Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

Joaquim Barbosa e Sergio Moro se equivalem, cada qual com sua farsa

Se Joaquim Barbosa fosse minimamente sério, não diria que Moro deve tentar o Senado, e sim que deveria estar preso. E não diz, porque, na verdade, aquele juiz que foi o protagonista da farsa do mensalão que, como personalidade histriônica, agiu de maneira criminosa contra quadros do PT, principalmente José Dirceu e Genuíno, e que seduziu os que hoje chamamos de bolsonaristas, mas também de moristas.

Na realidade, Moro e Joaquim Barbosa agiram da mesma forma submissa à Globo e congêneres e, por isso, construíram uma imagem artificial para se manterem no centro das atenções.

Barbosa foi de fato mais provocativo e, por isso, apresentou um comportamento mais sedutor para a direita raivosa. Até aí o brasileiro desconhecia os ministros do STF.

Narcisista ao extremo, Barbosão perdeu o senso do exagero, da autoimportância e, por consequência, a falta de empatia com suas vítimas seria fatal. Ele queria causar a sensação constante e excessiva de que era um ser superior nos seus exageros comportamentais na falsa conquista da suposta luta contra a corrupção.

A falsa virtude de Joaquim Barbosa, no entanto, demonstrou que o narciso, do ponto de vista jurídico, era absolutamente fraco e facilmente identificável, pois, na hora H, ou seja, no momento em que os fatores determinantes para a condenação de suas vítimas exigiam a materialidade das provas, Barbosa correu para o manual da enrolação e sapecou rapidamente seu engodo chamado “teoria do domínio do fato” que quer dizer textualmente que ele não tinha uma mísera prova para condenar Dirceu, Genuíno, entre outros.

Daí, o histrião relativizou uma teoria que nada tem a ver com sua suposta aplicação.

Não foi exatamente isso que ocorreu com Moro no caso de Lula? Em momento algum de sua sentença Moro apresenta um rabisco qualquer de provas que sustente a condenação de Lula. Então, ele praticamente requentou o embuste de Barbosa com a tal “ato de ofício indeterminado”.

De fato, isso significa uma cópia mal-ajambrada do comportamento de Barbosa que hoje faz parte das grandes anedotas jurídicas da história do Brasil e, por isso mesmo, sem ter como fazer o combate ou ao menos uma discussão séria sobre as propostas e formas de governo do Partido dos Trabalhadores, a mídia, cada vez mais esquelética de argumentos por buscar apenas o lobby para o ganho do 1% mais rico do Brasil, usa os tais mensalão e petrolão para atacar o PT e tentar atingir Lula em prol de Bolsonaro

No final das contas, tanto Moro quanto Barbosão serviram ao mesmo amo como cães de guarda da plutocracia.

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Moro e o crime do século

A mídia, finalmente, decidiu cancelar seu apoio incondicional a Sergio Moro, renunciando ao protagonismo de usar seus espaços para comício do ex-juiz que cometeu o crime do século.

Na verdade, a mídia não previa que o apoio a um juiz criminoso como Sergio Moro, seria considerado uma provocação pela sociedade brasileira. O ex-juiz, que incendiou as maiores empresas brasileiras de engenharia e, junto, milhões de empregos, não tem pretexto para ataque capaz de fazer cócegas na campanha de sua vítima maior.

Se Moro pensou em recuperar algum poder de influência sobre a mídia, a mesma achou melhor ele ficar longe dos holofotes para não criar ainda mais saia justa no próprio baronato midiático, preferindo atacar Lula em benefício da continuidade de Bolsonaro.

Moro não conseguiu agregar nada na direita e nem na esquerda. O tal centro-direita, como já havia sido revelado pela derrocada do PSDB, não tem futuro algum.

Assim, o juiz, que foi julgado pelo STF e considerado culpado pelos crimes que cometeu contra o ex-presidente Lula e contra o próprio país em seu projeto de poder, está sendo prematuramente jogado para debaixo do tapete por uma mídia cretina que não quer pensar na possibilidade da volta dos direitos dos trabalhadores e muito menos da volta dos pobres ao orçamento da União.

