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Renan Calheiros: Bolsonaro participou ‘em todos os momentos’ do caso Covaxin

Senadores governistas tentam utilizar depoimento de deputado estadual do Amazonas para fustigar o presidente da CPI, Omar Aziz. Mas escândalo da vacina produzida na Índia voltou a aparecer.

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesta terça-feira (29) que o envolvimento do presidente Jair Bolsonaro no escândalo da vacina Covaxin é “muito mais grave” do que apenas a suspeita de prevaricação. “Ele não só teve conhecimento. Ele participou em todos os momentos”, afirmou Renan. O parlamentar então sugeriu que Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, receitasse um “memoriol” ao titular do Palácio do Planalto.

Renan lembrou que, em 8 de janeiro, Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pedindo celeridade na liberação de 20 milhões de doses da Covaxin. Ao mesmo tempo, destacou que o Ministério da Saúde havia “recusado” a aquisição de 170 milhões de doses dos imunizantes da Pfizer, do Butantan (a Coronavac) e do consórcio Covax Falicity, da OMS.

“No dia 25 de fevereiro, o acordo foi fechado”, destacou Renan. Depois disso, em 10 de março, o presidente sancionou a medida provisória que autorizava a importação excepcional de vacinas contra a covid-19.

Foi nesta MP que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), incluiu uma emenda facilitando a importação do imunizante. Na última sexta-feira (25), o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) disse que Bolsonaro se referiu a Barros como o suposto responsável pela negociata.

“Quando Miranda foi falar com ele, foi 10 dias depois, em 20 de março. Disse que o presidente sabia da negociação em detalhes, com todos os pormenores”, ressaltou o relator da CPI.

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) havia acusado a CPI de antecipar conclusões do relatório. Isso porque três parlamentares levaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime com indícios de prevaricação cometida por Bolsonaro. Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão, disse se tratar de uma iniciativa individual dele e dos senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Pode-GO).

Disputa no Amazonas

O embate entre Renan e Bezerra Coelho ocorreu durante o depoimento do deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (PRTB). Ele foi relator da CPI da Saúde em seu estado, que investigou a atuação da pasta entre 2011 e 2020. Convocado pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), a expectativa é que o parlamentar pudesse contribuir com informações sobre a crise de desabastecimento de oxigênio em Manaus, no início deste ano. Contudo, Fausto Junior afirmou que o tema não entrou no seu relatório, concluído ainda em setembro do ano passado.

Também se esquivou quando perguntado por que não houve o pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Fausto afirmou que Lima já respondia a processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por suspeita de corrupção na compra de respiradores. Segundo ele, os desvios, realizados por meio de uma loja de vinhos, foram identificados através de uma investigação da Polícia Federal (PF), e não da Comissão.

No entanto, ele apresentou uma lista com valores pagos em “processos indenizatórios” na Saúde amazonense. Foi quando ele disparou um ataque ao senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid. “Todos os governadores investigados pela CPI mereciam ser indiciados. Eu propus isso, e não foi aceito. O certo era ter indiciado inclusive o ex-governador Omar Aziz.”

Aziz afirmou, então, que Fausto havia feito um “gol contra” com tal acusação. Isso porque sua mãe, Yara Lins, é conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), e votou a favor das contas do então governador. Quando perguntado sobre o tema por Otto Alencar, o deputado afirmou se tratar “de uma falta de respeito”.
Armadilha

Aziz ainda destacou que são os secretários, e não o governador, os responsáveis pela organização das despesas orçamentárias. E que seu subordinado nem sequer havia sido indiciado. Marcos Rogério comparou então ao caso Covaxin, tentando livrar Bolsonaro de envolvimento nas negociações suspeitas. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, disse Aziz, que acusou Rogério de estar agindo de “má fé”, ao utilizar o depoimento de Fausto Junior para atacá-lo. Disse que o deputado amazonense ainda teria “prevaricado”, se sabia de algum ilícito cometido sem ter denunciado.

*Da Rede Brasil Atual

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Governo Bolsonaro pagou R$ 268 mil a apresentadores bolsonaristas e de TV aliada

Verbas partiram da Secom para cobrir cachês de Luciana Gimenez, Lacombe e âncoras de programas da Record.

