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Chega a 21 o número de mortes no Rio Grande do Sul por causa de ciclone extratropical, confirma governador

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), confirmou na tarde desta terça-feira (5), que foram registradas 21, após passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado na véspera. Somente em 15 óbitos foram na cidade de Muçum.

De acordo com a Defesa Civil estadual, o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar foi vistoriar residências na cidade e localizou 15 corpos, nesta terça-feira (5), diz o G1.

Outras seis mortes foram confirmadas entre segunda e terça, em cidades do Norte do estado.

Os alagamentos e estragos por conta das fortes chuvas afetaram mais de 50 cidades. Foram registradas fortes rajadas de vento, aumento do nível dos rios. Por conta disso, pessoas ficaram desabrigadas.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul deve se afastar do Brasil nesta terça-feira (5), como informa o Climatempo.

Mas os pontos altos das serras ainda podem ter rajadas em torno de 100 km/h, até o vento diminuir no decorrer da tarde.

Em Santa Catarina, um homem morreu após o carro em que estava ser atingido por uma árvore durante a tempestade e ventos de até 110 km/h. Outras três pessoas ficaram feridas em Balneário Camboriú e Itajaí, no Litoral Norte.

De acordo com o mais recente balanço divulgado pela Defesa Civil do RS, o número de desabrigados é de 426. São 215 desalojados. As cidades mais atingidas são das regiões Norte, Serra e Vale do Taquari.

Enquanto a frente fria avança em direção a São Paulo, o ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul deve se afastar do Brasil nesta terça-feira (5), como informa o Climatempo.

Mas os pontos altos das serras ainda podem ter rajadas em torno de 100 km/h, até o vento diminuir no decorrer da tarde.

Na live semanal, feita pela manhã desta terça, o presidente Lula falou sobre as chuvas no estado. “Queria dar um comunicado ao Rio Grande do Sul. Amanhã (quarta-feira, dia 6), o chefe da Defesa Civil irá ao Rio Grande do Sul. E mais uma vez, dizer ao povo gaúcho que estamos prontos para ajudar naquilo que for necessário”.

Com a melhoria das condições de voo, ainda pela manhã os helicópteros da Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal serão utilizados nas ações de apoio aos municípios afetados.

A Defesa Civil estadual informou que segue apoiando os municípios, no monitoramento dos riscos hidrológicos e, nessa etapa pós eventos, nas ações de ajuda humanitária que forem necessárias.

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Defensoria compara ação da PM em Guarujá a ‘Esquadrão da Morte’ e aciona Justiça para obrigar uso de câmeras

Órgão afirma que Operação Escudo se pautou por ‘vingança institucional’ e que governo reforça violações de direitos ao não obrigar que policiais usem o equipamento.

A Defensoria Pública de São Paulo e a organização da sociedade civil Conectas Direitos Humanos ingressaram na madrugada desta terça (5) com uma ação civil pública pedindo que a Justiça obrigue o governo de São Paulo a instalar câmeras corporais nos policiais que atuam na Operação Escudo, deflagrada em Guarujá e em outras localidades da Baixada Santista, segundo Mônica Bergamo, Folha.

Elas seriam necessárias para garantir às autoridades competentes, como previsto em lei, “o controle externo do uso da força”, afirmam os defensores.

No caso de impossibilidade de atendimento do pedido, o órgão defende que a operação seja suspensa.

Com 27 mortos, a ação policial já é considerada a mais letal depois do Massacre do Carandiru, chacina em que 102 presos foram assassinados por PMs em 1992.

O número de homicídios por agentes de segurança pública na Baixada já se iguala ao de mortos por policiais em todo o estado de SP nos meses de abril (26) e junho (27).

Houve relatos de execuções sumárias, tortura, invasão de domicílios, destruição de moradias e outros abusos e excessos das forças de segurança, de acordo com o Conselho Nacional de Direitos Humanos.