Ficou claro para todos, mas sobretudo para Moro, que, ao contrário do que ele tentou plantar contra Lula, foi ele o grande personagem diante dos olhos da sociedade que cometeu o crime do século, prendendo um inocente para que Bolsonaro ganhasse a eleição e ele o ministério da Justiça e Segurança para usar a pasta como degrau político e chegar à presidência da República de forma triunfante em 2022.

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Globo já definiu sua tática eleitoral em apoio à reeleição de Bolsonaro, com o slogan: O PT merece voltar?

A Globo, assim como o restante da mídia neoliberal, vai cumprir seu papel em defesa do 1% mais rico contra os pobres e os trabalhadores aliando-se a Bolsonaro elevando o tom contra o PT e culpando Lula como o principal responsável pela tragédia que o Brasil vive, seja do ponto de vista sanitário, que Bolsonaro segue sabotando os esforços de contenção da covid, sem que encontre qualquer freio nas instituições, seja na política econômica em que a inflação está descontrolada e o PIB negativo.

Ou seja, com isso a Globo exime Bolsonaro de qualquer culpa pelos seus atos, segue fingindo que acredita que a facada não foi farsa e intensifica sua especialidade, atacar Lula e o PT, agora mais motivada pelo medo do PT voltar ao poder e derrubar as reformas neoliberais feitas no Brasil depois do golpe em Dilma que arrasou com a vida dos brasileiros, sobretudo dos trabalhadores, com a promessa de gerar mais investimentos  e mais empregos no Brasil quando misericordiosamente aconteceu o oposto.

Mas como nesse período o Brasil produziu mais de 30 milhões de famintos, sendo devolvido ao mapa da pobreza, o número de bilionários brasileiros aumentou, segundo a revista Forbes.

Assim, fica claro o projeto de Guedes e Bolsonaro e, logicamente, da própria mídia, de produzir uma nação de miseráveis e alguns poucos bilionários que fazem parte da mesma mesa de jantar dos barões da comunicação.

Em síntese, é isso. Que o PT e Lula saibam se defender, denunciar esse conluio da mídia com Bolsonaro que pretende desaparecer com 620 mortos pela covid por culpa do genocida, o desemprego recorde e os mais de 30 milhões de brasileiros que voltaram para a miséria absoluta na fila do osso.

Isso significa que a Globo já desistiu de Moro, definindo que o único caminho possível para tentar impedir a volta de Lula é apoiar com todas as armas e sem qualquer escrúpulo o maior insano da história do Brasil.

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Bolsonaro muda versão pela terceira vez e diz que não houve armação na facada

Basta essa declaração de Bolsonaro para confirmar que houve armação. Ou seja, a história está muito mais próxima da contada por Bebianno no Roda Viva, a de que Carluxo armou a lona do circo em Juiz de Fora.

Na verdade, Bolsonaro já deve ter feito pesquisa e, portanto, já sabe que, fora a mídia que nunca questionou uma facada sem sangue, os bolsonaristas que ainda restam na xepa do fascismo certamente defendem a tese de que, facada que é facada, não tem sangue nenhum.

Hoje, possivelmente, o trio parada dura da Jovem Pan, Augusto Nunes, Ana Paula do Vôlei e Guilherme Fiuza dirão que esse negócio de facada com sangue é conspiração da OMS.

O fato é que já é a terceira versão diferente para justificar a falta de sangue na facada. A primeira, foi logo assim que surgiram as primeiras fotos da farsa em Juiz de Fora, quando todos perguntavam, aonde estava o sangue. E a resposta foi que é comum isso acontecer, sem mostrar um caso igual, pelo fato da faca entrar e sair rapidamente.

Na segunda versão dada por boca própria de Bolsonaro, no programa de Danilo Gentili, era oposta à primeira, dizendo por duas vezes e repetindo o gesto de que Adélio teria lhe enfiado a faca, rodado e puxado, o que deixa a farsa ainda mais grotesca.

Hoje, Bolsonaro deu uma versão completamente diferente das anteriores. Segundo ele, a facada não teve sangue porque Adélio enfiou a faca toda em seu abdomen.

É mentira mal ensaiada que chama.

