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Bretas de férias, juíza substituta transforma Wassef em réu

A juíza substituta da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Caroline Vieira Figueiredo, aceitou denúncia contra os advogados Frederick Wassef, Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, o ex-presidente do Sesc/RJ, Orlando Diniz e o empresário Marcelo Cazzo. Com isso, eles tornam-se réus junto com outros acusados pela força-tarefa Lava -Jato a partir da Operação E$quema S. A primeira denúncia do caso contra 26 pessoas tramita na mesma vara.

Na denúncia, o MPF narra a prática de peculato e lavagem de dinheiro envolvendo R$ 4,6 milhões desviados das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), entre dezembro de 2016 e maio de 2017, sob o manto de uma prestação de serviços advocatícios à Fecomércio/RJ. Além do peculato cometido, a Lava-Jato cita três conjuntos de fatos para acusar os cinco por lavagem de ativos.

A decisão favorável ao recebimento da denúncia foi atribuída pela juíza à existência de um amplo conjunto de provas, que inclui análises da Receita Federal sobre movimentações reveladas a partir da quebra judicial de sigilos bancários, elementos obtidos na Operação Zelotes e compartilhados pela 10ª Vara Federal/DF, material arrecadado pela Polícia Federal a partir de buscas e apreensões, além de declarações de um dos réus.

A denúncia não foi analisada pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal, porque ele está de férias.

Wassef foi citado na delação do empresário Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio. O grupo foi acusado de desviar R$ 4,6 milhões das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e da Federação do Comércio (Fecomércio). Wassef ficou com R$ 2,6 milhões do total.

O MPF afirma que o grupo de réus se valia do uso de contratos falsos em que serviços advocatícios declarados não eram, de fato, prestados, mas remunerados por elevados honorários.

Foram seis pagamentos, entre 2016 e 2017, do escritório Nagib Eluf para Wassef. O GLOBO apurou que o escritório foi contratado por Diniz e depois subcontratou Wassef para supostamente atender casos de vazamento e falsificação de documentos.

 

*Com informações do Globo

 

 

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Vídeo: No Leblon, arquiteta joga garrafa em mulheres que se beijaram em público e levará um processo

A arquiteta Aline Araújo se revoltou na noite deste sábado (26) com duas mulheres se beijando enquanto passavam num carro conversível no Leblon, no Rio de Janeiro, e jogou uma garrafa na dupla. O carro era conduzido por um homem.

Em vídeo postado depois em suas redes sociais, Aline definiu a cena como “pornô ao ar livre”, argumentou que havia duas crianças em sua mesa e disse que as mulheres, que vestiam biquíni, eram “moças da vida” e “drogadas”. Ela deletou o vídeo.

Depois de ter jogado uma garrafa no carro, Aline foi agredida por uma das mulheres, que havia sido atingida pelo objeto. Um homem sentado próximo à arquiteta se levantou e foi revidar contra a mulher que entrou no carro.

Segundo o jornal Extra, as mulheres atacadas vão processar a agressora. Em seu perfil no Instagram, Priscilla Dornelles, que estava no banco da frente do Peugeot, afirmou que está sendo ofendida pela arquiteta.

“Ela está querendo nos difamar. Saímos de uma festa na lancha, na praia, e resolvemos dar uma volta de biquíni mesmo para curtir. Mas uma recalcada simplesmente não gostou do que viu, não sei o que incomodou tanto ela, porque estávamos somente nos divertindo. Eu acho que difamação é um crime muito sério. Só pra avisar que vai ter processo sim”, disse. Segundo o DCM, Aline Araújo é bolsonarista e antipetista.

 

*Com informações do 247

 

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Vídeo: Como o vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa, assassino de Marielle, contou com a ajuda da polícia para reabrir bingo

O policial militar aposentado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, recorreu à ajuda de dois delegados e um chefe de investigação da Polícia Civil para reabrir seu cassino clandestino localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, e reaver 79 máquinas de caça-níquel que tinham sido apreendidas.