Constança Rezende e Raquel Lopes, Folha – Apresentadores de TV bolsonaristas ou de programas policiais receberam R$ 268 mil do governo federal. Os pagamentos foram levantados pela Folha em planilhas da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

Os dados foram entregues pelo governo Jair Bolsonaro à CPI da Covid no Senado. A comissão apura ações e omissões da gestão federal no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

Entre os beneficiados pelos repasses estão apresentadores como Luciana Gimenez, Sikêra Júnior, Luís Ernesto Lacombe, além de jornalistas à frente de programas como Cidade Alerta e Balanço Geral, na Record TV.

O dinheiro público foi usado em campanhas para divulgação da reforma da Previdência, de 2019, tratamento precoce contra a Covid, combate ao aedes aegypti, violência contra a mulher e cédula de R$ 200, entre outras iniciativas. De 34 repasses, 16 foram para campanhas sobre regras da aposentadoria.

Sob a justificativa de pagamento de propagandas do governo, os desembolsos foram feitos pela Secom por meio de subcontratação das empresas PPR Profissionais de Publicidade Reunidos, Calia/Y2 Propaganda e Marketing e Artplan Comunicação. Todas elas têm contratos com o Executivo federal.

Em nota, a Calia afirmou que apenas fez repasses para pagamentos de campanhas, enquanto a Artplan disse que não pode comentar as parcerias em razão de cláusulas contratuais. Procurada, a PPR não se manifestou.

​A lista de apresentadores é liderada por Sikêra Júnior. Conforme a Folha revelou dias atrás, ele recebeu R$ 120 mil do governo federal. Em seguida, vem a apresentadora Luciana Gimenez, da RedeTV!.

Gimenez recebeu R$ 51 mil da gestão Bolsonaro por meio da empresa Magic Lu Promoções, Eventos e Comercio de Produtos de Uso Pessoal e Doméstico. Ao todo, foram nove transferências, em 2019 e 2020.

Dos repasses, seis trataram de pagamentos de cachê para campanha da reforma da Previdência. Antes de receber pela propaganda, Gimenez chegou a sugerir ao presidente, durante um café da manhã no Palácio do Planalto, em abril de 2019, para explicar mais sobre o tema à população.

Outra campanha foi referente à chamada Agenda Positiva, com o objetivo de ecoar feitos do governo (R$ 6.000), segundo o então secretário especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten.

Gimenez ganhou ainda R$ 6.000 para a campanha Semana Brasil, que “celebrava a retomada, com segurança, da economia e dos empregos”, em setembro de 2020, e R$ 12 mil para o lançamento da cédula de R$ 200.

A apresentadora da RedeTV! é admiradora de Bolsonaro. Ela já tinha proximidade com ele antes mesmo da eleição de 2018. Em entrevista à Folha, em fevereiro de 2020, Gimenez disse que inventou o presidente, ao ser questionada sobre o desempenho do governo.

“O [presidente Jair] Bolsonaro quem inventou fui eu, né? Como ele mesmo diz”, afirmou. “Porque o primeiro programa de TV a que ele veio foi o nosso. Como profissional, acho incrível que o SuperPop lançou o presidente”, disse.

“Ele fala o que pensa e é muito brincalhão. Sei disso porque ele faz isso no meu programa. Não tô defendendo, tô dizendo que ele é assim, fala o que é pensa. Isso é bom, é ruim. Adianta ficar criticando?”

Ela chegou a defendê-lo no SuperPop contra críticas da comunidade LGBT, em novembro passado. “Não tenho conhecimento suficiente para falar de política, mas, na minha frente, nunca o vi desrespeitar homossexuais”, disse.

Por meio de assessoria de imprensa, a apresentadora disse que é uma funcionária e faz merchandising fechados para o SuperPop.

Gimenez afirmou ainda que as propagandas não são feitas para divulgar um governo específico “e sim ações que são importantes para o bem-estar da sociedade, como o incentivo à vacinação contra a Covid, ações para cuidados quando tiver de sair de casa e informações para que as pessoas possam receber o auxílio emergencial”.

“Não é de hoje e desde que entrei na TV, há 20 anos, que celebridades de todas as emissoras, assim como jornais impressos brasileiros são contratados por governos federais para divulgar campanhas. Uma breve pesquisada no Google e é possível constatar essa informação”, afirmou.

