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Iraque exige que EUA retirem tropas ‘desestabilizadoras’ que operam no país desde 2014

Iraque ainda não definiu uma data para a negociação da retirada das forças militares lideradas pelos EUA do seu território.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

Al-Sudani disse à Reuters que é importante reorganizar a relação entre Bagdá e a coalizão internacional para garantir que não seja usada como alvo por qualquer parte interna ou externa para minar a estabilidade do Iraque e da região.

O premiê do Iraque, Muhammad al-Sudani, pediu nesta quarta-feira (10/01) a retirada dos cerca de 2,5 mil militares dos Estados Unidos ainda presentes no país. Em comunicado, ele afirmou que Bagdá deseja uma “saída rápida e ordenada” das forças da coalizão internacional liderada por Washington e formada com o objetivo de combater o grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS).

A presença de tropas norte-americanas, segundo Sudani, é “desestabilizadora”. Os Estados Unidos operam no Iraque e na Síria desde 2014, mas o ISIS foi declarado derrotado militarmente nesses dois países em 2017 e 2019, respectivamente, embora siga atuante com tropas remanescentes. No entanto, o premiê iraquiano afirmou que o país ainda não definiu uma data para a negociação de uma rápida e ordenada retirada das forças do seu território.

Nos últimos meses, se intensificaram os embates entre forças iraquianas pró-Irã e tropas norte-americanas devido à guerra entre o grupo palestino Hamas e Israel, principal aliado de Washington no Oriente Médio. Na quinta-feira passada (04/01), os Estados Unidos bombardearam Bagdá pela primeira vez em quatro anos, matando o líder de um grupo armado ligado ao governo e apoiado pelo Irã.

As exigências para a retirada da coligação norte-americana do Iraque, feitas principalmente por grupos muçulmanos xiitas, estão ligados ao Irã e ganharam força após uma série de ataques dos EUA a grupos armados ligados ao país persa e que também estão no Iraque, segundo a Reuters.

Os receios de que o Iraque possa voltar a ser um local de conflito no Oriente Médio foram despertados por esses ataques, que foram realizados em retaliação a dezenas de investidas com drones e mísseis contra soldados norte-americanos desde que Israel iniciou a sua guerra em Gaza.

*Opera Mundi

 

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Equador pede “respaldo político” a países sul-americanos no enfrentamento à crise de segurança

O governo equatoriano pediu aos países sul-americanos apenas “respaldo político” para o enfrentamento da crise de segurança.

Fontes da diplomacia brasileira relataram que é preciso ter cautela porque a ameaça, neste momento, é “estritamente interna” e tem que ser resolvida pelo próprio governo do país em crise.

Por isso, apesar da preocupação com o reestabelecimento da ordem pública no Equador, o envio das Forças Armadas não está sendo discutida neste momento.

Apoio da PF
Mais cedo, a Polícia Federal informou à CNN que colocou agentes à disposição do país vizinho para auxiliar no combate às ações de grupos criminosos e que mantém um policial do Equador no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) para manter ligação direta entre os dois países.

O presidente Daniel Noboa disse em entrevista à Rádio Canela que o Equador se encontra num “conflito armado não internacional” e que luta pela paz e contra “grupos terroristas” compostos por mais de 20 mil pessoas. Noboa disse que os terroristas são alvos militares.

“Não vamos ceder, não vamos deixar a sociedade morrer lentamente, hoje vamos combatê-los, vamos dar soluções e em breve vamos dar paz às famílias equatorianas […] Este governo está tomando as medidas necessárias que nos últimos anos ninguém queria tomar”, disse o presidente.

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Lula se reúne com Mauro Vieira para debater situação do Equador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

A crise no Equador foi desencadeada pela fuga do criminoso José Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da facção criminosa “Los Choneros”, nesta semana. Desde então, o país tem enfrentado uma onda de violência, com relatos de ao menos oito mortos e dois feridos até a noite da última terça-feira.

O Palácio do Planalto também teme que a escalada da violência atinja brasileiros que vivem no Equador e há indícios de que ao menos um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil. O caso está sendo acompanhado pelo Itamaraty.

 

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Sem novas trocas de reféns, familiares israelenses tentam impedir ajuda humanitária a Gaza

Em protesto, manifestantes procuraram bloquear passagem de Kerem Shalom e exigiram que governo negasse entrada de recursos básicos a palestinos até que seus parentes fossem libertados pelo Hamas.

Familiares de reféns israelenses se mobilizaram, nesta terça-feira (09/01), para acessar a passagem de Kerem Shalom em uma tentativa de impedir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A medida foi tida como uma forma de protesto contra o “fracasso” na libertação de seus parentes, que seria possível por meio de uma negociação entre as autoridades de Tel Aviv com o grupo de resistência palestina Hamas.

