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Política

Banco do Brasil encerra conta de Jair Bolsonaro por decisão do “compliance”

O Banco do Brasil decidiu encerrar, por questões de compliance, uma conta que Jair Bolsonaro (PL) possuía nos Estados Unidos. Segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, a instituição financeira justificou a medida alegando que possui “diretrizes rigorosas para monitorar as transações financeiras de seus clientes” e ressaltou que “cumpre integralmente as legislações e regulamentações bancárias em todas as jurisdições onde opera”.

Ainda segundo a reportagem, a conta teria sido aberta por Bolsonaro em dezembro – no final do seu mandato à frente do Executivo Federal – no BB Americas, subsidiária do Banco do Brasil nos EUA, e continha o montante de US$ 135 mil, os quais foram convertidos em reais e transferidos para outra conta do ex-mandatário no Brasil.

Indagada sobre os motivos que levaram ao encerramento da conta no exterior, a empresa preferiu não entrar em detalhes, afirmando que “em respeito ao sigilo bancário, nem o Banco do Brasil nem o BB Americas comentam transações financeiras específicas de seus clientes”

Bolsonaro teve suas contas bloqueadas por uma decisão da Justiça em função do não pagamento de multas decorrentes da não utilização de máscaras durante a pandemia de Covid-19. Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 447 mil em uma conta de Bolsonaro no Brasil com o objetivo de assegurar o pagamento de sete multas, totalizando mais de R$ 1 milhão, aplicadas pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, devido ao descumprimento de normas sanitárias durante a pandemia de Covid-19. Na ocasião, o então presidente participou de manifestações em São Paulo e circulou sem máscaras.

Após o bloqueio, aliados de Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação, utilizando o Pix, para ajudá-lo a quitar os valores resultantes dos processos judiciais. Semanas depois do início da mobilização, ele informou que as doações já haviam sido suficientes para cobrir os valores das multas.

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Foragido, Allan dos Santos dá palestra com Ernesto Araújo em universidade nos EUA

Foragido pela Justiça brasileira, Allan dos Santos participou de uma palestra ao lado de… Ernesto Araújo na Florida International University, em Miami. O blogueiro e o ex-chanceler discursaram em um painel sobre um conhecido delírio bolsonarista: a “crescente” repressão às liberdades civis no Brasil.

A dupla esteve entre os debatedores do Firt Carvalho U.S – Latin America Dialogue, evento conservador em homenagem a Olavo de Carvalho. Também estiveram presentes figuras como a senadora colombiana Maria Fernanda Cabal e o jornalista Matthew Tyrmand, que foi membro do Projeto Veritas, ligado à extrema-direita americana.

Nas falas, mais do mesmo. Ernesto Araújo abordou supostos laços do Brasil com regimes autoritários, enquanto Allan dos Santos voltou a se autointitular perseguido político pelo STF.

O blogueiro bolsonarista segue sua vida normalmente na Flórida. À espera de cooperação internacional, sua extradição está parada há seis meses, como mostrou “O Globo”. Allan teve sua prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes em outubro de 2021.

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Mundo

Tiroteio em cidade da Nova Zelândia que sediará Copa do Mundo Feminina deixa ao menos três mortos

Tiroteio em um canteiro de obras em Auckland, maior cidade da Nova Zelândia, deixou ao menos três mortos nesta quinta-feira, 20 (horário local). A polícia fechou parte da cidade, que será palco da abertura da nona Copa do Mundo de futebol feminino em algumas horas, segundo o G1.

As autoridades informaram em comunicado que o atirador efetuou os disparos enquanto se deslocava pelo canteiro de obras, ferindo várias pessoas e matando três. Ao chegar aos andares superiores do prédio, o homem se escondeu no poço do elevador, mas foi atingido por um tiro da polícia e morreu.

Várias ruas de Auckland foram isoladas, todos os serviços de balsa para a cidade foram cancelados e os ônibus que passam por algumas áreas da cidade serão desviados, disseram as autoridades.