“Contudo, em apenas uma ocorrência há menção de um policial militar ferido e nenhuma outra traz qualquer referência a viaturas atingidas por disparo de fogo”, registra a Defensoria.

Na ação apresentada à Justiça, os defensores relatam uma série de evidências de abuso de poder e uso desproporcional da força por PMs deslocados para atuarem na Baixada.

De acordo o órgão, “a postura adotada pela administração pública estadual em relação ao uso das câmeras corporais durante a Operação Escudo reforça o cenário de violações de direitos”.

Segundo a própria Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP), do total de ocorrências letais da operação, apenas seis envolveram policiais de batalhões que dispõem desse tipo de equipamento.

Em somente três delas, no entanto, as imagens teriam fornecido elementos suficientes para a análise das ocorrências. Em outras duas foram alegados problemas técnicos, e uma das câmeras não trouxe dados relevantes.

“Tal informação causa preocupação porque sabe-se que as nove primeiras ocorrências de morte por intervenção policial foram praticadas por agentes da Rota, batalhão já equipado com câmeras corporais, sendo necessário, portanto, que se esclareça a razão desses agentes não estarem com o equipamento durante as ações da Operação Escudo como medida de tornar mais transparente a atuação policial e garantir o controle externo do uso da força pelas instituições”, reforçam os defensores.

A Defensoria Pública afirma que não teve acesso, até o momento, às imagens das câmeras corporais disponíveis, e pede ao Estado que as envie ao órgão.

Os boletins de ocorrência registrados na operação, e consultados pela coluna, mostram que, em praticamente todos os homicídios, os investigadores ouviram como testemunhas apenas os próprios policiais envolvidos nas mortes.

“Não bastasse esse quadro de violações de direito, chama atenção a postura adotada pela administração pública estadual em relação ao uso das câmeras corporais durante a Operação Escudo. Apesar da mobilização de 600 policiais militares, a Secretaria de Segurança Pública descartou o uso de câmeras por parte dos agentes de segurança envolvidos na operação na Baixada Santista”, dizem ainda os defensores, citando entrevista coletiva da SSP.

Ofícios foram enviados à Secretaria de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas recomendando o uso de câmeras corporais “para que as abordagens sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes”. Não houve sequer resposta, relatam os defensores.

Além disso, a Defensoria afirma que os esclarecimentos dados pelo governo a outros questionamentos sobre a operação reforçam que os órgãos de segurança se pautaram por uma “vingança institucional” pela morte do PM da rota Patrick Bastos Reis, de 30 anos. E não por uma atuação racional e técnica.

Patrick foi alvejado por tiros em Guarujá no dia 27 de julho.

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Após denúncia de agressão, Atacante Antony foi cortado da seleção brasileira nos próximos jogos contra o Peru e a Bolívia

O atacante Antony foi cortado da seleção brasileira nos jogos contra o Peru e a Bolívia depois das informações recentes sobre as agressões do jogador contra sua ex-namorada, a influencer Gabi Cavallin. O que o jogador nega as acusações.

“Em função dos fatos que vieram a público nesta segunda-feira (04/09), envolvendo o atacante Antony, do Manchester United, e que precisam ser apurados, e a fim de preservar a suposta vítima, o jogador, a Seleção Brasileira e a CBF, a entidade informa que o atleta está desconvocado da Seleção Brasileira”, disse a CBF em nota.

Para o seu lugar, o técnico Fernando Diniz chamou Gabriel Jesus, que estava pré-selecionado em uma lista de 36 jogadores, enviada à FIFA. Diniz demonstrou preocupação com o caso Antony após a repercussão da denúncia de agressão da ex-namorada do atacante.

Havia temor por parte do jogador e seus representantes que os efeitos da exposição do caso na mídia em momento de apresentação para as Eliminatórias gerassem um possível corte. Antony teria chegada em Belém para o jogo contra o Peru prevista para a madrugada desta segunda-feira. Ele se pronunciou sobre as novas denúncias nesta tarde e disse que era inocente.