Mesmo de posse de um relatório conjunto da PF (Polícia Federal) e do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que apontava Lessa como um dos donos da casa de jogatina, a Polícia Civil fluminense entregou à Justiça um inquérito sobre o caso indiciá-lo e sem ao menos interrogar os policiais militares responsáveis pela operação que fechou o lugar.

O relatório da PF e do MP-RJ consta nos autos do inquérito do Caso Marielle, desde março de 2019, quando Lessa foi preso e teve o celular apreendido. O documento traz mensagens de aplicativo WhatsApp trocadas pelo policial militar aposentado, seus comparsas e policiais civis que deveriam investigá-lo

 

*Com informações do Uol

 

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Bretas admite que bloqueou contas pessoais de advogados e de escritórios

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, admitiu nesta sexta-feira (18/9) que mandou bloquear contas de advogados e escritórios que foram alvos de busca e apreensão na semana passada. Citando falha no sistema do Banco Central, o julgador levantou o sigilo do processo, expondo alvos da operação.

Os investigados pediram para ter acesso ao processo. Porém, Bretas disse no começo da tarde que o caso deveria permanecer em segredo de justiça porque as instituições financeiras ainda não tinham se manifestado pelo Sisbajud (sistema de penhora online de valores lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para substituir o BacenJud).

Uma hora depois, o juiz federal admitiu que, em 1º de setembro, havia ordenado o bloqueio de valores. O protocolo no sistema do Banco Central seria feito na véspera das buscas, “como sempre foi feito nas operações até hoje deflagradas”, apontou.

Porém, como o CNJ substituiu o BacenJud pelo Sisbacen, o protocolo, por problemas técnicos, só pôde ser feito no dia subseqüente ao da operação, ou seja, 10 de setembro. Normalmente, ressaltou Bretas, no dia 14 de setembro, o mandado já estaria no sistema, e os valores, bloqueados. Contudo, naquele dia a ordem nem tinha sido transmitida para as instituições financeiras. De acordo com o juiz, somente em 15 de setembro a ordem foi repassada aos bancos. Até hoje, porém, não consta do sistema que ela foi cumprida, afirma o juiz.

Dessa maneira, Bretas ordenou o levantamento do sigilo do processo. “Embora fosse aplicável a Súmula Vinculante 14 a contrario sensu, entendo que não é razoável manter sob sigilo o referido processo, em virtude de uma falha estatal.”

A Súmula Vinculante 14 tem a seguinte redação: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.”

Ao expor os alvos, Bretas divulgou ter ordenado bloqueios estratosféricos: o valor mais baixo era de R$ 1,6 milhão, e o mais alto, de R$ 306 milhões. Há escritórios e contas pessoais de advogados na lista.

Ataque à advocacia
Na semana passada, Marcelo Bretas autorizou o maior bote contra a advocacia já registrado no país, ordenando o cumprimento de 50 mandados de busca e apreensão contra escritórios, casas de advogados e empresas.

A ordem foi considerada uma tentativa de criminalização da advocacia pela comunidade jurídica. Além disso, tem erros de competência, já que a Fecomércio é uma entidade privada e deveria ser investigada pela Justiça Estadual; e de imputação de crimes, já que seus dirigentes não podem ser acusados de corrupção nem peculato. Em outra vertente há quem entenda que, por pretender investigar ministros do STJ e do TCU, a competência seria do STF.

Uma semana depois do ataque, um grupo de seccionais da OAB protocolou uma reclamação no Supremo Tribunal Federal contra os abusos e violações das prerrogativas cometidos por Bretas.

O bote se baseia na delação do ex-presidente da Fecomercio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz. O empresário já foi preso duas vezes e vinha tentando acordo de delação desde 2018 — que só foi homologado, segundo a revista Época, depois que ele concordou acusar grandes escritórios de advocacia. Em troca da delação, Diniz ganha a liberdade e o direito de ficar com cerca de US$ 1 milhão depositados no exterior.