“Esta é uma situação assustadora para os habitantes de Auckland em seu trajeto matinal de quinta-feira para o trabalho. Por favor, fiquem em casa, evitem viajar para o centro da cidade”, disse o prefeito de Auckland, Wayne Brown, no twitter.

O primeiro-ministro Chris Hipkins cancelou uma viagem à cidade de Hamilton, cerca de 120 quilômetros (75 milhas) ao sul de Auckland, e está voltando para a capital nacional, Wellington, informou a mídia local.

O treinamento da seleção italiana foi adiado porque as jogadoras não podem sair do hotel.

“O que aconteceu é compreensivelmente alarmante e estamos assegurando ao público que este incidente foi contido e é um incidente isolado”, disse a Polícia da Nova Zelândia em comunicado. “Estamos agora investigando o que aconteceu esta manhã.”

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Política

Imagens gravadas confirmam tapa em filho de Alexandre de Moraes

As imagens obtidas pela Polícia Federal (PF) do ataque ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto de Roma confirmam a agressão sofrida pelo filho do magistrado, informa a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Segundo o jornalista, a PF compreende que, até o momento, a versão oferecida pelo ministro corresponde aos fatos. Moraes afirma que a confusão envolvendo os suspeitos Roberto Mantovani Filho, Alex Zanatta e Andrea Mantovani se iniciou ainda no setor de embarque e chegou à porta da sala VIP. No entanto, o casal Mantovani afirma que viu o ministro “por segundos” na área de ingresso à sala VIP. Moraes diz ainda que Andrea Mantovani lhe dirigiu as ofensas “bandido, comunista e comprado”, enquanto ela nega, diz o 247.

O que é certo é o tapa desferido por Alex em Alexandre Barci de Moraes, 27 anos, filho do ministro. De acordo com um integrante da PF que teve acesso ao conteúdo gravado no aeroporto, as imagens registradas pelo circuito interno de câmeras “confirmam a versão do ministro”.

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Política

Estou sendo ameaçado, diz organizador de motociatas que criticou Bolsonaro

A grande repercussão do vídeo que gravou com críticas ao ex-ministro Paulo Guedes e ao ex-presidente Jair Bolsonaro rendeu ameaças a Jackson Villar, conhecido por organizar motociatas de bolsonaristas em São Paulo. A gravação foi feita em um supermercado, onde ele mostra que os preços dos alimentos estão muito mais baratos hoje do que na gestão de Bolsonaro.

“Tenho recebido xingamentos e ameaças de vários tipos nas redes sociais. Não falam de morte diretamente, mas que querem me encontrar na rua”, disse ele à coluna, depois de exibir o áudio de uma mulher que o xinga. “Não pretendo dar queixa na polícia, deixa eles desabafarem”.

Empresário do ramo de móveis, Villar também tem formação como pastor, apesar de não conduzir cultos há oito anos na Igreja Shekinah. Ele criou o evento “Acelera para Cristo”, que reúne uma multidão de motoqueiros. Por duas vezes, o encontro contou com a presença de Bolsonaro.

“Hoje, a maioria dos motociclistas não quer mais participar de motociatas com Bolsonaro, não quer se envolver em política”, afirma. “Presidentes de motoclubes me dizem isso”.

Ele avalia que o ex-presidente deixou o povo adoecido e admite que estava cego também: “Felizmente, abri os olhos. Tem muita gente me chamando de traidor, mas em compensação tem muitos que estão acordando”.

Vilar se candidatou a deputado pelo Republicanos nas últimas eleições, mas não conseguiu se eleger. Nas redes sociais, muitos comentaram que sua intenção, ao divulgar vídeo com críticas à política econômica de Bolsonaro e Guedes, era desvincular sua imagem do ex-presidente, para tentar se candidatar novamente por outra corrente política. Ele desmente.

“Não penso mais em ser candidato, quero gravar outros vídeos para abrir a mente de algumas pessoas, especialmente os cristãos”, alega. “Uma coisa sei que Bolsonaro não é: cristão”.

O empresário chegou a ser investigado pela Polícia Federal por dizer que a urna eletrônica deveria ser quebrada. Ele diz que tudo não passou de figura de linguagem e que o assunto já foi esclarecido com as autoridades.

