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Diário de um patriota trouxa: “Perdi emprego e mulher”

“Cago na sarjeta, minha esposa me deixou e levou meus 2 filhos pequenos, perdi meu emprego e devo 2 mil ao meu primo”, disse um bolsonarista.

Acampados há 29 adias em frente aos quartéis do Exército em várias capitais do país, centenas de bolsonaristas comentaram em uma postagem publicada nesta terça-feira (29/11) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua conta oficial no Twitter.

Os comentários foram feitos logo abaixo de uma foto onde Bolsonaro aparece sentado atrás de uma bancada, com o brasão da República. Alguns patriotas afirmavam estar cansados de pegar sol e chuva, além de terem perdido o emprego e até o casamento. Algumas postagem chegaram a ser replicadas, em tom de chacota por outros internautas.

Em um dos comentários, um bolsonarista comenta que sua vida virou de cabeça para baixo. “Me encontro a [sic] 30 dias parado na frente de quartéis. Cago na sarjeta, minha esposa me deixou e levou meus 2 filhos pequenos, perdi meu emprego e devo 2 mil ao meu primo”, lamentou.

Em tweets, bolsonaristas reclamam ao presidente Jair Bolsonaro que já perderam emprego ou apoio de familiares por conta de protestos na frente do QG do Exército e pedem ajuda - Metrópoles

Sem recuar

Em outras mensagens enviadas ao presidente, um bolsonarista afirma que não recuará apesar de sua esposa ter pedido divórcio e ele ter sido obrigado a vender o carro. “Não tenho mais nem onde morar. Acho que vai valer à pena, Minha bandeira não pode se render ao comunismo”, disse.

Já outro homem acampado em frente a um dos quartéis comenta que espera por uma ação em definitivo do presidente Jair Bolsonaro. “Perdi meu emprego e meus familiares e amigos estão contra mim, mas não vou sair daqui. Eu amo essa nação”, disse.

Os manifestantes protestam contra a eleição de Lula (PT) para presidente da República. Eles questionam a validade do pleito e da confiabilidade das urnas eletrônicas.

*Mirelle Pinheiro e Carlos Carone/Metrópoles

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Bolsonarismo

O apelido que Eduardo Bolsonaro ganhou no seu partido após ser flagrado no Catar

O deputado federal Eduardo Bolsonaro ganhou um apelido entre os desafetos de seu partido, o PL, após ser flagrado curtindo a Copa do Mundo no Catar: “radical de ar-condicionado”.

Os moderados da legenda consideraram um “erro” a ida do parlamentar para o Catar, enquanto atua nos bastidores para incendiar os ânimos de apoiadores após a derrota do pai na eleição.

Entre as agendas que o “radical de ar-condicionado” realizou e que foram citadas por correligionários do PL está a viagem aos Estados Unidos após as eleições, para se encontrar com o ex-presidente Donald Trump, e seus estrategistas, conforme relato do jornal “The Washington Post”.

A publicação divulgou ainda que o deputado foi aconselhado a contestar o resultado das eleições que elegeram Lula presidente. Como informou a coluna, Eduardo embarcou em um voo para Miami no dia 10 de novembro.

*Bela Megale/O Globo

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Bolsonarismo

Presença da esposa do general Villas Bôas em atos comprova ativismo golpista da “família militar”

Em vídeo divulgado por um bolsonarista amotinado presumivelmente em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, a senhora Villas Bôas é chamada de “celebridade” e tratada como a “esposa de uma celebridade”.

Uniformizada de patriota, ela demonstrava se sentir em casa, bem à vontade. Depreende-se, pela apresentação do locutor, que no momento ela estava acompanhada de um primo e respectiva esposa, mas não fica claro se é primo dela ou do general.

O locutor se refere ao tal primo, também devidamente paramentado de patriota, como alguém que “tá aqui orientando a gente, guiando a gente”. No trecho final do breve vídeo, a senhora Villas Bôas se despede com o tradicional brado “Selva!”.

A presença da esposa do general-conspirador Villas Bôas em atos considerados ilegais e criminosos, porque atentam contra o resultado eleitoral, as instituições e a democracia, é um indício muito significativo do ativismo golpista orgânico e central da “família militar”.

