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Israel promove bombardeio mais pesado em Gaza e atinge 150 alvos

Segundo militares de Israel, jatos foram usados para atingir alvos subterrâneos do Hamas na Faixa de Gaza.

Jatos de Israel atacaram o norte da Faixa de Gaza, na noite sexta-feira (27/10, horário local) e atingiram mais de 150 alvos subterrâneos, principalmente túneis e bunkers, do grupo extremista Hamas. Militares afirmaram também que tanques e outras forças continuaram com incursões terrestres limitadas pelo terceiro dia seguido.

Explosões iluminaram o céu da Cidade de Gaza durante horas. Como resultado, segundo militares, “vários terroristas do Hamas foram mortos”.

Entre eles, dizem israelenses, está o chefe do sistema aéreo do Hamas, Issam Abu Rukbeh. As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço secreto Shin Bet afirmaram que Abu Rukbeh era responsável pelo gerenciamento dos drones, veículos aéreos não tripulados, parapentes, sistemas de detecção aérea e defesas aéreas.

Relatos do outro lado após ataques de Israel
Informações sobre a situação em Gaza, faixa de terra costeira com 2,3 milhões e governada pelo Hamas, eram poucas, principalmente porque falta internet e serviços móveis. Mas imagens feitas a partir das fronteiras do território mostram os ataque aéreos noturnos. Alguns relatórios vindos de autoridades e jornalistas palestinos falam em “situação caótica”.

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Assembleia Geral das Nações Unidas aprova por larga margem trégua humanitária na Faixa de Gaza; Estados Unidos e Israel votam contra

Com 120 votos a favor, incluindo o do Brasil, 14 contra e 45 abstenções, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução em que pede uma trégua humanitária na Faixa de Gaza, com a libertação de civis mantidos em cativeiro. O resultado aumenta a pressão sobre Estados Unidos e Israel, no momento em que uma invasão por terra do exército israelense é tida como iminente.

Apesar da ampla maioria, os governos dos Estados Unidos e de Israel votaram contra a resolução, que foi apoiada por China e Rússia, informa Jamil Chade, do UOL. Na Europa, houve uma ruptura, com a França e Espanha apoiando o texto, enquanto a Alemanha e Itália optaram pela abstenção

A adoção coincide com uma ofensiva militar israelense sobre o território palestino, gerando temores de uma escala sem precedentes na crise e a transformação das hostilidades em uma guerra regional.

A resolução não tem o mesmo peso de uma decisão do Conselho de Segurança e serve apenas como recomendação. Ainda assim, ela pede: o estabelecimento de corredores humanitários; a liberação imediata de civis sequestrados; e a revogação da ordem de evacuação do norte de Gaza por Israel

Também condena “atos terroristas”, mas não cita o direito a autodefesa por parte de Israel e nem o nome do Hamas

O debate foi iniciado ontem (26), em sessão marcada por um alerta por parte da delegação de Israel de que não aceitaria o texto. Segundo a diplomacia israelense, quem defende um cessar-fogo quer que as “mãos de Israel sejam amarradas”, permitindo espaço para o Hamas se rearmar.

A reunião ainda testemunhou ataques mútuos entre palestinos e israelenses, ameaças por parte do Irã e até a transmissão de um vídeo no qual um membro do Hamas decapitava uma vítima.

O documento inicial do projeto de resolução falava em um “cessar-fogo imediato” e não citava os crimes cometidos pelo Hamas, o que levou o governo de Israel a atacar a ONU. Mas, em negociações na madrugada de hoje, os países árabes aceitaram uma mudança no texto, na esperança de atrair um maior número de votos e isolar americanos e israelenses

O pedido de “trégua humanitária” vem num momento em que a ONU alerta que corpos estão sendo empilhados em Gaza e que a ajuda que entra pelo Egito não atende nem a 4% da necessidade dos 2,2 milhões de palestinos. Nesta sexta-feira, a ONU também qualificou a situação como “crime de guerra.

Para a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, o mundo precisava “condenar atos terroristas do Hamas”. “É um absurdo que essa resolução não nomeie os autores dos ataques”, disse ela.