Outros cinco apresentadores beneficiados pelos repasses de recursos públicos comandam programas policiais da Record TV. Eles foram responsáveis por campanhas da reforma da Previdência, medidas anticrimes e agendas positivas do governo.

Um deles foi o apresentador do Balanço Geral Rio de Janeiro, Tino Júnior. Ele recebeu R$ 45,7 mil em cinco repasses para a sua empresa “Que isso Fera!!!” Serviços de Produções Artísticas e Eventos.

Além dele, aparecem na lista empresas de Ernani Alves, do Cidade Alerta Rio, com dois repasses que somam R$ 16,4 mil; Sergio Murilo, do Balanço Geral Maranhão, com três repasses, no total de R$ 2.610; Marcus Pimenta, do Balanço Geral Pará, com R$ 2.278; e Henrique Chaves, do Balanço Geral Distrito Federal, no valor de R$ 1.601.

Tino, Alves, Murilo e Pimenta não responderam aos contatos da reportagem. Chaves disse que a emissora responderia, o que não ocorreu.

O ex-apresentador da rádio Jovem Pan Cesar Rosa também entrou na lista de contratados pelo governo federal. Ele recebeu cachê por meio de sua empresa Cesar Rosa da Silva, no valor de R$ 5.000.

Rosa disse que recebeu repasses, mas que foi procurado por pessoas da própria rádio.

“Eu fiz o trabalho que me pediram no período, eu li ao vivo como se fosse uma notícia de jornal. Eu não sou bolsonarista e não compartilho com nenhuma ideia do presidente. Quando eu fiz a campanha ainda não estava clara a posição da empresa em relação ao governo, agora isso está muito escancarado”, disse.

Em nota, a Artplan afirmou que “possui cláusula de confidencialidade com clientes privados”. “Em relação aos clientes públicos, todos os investimentos estão disponibilizados no Portal da Transparência.”

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Planalto desconfia de que Arthur Lira incitou Luís Miranda

Nunca antes na história deste governo o presidente Jair Bolsonaro e seus principais auxiliares estiveram tão irritados e tão preocupados com uma denúncia quanto esta dos irmãos Miranda contra o líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR).

A irritação aumenta com a versão que corre solta no Planalto, de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria incentivado o deputado Luís Miranda (DEM-DF) a divulgar que Bolsonaro apontou Ricardo Barros como envolvido nas falcatruas no Ministério da Saúde.

Por conta dessa afirmação, senadores deram entrada em ação no STF contra o presidente da República por prevaricação, já que ele nada teria feito, após ser avisado pelo deputado e o irmão, Luís Ricardo Miranda, das pressões para apressar o contrato de compra da vacina Covaxin.

Segundo Luís Miranda contou na CPI, Bolsonaro acusou Ricardo Barros na conversa que tiveram no Palácio da Alvorada.

Para o assessores do presidente no Planalto, o Bolsonaro tem chances razoáveis de se livrar do problema na Justiça. Primeiro, porque Luís Miranda teria que provar o teor da conversa com Bolsonaro. Caso prove, teria que ser provado que nada foi feito para apurar irregularidades.

O problema é político. As acusações contra Bolsonaro só avançarão se houver condições políticas para se decidir pelo afastamento de um presidente da República.

Para isso, a crise econômica teria que perdurar por muito tempo e a pandemia, também. Os assessores do presidente avaliam que a economia já está dando sinais de melhora e a vacinação tende a aumentar seu ritmo, estancando o avanço da pandemia no médio prazo.

A crise política só se instalaria, então, nessa avaliação, se houvesse um rompimento com o centrão, maior grupo de partidos do Congresso e que dá sustentação ao governo. O PP, de Arthur Lira e Ricardo Barros, é a maior legenda do centrão. E ainda um eventual pedido de impeachment teria que passar pelo crivo de Lira.

Daí porque assusta tanto ao Planalto a versão de que o presidente da Câmara está por trás da afirmação de Luís Miranda envolvendo Ricardo Barros.

O sinal vermelho acendeu quando, durante seu depoimento na CPI, Luís Miranda admitiu ter procurado Arthur Lira para falar de Ricardo Barros. Segundo o deputado, o presidente da Câmara teria respondido: “Mas por que você está me procurando?” O Planalto entendeu esse novo relato do deputado como um recado.