Villas Bôas é uma das vozes mais ensandecidas e, talvez, justamente por isso mesmo, uma das vozes mais respeitadas dentre os defensores das “pessoas identificadas com o verde e o amarelo” que se aboletam em frente aos quartéis “pedindo socorro às Forças Armadas”, como o próprio postou no twitter em 15 de novembro.

A conivência dos comandos militares com atos ilegais promovidos em áreas militares decorre, por um lado, do interesse e do empenho direto deles em instalar o caos para pretextarem a intervenção das Forças Armadas. É amplamente conhecido hoje que as cúpulas militares são a principal fonte de alimentação do clima de caos e baderna, como reforça a mensagem dos comandantes das três Forças “Às Instituições e ao Povo brasileiro” [11/11].

Por outro lado, a cumplicidade dos comandos militares com os baderneiros amotinados em frente aos quartéis deriva do fato de que grande contingente desses amotinados pertence à “família militar” – são filhos, pais, sobrinhos, primos, tios, parentes, amigos de militares.

É até compreensível que se rebelem. Afinal, tinham planos de um poder eterno, e agora estão seriamente preocupados em como pagar a fatura do cartão de crédito, as prestações de dívidas, de consórcio etc, pois perderam as quase 10 mil boquinhas de cargos comissionados e salários-duplex e extra-teto, além de outras facilidades, mordomias e prestígio.

Não se pode esperar, por isso, que os comandantes autorizarem a Polícia do Exército a proceder como corresponderia proceder no caso, ou seja, desocupando as áreas militares que estão ocupadas ilegalmente e, além disso, para propósitos ilícitos e em associação criminosa.

Se depender das cúpulas fardadas, aliás, esses atos deverão continuar acontecendo livremente, pois faz parte do plano para instalar tumulto, caos e conflito no país. É o que garantiu o general André Campos Allão, comandante da 10ª Região Militar/CE.

Em vídeo no qual se dirige às tropas, este general defende os baderneiros e desafia o judiciário. Ele promete proteger os manifestantes “ainda que existam ordens de outros poderes no caminho contrário”.

Fosse o Exército Brasileiro uma instituição comandada por oficiais legalistas, profissionais, sérios e confiáveis, o general André Allão teria sido imediatamente afastado do posto de comando, seria submetido a procedimento disciplinar e, finalmente, expulso do Exército.

No entanto, o general Allão deverá gozar da mesma impunidade assegurada ao Pazuello, que mesmo sendo general da ativa, participou de motociata e comício partidário com Bolsonaro.

A Câmara dos Deputados precisa convocar o Comandante do Exército urgentemente. Em primeiro lugar, os deputados têm de cobrar dele as providências adotadas em relação a este perigoso ataque ao Estado de Direito.

*Com DCM

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Bolsonarismo

Bolsonaro quer apoiar golpistas, mas tem medo de ser enquadrado por incitar atos violentos, como em Rondônia

Com agenda esvaziada e sem reconhecer a derrota, Bolsonaro tem dito que quer apoiar atos golpistas, mas teme ser responsabilizado judicialmente por violência de bolsonaristas fanáticos.

Em meio ao silêncio público desde que foi derrotado por Lula (PT) nas eleições de 30 de outubro, Jair Bolsonaro (PL) estaria tramando meios de apoiar os atos golpistas promovidos por apoiadores nas rodovias e em frente a quarteis, segundo Guilherme Seto, na coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta segunda-feira (21).

Sem reconhecer a derrota, o que incita apoiadores a clamarem por um golpe, Bolsonaro, no entanto, teme que os atos violentos promovidos por apoiadores, como aconteceu em Rondônia neste domingo (21), sirvam para enquadrá-lo em ações na Justiça, especialmente nas investigações que já tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).

A pessoas que o visitam no Palácio do Alvorada, o presidente tem dito que quer apoiar os atos, mas teme pelos bolsonaristas fanáticos, que vêm promovendo cenas de violência pelo país.

Na madrugada deste domingo (20), uma série de ataques terroristas foi desencadeado por apoiadores do presidente na BR-364, em trecho próximo a Ariquemes, Rondônia.

Ao menos 12 caminhões foram incendiados. Em imagens que circulam nas redes sociais, um motociclista conseguiu filmar o momento em que o Corpo de Bombeiros local tentava apagar as chamas.