Os manifestantes exigiram que Israel negasse toda a ajuda humanitária aos palestinos, enquanto os “136 israelenses em Gaza permanecessem em cativeiro”.

No entanto, as próprias forças de segurança do Estado judeu acabaram intervindo o protesto e bloqueando o comboio que transportava esses familiares. De acordo com a polícia, o veículo foi detido porque estava em uma “zona militar fechada” já designada.

Ao portal de notícias israelense Ynet, uma das manifestantes que tentou fechar o acesso de uma das únicas fronteiras que possibilitam o transporte de recursos básicos aos palestinos, afirmou que os reféns israelenses “também precisam de ajuda humanitária”: “É hora de acabar com essa piada”, concluiu.

Ainda de acordo com o Ynet, as famílias estão planejando uma segunda tentativa de chegar a Kerem Shalom nos próximos dias.

À medida que a crise humanitária entre os palestinos se agrava, Israel é cada vez mais pressionado pela comunidade internacional para permitir a entrada de ajuda na Faixa de Gaza.

Nesta terça-feira, o próprio representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os palestinos expressou preocupação com relação aos recursos limitados que chegam em Gaza, afirmando que “é muito pouco” e que “é tarde demais, especificamente no norte”.

Já o coordenador das equipes médicas de emergência do organismo, Sean Casey, declarou que há fome em Gaza, e que a assistência humanitária, principalmente a de alimentos, é “desesperadamente necessária”.

Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza mais de 23 mil palestinos mortos pelas ofensivas israelenses, sendo que a grande maioria desse número é composta por mulheres e crianças. Além disso, pelo menos 59 mil estão feridos, o que representa aproximadamente 2,7% da população total de Gaza.

Já as autoridades israelenses contabilizam cerca de 1.200 de seus civis mortos. De acordo com o Estado judeu, 240 foram tomados como reféns, dos quais, oficialmente, 132 permanecem em cativeiro após uma trégua humanitária de sete dias negociada entre as autoridades israelenses e o Hamas, que resultou na libertação de 105.

Enquanto outros foram libertados fora do acordo temporário entre as partes do conflito, três morreram por engano pelos próprios soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF).

*Opera Mundi

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Ataque de Israel no Líbano mata alto comandante do Hezbollah

Vice-chefe da unidade de elite Radwan, Wissam al-Tawil foi morto por um ataque aéreo no sul do Líbano uma semana após líder do Hezbollah alertar Tel Aviv contra escalada do conflito.

Um ataque aéreo das forças israelenses no sul do Líbano matou Wissam al Tawil, um comandante sênior do Hezbollah, nesta segunda-feira (08/01. As informações foram confirmadas em um comunicado emitido pelo próprio grupo xiita libanês.

Conhecido como “Jawad”, Tawil era vice-chefe de uma unidade da força de elite Radwan e desempenhou um papel importante nos recentes confrontos do Hezbollah contra exército israelense, liderando na gestão das operações do grupo no sul do Líbano.

Um oficial de segurança local, segundo a agência de notícias AFP, classificou o ataque como “muito doloroso” e acrescentou que “as coisas vão piorar agora”.

Após o ocorrido, o vice-presidente do conselho executivo do Hezbollah, Xeque Ali Damoush, pronunciou-se, afirmando que o grupo não se envolverá em quaisquer discussões sobre confrontos transfronteiriços até que os israelenses cessem sua “agressão contra Gaza”.

O ataque acontece uma semana após o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertar Israel, por meio de dois discursos televisionados, para não lançar uma guerra em grande escala contra o Líbano.

Desde 7 de outubro, quando as ofensivas israelenses contra o território palestino passaram a ganhar proporções, o grupo xiita libanês perdeu pelo menos 130 combatentes pelos bombardeios transfronteiriços comandados por Tel Aviv.

Retaliação por Saleh al-Arouri
Na manhã de sábado (06/01), o Hezbollah disparou dezenas de mísseis na região de Meron, no norte de Israel, tendo como alvo o posto militar israelense que armazenava uma barragem de 62 foguetes.

Segundo o grupo libanês, a ofensiva foi uma “resposta preliminar” ao assassinato de Saleh al-Arouri, que foi vítima de um atentado comandado pelo Estado judeu, na terça-feira (02/01), em Beirute, capital do Líbano.