*Chico Alves/Uol

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Opinião

Ele quer a recessão

Campos Neto, o Apolo do BC, vai destinar quase 7% do PIB, uns R$ 700 bilhões para os bolsos dos rentistas.

Campos Neto, todos saqbem, foi o cavalo de troia deixado por Bolsonaro no Banco Central.

Sua linha de raciocínio é a mesma de Paulo Guedes, que fez uma gestão confessadamente contra os pobres e a favor dos ricos. A justificativa do Chicago boy dos ricos e bad boy dos pobres, é que, quem manda no país são os ricos, para ele, os pobres não mandam nada.

Campos Neto é da mesma cepa de Guedes, que enxerga o mundo a partir do seu mundo, já que nasceram me berço de ouro, sem qualquer compromisso com o país.

Ele tenta levar o Brasil a uma recessão para prejudicar politicamente o governo Lula. Ou seja, juntou a fome com a vontade de comer.

E se o objetivo dele é estagnar o país para criar um mata-burro financeiro tentando fazer com que os resultados positivos, como a queda da inflação, prevista pelo mercado, assim como o crescimento do PIB, de 1,9% para 2,5% fiquem invisíveis diante de fatores negativos que os juros pornográficos do DC produzem.

É difícil prever até quando o Senado assistirá a esse estupro da agiotagem nativa, que derrubou Dilma para sequestrar o Banco Central, pois, ao que tudo indica, mesmo com as críticas de agentes do mercado, Campos Neto não cederá a sua política negacionista copiando o próprio patrão.

O que ele quer não tem nada a ver com questão inflacionária, mas com a estagnação do país, a manutenção da taxa de desemprego e tudo o que isso traz de ruim a reboque.

Campos Neto é suficientemente arrogante como qualquer playboy, que cai de paraquedas na presidência do Banco Central por ser neto de quem é. Portanto, fará tudo o que puder para fortalecer as pernas bambas do fascismo bolsonarista do qual ele é parte. Ele é suficientemente canalha para isso.

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Política

Tensão no BC: Campos Neto tenta controlar entrevistas de Galípolo

Uma tentativa de condicionar entrevistas de diretores do Banco Central à aprovação prévia do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, elevou a tensão na autarquia e ameaça deteriorar ainda mais a relação do governo Lula com o dirigente do BC, diz Mônica Bergamo, Folha.

A discussão de um documento interno que sugere que “assuntos afetos à comunicação com os órgãos de imprensa fiquem subordinados diretamente ao presidente do BC” voltou à pauta depois que Lula (PT) indicou o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Gabriel Galípolo para comandar a diretoria de política monetária do banco. E tem gerado discussões acaloradas na instituição.

A posição de Galípolo, alinhada com a do governo, é clara. Ele acha que já passou da hora de o BC baixar os juros e que a manutenção das taxas em níveis elevados poderá comprometer o crescimento do país de forma fatal.

Suas entrevistas, portanto, exporiam o racha que existe hoje na instituição, o que estaria pressionando e incomodando Campos Neto.

Como reação, o presidente do BC estaria tentando aplicar uma espécie de “lei da mordaça” em seus diretores.

A proposta já foi discutida, inclusive, com técnicos do banco, que tentam interditá-la afirmando que os diretores do BC têm mandato, independência e autonomia garantidos por lei, o que os deixaria livres para falar com os jornalistas que bem entendessem.

Campos não poderia vetar as conversas, já que não é o chefe dos diretores.

A única regra a ser seguida por eles é a que proíbe os diretores de se manifestarem na semana que antecede a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que define as taxas de juros, e também na posterior. Os encontros acontecem a cada 45 dias.

Eles também não podem tecer considerações sobre as taxas de juros.

Ainda que não possa falar diretamente sobre esse assunto agora que integra o BC, Galípolo tem feito declarações sobre índices econômicos e a legitimidade de Lula de criticar o Banco Central.

Ele já chegou a dizer que “não cabe a nenhum economista, por mais excelência que tenha, impor o que ele entende ser o destino econômico do país à revelia da vontade democrática”.