Em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

A seguir, em outro vídeo, já com o céu azul, outro internauta filmou os estragos. É possível ver caminhões e camionetes queimados e com os pneus furados. “12 caminhões que furaram os pneus, quebraram os vidros. Queimou, e também saquearam (sic)”, diz o narrador.

https://twitter.com/thicico/status/1594379290694615040?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1594379290694615040%7Ctwgr%5Ed350a2c9ab6238692c41fa5b1bb16dc581494a2e%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-32986405522190064549.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

Uma das empresas donas dos caminhões queimados é o Grupo Irmãos Gonçalves, que opera supermercados e transporte de alimentos na região, de propriedade da família do vice-governador eleito do Estado, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Sua chapa, encabeçada pelo Coronel Marcos Rocha (União Brasil), teve o amplo apoio do bolsonarismo, sobretudo do general Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente de Bolsonaro (PL), que gravou vídeo para a campanha. Além disso, o vice é conhecido na região como um entusiasta do bolsonarismo e de sua principal figura.

Mais tarde, no mesmo trecho, um agente da Polícia Federal Rodoviária (PRF) foi alvo de insultos racistas quando prendeu um dos suspeitos de furtar carga dos caminhões atacados. De acordo com o agente, os suspeitos chegavam de carro, enchiam os porta-malas com carnes e hortaliças, para levar embora os produtos, e em seguida voltavam para buscar mais.

Ao ser detido, um suspeito de 32 anos ameaçou os agentes da PRF, chutou a viatura e afrontou o policial. “Você só é homem com essa farda, quero ver tirar essa farda, seu preto encardido”, disse.

*Com Forum

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Bolsonarismo

Caminhoneiros bolsonaristas voltam a fechar estradas; são ao menos 9 novos bloqueios e interdições, diz PRF

Moraes bloqueou contas de possíveis financiadores dos atos golpistas nesta quinta. Representante da categoria diz que bloqueios são de “uma ala extremista”. Há suspeita de locaute.

Segundo o Estado de São Paulo, caminhoneiros bolsonaristas organizam greve e novas interdições em estradas nesta sexta-feira, 18, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o bloqueio de contas de empresários suspeitos de financiar os atos antidemocráticos do início de novembro. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que novamente há obstruções em rodovias federais. Até o momento, há 4 vias com fluxo totalmente interrompido: duas em Rondônia, uma em Pernambuco e outra em Mato Grosso. Além dessas, há 13 bloqueios parciais, sendo que Rondônia é o Estado que mais concentra atos, com 11 ocorrências. Não há obstruções em São Paulo.

Áudios que circulam em grupos bolsonaristas dão conta de caminhoneiros que sugerem “trancar” as rodovias e, inclusive, resistir à eventual ação policial. Os áudios sugerem obstruir vias em municípios de Mato Grosso, como Sinop e Campo Novo do Parecis.

O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotivos (Abrava), Wallace Landim (conhecido como Chorão), afirmou ao Estadão que a categoria não apoia os bloqueios, que, segundo ele, são planejados por uma pequena parcela de caminhoneiros. “Não é um movimento dos caminhoneiros, é uma ala extremista (…) está sendo cometido um crime”, disse.

Há, ainda, a suspeita de que os bloqueios estejam sendo encorajados pelos empregadores desses motoristas, no caso daqueles que trabalham para as empresas que tiveram suas contas bloqueadas pelo STF. Se confirmada, a prática caracteriza locaute e prevê responsabilização legal.

A Abrava admitiu acionar a Justiça para pedir indenização aos caminhoneiros autônomos que sejam impedidos de circular pelas rodovias. “Eu já ouvi caminhoneiro autônomo falando que ‘vai passar por cima’, isso é perigoso.

Controvérsia

Nos grupos de caminhoneiros, há controvérsia em relação à paralisação. Alguns entendem que estão sendo usados para outros interesses que não o do setor. Muitos não querem aderir aos protestos com medo de multas e também dos prejuízos que se acumulam.

Entre os que estão convocando a greve de agora, está o presidente da Cooperativa de Transportadores e Profissionais da Área de Logística e Transporte de Cargas de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich. Em vídeo que circula nas redes sociais, ele chama os caminhoneiros para aderir ao movimento.

Ele alega que foi protocolado um documento para “cancelar as eleições”. O prazo para darem um posicionamento seria nesta sexta-feira, 18. “Se não tivermos resposta, temos de parar os caminhões até o STF julgar o assunto.” Ele e outro colega que fazem o vídeo pedem que os empresários deixem os caminhões no pátio para não tomar multa. “Deixem os caminhões em casa.”