Al-Arouri era um alto funcionário do Hamas e fundador da sua ala militar, as Brigadas Al Qassam. Logo após o assassinato, o Líbano havia apresentado uma queixa formal à Organização das Nações Unidas (ONU) por violação da sua soberania e integridade territorial.

O ataque também foi classificado como uma “agressão flagrante” pelo próprio líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que acrescentou que não ficaria “sem resposta ou impune” frente às ações israelenses.

*Opera Mundi

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Astrojildo Pereira e o sionismo

Marcos Del Roio

Em novembro de 1940 a guerra já campeava na Europa, a Alemanha colhia vitória após vitória, mas ainda não havia atacado a URSS, tampouco a guerra havia alcançado os Estados Unidos na região do Pacífico. O horror de uma possível e acachapante vitória nazista no Velho continente tirava o sono de todos que prezassem a vida civilizada.

Nessa circunstância foi que Astrojildo Pereira, fundador do Partido Comunista Brasileiro, crítico literário de renome, resolveu tecer alguns estudo sobre a Bíblia, mais especificamente, sobre a guerra no Antigo Testamento. De início fez uso de um livro que acabava de aparecer, La guerra et la Bible, de Madeleine Chesles.

Seguindo a autora, Astrojildo Pereira se surpreende ao saber que Moisés, dois anos depois de iniciada a migração em direção Canaã, tinha sob seu comando um exercito de 600 mil homens, todos os machos adultos do povo escolhido por Deus. Moisés foi o último dos profetas a falar diretamente com Deus. Antes de morrer, às margens do rio Jordão, Moisés passou o comando do povo / exército para Josué, que seria então o encarregado de conquistar a terra prometida, a qual, obviamente, era habitada por outros povos que deveriam ser eliminados da face da terra.

A conquista começou com a tomada da cidade de Jericó (uma das mais antigas do mundo). Depois de alguns dias de cerco a cidade foi tomada, quando “caíram de repente os muros, e cada um [dos atacantes] subiu pelo lugar que lhe ficava defronte: e tomaram a cidade e mataram a todos os que nela encontraram, desde os homens até as mulheres; e desde as crianças até os velhos. Passaram também ao fio bois e ovelhas e jumentos” (Bíblia, Josué, VI, 20-21).

Ainda mais: “E puseram fogo à cidade, e a tudo que se achou nela, à exceção do ouro e da prata, dos vasos de bronze e de ferro, que consagraram para o tesouro do Senhor” (Bíblia, Josué, Vi, 24). A narrativa bíblica continua mostrando como Josué foi capaz de derrotar todas as 31 tribos que habitavam a terra prometida.

Na medida em que lia o livro de Madeleine Chesles, ocorreu uma ideia a Astrojildo Pereira que o fez ir diretamente ao livro sagrado. A hipótese que lhe ocorreu foi que o nazismo tem origem mosaica, que Hitler de alguma maneira tinha a pretensão de ser o Moisés do povo alemão. Aqui já poderíamos dizer que o nazismo e o sionismo têm uma mesma origem. Em 1940, o sionismo já existia como movimento e como ideologia, mas a conquista da “terra prometida” estava ainda em seus inícios, de maneira que Astrojildo Pereira não chegou ao ponto.

Ciente de quão chocante pode ser essa hipótese, sente-se desafiado a mostrar os indícios, mesmo não sendo o primeiro a notar essa analogia entre Hitler e Moisés. A mais óbvia aproximação está na ideia de “povo eleito”, que não deveria se misturar com outros povos. Astrojildo Pereira sugere que essa determinação era tão dura que poluir o sangue de Israel caberia uma punição inimaginável como conta os Números, XXV, 9, que “foram mortos 24 mil homens”.

Outra aproximação entre o hitlerismo e o mosaismo seria a ideia do “espaço vital” de um e “a terra prometida” de outro. Em ambos os casos a conquista do objetivo deveria ser alcançada a ferro e fogo. Tanto que daí vem uma terceira analogia, que é a da guerra total, essa onde não se distingue combatente e não combatente. Astrojildo Pereira lembra então, mais uma vez, que Josué jamais poupou os povos derrotados, o genocídio era a regra.

Entre outras passagens bíblicas que falam de massacres perpetrados pelo “povo escolhido”, Astrojildo Pereira transcreve mais essa sobre a tomada de Asor: “e passou à espada toda gente que ali morava: não deixou nela coisa com vida; mas destruiu tudo até às últimas, e reduziu a mesma cidade a cinzas. E tomou, feriu e devastou todas as cidades circunvizinhas, e os seus reis, com lho havia ordenado Moisés servo do Senhor” (Bíblia, Josué, XI, 11-12).