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Cultura

Marco histórico: Governo Lula destina R$15 bilhões à cultura via Política Nacional Aldir Blanc (PNAB)

Nada mobiliza mais um povo que sua cultura. Não há potencia política maior que a cultura sobretudo a nossa que tem a maior diversidade do planeta e assim é reconhecida no mundo.

O governo federal lançou oficialmente nesta quarta-feira (25) a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que alocará R$ 15 bilhões no setor cultural até 2027, equivalendo a um investimento anual de R$ 3 bilhões. A cerimônia, realizada no Museu Nacional, contou com a presença de renomadas autoridades e artistas que celebraram a iniciativa, diz o Vermelho.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, não poupou elogios ao descrever o momento como “um grande dia, de muita festa”. Ela ressaltou a importância do transporte financeiro para um setor que foi profundamente afetado pela pandemia e pela falta de investimento governamental no passado.

“É um momento muito importante e aguardado. É uma política estruturante do nosso setor cultural, que vai irrigar durante cinco anos R$ 3 bilhões por ano para todas as cidades do Brasil”, declarou a ministra à imprensa, ao chegar para a cerimônia. Para ela, a medida beneficia não somente a classe artística, mas toda a população. “Hoje é um grande dia, de muita festa. A gente quer comemorar”, disse a ministra.

Na ocasião, Margareth também fez questão de lembrar o desafio de reconstituir o Ministério da Cultura, que havia sido extinto, e enalteceu a resiliência do setor cultural. “A implementação da Política Nacional Aldir Blanc é fruto da resistência, da luta e do comprometimento de toda a sociedade civil, dos parlamentares, das pessoas que trabalham, que vivem e são a cultura brasileira, da classe artística, que resistiu e também lutou e luta pela democracia no nosso país e pelas políticas culturais mais dignas e duradouras”.

Jandira destaca perenidade da lei

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), autora do projeto de lei da PNAB, também esteve presente e destacou a importância de transformar a lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2020 em uma legislação perene e permanente: “Ela não acaba em cinco anos, ela precisa apenas ser validada a cada cinco anos, o que significa que ela pode durar por toda uma vida e ter os aprimoramentos a cada cinco anos”.

Em seu discurso, Jandira ressaltou que o “escopo dessa lei permanente envolve pesquisa, intercâmbio, memória e patrimônio. Ela tem um escopo de uma lei permanente, não mais uma lei emergencial. E por isso ela possibilita que nós façamos aquilo que é decisivo pra gente se considerar um país altivo, autônomo e soberano. Ela valoriza aquilo que os colonizadores não gostam: ela valoriza a nossa identidade, que é diversa, que é mestiça, que é plural.”

https://www.instagram.com/reel/Cy1-GReMGYC/

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Mundo

Israel transforma ONU em novo alvo da guerra

Governo Netanyahu pede renúncia de Guterres para minar legitimidade das Nações Unidas na crise.

O governo de Israel elegeu um novo alvo de guerra: a Organização das Nações Unidas. Em meio aos ataques a Gaza, o embaixador israelense cobrou a renúncia do secretário-geral António Guterres. Alegou que ele não estaria “apto a liderar” a entidade.

Na terça-feira, Guterres reforçou o apelo por um cessar-fogo humanitário. Ele criticou as “claras violações” do Direito Internacional e pediu que as operações militares parem de sacrificar civis inocentes.

O português condenou os “atos de terror” do Hamas e afirmou que “nada justifica” o assassinato e o sequestro de israelenses. Em seguida, disse que os atentados “não aconteceram no vácuo” e lembrou a “ocupação sufocante” de territórios palestinos há 56 anos.

Mas o sofrimento dos palestinos não pode justificar os chocantes ataques do Hamas”, reiterou, numa tentativa de evitar que suas palavras fossem distorcidas. Mesmo assim, ele entrou na mira do governo de Israel.

Em reação agressiva, o embaixador Gilad Erdan acusou Guterres de “demonstrar compaixão pelas mais terríveis atrocidades cometidas contra os cidadãos de Israel e o povo judeu”.