Há muito tempo Arthur Lira e o líder do governo não se bicam. Ricardo Barros assumiu o cargo contra a vontade do presidente da Câmara, que já defendeu no Planalto seu afastamento e não conseguiu.

Também o líder do governo tem peso próprio dentro do PP e, por isso, o partido até agora não apoiou seu afastamento do cargo. Um fortalecimento demasiado de Arthur Lira ameaça o comando que o presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), tem sobre seus filiados.

Foi o que aconteceu no DEM com o fortalecimento do deputado Rodrigo Maia (RJ), então um cacique do partido, quando comandava a Câmara. Assim que foi possível, o presidente da sigla, ACM Neto, articulou a derrubada de Maia.

O mesmo ocorreu com ex-presidente da República Michel Temer, que também presidiu o MDB. Acabou se indispondo com um seu antigo aliado no partido, Eduardo Cunha (RJ), quando este presidia a Câmara e tentou sobrepor seu poder ao de Michel.

É quase que uma questão histórica: praticamente todos os presidentes da Câmara pós-redemocratização tentaram sobrepor seu poder ao do chefe do Executivo. No caso de Luís Eduardo Magalhães (DEM-BA), foi seu pai, o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), quem assumiu essa disputa.

Agora Bolsonaro sabe que terá que pisar em ovos com Arthur Lira: amigos amigos, negócios à parte.

Se o presidente da Câmara achar necessário, sempre poderá criar problemas de difícil solução.

*Tales Faria/Uol

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Barros desafia Bolsonaro e Lira: “Eu sei me defender, não vou sair da liderança”

“Eu sei me defender. Não vou sair da liderança.” Com essas duas frases, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) resumiu ontem em uma reunião de líderes do governo a sua disposição para enfrentar as denúncias de envolvimento com o contrato irregular da Covaxin, em investigação na CPI da Covid.

Malu Gaspar, O Globo – O encontro, realizado virtualmente na tarde desta segunda-feira, era para tratar das pautas do governo, mas acabou servindo para o líder na Câmara se explicar aos colegas.

Diante de parlamentares governistas e da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, Barros deixou bem claro que não pretende recuar, nem submergir, como cogitavam alguns aliados.

“Eu entendo do assunto”, afirmou no encontro, segundo relataram à coluna alguns dos presentes à reunião virtual. Ricardo Barros foi ministro da Saúde no governo Michel Temer e até hoje exerce influência política no ministério.

Antes que perguntassem, ele negou estar por trás das pressões sofridas pelo servidor público Luis Ricardo Miranda para liberar a importação da vacina indiana, mesmo com documentação irregular.

O servidor e seu irmão, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciaram o caso ao presidente Jair Bolsonaro no final de março, no Palácio da Alvorada. Segundo eles, o presidente afirmou que aquilo era “coisa do Ricardo Barros”.

No encontro, Barros afirmou que está negociando com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), para depor na comissão. Seu plano é depor o mais rápido possível para tentar estancar a crise. Aziz, porém, diz que não conversou com Barros. Segundo ele, o líder do governo só deverá depor na semana que vem.

Antes, a CPI vai ouvir o empresário Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que intermediou o contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde. O servidor Luis Ricardo também deve depor novamente, desta vez em sessão secreta.

Entre os senadores do grupo majoritário da comissão, que reúne sete senadores de oposição e independentes, o que se diz é que não há pressa em ouvir o líder do governo. “Vamos deixá-lo sangrar”, disse um senador.

Apesar da segurança demonstrada por Ricardo Barros, os aliados sabem que sua situação é delicada. Nem o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nem Jair Bolsonaro estão empenhados em defendê-lo publicamente. Tanto um quanto outro calculam seus movimentos. Lira tem diferenças antigas com Barros e o vê como adversário.

Já Bolsonaro enfrenta um dilema. No final de semana, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), deu entrevistas sugerindo que pode ter alguma prova contra o presidente, que muitos no Congresso acreditam ser uma gravação.

Por isso, o presidente ainda não decidiu qual a melhor estratégia a adotar. Se por um lado pode não ser conveniente atacar Miranda, Bolsonaro sabe também que abandonar Ricardo Barros à própria sorte pode acabar sendo um tiro no pé.

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Assista ao depoimento deputado estadual do Amazonas Fausto Junior

O deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB) presta depoimento nesta terça-feira à CPI da Covid, no Senado. Ele é o relator da comissão parlamentar de inquérito na Assembléia Legislativa do Amazonas (Aleam) que investigou ilegalidades durante a pandemia no estado.