Astrojildo encontra a síntese de sua conjectura na seguinte passagem: “Quando o Senhor teu Deus te tiver introduzido na terra, que vai a possuir, e tiver exterminado à tua vista muita nações, (…), que são sete povos, muito mais numerosos do que tu és, e muito mais fortes do que tu, e o Senhor teu Deus tas tiver entregado, tu as passará a cutelo sem que fique nem um só. Não celebrarás concerto algum com elas, nem as tratará com compaixão. Nem contrairás com elas matrimonio. Não darás tua filha a seu filho, nem tomarás sua filha para teu filho” (Bíblia, Deuteronômio, VII, 1-3).

Evidente que Astrojildo Pereira, em 1940, não poderia ter antecipado o que faria o movimento sionista em todas as décadas subsequentes. Se a conquista de Canaã ocorreu aos poucos e não com o vendaval genocida perpetrado por Josué não é de grande importância; se a mitologia histórica contada no Antigo Testamento inspirou o nazismo é uma possibilidade real e é também uma imensa e chocante realidade que a inspiração genocida do “povo eleito” contra o povo, ou povos, que habitavam antes o território da “terra prometida” é um fato presente.

Assim que a analogia do nazismo com o sionismo não é mera manifestação de indignação diante do massacre que os sionistas desencadearam contra o povo palestino. As analogias são muito fortes e ambas as ideologias nascem nos albores da época imperialista, são vertentes do nacionalismo chauvinista e do racismo, são inimigos da humanidade.

(*) Marcos Del Roio é professor titular de ciência política na Unesp-Marília. Autor, entre outros livros, de Os prismas de Gramsci (Boitempo).

*Opera Mundi

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EUA estão desviando petróleo sírio para suas bases militares no Iraque, diz mídia

Um comboio de 56 caminhões-tanque carregados de petróleo “roubado” partiu da Síria em direção à bases dos Estados Unidos no Iraque neste sábado (6), informou a agência estatal de notícias síria SANA.

Ouvindo moradores que vivem perto da fronteira entre a Síria e o Iraque, a SANA afirmou que o comboio atravessou a passagem de Al-Mahmudiyah, na província de Al-Hasakah, no norte do país.

Repetidamente o governo sírio acusa os Estados Unidos seus militares de “pilharem os recursos sírios”, um ato que piora ainda mais a situação econômica que o país enfrenta em meio a uma guerra civil.

O governo do país não detém mais o controle da maioria dos campos energéticos devido a presença dos EUA em áreas ricas de petróleos no norte e no leste da Síria, segundo Farhan Jamil Abdullah, chefe da estatal Syria Oil Company.

O executivo afirmou também que a empresa viu sua produção despencar de 385 mil barris por dia para 15 mil barris devido a presença dos EUA. A produção de gás também viu uma grande baixa, passando de 30 milhões de metros cúbicos por dia para 10 milhões de metros cúbicos.

Em julho do ano passado Firas Hassan Kaddour, ministro do Petróleo e Recursos Minerais, afirmou que a chegada dos norte-americanos levou a prejuízos econômicos maiores que US$ 100 bilhões (R$ 487 bilhões) somente no setor energético.

*Sputnik

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Coreia do Sul ordena que civis se afastem de região costeira após disparos de norte-coreanos

Os militares da Coreia do Sul condenaram o seu vizinho norte-coreano nesta sexta-feira (5), depois de Pyongyang ter disparado tiros de artilharia que caíram dentro de uma zona tampão marítima – faixa que separa as duas regiões geográficas inimigas – que há muito é um ponto de conflito entre os dois países.

A Coreia do Norte disparou mais de 200 tiros em duas horas na costa oeste, perto das ilhas Baengnyeong e Yeonpyeong, na Coreia do Sul, de acordo com o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).

A artilharia caiu ao norte da Linha Limite Norte (NLL), uma fronteira de fato disputada e estabelecida pelas ONU no final da Guerra da Coreia em 1953.

As munições não causaram danos a civis ou militares, acrescentou o JCS, classificando o incidente como um “ato provocativo que ameaça a paz e aumenta a tensão na Península Coreana”.

Em resposta, os militares da Coreia do Sul realizaram seu próprio exercício de tiro marítimo na tarde de sexta-feira (05), com os residentes de Yeonpyeong ordenados a evacuar para abrigos próximos durante esse período e “abster-se de fazer atividades ao ar livre”, de acordo com uma mensagem do site do governo, e um residente local que disseram à CNN que receberam a mesma mensagem por texto.

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McDonald’s corre risco de boicote por enviar comida de graça às Forças Armadas israelenses

Rede de fast food está sob ataque por enviar alimentos em meio ao conflito entre Israel e Palestina.