No dia seguinte, o secretário-geral disse que sua fala foi deturpada e negou ter justificado os ataques do Hamas. “Isso é falso, foi o oposto”, defendeu-se. O governo israelense dobrou a aposta: anunciou que passará a negar vistos a funcionários da ONU. “Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, declarou Erdan a uma rádio militar.

O embaixador não é diplomata de carreira. É um político de extrema direita, que militou contra os Acordos de Oslo e tem longa folha de serviços prestados ao premiê Benjamin Netanyahu. Ao hostilizar Guterres, ele segue uma estratégia clara. Busca fragilizar o secretário-geral e minar a legitimidade da ONU para se manifestar sobre o conflito e os crimes de guerra contra civis.

Na prática, o recado do governo Netanyahu é que a ofensiva em Gaza não diz respeito à comunidade internacional. Seria tema a ser decidido por Israel e seus aliados americanos, que já bloquearam a chance de um armistício mediado pelo Conselho de Segurança.

De um grupo com práticas terroristas, é perda de tempo esperar sensatez. De um país que se diz a única democracia do Oriente Médio, é justo cobrar mais respeito às Nações Unidas.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Política

Lula, 78 anos

O presidente Lula completa nesta sexta-feira (27) 78 anos de idade. Neste ano, o aniversário traz uma carga ainda mais simbólica: é o primeiro na Presidência da República após a perseguição judicial que sofreu na Lava Jato e a prisão política a qual esteve submetido por 580 dias na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Depois de ter sido eleito para governar o país de 2003 a 2011, ter conseguido fazer sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff, que governou de 2011 a 2016 – até sofrer um golpe -, Lula passou pelo maior processo de lawfare que já se viu. Foi condenado sem provas e preso mesmo sem seu processo ter transitado em julgado.

Depois de solto, Lula enfrentou a mais difícil campanha eleitoral de sua trajetória política, contra Jair Bolsonaro (PL), que usou a máquina pública indevidamente para angariar votos. No entanto, o segundo turno do pleito sagrou Lula vencedor, com 50,90% dos votos – mais de 60 milhões de votos.

https://twitter.com/i/status/1717834040365973992

https://twitter.com/i/status/1717841002310885408

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ONU recebe lista de mortos em Gaza e fala em crimes de guerra

Em meio a um debate sobre a credibilidade dos números de mortos em Gaza, a ONU e a OMS afirmam que o Ministério da Saúde na região bombardeada enviou para uma lista completa das mais de 7 mil vítimas, com nomes e detalhes. O documento conta com 212 páginas. A ONU também afirma que, neste momento, está “confiando” nessa conta, enquanto a OMS chama o debate aberto sobre a credibilidade dos números de “cínico”.

Independente de qual seja o número exato de vítimas, a ONU descreve a situação como “crimes de guerra” e aponta que “muitos mais morrerão” diante da falta de ajuda. A entidade também descreveu nesta sexta-feira “atrocidades” e “carnificina” cometidas diariamente e alerta que já são 57 os funcionários da ONU mortos em Gaza.

Nos últimos dias, o presidente americano Joe Biden colocou em questão a contagem de mortos em Gaza, diante do fato de as autoridades estarem sendo controladas pelo Hamas. Nas redes sociais, mensagens questionando os dados também foram promovidas, como parte de uma guerra de informação. O centro do debate seria o fato de que, em Gaza, a autoridade é controlada pelo Hamas.

Lynn Hastings, representante da ONU para a Coordenação Humanitária nos Territórios Ocupados da Palestina, explicou nesta sexta-feira que a ONU está usando esses dados dessas mesmas autoridades há anos. Ela ainda destacou que, desde 7 de outubro, a entidade também confia nos dados do Ministério da Saúde Israel para falar sobre o que ocorre entre as vítimas israelenses.

De acordo com ela, existe um processo de exame após cada incidente, ao longo dos anos. Com o cerco e a violência, o acesso está dificultado para qualquer agências internacional. “Estamos num processo complicado de confirmação”, disse. Hastings não descarta que o número final possa ser diferente. Mas alerta que “corpos continuam empilhados”. “Quantos precisam morrer para ser uma crise?”, questionou.