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A estranha despreocupação que os filhos de Bolsonaro têm com o pai naquele estado, merece nota

Você entra no twitter do Carluxo, e observa que ele está em várias frentes de batalha. Nenhuma é pela vida do pai internado em SP com problemas abdominais que alguns diziam ser muito sério.

O vereador federal, também vizinho do assassino de Marielle e traficante de fuzis no Vivendas da Barra, Ronnie Lessa, não toma conhecimento de um novo capítulo da tal “facada” que, segundo Bebianno, foi idealizada pelo próprio Carluxo.

Talvez porque a equipe médica já tenha descartado a possibilidade de Bolsonaro passar por nova cirurgia, mesmo sem previsão de alta, já que, segundo boletim médico, a tal obstrução intestinal se desfez com tratamento, ou seja, água com açúcar e liberação de gases fétidos, a mídia não dá mais tanto destaque para esse novo investimento em marketing que Bolsonaro fez depois de se lambuzar na esbórnia de fim de ano.

Flávio, aquele da mansão das rachadinhas e da loja mágica de chocolate, já tratou de amenizar o novo balão da farsa da facada requentada e disse que o papai está bem e, lógico, voltou com aquela pra lá de surrada acusação ao Psol do qual Adélio era militante, segundo o senador picareta.

Já Eduardo, hora nenhuma falou do estado de saúde do pai, limitou-se a postar aquela foto clássica da farsa com Bolsonaro falsamente esfaqueado, com a imagem editada, tirando o local da facada para não lembrar aos brasileiros que não teve uma gota de sangue.

Ou seja, tudo indica que não passou de uma vagabundagem que provocou uma ressaca de um sujeito que há 31 anos vive de salários e mamatas sem produzir um único feito, seja como deputado, seja como presidente para melhorar a vida dos brasileiros.

A pergunta é, como um jumento desse, assessorado pelos jumentinhos do clã que não conseguem construir nada além de farsas e as inúmeras vezes que requentam esse bate entope grotesco, conseguiu se eleger presidente?

Obs. o médico que Bolsonaro mandou rebocar das Bahamas para São Paulo por uma fortuna, é especializado em “facada”, mas só na “facada” de Bolsonaro.

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O problema de Bolsonaro pode ter tudo, inclusive nada, menos consequência da falsa facada

O que está rolando em Brasília é que as chances de Bolsonaro ser operado são grandes, perto de 100%, o que não significa que a suspeita de obstrução intestinal, que pode definir se ele sofrerá intervenção cirúrgica tenha qualquer relação com a suposta facada.

Lógico que Micheque, a mesma que recebeu um cheque de R$ 89 mil de Queiroz, já abraçou a velha baba de quiabo de que aquela grotesca farsa da facada gerou no mentiroso Bolsonaro sequela para o resto da vida.

Por ora, a informação que se tem é a de que Bolsonaro está estável com um quadro de suboclusão intestinal e sem previsão de alta.

O chefe do executivo, que passou o final de ano na esbórnia em Santa Catarina, gastando dinheiro público, foi internado às pressas durante a madrugada por sentir dores abdominais.

O fato é que aquele homem que sassaricou de jet sky até ontem à tarde, está internado e seu real estado de saúde, ninguém sabe.

O que se sabe é que seu caso pode ser tudo, inclusive nada. Mas uma coisa é indiscutível, não há nada relacionado à facada, simplesmente porque até hoje não ficou provado que Bolsonaro tenha de fato sofrido um atentado, ao contrário, o que está cada vez mais escancarado é que aquilo não serviu sequer para caricatura de facada de tão grotesca que foi a farsa.

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Depois de um final de ano na fuzarca e vendo a sua base implodir, Bolsonaro requenta a farsa da facada pela milionésima vez

Tudo começou com a língua de trapo do Olavão, dando extrema-unção política a Bolsonaro, chamando-o de incompetente, de provinciano e de prefeito de cidade de interior.

O que há nessas declarações, uma sentença de um vidente astrólogo que se classifica como filósofo? Charlatanismo, é claro, pois o cara é um portento na arte da insinuação persecutória.