Na convocação, Diniz também falou rapidamente sobre o caso. Depois dos desdobramentos, a preocupação com Antony ganhou novo foco. Antes, ele chamou o caso de incipiente e disse que deveria ser aguardada a investigação. Foi o mesmo discurso no caso de Paquetá, mas o meia foi cortado após investigação sobre apostas esportivas.

“É uma coisa ainda muito incipiente. Por ora, o que eu sei é isso, de uma acusação. Eu vou parar por aí. Não vou ficar discorrendo sobre esse assunto porque é tudo muito pouco para falar agora. Eu vou falar uma vez só. Todo mundo que comete alguma coisa errada tem que pagar por aquilo que comete. Mas a gente não tem que ficar levantando essas questões o tempo todo, só porque alguém levantou. Espera os órgãos competentes para apurar esse tipo de coisa”, disse o técnico da seleção, na ocasião.

Veja o que Antony disse:

“Em respeito aos meus fãs, amigos e familiares, me sinto na obrigação de me manifestar publicamente sobre as falsas acusações que tenho sido vítima. Desde o início, tenho tratado esse assunto com a seriedade e respeito, prestando os devidos esclarecimentos perante a autoridade policial. O inquérito policial está sob segredo de justiça, e, por isso, não posso tornar público o seu conteúdo.

Contudo, posso afirmar com tranquilidade que as acusações são falsas, e que a prova já produzida e as demais que serão produzidas demonstram que sou inocente das acusações feitas. Minha relação com a sra. Gabriela era tumultuada, com ofensas verbais de ambos os lados, mas jamais pratiquei qualquer agressão física.

A cada momento, seja em depoimento ou em entrevista, ela apresenta uma versão diferente das acusações. Assim, venho veemente negar as acusações feitas e informar que permaneço à inteira disposição das autoridades brasileiras para esclarecer o que for necessário. Confio que as investigações policiais em andamento demonstrarão a verdade sobre a minha inocência.”

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Vídeo – Violência homofóbica: Homem é preso por espancar ator Victor Meyniel em Copacabana

Yuri de Moura Alexandre também foi indiciado por ter proferido injúrias homofóbicas contra o ator. Caso está sendo investigado pela 12ª DP (Copacabana).

Um homem foi preso após agredir o ator Victor Meyniel em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Um vídeo mostra o momento da agressão na manhã de sábado (2). O autor das agressões também foi indiciado por ter proferido injúrias homofóbicas contra o ator.

A agressão aconteceu por volta das oito horas da manhã. Victor saiu da casa noturna Fosfobox em Copacabana, na Zona Sul e foi para o apartamento de Yuri de Moura Alexandre, que tinha conhecido na boate, segundo o G1.

Victor diz que, já no apartamento, o comportamento de Yuri mudou depois que uma amiga dele chegou.

“Parece que virou uma chave, me botou pra fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu tava sem sapato, porque eu tirei pra ficar no sofá, eu tava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]”, contou.

O ator conta que ele e Yuri desceram, então, para a portaria. Os dois teriam discutido antes das agressões.

“Na mesma hora que eu tava descendo, ele desceu. E ai eu comecei a ficar chateado com a situação, não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: ‘A gente tava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema da gente estar se beijando ali, entendeu?’

A partir desse momento, a agressão começou. As imagens das câmeras de segurança do prédio flagraram tudo. Yuri aparece dando socos em Victor, que está caído no chão. O ator até tenta se defender tapando o rosto, mas o agressor não para. O porteiro observa a cena.

“Eu lembro so do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi pra ele parar e ele não parava. E o porteiro tava vendo tudo”.

Após as agressões, Victor fica caido no chao e Yuri vai embora. Com a ajuda de um morador, o ator chamou a polícia.