Trechos vazados da delação de Diniz ainda mostram que o empresário foi dirigido pelo Ministério Público Federal do Rio no processo. Em muitos momentos, é uma procuradora quem explica a Diniz o que ele quis dizer. Quando o delator discorda do texto atribuído a ele, os procuradores desconversam, afirmando que vão detalhar nos anexos.

Na quinta-feira (17/9), o juiz Marcelo Bretas foi condenado à pena de censura pelo Órgão Especial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Ao participar de eventos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), o juiz demonstrou uma desnecessária proximidade com políticos, comprometendo sua imparcialidade com magistrado, afirmaram os desembargadores.

 

*Com informações do Conjur

 

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Feitiço contra o feiticeiro: Fumaça do Pantanal faz avião de Bolsonaro arremeter em MT

A visibilidade da aeronave foi comprometida por conta da fumaça advinda de queimadas no Pantanal. O próprio chefe do Executivo contou o ocorrido durante discurso em uma homenagem do Agronegócio ao presidente.

O avião do presidente Jair Bolsonaro precisou arremeter nesta sexta-feira (18/9) na chegada a Sinop, em Mato Grosso. A visibilidade foi comprometida por conta da fumaça advinda de queimadas no Pantanal. O próprio chefe do Executivo contou o ocorrido durante discurso em uma homenagem do Agronegócio ao presidente.

“Hoje quando o avião foi aterrissar, ele arremeteu. Foi a segunda vez na minha vida que acontece isso.Uma vez foi no Rio de Janeiro e, obviamente, algo anormal está acontecendo. No caso é que a visibilidade não estava muito boa. Para a nossa felicidade, conseguimos pousar.”

Além do presidente, o avião levava ainda o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

Supervalorização das queimadas

Apesar do acontecido, durante a fala na solenidade, Bolsonaro apontou que há “alguns focos de incêndio pelo Brasil” e que isso acontece ao longo dos anos. O mandatário voltou a dizer que concorrentes comerciais internacionais têm interesse em supervalorizar as queimadas no país devido ao Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

“E temos sofrido uma crítica muito grande. Porque obviamente quanto mais nos atacarem, mais interessa aos nossos concorrentes, para o que temos de melhor, que é o nosso agronegócio”, apontou.

Em referência às críticas de outros países sobre as queimadas no Pantanal e na Amazônia, Bolsonaro rebateu e ressaltou que o Brasil “é um exemplo para o mundo”. “Países outros que nos criticam não tem problema de queimada porque já queimaram tudo no seu país. Temos a matriz mais limpa energética do mundo. Nós proporcionalmente ocupamos uma menor área para agricultura ou para a pecuária do que qualquer outro país do mundo. Nós somos um exemplo para o mundo”, justificou.

Segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), de 1º de janeiro a 12 de setembro, o órgão contabilizou 125.031 queimadas no país, o maior registro para o período desde 2010, quando 182.170 focos de calor foram mapeados no mesmo intervalo.

No final do discurso, Bolsonaro afirmou que o agronegócio é “o grande futuro do nosso Brasil”. “Meus senhores e minhas senhoras, é motivo de orgulho estar aqui. Eu sou empregado de vocês, vocês são os nossos patrões. A vocês, nós devemos a lealdade absoluta, por vocês nós lutamos”, concluiu.

“O Brasil está de parabéns na preservação do meio ambiente”

Ontem (17), Bolsonaro defendeu que o Brasil está de “parabéns” quando o assunto é preservação ambiental. O chefe do Executivo justificou que grande parte da matriz energética do país provêm de fontes renováveis como usinas hidrelétricas, energia eólica, energia solar e biomassa.

“O Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente e alguns, não entendem como, é o país que mais sofre ataques vindo de fora no tocante ao seu meio ambiente. O Brasil está de parabéns na maneira como preservar esse seu meio ambiente”, declarou.