Assista ao vivo:

https://youtu.be/4crEBDmHQqo

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Vídeo: Luis Miranda diz que irmão gravou conversa com Bolsonaro e que ela aparecerá

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) insinuou existir uma gravação sobre uma reunião com Jair Bolsonaro, que, segundo o parlamentar, teve um secretário responsável por receber mensagens no WhatsApp com alertas sobre corrupção no Ministério da Saúde envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.

“Ele não vai mentir. Ele não é maluco”, disse Miranda ao Congresso em Foco. “Ele deve ter um pouquinho de juízo. Ele não vai me fazer acabar com a minha vida política e com a dele mostrando algo que eu não quero mostrar. Não estou mentindo”, afirmou.

Ao ser questionado se o irmão Luis Ricardo Miranda pode ter gravado uma conversa com Bolsonaro, o congressista relatou que “na hora certa tudo pode aparecer”. O parente do parlamentar é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e disse ter sido pressionado dentro da pasta para agilizar a aquisição da vacina indiana.

A CPI da Covid também apura denúncias de superfaturamento na aquisição do imunizante. O valor da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. Outro detalhe é que a compra do imunizante foi a única para a qual houve um intermediário, a empresa Precisa, sem vínculo com a indústria de vacina.

Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru apresentaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro por prevaricação.

*Com informações do 247

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Oto Alencar: ‘Desculpa esfarrapada’ de Bolsonaro não vai colar

O senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deveria ter registrado oficialmente as suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin e que ‘desculpas esfarrapadas’ não vão colar.

Em entrevista ao UOL News, Otto Alencar disse que era obrigação do presidente ter encaminhado as denúncias apresentadas pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) em março para algum órgão de fiscalização ou ter enviado ofício para o Ministério da Saúde averiguar as alegações de irregularidade.

“Essa apuração de dizer vai lá e apure não confirma absolutamente a iniciativa do presidente querendo apurar um fato desta natureza. Ele deveria ter registrado isso no Ministério da Saúde, ou então acionar o CGU, tantos órgãos de fiscalização que estão à vontade do presidente da República, assim como a PF’, disse Otto Alencar

Essa posição dele, essa desculpa esfarrapada na minha opinião, não vai colar, absolutamente.

Otto Alencar ainda comentou a mudança de postura do presidente em relação ao caso. Ontem, Bolsonaro disse a apoiadores que não têm como saber o que acontece em todos os ministérios.

“Presidente diz uma coisa, depois não confirma e ele muda de opinião. Muda de opinião como muda de camisa. Ele disse recentemente que não tinha corrupção nos ministérios. E ontem disse que não dá para fiscalizar e saber o que acontecia em todos os ministérios. Isso já vem de forma recorrente”, disse.

*Do Uol

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Bolsonaro, depois da denúncia dos irmãos Miranda, muda o tom, baixa a bola e afina

Para quem gosta de roncar grosso, bancando o valente da rua, Bolsonaro agora pisa miúdo, fala manso e se entrega mostrando que a denúncia feita pelos irmãos Miranda colocou o genocida na marca do pênalti.

Bolsonaro parece ter tomado chá de camomila e se acalmado na marra diante das indigestas revelações dos Miranda na CPI da Covid. Pior, não teve coragem de negar ou ao menos se contrapor com argumentos. Ele disse apenas que não manda em nada.

O que foi dito pelo deputado e seu irmão são denúncias acatadas pela maioria dos senadores e abraçadas pelo presidente da CPI, Omar Aziz, pelo relator Renan Calheiros e pelo vice- presidente, Randolfe Rodrigues.

Mas a coisa não para aí, Randolfe e Cajuru querem que Bolsonaro explique por que não acionou a Polícia Federal como prometeu aos irmãos Miranda.

O fato é que não teve como Bolsonaro desprezar a gravidade da crise em que está enfiado, e sua voz macia confirma isso. Escolheu na marra abdicar do seus rompantes histriônicos decidindo se contradizer ao afirmar que tinha controle sobre tudo em seu governo e, agora, segundo ele, não tem mais controle sobre nada.