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Política

Flávio Bolsonaro tem chilique ao protocolar pedido de impeachment de Barroso

Senador ainda mentiu ao dizer que o pai, Jair Bolsonaro, nunca atacou as instituições. Protocolado durante recesso parlamentar, pedido de impeachment tem número incerto de apoiadores.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) teve um chilique durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (19) ao anunciar a formalização do pedido de impeachment de Luís Roberto Barroso pela declaração que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) fez no Congresso da UNE, de que “enfrentou o bolsonarismo”.

“E quando tenta justificar o ‘vencemos o bolsonarismo’, a emenda sai pior que o soneto. Porque não pede desculpa a Bolsonaro, mais uma vez ataca Bolsonaro querendo dizer que respeita os eleitores mas é contra prática atribuídas a Bolsonaro que só existem na cabeça de políticos de oposição, que criam narrativas para atacar o presidente Bolsonaro”, disse, exaltado, o filho do ex-presidente.

Flávio ainda mentiu ao dizer que o pai nunca atacou as instituições e afirmou que se reuniu por diversas vezes com ministros do Supremo para impedir “arroubos” de ministros.

“Fui contra, sim, a CPI da Lava Toga (que foi proposta por bolsonaristas), porque qual Presidente da República quer uma CPI aberta durante seu mandato? Nenhum. Uma CPI que não tinha um objeto bem definido, uma CPI que jamais seria instalada e quer seria, sim, uma declaração de guerra do governo contra o STF, o que eu não concordo, nunca concordei com esses ataques a instituições. Coisa que o presidente Bolsonaro nunca fez”, mentiu o senador.

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Política

Lula vai trocar o comando da Caixa, mas não o entregará ao Centrão

Segundo ministros, Lula pretende manter presidência da Caixa com alguém de sua confiança; Miriam Belchior é cotada para assumir o banco.

O presidente Lula está decidido a trocar o comando da Caixa Econômica Federal, mas não pretende entregar o controle do banco público ao Centrão, como desejam lideranças do grupo.

Segundo ministros do núcleo duro do governo, Lula quer manter a presidência da Caixa com alguém de sua confiança, assim como no caso do Ministério do Desenvolvimento Social, pasta que cuida do Bolsa Família.

Nesse cenário, uma das possibilidades avaliadas pelo presidente da República seria nomear para o comando do banco público a petista Miriam Belchior, atual secretária-executiva da Casa Civil.

Miriam já ocupou diversos cargos relevantes em governos petistas. Entre eles, o de presidente da própria Caixa e o de ministra do Planejamento. Ambos durante o governo Dilma Rousseff.

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Opinião

Depois do “fora, Bolsonaro”, chegou a vez do “fora, Augusto Aras”

Três vezes governador de Pernambuco, Miguel Arraes, um dos ícones da esquerda entre os anos 60 e 80 do século passado, ensinava: “A gente só se elege com o voto dos outros”. Não disse, mas pensava: “A gente só governa com o voto dos outros”.

Por outros, no seu caso, queria dizer eleitores de direita que por qualquer razão votavam nele. A principal razão era a aliança que Arraes sempre fez com partidos e líderes da direita. Entre uma baforada e outra no seu inseparável charuto, justificava:

“Uma vez eleito, quem manda no governo sou eu”.

Mandava, fazia concessões para governar, refazia alianças, e as rompia, quando necessário. É da vida. É da arte de governar. Traía e era traído. Nunca teve, porém, a frieza de Agamenon Magalhães, que governou Pernambuco no início dos anos 50.

Uma vez, Agamenon fez um acordo com Cid Sampaio, líder da oposição ao seu governo, para eleger a direção da Assembleia Legislativa do Estado. Mas, em cima da hora, passou a perna em Cid e elegeu quem bem quis. Cid procurou-o indignado.

Agamenon sequer o recebeu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, onde morava e despachava. A um dos seus assessores que perguntou, aflito, “O que digo a doutor Cid?”, Agamenon respondeu sem alterar a voz:

“Diga que o traí”.

*Blog do Noblat

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