À noite, durante a tradicional live, Bolsonaro disse que as queimadas ocorridas no país são potencializadas de “forma negativa” por concorrentes comerciais. Segundo o chefe do Executivo, “o próprio brasileiro critica sem conhecimento”.

Bolsonaro também tem defendido que a Amazônia e o Pantanal tem sofrido “críticas desproporcionais”. O mandatário comparou as queimadas no Brasil às ocorridas nos Estados Unidos e na África. “A África tem mais foco que no Brasil”, acrescentou.

 

*Com informações do Correio Braziliense

 

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Ministro do STJ aciona STF para anular operação de Bretas contra Zanin

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Napoleão Nunes Maia Filho acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) contra a operação que investiga um suposto esquema de tráfico de influência no STJ e no TCU (Tribunal de Contas da União). O movimento pode acabar anulando a Operação E$quema S, deflagrada na semana passada passada.

No pedido inicial, o ministro solicitou ao Supremo uma verificação sobre a possibilidade de a Lava Jato no Rio de Janeiro estar investigando pessoas com prerrogativa de foro privilegiado sem autorização. Caso a conduta ficasse confirmada, ele pediu a suspensão das apuração e a requisição dos autos.

O ministro foi ao Supremo no dia 10 de agosto –um mês antes da ação da Polícia Federal, deflagrada na quarta-feira (9), para questionar a suposta ofensiva da Lava Jato sobre pessoas com foro privilegiado. Napoleão ingressou com uma reclamação no tribunal, tendo como base notícias de que o Ministério Público no Rio de Janeiro teria aceitado a delação do ex-presidente da Fecomércio fluminense, Orlando Diniz, e avançaria sobre magistrados de tribunais superiores, STJ e TCU principalmente.

O processo foi distribuído ao ministro Gilmar Mendes, por prevenção. O magistrado é responsável pelos casos da Lava Jato fluminense no STF. Na semana passada, Gilmar pediu que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre o caso. Relatos de quem acompanha o processo de perto apontam suspeitas de que a Lava Jato tenha feito investigação ilegal. Ou seja, apurou, sem autorização do Supremo e indiretamente, a conduta de ministros do STJ por meio de seus filhos e escritórios de advocacia.

No Ministério Público Federal, há a percepção de que esse possa ter sido um dos motivos para que a força-tarefa tenha recusado compartilhar dados de investigações com a PGR.

Deflagrada na semana passada, a nova fase da operação Lava Jato tornou réus advogados suspeitos de envolvimento em um esquema de tráfico de influência que, segundo o Ministério Público Federal, desviou R$ 151 milhões do Sistema S — que engloba Fecomércio, Sesc e Senac. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

 

*Com informações da CNN

 

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Operação da PF mira responsáveis por queimadas no Pantanal

Cinco fazendeiros cujas propriedades se encontram em áreas remotas da região são investigados.

A Polícia Federal cumpriu 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, em Mato Grosso Sul na manhã desta segunda-feira. A operação, batizada de Matáá, tem o objetivo de identificar os responsáveis por promover as queimadas que consomem a região do Pantanal há mais de um mês.

As investigações da PF recaem sobre cinco fazendeiros cujas propriedades se encontram em áreas remotas do Pantanal. Não há mandados de prisão expedidos, porém, podem ocorrer prisões em flagrante nos locais onde estão sendo feitas as buscas.

A suspeita é de que as queimadas em torno dessas cinco fazendas possam ter sido organizadas da mesma forma que o chamado “Dia do Fogo”, no ano passado, no Pará, quando fazendeiros teria se articulado para atear fogo em áreas da floresta amazônica.

O chefe da delegacia da PF em Corumbá, Alan Nascimento, disse que os indícios são de que as queimadas realizadas nessas fazendas foram intencionais.