A reportagem procurou Cleomar, que afirmou apenas que não é líder do movimento.

Logo após a eleição, ainda no fim de outubro e início de novembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foram responsáveis por bloquear total ou parcialmente mais de mil trechos de rodovias federais e estaduais. Também tem sido comum que manifestantes façam protestos na entrada de comandos militares. Os atos são contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e pedem que haja uma “intervenção federal” para impedir a posse do petista.

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Bolsonarismo

Quem é quem: Conheça as pessoas acusadas de organizar e financiar os atos golpistas no Brasil

Empresários do agronegócio, setor privilegiado por Bolsonaro em seu governo, lideram a lista.

Com base em relatórios enviados por polícias de diversas esferas e pelo Ministério Público, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, no último sábado (12), o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas acusadas de incitarem, apoiarem, participarem e financiarem os atos antidemocráticos que pedem intervenção militar no Brasil após o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, derrotado na disputa pela presidência da República por Luiz Inácio Lula da Silva.

A relação é dominada por nomes ligados ao agronegócio, setor que mantém relações próximas com Jair Bolsonaro e que foi beneficiado por medidas tomadas pelo atual governo, principalmente no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. Durante a gestão do ex-ministro Ricardo Salles, o titular da pasta chegou a admitir que era preciso “deixar a boiada passar.”

Os acusados foram responsáveis, de acordo com as investigações, pela organização das paralisações de avenidas, rodovias e estradas em diversas regiões do país. O levantamento contrasta com a versão bolsonarista de que os atos antidemocráticos teriam um caráter espontâneo, sem qualquer estímulo financeiro ou político.

A lista também mostra que entre os principais organizadores e financiadores das manifestações dos lamuriosos bolsonaristas estão empresários do círculo pessoal de Jair Bolsonaro, aproximando os atos da presidência da República.

O Brasil de Fato destacou alguns dos nomes que aparecem nos relatórios apresentados ao ministro Alexandre de Moraes. Confira.

Acre

Jorge José de Moura e Henrique Luís Cardoso Neto são dois empresários ligados ao agronegócio acreano e estiveram à frente das paralisações no estado. Ambos são acusados de organizar e financiar os protestos golpistas e foram pessoalmente ao trancamento da BR364, onde gravaram vídeos e convidaram a população local para manifestações na sede do Exército.

A dupla é produtora de grãos e gado no Acre. Moura é conhecido como o “rei da soja” no estado e foi preso, em flagrante, no dia 10 de novembro de 2021, em Xapuri, por porte ilegal de arma.

Neto, que é dono da Fazenda Nitheroy, foi candidato a vereador em seu município de origem, Senador Guiomar, em 2016. Na época, o pecuarista declarou possuir R$ 8 milhões em patrimônio.

Ceará

As manifestações golpistas no Ceará terminaram com 55 multas que somam R$ 968 mil, aplicadas aos líderes das barreiras em estradas e rodovias. De acordo com a investigação, existem dois organizadores responsáveis pelas mobilizações, o policial penal Abrahao Vinicius Batista Possidonio e o sargento da PM Anderson Alves Pontes Garcias.

Minas Gerais

Cristiano Rodrigues dos Reis e Esdras Jonatas dos Santos são apontados pela Polícia Militar de Minas Gerais como principais lideranças dos atos golpistas no estado. A investigação da corporação foi encaminhada ao STF e utilizada como base na decisão de Alexandre de Moraes.

Reis é gerente de vendas da Dicabelo, empresa de tratamento capilar, e líder do Movimento Direita BH, que serve de linha auxiliar do bolsonarismo na capital mineira, com bandeiras de extrema-direita. Em suas redes sociais, não esconde o empenho pelas manifestações e pautas incorporadas pelos bolsonaristas. Além disso, há fotos com diversas lideranças políticas próximas ao atual presidente, como a ex-ministra e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) e o governador mineiro Romeu Zema (Novo).

“Esse movimento não é um movimento de defesa de um candidato, mas de defesa da nossa pátria, porque nós, da sociedade civil e militar, não aceitamos um bandido conduzindo essa República. Deus salve o nosso Brasil”, disse Reis, em vídeo publicado nas suas redes sociais, na última terça-feira (15), em que aparece vestindo uma camiseta do Exército.