Por isso, Carluxo entrou em campo e escreveu um post nada subliminar, indo direto na jugular do velhote picareta: “A tal crítica construtiva tem método! Temos que sair do círculo de achar que é questão de enxergar! Não é! Entendem o que fazem! Querem apenas garantir seu público e outros interesses, apostando nunca perder a razão e a manutenção do que lhes alimenta! Não há idiotas!”

Já Olavo de Carvalho respondeu em seu twitter com o método bate pronto: “apoio popular não é poder. O governo Bolsonaro é a maior prova disso.”

Em outras palavras, Olavão quis dizer, nada está tão ruim que não possa piorar.

Sim, porque a questão central é que os ratos, de boiada, estão abandonando o barco, o que significa que Bolsonaro deve ter caído bem mais nas pesquisas internas nos quesitos “aprovação” e “intenção de votos” para 2022.

Por isso Carluxo abriu uma nova frente de batalha, com o ex-maior lambe-botas de Bolsonaro, Carlos Jordy, deputado federal pelo PSL. Afinal, Carluxo vem fazendo um malabarismo digital para ver se levanta o moral da tropa que reagrupe o gado que, hoje, restringe-se a um rancho. Daí seu investimento no Vietnã, Bangladesh e Nigéria para traçar uma nova estratégica digital para a campanha do pai de 2022 nas redes sociais de fora para dentro. Trata-se de uma tática de Steve Bannon, o criminoso globalizado.

E todos sabem, aonde tem Carluxo, tem farsa da facada sendo requentada. É só lembrar a fala de Bebianno no Roda Vida entregando a rapadura pouco tempo antes de morrer, que Carluxo foi cérebro da mais grotesca farsa da história da humanidade, com uma facada sem sangue e, sobretudo sem faca, que vira e mexe Carluxo requenta.

Essa nova farsa tem endereço certo, interno, justamente porque Carlos Jordy, olavista mais que bolsonarista , vem construindo uma cama de gato dentro do próprio curral com os chamados Congressos Conservadores, aonde bolsonaristas do clero se reúnem para exercitar tiro ao alvo no ex-mito.

A verdade é que Carluxo já está atirando a esmo, vendo fantasmas e ouvindo vozes do além e, por isso, rebateu também um vídeo de Moro em que o ex-aliado de Bolsonaro, que prendeu Lula para dar a presidência a Bolsonaro e ganhar um ministério, critica as relações internacionais de Bolsonaro e o estrago que ele fez no Brasil, o que não deixa de ser uma piada, já que todos nós sabemos do estrago que a Lava Jato fez na Petrobras diante do mundo e o preço alto que os brasileiros estão pagando por isso.

Ou seja, o chão de Bolsonaro está mole, fora e dentro do partido, com aliados e ex-aliados que resume o estado de coisas de quem está sofrendo uma falência múltipla em seu governo.

Então, qual o problema de Carluxo enfiar novamente mais uma farsa da facada no forno para esturricar o melodrama grotesco que ajudou o papai a se eleger em 2018?

O problema é que isso acontece depois da fuzarca que Bolsonaro protagonizou em suas férias em Santa Catarina.

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Estadão dá a 3ª via como letra morta e quer juntar essa massa falida para engrossar o caldo do genocida

Usando a velha malandragem do, se não tem tu, vai tu mesmo”, o velho periódico escravocrata nascido das cartolas felpudas dos cafeicultores paulistas do século XIX, a tradição é quem manda.

Como a imensa maior parte de pobres e miseráveis do Brasil é formada por negros, ou seja, descendentes de negros escravizados pelo baronato que pariu o Estadão, tanto faz um candidato como Lula, que tirou o Brasil do mapa da fome, quanto Bolsonaro, que devolveu o Brasil ao mesmo mapa da fome.

Dito isso, o Estadão, diante da realidade de uma terceira via touro sentado, já dá como massa falida as candidaturas de Moro, Dória, Tebet e Pacheco, mas quer que eles engrossem a requentada sopa de morcego que levou Bolsonaro à vitória em 2018, com o apoio nada disfarçado da mídia nativa e com o entusiasmo especial do Estadão, que sempre teve uma afinidade cultural siamesa com Bolsonaro, seja na questão dos índios, dos negros, das terras, da ditadura militar, seja do sistema financeiro.