Com esse argumento, ele joga toda a responsabilidade dessa teia de corrupção na compra da vacina covaxin na conta de do seu líder na Câmara, Ricardo Barros que, por sua vez, tem sua convocação pela CPI a ser votada ainda essa semana. Ou ele se contrapõe aos irmãos Miranda ou a Bolsonaro.

Trocando em miúdos, não há mais tempo e nem espaço para manobra de Bolsonaro e seu bando, porque alguém nesse furdunço terá que chamar para si a responsabilidade do malfeito para limpar a barra de alguém.

A pergunta é, Barros está disposto a esse sacrifício? Pela cara de assustado e a fala macia, o próprio Bolsonaro acha que não.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Na crise de oxigênio em Manaus, Pazuello disse que “por ele só comprava saco preto”, revela Andrea Barbosa, ex-esposa

Andrea nega que tenha procurado a CPI e afirma que ex-ministro é “gordo, misógino e abusivo”.

Para a dentista Andrea Barbosa este domingo (27) foi um dia muito pesado. Isso porque a coluna do jornalista Lauro Jardim publicou que ela havia procurado a CPI da Covid para prestar depoimento. Após a notícia, Andrea afirma ter recebido muitas ameaças e mensagens. No entanto, ela nega que tenha entrado em contato com a comissão, pelo contrário, diz que foi procurada por uma assessora. “Não quero minha vida exposta, não vou depor. Primeiro porque estou fragilizada, segundo, porque criaram um factoide de mim, da mulher vingativa e traída”, disse com exclusividade à Fórum.

Andrea tinha um relacionamento com Pazuello há 16 anos e tem uma filha de 13, mas desde agosto do ano passado está separada do general. Naquele mês, ela conta que recebeu prints de uma suposta jornalista, com fotos, que diziam que o ministro estava a traindo com a 1º tenente Laura Triba Appi, que é médica, e foi nomeada para o cargo de assessora da Secretaria-Executiva por Pazuello em maio do ano passado.

Segundo Andrea, na época ela se revoltou e postou tudo nas redes sociais. “Ele levou ela de Manaus, tenente do exército, e deu um cargo. Infectologista que acompanhava ele em todas as reuniões, e segundo os prints da jornalista que primeiro se colocou como fake, tinha uma relação com ele”, dispara. “Confirmo que ela é namorada dele, e além de receber pelo Exército recebe pelo cargo no ministério. E vai a todas as reuniões reverberando cloroquina e ivermectina.” Para Andrea, Laura divulgou mais o tratamento sem eficácia do que a própria médica Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. “Tenho pena dessa moça, quer alavancar a carreira dela, com um velho gordo, misógino e abusivo, coitada.”

Segundo Andrea, após receber as fotos, ela foi questionar Pazuello e ouviu do ex-ministro que as pessoas iriam rir dela e foi chamada de “comunista e louca”. Andrea conta que sempre foi uma pessoa de esquerda. “Sou eleitora do Rio de Janeiro há 23 anos e sempre fui à esquerda, sempre votei no Freixo, conheci Marielle, tenho a placa dela em casa.”

De acordo com ela, Pazuello sempre fez “pouco caso”, brincava que a levaria para a Venezuela, até que surgiu Bolsonaro. “Ele me respeitava, até 2018. Daí comecei a ver o Eduardo muito arredio comigo, quando Bolsonaro se elegeu ele ficou extremamente reativo, não podia mais falar nada do Bolsonaro dentro de casa e a nossa relação já estava desgastada”, conta.

“Ele sempre soube de todo o meu posicionamento porque eu nunca escondi meu posicionamento político. Eu tinha uma vida normal, reservada e de repente o cara se torna ministro”, conta. “Desde sempre fui hostilizada naquele meio, por ser de esquerda, por todo mundo, mas nunca deixei meus posicionamentos serem invalidados e silenciados por ele.”

Sobre o post nas redes sociais onde ela diz que sofreu abusos, Andrea conta que eram abusos morais e de palavras. “Os abusos que me refiro são abusos verbais, psicológicos, morais”, comenta.

Andrea ainda falou sobre ameaças que a filha do ex-casal sofreu após ganhar um número de celular do pai. Ela expôs isso nas redes sociais.

“É pesado demais, minha vida pessoal tem sido um pesadelo. As pessoas fazem trocadilho com o nome dele, mas a minha vida vem sendo um pesadelo há um ano e meio.”