Esdras Jonatas dos Santos é empresário do ramo têxtil e é um dos sócios da marca Lemy, em Belo Horizonte. Em suas redes sociais, há uma quebra de padrão no estilo de suas publicações.

Desde 31 de outubro, data da derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Santos já fez 32 publicações relacionadas ao fracasso eleitoral do atual presidente ou sobre manifestações na capital mineira, abandonando as imagens antigas, em que ostentava seu estilo de vida.

Em um vídeo no qual foi marcado, Santos pode ser visto aos gritos, em cima de um trio elétrico, estimulando os manifestantes a pedirem ajuda “ao general”. “Forças Armadas, salvem o Brasil”, bradavam os golpistas.

Goiás
A Justiça do Trabalho de Goiás aponta o agropecuarista Victor Cezar Priori como responsável por financiar protestos antidemocráticos no estado. O empresário foi flagrado coagindo seus funcionários a participarem das manifestações e cooperarem com o bloqueio de rodovias, durante o horário de trabalho.

“Minhas empresas estão todas fechadas, de todas as fazendas tem gente nas rodovias, os caminhões e tudo estão colaborando”, disse Priori, em vídeo que está anexado à investigação contra o agropecuarista na Justiça do Trabalho.

Em 2012 e 2016, Priori se candidatou à prefeitura de Jataí

em Goiás. Na primeira, teve a candidatura impugnada. Na segunda, perdeu a eleição e declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir R$ 51 milhões em patrimônio.

Priori é um dos sócios do grupo Paraíso, uma empresa que reúne diversos empreendimentos do agronegócio, como produção de leite, gado, soja e milho, além da comercialização de maquinário, como tratores.

Rio Grande do Sul

Com 259 mil votos, o Tenente Coronel Zucco (Republicanos) foi o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul, nas eleições deste ano. Agora, usa sua influência para incentivar os atos antidemocráticos no estado, segundo a investigação da Polícia Civil.

Zucco seria, de acordo com os policiais, o responsável pelas manifestações que insistem no pedido de um golpe militar no país.

O deputado federal, que declarou ao TSE que possui R$ 389 mil em patrimônio, participou de atos na frente de um comando militar do Exército e incentivou os manifestantes em “retomar aquilo que as eleições supostamente teriam subtraído do povo.”

De acordo com a Polícia Civil, outras lideranças políticas também estimularam e organizaram atos antidemocráticos no Rio Grande do Sul. Todos concorreram a cargos públicos nas eleições deste ano.

A relação inclui o vereador de Dom Pedrito Patrício Jardim Antunes (PP), os policiais Mariana Lescano (PP) e Thiago Teixeira Raldi (PSC), além do delegado Heliomar Ataydes Franco (UB).

Santa Catarina

Emílio Dalçoquio Neto é o empresário que garantiu financeiramente os atos antidemocráticos em Santa Catarina. Herdeiro de uma transportadora e ex-presidente do Sindicato das Empresas de Veículos de Cargas de Itajaí (Seveículos), ele é apontado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) como responsável por trancamentos de avenidas e rodovias no estado.

O empresário é próximo de Jair Bolsonaro, com quem já foi visto em agendas de campanha em Santa Catarina, e focou sua influência nas manifestações no município de Itajaí, litoral norte de Santa Catarina, onde mantém parte de suas empresas.

A PRF identificou áudios e mensagens em grupos de caminhoneiros que foram enviados por Neto, convocando a categoria às ruas, no dia da eleição, 30 de outubro, quando o fracasso de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas já era público.

Neto é investigado pelo Ministério Público por ter provocado um locaute na paralisação de caminhoneiros de 2018. Além do herdeiro, que foi indicado pela PRF, o Ministério Público de Santa Catarina apontou mais doze empresários que podem ter cooperado financeiramente para a manutenção dos atos antidemocráticos.

Em entrevista à rádio CBN, no dia 9 de novembro, o promotor Fernando Comin explicou que a identidade dos acusados seria preservada. “Nomes não podem ser ditos, para não atrapalhar as investigações. O que eu posso apontar, mais de 12 empresários e lideranças foram identificados até agora, é um cruzamento de dados, mas a atividade dessas pessoas nas redes sociais, nos bastidores, nos movimentos, quem estava arrecadando, quem financiou a estruturação dessas bases, quem incitou a prática de violência contra a polícia.”