— Elas ficam em áreas inóspitas que, de outra forma, dificilmente pegariam fogo. Os indícios apontam que esse fogo pode ter sido intencional — afirmou o delegado.

Nascimento afirmou que a polícia pretende analisar o conteúdo de e-mails e mensagens de texto enviados pelos fazendeiros e seus funcionários para averiguar se houve algum tipo de orquestração entre os proprietários para dar início às queimadas na área.

O delegado disse que o volume das queimadas na região atrapalhou até a deflagração da operação. O planejamento previa que helicópteros fossem usados durante a ação, mas eles não puderam ser utilizados por conta da fumaça.

Na operação de hoje, a PF utilizou imagens de satélites e sobrevoou as áreas devastadas no interior do Pantanal para identificar os focos de fogo. Segundo a PF, a estimativa é a de que 25 mil hectares do bioma foram atingidos pelas chamas diretamente pelos investigados.

Os envolvidos podem responder por crimes de dano à floresta de preservação permanente e dano direto e indireto a unidades de conservação. Se forem condenados, as penas podem superar 15 anos de prisão.

A operação desta segunda-feira foi batizada de Matáá, que significa fogo no idioma guató, em referência aos índios pantaneiros Guatós que vivem nas proximidades das áreas atingidas.

Sem previsão de chuvas para a região, a perspectiva é de que as queimadas continuem a se alastrar. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 12% do Pantanal já foi consumido pelas chamas. Números do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) indicam que mais de 2,2 milhões de hectares do bioma já foram consumidos pelo fogo. As chamas também ameaçam as espécies animais, que tiveram seu habitat devastado.

 

*Jéssica Moura e Leandro Prazeres/O Globo

*Foto destaque: André Zumak

 

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Igreja Universal, R$ 6 bilhões de movimentações atípicas em somente um ano

Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis crimes envolvendo a IURD.

A informação consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.

As suspeitas sobre a IURD têm relação direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de Crivella.

Segundo o MP, outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD, Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.

Para o Ministério Público, ainda de acordo com o G1, seria “verossímil concluir” que a Igreja Universal está sendo “utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal”.

 

*Com informações do Sputnik Brasil

 

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Corrupção no TRF-4: PF investiga fraude em licitação de R$ 1 milhão do tribunal da Lava Jato

Responsável por julgar os casos da Operação Lava Jato na segunda instância, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também pode ter sido alvo de quadrilha suspeita de desviar recursos dos cofres públicos. Segundo a Polícia Federal, um contrato do órgão na área de tecnologia no valor de R$ 1,04 milhão foi fraudado pelo mesmo grupo que já é investigado em duas operações sobre irregularidades em negócios com o governo federal.

Por meio de interceptações eletrônicas e quebras de sigilo, a PF descobriu que empresas combinaram a participação na licitação para conseguir valores maiores para o serviço oferecido. Entre as mensagens captadas, está todo o histórico de conversas do grupo “TRF-4”, criado por um gerente comercial da empresa Microstrategy. Na mesma época, a empresa disputava um contrato de mais de R$ 1 milhão para fornecer softwares (programas de computadores) ao tribunal sediado em Porto Alegre.

De acordo com essas mensagens, o gerente da Microstrategy solicitava que a empresa B2T (empresa que aparece nas duas operações da PF) participasse do pregão para que não houvesse risco de cancelamento por falta de competitividade. No entanto, ainda segundo as mensagens captadas pela PF, a participação da B2T não colocava em risco a Microstrategy.

O contrato do TRF-4 com a Microstrategy foi assinado, semanas depois, pelo desembargador Luiz Fernando Penteado, então presidente do tribunal, exatamente como planejado pelo grupo.

O Estadão teve acesso à ata do pregão, ocorrido em 14 de dezembro de 2016. Nela consta a participação da B2T, da Microstrategy e outras duas empresas que ofereceram lances bem acima dos valores propostos pelas duas primeiras. Após ser avisada de que seu lance foi o mais “econômico”, a Microstrategy foi convocada a oferecer algum desconto nos serviços, o que é parte do ritual dos pregões, mas se recusou a baixar seu preço. O contrato foi assinado dias depois no valor de R$ 1,04 milhão.