Yuri de Moura Alexandre foi preso em flagrante e trazido pra Delegacia de Copacabana, que investiga o caso. Ele vai responder por lesão corporal e injúria por preconceito, e pode pegar de 2 a 5 anos de prisão.

Segundo a delegada Débora Rodrigues, Yuri vai responder por lesão corporal e por ter proferido injúrias homofóbicas.

“Ele falou que bateu mesmo, não se arrependia e se achava no direito, que ele era médico e militar da aeronáutica. Nós já investigamos, ele parece ser residente, ele não é médico ainda, e faz uma residência, mas a gente não confirmou se seria no hospital da aeronáutica. Agora, militar ele não é”, diz

Segundo os investigadores, Yuri tem uma passagem pela polícia também pelo crime de injúria. Durante a tarde de sábado, ele passou mal e recebeu atendimento. A delegada responsável pelo caso vai pedir a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

“A gente precisa se conscientizar que agora homofobia é crime, homofobia, qualquer ato violento contra raça, gênero, sexualidade é crime. E as pessoas respondem por isso”, diz Victor.

Ator Victor Menyel foi agredido em Copacabana — Foto: Reprodução

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Helicóptero UTI do Corpo de Bombeiros do Rio levará para São Paulo músico do Ultraje a Rigor baleado na cabeça em Paraty

O secretário de Defesa Civil do Rio de Janeiro e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel Leandro Monteiro, informou que um helicóptero da unidade, equipado com UTI móvel, fará o transporte de Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, baixista do Ultraje a Rigor, para um hospital particular em São Paulo.

Na noite do último sábado (2), o músico foi baleado na cabeça quando passava de carro perto da Praça do Ovo, na Ilha das Cobras, em Paraty, no Rio de Janeiro.

Segundo fontes ouvidas pelo g1, Mingau passou por um quebra-molas em alta velocidade e o carro saltou. Em seguida, vários tiros foram efetuados em direção ao carro.

Mingau foi levado ao hospital municipal Hugo Miranda. O estado de saúde é estável. Contudo, a unidade não conta com um neurocirurgião. Durante a madrugada, a família e conhecidos fizeram buscas por aeronaves com UTI móvel para o transporte e não tinham conseguido.

Na manhã deste domingo, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que a corporação ficará responsável pela transferência de Mingau do hospital municipal Hugo Miranda, em Paraty, para o Hospital São Luiz Itaim, na Zona Sul de São Paulo.

Para que a transferência seja autorizada pelos médicos, o músico precisa seguir com estado de saúde estável.

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Vídeo – Passageiros em pânico: Avião da GOL faz pouso de emergência no Santos Dumont, após fumaça a bordo

Um incidente assustador ocorreu no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, quando o voo G3 1003 da Gol, que tinha como destino o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), precisou realizar um pouso de emergência logo após a decolagem. O motivo do retorno imediato foi a presença de fumaça branca a bordo da aeronave, causando preocupação entre os passageiros. Um vídeo compartilhado nas redes sociais ilustra a situação, mostrando a fumaça no interior do avião e os passageiros usando suas roupas para cobrir nariz e boca, diz o Agenda do Poder.

A Gol informou que o pouso de emergência ocorreu sem intercorrências, proporcionando segurança aos 102 passageiros a bordo, além da tripulação, que foram desembarcados com tranquilidade pelas escadas. A companhia também esclareceu que quatro passageiros foram conduzidos ao posto médico, mas já receberam alta. Para garantir a comodidade dos clientes, a Gol rapidamente providenciou o reagendamento em outros voos, permitindo que continuassem suas viagens para seus destinos finais.

A origem da fumaça a bordo foi identificada como vapores de fluido hidráulico que entraram na cabine através do sistema de ventilação da aeronave. Alguns passageiros relataram que as máscaras de oxigênio não foram acionadas durante o incidente. No entanto, o procedimento de combate a fogo ou fumaça a bordo, conforme estabelecido no checklist dos Boeing 737, como o avião que retornou ao Santos Dumont, não prevê a liberação das máscaras de oxigênio para os passageiros.