Mato Grosso

Da capital do agronegócio brasileiro, Sorriso, no Mato Grosso, vem um dos principais articuladores das manifestações antidemocráticas no país, o empresário Argino Bedin, produtor rural que é chamado de “pai da soja” na região.

Seu nome está na relação que foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes como possíveis financiadores dos atos. Em entrevista ao site O Joio e o Trigo, em março deste ano, o empresário afirmou que é “Bolsonaro até debaixo d’água.”

Ainda no Mato Grosso, também no município de Sorriso, está Atilio Elias Rovaris, empresário do agronegócio e apontado como um dos financiadores das manifestações golpistas.

Rovaris doou R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro, nas eleições deste ano. O empresário é dono da transportadora Rovaris e também é produtor rural, com diversos empreendimentos.

*Brasil de Fato

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Bolsonarismo

Vídeo – Braga Netto desmente jornal e diz que Bolsonaro não foi internado: “estão inventando histórias”

Na saída do Alvorada, Braga Netto ainda consolou uma apoiadora de Bolsonaro que reclamara que “a gente está na chuva, no frio”. “Eu sei que vocês estão. Então, fica firme”, disse o militar.

Candidato a vice-presidente na chapa derrotada nas eleições de 30 de outubro, o general Walter Braga Netto (PL), negou que Jair Bolsonaro (PL) tenha sido internado na noite desta quinta-feira (17), como divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo, que atribuiu a informação a fontes do Gabinete de Segurança Institucional.

Na saída do Palácio da Alvorada, após visita ao presidente, Braga Netto conversou com bolsonaristas e apenas respondeu com um grito aos jornalistas que perguntaram sobre a internação.

“Mas quê?”, gritou o militar. “Estão inventando histórias”, emendou, se voltando aos apoiadores de Bolsonaro, entre eles uma mulher que chorava perguntando do presidente.

“O presidente está bem, está recebendo gente, sem problema nenhum. Vocês não percam a fé. É só o que posso falar para vocês agora”, mantendo o suspense sobre o posicionamento de Bolsonaro diante da derrota eleitoral.

Braga Netto, então, consolou a bolsonarista que chorava dizendo que “a gente está na chuva, no frio”, em relação aos acampamentos mantidos por apoiadores radicais.

“Eu sei que vocês estão. Então, fica firme. Dá um tempo”, acrescentou.

https://twitter.com/revistaforum/status/1593626020283928581?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1593626020283928581%7Ctwgr%5E34a5199550cc9e8ddeae492d9cbef6061bbad1a1%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3172070301019215712.ampproject.net%2F2211042305000%2Fframe.html

Internação

Segundo fontes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ouvidas pelo Estadão, Bolsonaro teria dado entrada no Hospital das Forças Armadas na noite desta quinta-feira (17) com fortes dores abdominais.

Bolsonaro estaria passando por exames e os médicos avaliam a possibilidade de uma nova cirurgia.

Enquanto o marido está no hospital, Michelle Bolsonaro publicou uma mensagem enigmática, com um versículo bíblico, nos stories de seu perfil no Instagram.

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Agrogolpismo ameaça democracia e financia vivandeiras de quartel

Investigação da PF lista empresas suspeitas de bancar atos contra resultado das urnas.

Quando os bolsonaristas começaram a fechar rodovias, o procurador Mário Sarrubbo avisou que havia uma organização criminosa por trás dos protestos contra o resultado das urnas. Investigações da Polícia Federal mostram que o chefe do Ministério Público paulista tinha razão.

Em ofício enviado ao Supremo, a PF identificou dezenas de suspeitos de financiar os atos golpistas. Com base no relatório, o ministro Alexandre de Moraes mandou bloquear as contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas.

A lista é dominada por empresários e empresas agrícolas e de transporte de cargas. Uma delas tem nome sugestivo: Berrante de Ouro Transportes Ltda. Sua sede fica em Sorriso (MT), que reivindica o título de capital nacional do agronegócio.

Jair Bolsonaro se aliou aos setores mais atrasados do ruralismo, que se recusam a adotar práticas sustentáveis e respeitar a legislação ambiental. Em sintonia com a turma, desmantelou o Ibama, cancelou multas e encarregou um ministro de “passar a boiada”.

A derrota do capitão criou um problema para esses empresários. Em vez de modernizar seus negócios, eles querem empastelar a democracia e impedir a posse do presidente eleito.