OMS chama debate de “cínico”
A Organização Mundial da Saúde também indicou que tem usado os dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e indicou mais de 7 mil mortos até este momento. Segundo eles, os dados ainda passam pelas autoridades em Ramallah, na Cisjordânia e controlada pelo Fatah.

“Dependemos dos números das autoridades nacionais. Isso também ocorreu na pandemia”, disse Richard Peeperkorn, representante da OMS em Jerusalém.

Segundo ele, a OMS recebeu lista, com detalhes de cada uma das vítimas. “Essa é uma questão cínica. Se fosse mil a mais ou a menos, o debate mudaria?”, questionou. O representante da OMS ainda elogiou os números produzidos pelas autoridades de saúde em Gaza.

Numa coletiva de imprensa nesta sexta-feira, a entidade destacou que, baseado no número de Gaza, 68% das vítimas hoje são crianças e mulheres. 45% das residências estão destruídas e 76 ataques foram realizados contra serviços de saúde.

*Jamil Chade/Uol

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Mundo

Integrante do Hamas afirma em entrevista que reféns só serão liberados depois do cessar-fogo em Gaza

Os reféns capturados pelo Hamas, grupo terrorista que está em guerra com Israel e sequestrou mais de 200 civis no dia 7 de outubro, só serão libertados depois de um acordo de cessar-fogo. A informação foi publicada pelo jornal russo “Kommersant” e divulgada pela agência Reuters nesta sexta-feira (27).

O integrante do grupo terrorista entrevistado foi identificado como Abu Hamid. Ele faz parte de uma comitiva do Hamas que participa de uma visita a Moscou, segundo o G1

Durante a entrevista, Hamid afirmou que 50 reféns morreram em bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza. Essa informação já havia sido divulgada por um porta-voz do grupo na quinta-feira (26), sem citar mais detalhes.

Hamid disse ainda que o Hamas precisa de tempo para localizar todas as pessoas que foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, uma vez que várias facções capturaram civis em Israel, no dia 7 de outubro.

“Eles capturaram dezenas de pessoas, a maioria delas civis, e precisamos de tempo para encontrá-las na Faixa de Gaza e, depois, libertá-las”, disse Hamid.

As Forças de Defesa de Israel dizem que 224 pessoas estão sob poder do Hamas.

Desde 7 de outubro, quando o conflito começou após um ataque do Hamas contra Israel, somente quatro reféns foram libertadas pelo grupo

 

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Investigação

Novo esquema de espionagem da Abin invadia computadores para colher conteúdos

Investigadores encontraram indícios de outro esquema de espionagem no material colhido pela Polícia Federal (PF) na operação para apurar a ação de funcionários da Agência Brasileira de Informações (Abin) em suposto rastreamento de celulares.

Outros dispositivos estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores, de acordo com informações do jornalista César Tralli na GloboNews.

A ferramenta de invasão por meio de um malware (software que causa danos) acessa todo o conteúdo dos computadores, segundo as fontes ouvidas. A intrusão clandestina pode se dar via disparo de um e-mail, por uma mensagem de texto, por whatsapp web, por exemplo, e por acesso físico ao computador (pen drive), alvo de espionagem.

A vítima infectada não sabe que a invasão ocorreu. E imediatamente todo conteúdo do computador passa a ser acessado pelos espiões.

Investigadores se aprofundam na nova descoberta para decifrar melhor quantos computadores foram infectados e espionados. E quem foram os alvos.

As informações em relação a isso seguem sob sigilo para não atrapalhar os desdobramentos das apurações sobre estes sistemas ilegais de espionagem feitos por servidores e ex-servidores da Abin.

Na semana passada, operação da Polícia Federal revelou um suposto esquema criminoso de rastreamento de celulares feito pela Abin. Mais de 33 mil acessos foram realizados sobre a localização de aparelhos de ministros do STF, auxiliares, funcionários da corte, servidores públicos, jornalistas, políticos e policiais, dentro outros.

Ao todo, a PF cumpriu na operação 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Goiás e no Distrito Federal. A Abin disse que colaborou com a PF e que a operação é retaliação.