Assim, o Estadão teve uma ideia genial, a de reunir essa xepa eleitoral chamada terceira via, misturá-la com o genocida que dizimou 620 mil brasileiros por covid, para transformar o monstro em algo mais palatável à classe média, como se essa gente que apoiou Bolsonaro em 2018 não fosse o próprio espelho da criatura.

O “tudo, menos Lula” e o “vale-tudo” contra o PT produzem esse tipo de pensamento trevoso. Para o Estadão, o importante é que os trabalhadores continuem perdendo direitos, o empresariado, os rentistas e a banca sigam ganhando como nunca.

A inflação, o aumento da gasolina, os 30 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza passando fome, não têm qualquer importância para o jornalão do século XIX. O que importa é manter a hegemonia de classe para que a oligarquia cafeeira permaneça em riste produzindo miséria e miseráveis à pencas, enquanto o clero dos abastados paulistas gargalham em seus regabofes comunitários.

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Estadão trata os pobres como sub-raça, o que explica como um fascista como Bolsonaro chegou ao poder

Pouco importa o plágio de si mesmo que o Estadão faz do editorial cretino de Vera Magalhães em 2018, “Uma escolha difícil”.

O ponto central aqui é uma cópia de um antigo discurso de Bolsonaro que dizia que “pobre, no Brasil, só servia para votar em quem lhe desse esmolas”.

Ou seja, ninguém fabrica um fascista como Bolsonaro de improviso. Esse monstro universal é um produto conjugado feito por muitas mãos da escória da classe dominante desse país.

O Estadão, o mais genuíno herdeiro da imprensa escravocrata, jamais perdeu seu pedigree. Por isso trata os pobres como resíduo da sociedade brasileira, mesmo sendo eles a maioria no Brasil, maioria, diga-se de passagem, de explorados pelos pares do Estadão.

Não há nada de novo e nem de autêntico nessa maçaroca de clichês do jornalão, apenas a posição assumida de um jornal secularmente preconceituoso, racista e que, agora, com esse “artigo” assume sua aporofobia que mostra que, muito mais que ódio a Lula e ao PT, o Estadão representa uma parcela da sociedade que tem verdadeira ojeriza de pobres, quando deveria ter da pobreza que ele, em defesa secular da oligarquia, ajudou a construir.

Pode-se fazer todas as críticas a Bolsonaro, mas uma coisa tem que se reconhecer, sobretudo quando o Estadão vem com a velha malandragem de construir uma falsa simetria entre Lula e o genocida.

As atitudes perversas de Bolsonaro contra o povo brasileiro são fidedignas à imagem da nossa classe economicamente dominante. Nunca essa imagem foi tão materializada de forma tão esculpida e escarrada como a que Bolsonaro se apresenta.

O que também explica o apoio do Estadão ao fascista em 2018 e, agora, em 2022.

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A queda de popularidade de Bolsonaro transformou o genocida em dedo podre

A queda de popularidade de Bolsonaro tem potencial para detonar aliados e impactar as eleições proporcionais. O apoio declarado do presidente genocida significa um mau negócio para as vítimas de seu apoio.

O Cenário para os bolsonaristas será muito amargo no próximo pleito, com Bolsonaro caminhando a passos largos para o cadafalso.

Não é sem motivos que a tese de que Bolsonaro pode desistir da disputa pela reeleição para tentar manter sua blindagem numa vaga do Senado só cresce e ganha corpo em Brasília.

Nesses três anos de balbúrdia generalizada, vários deputados e senadores eleitos com a bandeira fascista do bolsonarismo acabaram se tornando adversários do genocida, em meio a uma sucessão de crises sistêmicas. Isso aconteceu com uma penca de parlamentares do PSL, em razão de um grande racha interno no partido pelo qual o animal foi eleito.

Sem o apoio financeiro do Planalto, que envolve, entre outras benesses, a liberação de emendas, muitos desses congressistas fascistas caíram no anonimato e estão politicamente mortos. Na verdade, sem coloração ideológica definida, esses zumbis estão vagando em Brasília sem rumo e sem votos. Mas eles sabem que ficar sem apoio de Bolsonaro é ruim, mas ter o apoio do queima filme do Planalto é pior ainda.

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