O dinheiro do agrogolpismo abastece as vivandeiras de quartel. Em Brasília, elas acampam diante do QG do Exército, conhecido como Forte Apache. No Rio, aboletam-se em frente ao Palácio Duque de Caxias, antiga sede do Ministério do Guerra. As aglomerações se arrastam há três semanas sem que os militares se mexam para dispersá-las.

Na terça-feira, o general Villas Bôas criticou a imprensa e saiu em defesa dos radicais. Classificou-os como pessoas “identificadas com o verde e amarelo” que estariam preocupadas com “ameaças à liberdade”. De ameaças o general entende bem. Em 2018, ele pressionou o Supremo a manter o candidato do PT na cadeia, facilitando a vitória da extrema direita.

As cenas de bolsonaristas em transe, escalando caminhões ou cantando o Hino Nacional para um pneu, podem passar a ideia de que os atos golpistas são inofensivos. É um erro encará-los assim. Desrespeitar o resultado das urnas e pregar o rompimento da ordem constitucional é crime, lembra o ministro Moraes. As instituições precisam se defender de quem quer destruí-las.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Bolsonarismo

Vídeo: Acampamento de bolsonaristas em Brasília é tomado pela água após forte chuva

Barracas ficaram totalmente alagadas e bolsonaristas que clamam por uma intervenção militar estão com a água nas canelas.

Mais uma vez um temporal que atingiu Brasília na tarde desta terça-feira (15) transformou o acampamento golpista em frente ao Quartel General (QG) do Exército em uma verdadeira represa.

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado das eleições e que clamam por uma intervenção militar estão há dias no local, com barracas e lonas, e nesta terça-feira se uniram a outros “manifestantes” que aproveitaram o feriado da Proclamação da República para fazer um ato em prol de um golpe.

Ao final da tarde, entretanto, os bolsonaristas foram surpreendidos por uma forte chuva, que alagou totalmente o espaço onde ficam suas barracas. Vídeo que circula nas redes sociais mostra apoiadores de Bolsonaro andando pelo local com a água batendo em suas canelas.

Assista

https://twitter.com/eixopolitico/status/1592643301240635392?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1592643301240635392%7Ctwgr%5Ec025b95df6e22b2699947f77dd8ceb15b7f75a55%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.apostagem.com.br%2Fwp-admin%2Fpost.php%3Fpost%3D89269action%3Dedit

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Bolsonarismo

Vídeo: Allan dos Santos representa a derrocada do bolsonarismo

De símbolo consagrado do gabinete do ódio, idealista da extrema direita brasileira como autêntico filhote do mega negacionista Olavo de Carvalho, Allan dos Santos, que apareceu na manifestação dos fascistas verde e amarelo, em Nova York, para atacar ministros do Supremo, era um outro sujeito, maltratado e sofrido, caracterizando o que significa hoje o bolsonarismo.

Sua atitude nefasta atacando um homem que ele nem sabia quem era, está um tom acima dos baderneiros nativos.

Poderia se dizer que Allan se encontra numa humilhante submissão a Bolsonaro, mas o que aconteceu é que, com a derrota de Bolsonaro, Allan dos Santos foi jogado do penhasco e sua atitude desesperada, como mostra o vídeo, é o de um coitado que jurava fazer o melhor dos serviços sujos para o clã e que jamais enfrentaria uma realidade tão dura vinda das urnas.

Essa indústria de xingamentos distribuída por Allan, mostra a enorme frustração de quem perdeu tudo numa aposta. Jamais aquele sujeito enfrentaria uma aglomeração patética como aquela de reles desconhecidos.

O coitado, que hoje se vê numa situação nefasta, foi sagrado o gênio da maldade com um acúmulo de patifaria que lhe rendeu tal soberba que hoje, nitidamente, já não tem.

Seu ato desesperado de abordar um homem que ele nem sabe quem é, tem a mesma deprimente história de Bolsonaro, um psicopata adoecido, transformado em um duende, tal o seu encolhimento dentro do Palácio da Alvorada.

O que está no vídeo é o raio-x do fracasso de um bolsonarismo absolutamente em ruínas, o que obrigará Allan dos Santos, mais cedo ou mais tarde, a sentar-se no banco dos réus para ouvir sua sentença pelos crimes que cometeu quando se achava um intocável.

Neste segundo vídeo Allan dos Santos ataca Alexandre de Moraes

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