de 2010). De acordo com a economista Laura Karpuska, da BlueLine Asset, que sistematizou os dados sobre produção industrial no mundo, nos países emergentes, excluindo a China, a atividade das fábricas cresceu 8% desde 2014, enquanto na América Latina o desempenho foi de queda de 4% – e o destaque negativo entre os maiores países da região foi o Brasil.

Dentre os motivos que ajudam a explicar o desempenho mais fraco do Brasil em relação aos vizinhos, Laura cita primeiro os diferentes choques que vêm impactando a economia do País. A queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados, pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018.

Também pesaram a tragédia o rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG) e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado. “À exceção da Argentina e dos problemas gravíssimos da Venezuela, a crise industrial do Brasil foi uma das mais profundas da América Latina, e a recuperação tem sido das mais frustrantes possíveis também”, reforça o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Vem da entidade o alerta de que o Brasil, que ocupa a nona posição entre os maiores países indústrias, pode deixar, em breve, de aparecer entre os dez primeiros desse ranking.

O desempenho fraco da indústria, na avaliação de Cagnin, reflete tanto a demanda fraca quanto problemas estruturais de competitividade e produtividade, como a complexa estrutura tributária, o baixo investimento e o parque produtivo obsoleto. O economista reforça que é cada vez maior o risco de a atividade fechar 2019 com queda na produção.

O economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore considera que o país está em depressão. “Se a situação em que a indústria brasileira está não é uma depressão, eu não sei mais o que poderia ser”, afirma.

 

 

*Com informações do 247

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‘Relações Obscenas’, livro sobre a #VazaJato, será lançado dia 08 de outubro no Rio de Janeiro

Sessenta artigos distribuídos por 420 páginas fazem de ‘Relações obscenas: as revelações do The Intercept’ o livro do momento. No Rio de Janeiro, o livro será lançado, dia 08 de outubro, na ABI – Associação Brasileira de Imprensa. Rua Araújo Porto Alegre, nº 71 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. Auditório Belizário Souza, 7º andar.

O livro foi organizado por Wilson Ramos Filho, Maria Inês Nassif, Hugo Cavalcanti Melo Filho e Mirian Gonçalves, e conta com ilustrações de Renato Aroeira. O prefácio é escrito pelo jornalista e escritor Fernando Morais.

No lançamento, um debate sobre a obra e o momento em que vivemos, com participação de Wilson Ramos Filho, Gisele Cattadino, Marta Skinner, Simone Schreiber, Luiz Fernando Lobo, Juca Kfouri e Wadih Damous.

‘Relações obscenas’ traz uma análise crítica de intelectuais e figuras do campo progressista brasileiro sobre um dos maiores escândalos da história do país, destrinchando as relações pouco apropriadas entre o Ministério Público Federal, o Judiciário e setores da direita. O livro será vendido no evento.