Dentro de uma aeronave, os métodos de combate ao fogo são o resfriamento e o abafamento. A ativação das máscaras de oxigênio poderia criar dois problemas: aumentar a quantidade de oxigênio a bordo, o que poderia alimentar as chamas em caso de incêndio, e as máscaras usam tanto geradores de oxigênio próprios quanto o oxigênio da cabine para funcionar, o que poderia resultar em passageiros inalando oxigênio misturado com fumaça.

Os pilotos, por sua vez, são orientados a utilizar máscaras que operam conectadas a garrafas de oxigênio, em contraste com o sistema dos passageiros.

Durante o incidente, o aeroporto precisou interromper suas operações das 6h35 às 6h50 para permitir o pouso de emergência da aeronave da Gol. A companhia aérea informou que equipes de manutenção e segurança estão investigando as causas do incidente e reforçou que todos os procedimentos foram executados com foco total na segurança dos passageiros e da tripulação. O episódio deixou passageiros e funcionários em estado de alerta, destacando a importância da prontidão e da eficácia dos procedimentos de segurança em situações de emergência.

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Ecos do bolsonarismo: Brasil bate recorde de feminicídios e vê alta em outras violências de gênero

Ecos do bolsonarismo: Brasil bate recorde de feminicídios e vê alta em outras violências de gênero.

O feminicídio no Brasil atingiu um novo recorde em 2022. Cresceu em 6,1% o número de mulheres assassinadas no país em decorrência do gênero, ou seja, simplesmente por serem mulheres.

Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revela um aumento de 1.437 vítimas a mais que no ano passado.

De acordo com o relatório “Visível e invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, estes foram os maiores números desde a primeira edição da pesquisa, em 2017.

Além de feminicídios, o anuário também apontou que os homicídios dolosos contra mulheres cresceram 1,2% em comparação com 2022.

Para a pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Amanda Lagreca, é possível atribuir o aumento da violência letal contra as mulheres à uma série de fatores.

Um desses fatores é, sim, o desmantelamento das políticas públicas de atendimento, atenção e acolhimento dessas vítimas. Porque a gente sabe que os feminicídios acontecem em um contínuo de violência. O que significa que essa mulher, que é morta, ela sofreu uma série de outras violências antes de sofrer essa violência letal”, explica Lagreca em entrevista ao Jornal GGN.

As mulheres vítimas de violência admitem que, em relação ao episódio mais grave sofrido um ano antes, 45% delas não fizeram nada.

“Quando a gente pergunta a razão pela qual não procurou a polícia, quase 40% delas indicam que resolveram o problema sozinhas. Isso significa que essa mulher, às vezes, não chega ao Estado. O Estado não sabe que essa vítima está sofrendo. E aí a gente pode, sim, atribuir a uma falta de políticas públicas efetivas de acolhimento.”

Amanda Lagreca, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

*GGN

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Policial militar do Ceará agride mulher com socos e pontapés

Mulher reclamou que um homem detido estava sendo sufocado por policiais

Um policial militar será investigador por agredir uma mulher com socos e chute em Fortaleza, após ela reclamar que um homem detido era sufocado por agentes.

A Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga agentes de segurança suspeitos de cometerem infrações em serviço, disse estar ciente da ocorrência e determinou a instauração de processo disciplinar para apuração a agressão, ocorrida no sábado (26) no Bairro Farias Brito.

Um vídeo obtido pelo g1 mostra o momento em que um homem é contido por vários agentes. A mulher reclama que ele está sendo sufocado. Em seguida, ela sofre um chute na perna e uma sequência de socos (assista no vídeo acima).

Testemunhas do crime gritaram em protesto contra a agressão do policial.

As imagens mostram ainda o homem sendo rendido e posto na viatura policial, diz o G1.