“Sei demais”

Andrea acredita que a CPI a procurou por causa dos prints de agosto do ano passado envolvendo Laura Appi, e porque numa das postagens ela dizia que “sabia demais”. Ela conta que ouviu “coisas bárbaras” na crise do oxigênio em Manaus, para onde ela se mudou maio do ano passado por causa do ex-marido, que em seguida foi assumir o ministério em Brasília. Entre as frases que ouviu, o ex-ministro teria dito: “Se fosse por mim comprava só saco preto”. “Minhas questões são pessoais, mas também são coletivas, vi o descaso com que ele tratou as pessoas”, afirma Andrea, que diz ser a favor da ciência.

Sobre a fala de Omar Aziz, presidente da CPI, que “não estavam atrás de informações da vida particular de ninguém”, Andrea responde: “Não vou depor numa CPI para um bando de homens misóginos, que vão querer me fritar porque sabem que sou de esquerda. Homem nenhum vai ter empatia, o foco é me desqualificar.” Andrea, no entanto, se colocou à disposição para depor em sigilo.

*Da Forum

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Lewandowski anula provas da Odebrecht contra Lula em acordo de leniência com a Lava Jato

Ministro atendeu a pedido da defesa do ex-presidente no processo referente ao Instituto Lula.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta segunda-feira as provas produzidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir do acordo de leniência da Odebrecht celebrado pela força-tarefa da Operação Lava-Jato. A decisão foi tomada no caso do Instituto Lula.

Na última quarta-feira, o plenário da Corte confirmou, por 7 votos a 4, a decisão da Segunda Turma que declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial ao analisar o processo do petista no caso do tríplex de Guarujá. Após o placar sobre a suspeição, o ministro Gilmar Mendes estendeu os efeitos da decisão para os outros processos conduzidos pelo ex-magistrado contra Lula.

Para Lewandowski, ao declarar a incompetência de Moro para julgar o ex-presidente, o Supremo “reconheceu também, implicitamente, a incompetência dos integrantes da força-tarefa Lava-Jato responsáveis pelas investigações e, ao final, pela apresentação da denúncia”.

A ação do Instituto Lula é uma das que foram encaminhadas à Justiça Federal do Distrito Federal depois que a Corte declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para analisar quatro ações sobre o ex-presidente. O Ministério Público Federal (MPF) pode recorrer da decisão de Lewandowski.

“Nessa linha, verifico que o ex-juiz Sérgio Moro foi o responsável pela prática de diversos atos instrutórios e decisórios, também tisnados — consideradas as razões já exaustivamente apontadas pelo STF — pela mácula de incompetência e parcialidade”, apontou o ministro.

A decisão foi dada no recurso que deu à defesa de Lula acesso às mensagens da Operação Spoofing. “Rememoro que a própria Corregedora-Geral do MPF decidiu instaurar sindicância para apurar a regularidade e a legitimidade da produção e utilização dos elementos probatórios discutidos nesta reclamação, o que retira deles qualquer credibilidade para embasar a acusação manejada contra o reclamante”, afirmou.

No despacho, Lewandowski afirma que os elementos de prova obtidos a partir do acordo de leniência da Odebrecht não devem ser usados na retomada desse processo, mesmo que a Justiça Federal de Brasília opte por validar outras diligências feitas pelas equipes de Curitiba.

“A presente decisão deverá ser observada pelo órgão da Justiça Federal de Brasília competente para — se for o caso — dar continuidade à supra referida ação, cujos atos decisórios e pré-processuais, de resto, já foram anulados”, diz o ministro na decisão.

Veja o documento:

https://www.yumpu.com/en/document/read/65741298/anulacao-das-provas-da-odebrecht-contra-lula

A defesa de Lula pedia o trancamento de todas as ações que usaram a leniência da Odebrecht como consequência do descumprimento das decisões que determinavam a exibição de material sobre as relações com autoridades estrangeiras.

No processo do Instituto Lula, o MPF narrava que o empresário Marcelo Odebrecht teria prometido doar R$ 12,4 milhões para a compra de um terreno, que serviria de local para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. A acusação afirmava que Lula, não só tinha ciência da promessa espúria do empresário, como teria consentido com o ilícito. Os advogados do ex-presidente negam as acusações.

*Com informações de O Globo

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