Confira os autores presentes no livro: Fernando Morais, Juca Kfouri, Tarso Genro, Laurindo Lalo Leal Filho, Mauro de Azevedo Menezes, Gustavo Conde, Grijalbo Fernandes Coutinho, Marthius Sávio Cavalcante Lobato, Leonardo Isaac Yarochewsky, Carlos Nicodemos, Germano Silveira da Siqueira, Samuel Pinheiro Guimarães, Vanessa Grazziotin, Valdete Souto Severo, Marcelo Ribeiro Uchôa, Bruno Moreno Carneiro Freitas, Rodrigo Gava, Pedro Estevam Serrano, Fernando Hideo Lacerda, Rafael Fagundes, Rafael Borges, Rafaela Azevedo de Otero, Rubens R R Casara, Mariella Pittari, Jorge Bheron Rocha, Lusmarina Campos Garcia, Jane Salvador de Bueno Gizzi, Ricardo Nunes de Mendonça, Marcia Tiburi, Isabela de Andrade Pena Miranda Corby, Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira, Digo Bacha e Silva, Alexandre Gustavo Melo Franco Bahia, Luis Felipe Miguel, Aberto Carlos de Almeida, Gisele Cittadino, Cezar Britto, Djamila Ribeiro, Breno Tardelli, Ana Costa, Miriam Debieux Rosa, Leonardo Maia, Eduardo Surian Matias, Geraldo Prado, Carol Proner, Juliana Neuenschwander, Lenio Luiz Streck, Eder Bomfim Rodrigues, Hugo Cavalcanti Melo Filho, Eugênio José Guilherme de Aragão, Guilherme Lobo Machioni, Carlos Eduardo Azevedo Pimenta, Wadih Damous, Nuredin Ahmad Allan, Nasser Allan, Sergio Graziano Sobrinho, João Ricardo Dornelles, Fernando Augusto Henrique Fernandes, Tales Ab´Sáber, Patrícia Valim, João Gabriel Lopes, Ângela Carrato, Eliara Santana, Luiz Carlos Azenha, Renata Mielli, Paula Saleh, Martonio Mont´Alverne Barreto Lima, Jorge Bheron Rocha, Gabriela Shizue Soares de Araujo, Magda Barros Biavaschi, Carlos Eduardo Fernandes da Silveira, Maria Goretti Nagime Barros Costa, Normando Rodrigues, Marta Skinner, Kiko Nogueira, Lourdes Nassif, Vera Chaia, Altamiro Borges, Márcia Bechara, Beto Vasques e Erika Campelo.

 

*Da redação

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Luis Nassif: Janot e o vazamento da capa de Veja na véspera das eleições

Pelo livro fica-se sabendo que Janot sabia o que a torcida do Flamengo inteiro sabia, que o vazamento foi providenciado pela Lava Jato, exclusivamente pelo impacto político.

No livro “Nada Menos Que Tudo”, o ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot admite que a capa da Veja na véspera das eleições de 2014, com a suposta delação de Alberto Yousseff, dizendo que “Lula e Dilma sabiam de tudo”, expôs o viés político da Lava Jato.

É curioso! No jantar de posse de Dilma Rousseff, compartilhei uma mesa com Janot. Na ocasião, depois de algumas pinicadas recíprocas, provoquei-o em relação a dois temas.

Um deles, o vazamento com a tal delação de Yousseff, que quase decide as eleições. Ele disse que nada podia fazer porque fora feito por advogados do réu. Insisti: se vazamentos são ilegais, você não vai fazer nada?

Pelo livro fica-se sabendo que Janot sabia o que a torcida do Flamengo inteiro sabia, que o vazamento foi providenciado pela Lava Jato, exclusivamente pelo impacto político. Como Janot admite no livro, “eram destituída de qualquer valor jurídico”, por Yousseff sequer compartilhava da intimidade do Palácio do Planalto e não tinha provas do que dizia.

No momento oportuno, Janot calou-se, como deve ter se calado em vários episódios nos quais, de acordo com sua versão, teria explodido, reagido, gritado.

O segundo fato foi um inquérito sobre Aécio Neves que mofa desde 2010 na gaveta do PGR, referente à Operação Norbert, que identificou contas de Aécio no exterior, em nome de offshores abertas em paraísos fiscais.

É por aí que não se aceitam as explicações dele, sobre as razões de não ter incluído Aécio na primeira lista de Janot. Na ocasião, uma fonte com contato direto com o filho de Teori Zavaski, relatou sua surpresa de Janot ter indiciado Lindbergh e poupado Aécio, segundo que os indícios contra Aécio eram muito mais evidentes – versavam sobre as mesadas de Furnas.

A alegação de Janot foi que duas testemunhas do caso já tinham morrido. Ora, não consta que, com sua morte, sumiu a contabilidade ou os registros bancários da empresa. Além disso, se a PGR já possuía um inquérito com indicações das contas de Aécio na Suiça, o quadro ficava muito mais completo do que meras delações ao vento.

 

 

*Luis Nassif/GGN