A empresa fornecedora deste sistema foi alvo de busca e apreensão. Porém, de acordo com fontes, a nova descoberta, que envolve esquemas de invasão de computadores, não é da mesma empresa que vende o rastreamento de geolocalização de aparelhos de telefone, o que levará a PF a ir atrás também da ponta fornecedora das ferramentas de intrusão de computadores.

 

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Mundo

Irã faz ameaça contra EUA por apoio a Israel, que rejeita cessar-fogo

O governo do Irã lançou o que está sendo interpretado no meio diplomático como a ameaça mais direta contra os EUA. Num discurso nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU, o chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, alertou que se os americanos não deixarem de financiar e armar “o genocídio em Gaza, eles não serão poupados desse fogo”.

O alerta foi feito no momento que Israel amplia a ofensiva em Gaza e enquanto a ONU se reúne para votar uma resolução que pede um cessar-fogo na região. Israel já deixou claro que rejeita o texto.

“Estamos dizendo aos EUA que, se a operação de genocídio continuar, não iremos apenas assistir”, disse Abdollahian. “Se o genocídio em Gaza continuar, os EUA não serão poupados de fogo”, alertou, indicando para os riscos de que a guerra se espalhe pela região.

O iraniano fez um apelo para que a Casa Branca pressione Israel a interromper os ataques e que pare de dar dinheiro e armas para o governo de Benjamin Netanyahu. Ele criticou o fato de que as mais de 7 mil mortes de palestinos estão ocorrendo sem que europeus e americanos tomem uma atitude.

Segundo o chanceler, o Hamas não deve ser considerado como um grupo terrorista e aponta que o massacre contra israelenses em 7 de outubro foi “a explosão de um vulcão” diante da ocupação das terras palestinas. Líderes de todo o mundo condenaram os atos terroristas do Hamas, inclusive o Brasil. Já o regime iraniano, acusado de violações e repressão, vem mantendo o apoio ao grupo.

O chefe da diplomacia do Irã ainda fez uma proposta ao discursar na ONU. Segundo ele, o Hamas está disposto a liberar os civis israelenses que foram sequestrados se 6 mil combatentes do grupo e que estão em prisões israelenses forem liberados. O governo iraniano, segundo ele, receberia esses civis e faria a troca, numa operação na qual também participaria o Catar.

O ministro ainda rejeitou qualquer processo de normalização de Israel na região.

Instantes antes de o governo do Irã tomar a palavra, Israel já havia rejeitado a resolução proposta na ONU que pede um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Enquanto isso, o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, acusou o governo de Israel de estar fazendo 2 milhões de pessoas reféns.

*Jamil Chade/Uol

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Opinião

A derrota moral de Israel no planeta

Vendo que o silêncio ou a parcialidade da mídia ocidental a seu favor, faliu, Israel não tem mais como manipular a realidade diante de um tsunami de críticas e denúncias da monstruosidade de seu exército contra civis palestinos, sobretudo crianças e mulheres, causando revolta no mundo, Israel passou a investir em manipuladores de redes sociais, supostos historiadores do Brasil, além de seus canais no Youtube, correm para podcasts, vendendo um lero-lero histórico para justificar o colonialismo de Israel na Palestina e, consequentemente os bombardeios que já mataram mais de 3 mil crianças, uma quantidade igual de mulheres, inclusive grávidas.

Pois bem, a patifaria de batina com “arrotos históricos” foge do assunto principal, que é a carnificina, o holocausto contra civis na Faixa de Gaza com um suposto álibi de que o extermínio dos civis é apenas um efeito colateral de uma caça ao Hamas.

Isso só piora ainda mais a deteriorada imagem dos sionistas que barbarizam toda a Palestina.

Como já dissemos aqui, o grane poder de Israel sempre foi a garganta, pois tinha o monopólio da palavra na mídia ocidental, buscando sempre ajeitar as suas versões em que vendia, como repetiu Netanyahu nesta quarta-feira, que o povo da Palestina representa as trevas, e Israel, a luz.

Isso durou 75 anos. Agora, diante de tamanha calamidade na Palestina, provocada por Israel, que obriga até parte da mídia ao menos abdicar da versão de Israel, como se fosse oficial, Israel está sendo cada vez mais detestado no mundo todo.

O que era o paraíso, tudo indica, virou o inferno para os sionistas.