A PF apura a participação de servidores do tribunal no esquema. Segundo investigadores, eram eles os responsáveis pelo direcionamento da licitação, fraude na cotação de preços e participação de “parceiros” para simulação de concorrência. “Os servidores também realizam ajustes no edital, para evitar que empresas concorrentes tenham condições de participar da disputa”, aponta a PF em relatório incluído no inquérito.

TRF-4 diz que licitação segue a lei; empresa afirma que funcionários não trabalham mais lá

Por meio de nota, o TRF-4 informou que não recebeu oficialmente nenhuma notificação. Por isso, disse que “não se manifestará sobre o tema por enquanto, a fim de não violar eventual sigilo judicial que possa ter sido decretado no processo”. “Os procedimentos licitatórios do Tribunal observam rigorosamente o previsto em lei e submetem-se à fiscalização da unidade de controle interno da instituição”, completou o tribunal, por meio de nota.

Já a MicroStrategy disse que as pessoas citadas na investigação “não fazem mais parte dos quadros da empresa” e que “seus atuais dirigentes e funcionários não são objetos da investigação”. A empresa ressaltou, também por meio de nota, que está à disposição das autoridades para fornecer qualquer informação que possa contribuir com a investigação.

Procurada, a B2T não se manifestou até a publicação deste texto.

Esquema maior

Suspeita de fraudar a licitação no TRF-4, a B2T também já teve contratos com outros órgãos investigados. Em fevereiro, a empresa foi alvo da Operação Gaveteiro, que investiga desvio de R$ 50 milhões dos cofres públicos entre 2016 e 2018 em contratos do extinto Ministério do Trabalho, ainda na gestão de Michel Temer.

Na semana passada, a B2T novamente foi alvo da PF, na Operação Circuito Fechado, que mira negócios avaliados em R$ 40 milhões firmados por meio de três contratações fraudulentas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) entre julho de 2012 e outubro de 2019.

Como revelou o Estadão em fevereiro, a mesma empresa também fechou contrato com a atual gestão de Jair Bolsonaro. Em julho do ano passado, o Ministério da Cidadania, então comandado pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), ignorou advertência de órgãos de controle como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU) para fechar negócio de R$ 6,9 milhões com a B2T.

Após as reportagens, o ministério anunciou um “pente-fino” nos contratos e afastou os servidores responsáveis pela negociação. Dias depois, o próprio Terra foi demitido do governo.

 

*Patrik Camporez, O Estado de S.Paulo 

 

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Advogados vão ao CNJ pedir afastamento do juiz Marcelo Bretas

Um grupo de advogados está se articulando para ir ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedir o afastamento de Marcelo Bretas, juiz da 7a Vara Federal Criminal do Rio. A mobilização começou nesta quarta-feira (9), após a deflagração da Operação E$quema S, que investiga supostos desvios do Sistema S feitos por escritórios de advocacia. Bretas é o juiz responsável pelas decisões da Lava-Jato do Rio.

De acordo com a colunista Bela Megale, do O Globo, a medida é uma reação após a deflagração da operação feita contra escritórios de advocacia autorizada por Bretas, juiz responsável pelas decisões da Lava Jato do Rio.

Numa operação sem precedentes, a Polícia Federal cumpriu ontem 50 mandados de busca e apreensão, sendo alguns deles em grandes escritórios de advocacia do Rio e de São Paulo. Entre os alvos estavam Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, e Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, advogados de Lula.

Os advogados que estão se mobilizando para ir ao CNJ contra Bretas também pretendem apontar o que chamam de “ilegalidades” supostamente cometidas pelo juiz em outros processos, como o que determinou a prisão do ex-presidente Michel Temer.

 

*Com informações de O Globo