A Polícia Militar do Ceará afirmou, em nota, que a “corporação não compactua com qualquer desvio de conduta ou excesso por parte de seus integrantes”. A instituição diz ainda “que adotará as providências no sentido de apurar com transparência e a presteza necessárias, por meio da instauração de procedimento apuratório”.

A Polícia Militar afirma que o homem detido responde a dois crimes (roubos e um porte ilegal de arma de fogo). Na delegacia, os policiais revelaram o verdadeiro nome.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, ainda não houve registro de um boletim de ocorrência.

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Líder do Psol na Câmara, viúva de Marielle Franco recebe ameaça de ‘estupro corretivo terapêutico’

A líder do Psol na Câmara Municipal do Rio, vereadora Monica Benício, viúva de Marielle Franco, foi vítima de ameaças de “estupro corretivo”. A parlamentar, lésbica, recebeu um e-mail em que o autor sugere o crime para curá-la de sua sexualidade. Amanhã ela vai registrar queixa-crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio, segundo O Globo.

O suspeito se identifica como “doutor em Psicologia Social pela Universidade de Harvard”. Na mensagem enviada à Monica, ele afirma: “O lesbianismo é uma doença que pode ser curada com terapia alternativa”, e considera a orientação sexual dela como “aberração”. No texto ele descreve, com requintes de crueldade, uma série de violências sexuais contra mulheres, ensinando como os homens devem proceder para que elas “voltem à heterossexualidade”.

Em parte da mensagem, o autor explica: “Isso não é violência, é o que chamamos Estupro Corretivo Terapêutico, uma terapia de eficácia comprovada que cura o homossexualismo (sic) feminino porque ser sapatão é ser uma aberração”.

Na ameaça, o criminoso diz saber o endereço de Monica e se oferece para ir até a casa dela fazer uma “demonstração sem compromisso”. O homem finaliza dizendo que tem uma proposta de projeto de lei para legalizar o Estupro Corretivo Terapêutico e sua adoção pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de pedir o apoio da vereadora.

– O que estamos vendo é consequência direta da escalada da violência política de gênero contra mulheres parlamentares que ousam reivindicar seus direitos e lutar por equidade. O conteúdo da mensagem é assustador, mas não vamos nos intimidar. Mulheres lésbicas existem, resistem e precisam ter seus direitos e cidadania garantidos. Lutamos pelo direito de amar livremente, em segurança, sem temer por nossas vidas – ressalta Mônica.

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Morre a grande atriz brasileira Aracy Balabanian, aos 83 anos

Morreu na manhã desta segunda-feira (7/8), aos 83 anos, a atriz Aracy Balabanian. Veterana da teledramaturgia brasileira, ele tinha sido diagnosticada com câncer no pulmão no fim do ano passado, e estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.

Em outubro, ao passar por um tratamento para um derrame pleural, que causa acúmulo de líquido nos pulmões, Aracy descobriu dois tumores nos órgãos e ficou bastante abalada.

Aracy Balabanian não era vista em um projeto inédito desde 2019, quando participou do especial de fim de ano da TV Globo A Magia Acontece. No ano anterior, ela fez uma aparição em Malhação: Vidas Brasileiras. No último dia 19, estreou no GloboPlay a novela Locomotivas, de 1977, da qual a atriz foi uma das protagonistas.

Aracy tornou-se uma atriz especialmente popular com dois papéis na televisão: Dona Armênia de “Rainha da Sucata” e a impagável Cassandra de “Sai de Baixo”.

Filha de imigrantes armênios, ela nasceu em 22 de fevereiro de 1940 em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Aracy se reconheceu como atriz aos 12 anos de idade, já morando na cidade de São Paulo com a família. Ela foi levada pelas irmãs mais velhas para assistir a uma peça de Carlo Goldoni com a companhia de Maria Della Costa.

“Eu chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades”, disse Aracy ao Memória Globo.

Para realizar o sonho de estar nos palcos, a menina teve que driblar a rejeição do pai, que era contra a filha seguir a carreira.