O McDonald’s está diante de um possível boicote após a notícia de que a rede de fast food está fornecendo comida gratuita aos soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) se espalhar. Segundo a revista americana Newsweek, a cadeia de lanchonetes começou a fornecer sanduíches Big Mac e batatas fritas aos soldados logo após eles iniciarem o contra-ataque ao Hamas. Imediatamente, os usuários do X (antigo Twitter) começaram a pedir um boicote em massa à empresa.

“O McDonald’s fornece refeições gratuitas às FDI (forças militares de Israel ). Devemos defender os nossos princípios e tomar ações que se alinhem às nossas crenças. Vamos boicotar o McDonald’s porque apoiar empresas envolvidas em conflitos é errado, especialmente quando se trata de perda de vidas inocentes”, escreveu um internauta.

O fornecimento gratuito de refeições teria partido dos franqueados israelenses da rede, que anunciaram a decisão por meio de uma postagem no Instagram.

“Ontem doamos quatro mil refeições para hospitais e unidades militares. Pretendemos doar milhares de refeições todos os dias aos soldados no campo e nas áreas de recrutamento”, dizia o texto, completando: “Abrimos cinco restaurantes apenas para esse fim”. A mensagem foi excluída após a repercussão negativa.

A guerra entre Israel e o Hamas começou após o grupo terrorista promover um ataque em massa, matando e fazendo dezenas israelenses reféns. Foi um ataque surpresa sem precedentes no dia 7 de outubro. Israel reagiu com violência, promovendo bombardeios com mortes de civis e determinando a retirada imediata de palestinos da Faixa de Gaza.

As ordens provocaram pânico entre civis e trabalhadores humanitários que já lutavam contra os ataques aéreos israelenses e o bloqueio da área governada pelo Hamas. Grupos de ajuda internacional alertaram para o agravamento da crise humanitária depois de Israel ter impedido a entrada de alimentos e medicamentos do Egito para os 2,3 milhões de habitantes de Gaza.

Mais de um milhão de pessoas no norte da Faixa de Gaza receberam ordens de evacuar a região, seguindo para o sul. Israel estaria preparando uma grande ofensiva terrestre contra o Hamas.

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Milei impõe tarifaço nas passagens de trens e ônibus na Argentina

O presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, enfrenta controvérsia após seu governo anunciar um significativo aumento nas tarifas de transporte público. A Resolução 8/2023, emitida pelo ministro da Infraestrutura Guillermo Ferraro nesta quarta-feira, 3, estipula aumentos mensais nas tarifas de trens e ônibus, atrelados aos índices de inflação. Esta decisão ocorre em meio a tensões […]

O presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, enfrenta controvérsia após seu governo anunciar um significativo aumento nas tarifas de transporte público.

A Resolução 8/2023, emitida pelo ministro da Infraestrutura Guillermo Ferraro nesta quarta-feira, 3, estipula aumentos mensais nas tarifas de trens e ônibus, atrelados aos índices de inflação.

Esta decisão ocorre em meio a tensões decorrentes do aumento de 45% nas tarifas de transporte, anunciado após um conflito com empresas de transporte sobre a defasagem tarifária. O aumento coincide com um salto de 27% nos preços dos combustíveis, como reportado O Globo.

A nova política tarifária retoma a prática estabelecida pelo artigo 11 da Resolução 1017 de dezembro de 2002, que prevê ajustes baseados no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec).

O presidente ultradireitista da Argentina, Javier Milei, enfrenta controvérsia após seu governo anunciar um significativo aumento nas tarifas de transporte público.

A Resolução 8/2023, emitida pelo ministro da Infraestrutura Guillermo Ferraro nesta quarta-feira, 3, estipula aumentos mensais nas tarifas de trens e ônibus, atrelados aos índices de inflação.

Esta decisão ocorre em meio a tensões decorrentes do aumento de 45% nas tarifas de transporte, anunciado após um conflito com empresas de transporte sobre a defasagem tarifária. O aumento coincide com um salto de 27% nos preços dos combustíveis, como reportado O Globo.

A nova política tarifária retoma a prática estabelecida pelo artigo 11 da Resolução 1017 de dezembro de 2002, que prevê ajustes baseados no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec).

O governo justifica os aumentos, afirmando que o transporte ferroviário de passageiros é fortemente subsidiado, com o subsídio mensal cobrindo 98% dos custos operacionais. A aplicação da metodologia da Resolução 1017/22 está prevista para começar em 15 de janeiro de 2024, resultando em um aumento de 45,32% nas tarifas.