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Encurralado

A expectativa é a de que nos próximos cinco dias Bolsonaro caminhe a passos largos rumo ao cadafalso. Isso tornou-se algo realmente concreto com a decisão de Alexandre de Moraes de torná-lo investigado por incentivar atos terroristas em Brasília no último domingo. O pedido acatado por Moraes foi feito por mais de 80 procuradores.

Para todo lado que olha, Bolsonaro vê o cerco fechar a sua volta e uma onda gigante de denúncias crescer na sua frente.

Logicamente que, depois dos atos terroristas e da minuta com todos os detalhes de um golpe, encontrada na casa do seu ex-ministro, Anderson Torres, a situação de Bolsonaro se complicou ainda mais com a justiça.

Soma-se a isso seu cartão corporativo que ganha cada vez mais espaço na vida nacional, dado os absurdos que ele vem revelando, protagonizado pelo mesmo personagem golpista.

Fora do país, para ser mais exato, nos EUA, o ambiente está cada vez mais azedo para Bolsonaro, seja com os vizinhos do condomínio em que está, que o querem fora de lá, seja da imprensa americana que recebeu notícia dos vizinhos para expulsá-lo, além de uma lista de congressistas que o querem fora daquele país.

Acrescentando a isso, a chegada de Anderson Torres ao Brasil amanhã, que, com sua prisão, terá um desfecho, que ninguém sabe como será para Bolsonaro.

Seja como for, os próximos dias prometem informações que devem piorar, e muito, a vida de Bolsonaro rumo à cadeia, sonhada por milhões de brasileiros.

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Até quando Bolsonaro será blindado pelas leis eternas da impunidade?

Bolsonaro produziu provas contra si, seja com conspirações golpistas, comando de atos terroristas, seja na corrupção descarada com cartão corporativo, que já lhe daria o título de pior pilantra da história do país.

E como se vê em seu esquema do cartão corporativo, o sujeito é chulé, ao mesmo tempo em que fez lobby para indústria das armas, que deve ter lhe rendido um bom retorno, o pilantra faz esquema de troco miúdo em qualquer copo sujo disposto a lhe emitir uma notinha de balcão para justificar o ridiculamente injustificável conteúdo da nota.

Padarias, postos de gasolina e outros esquemas de lojinhas de bugigangas, têm o mesmo DNA da fantástica loja de chocolates de Flávio.

A família das mansões tem a mesma compreensão dos negócios, porque também é regida  pelas leis eternas da impunidade, porque, de fato, nada aconteceu com nenhum deles até então.

Esse sentimento já está na sociedade . O sobrenome Bolsonaro transformou-se num produto conjugado de corrupção e impunidade, nas ruas, biroscas, esquinas e taperas.

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Torres guardou de lembrança prova de que governo Bolsonaro planejou golpe

Se burrice fosse crime previsto no Código Penal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, certamente pegaria uma cana longa por conta disso. Afinal, poucas pessoas politicamente visadas manteriam guardadas em seu armário evidências de que o governo do antigo chefe planejou dar um golpe de Estado.

A Polícia Federal afirma ter encontrado na casa de Torres uma minuta de um decreto para intervir no Tribunal Superior Eleitoral e melar as eleições segundo reportagem de Vinicius Sassine e Camila Mattoso, da Folha de S.Paulo. O documento teria sido produzido depois do segundo turno.

A investigação da PF precisa indicar como o documento foi feito. Surgiu a pedido de Jair ou foi coisa de alguns dos geniais assessores que o rodeavam? E se isso não fosse coisa do núcleo do governo, por que ficou guardado no armário? Ao receber uma proposta desse tipo, no mínimo, ela teria que ter sido jogada fora e, no máximo, entregue à polícia. Por que ficou guardado entre seus pertences pessoais?

A questão é que a proposta não parecer ser alienígena, mas vai ao encontro da narrativa do então presidente, que sistematicamente atacou o TSE e seus ministros por não se dobrarem às suas necessidades eleitorais.

Anderson Torres assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na virada do ano. Na semana passada, mudou o esquema de segurança na capital federal e viajou para os Estados Unidos.

O colunista do UOL, Tales Faria, apontou que ele teria se encontrado com Jair Bolsonaro, que está em um auto-exílio em Orlando, na Flórida, um dia antes de uma horda de golpistas bolsonaristas praticar atos terroristas em Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apontou que as mudanças e omissões de Torres contribuíram para que a PM do DF permitisse a invasão, depredação e pilhagem do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF. Por isso, decretou sua prisão provisória.

O mais bizarro não é constatar que o governo Bolsonaro tenha pensado em saídas para um golpe, pois ele avisou que faria isso. Mas que, mesmo após a posse de Lula, Jair, Torres e sua equipe continuem tentando provocar o caos no Brasil a fim de derrubar o Estado democrático de direito. E ainda esteja soltos.

*Sakamoto/Uol

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Vídeo: Dá para confiar nos militares?

Começam a pipocar aqui e ali conclusões de que os militares estavam por trás daquela monstruosidade a que assistimos no dia 8 de janeiro.

Motivo? Desprezo pelos poderes da República. Inspirado na postura adotada por Bolsonaro desde o início do seu governo.

Esse anacronismo de pedra dos militares produziu Bolsonaro, ainda nos tempos em que era tenente do exército, antes de ser expulso por atitudes muito parecidas com as que fomentou durante quatro anos contra os poderes da República.

Mas naquele caso, Bolsonaro apunhalou as próprias Forças Armadas que, segundo ele, o motivo era descartar o comando do exército.

Entre as práticas terroristas, que estavam na caderneta de Bolsonaro, constavam o rompimento da barragem da estação do Guandu e, dentro do intestino das Forças Armadas, explodir bombas dentro de quartéis.

Não há meias palavras para descrever o que virou moda entre militares mais próximos de Bolsonaro durante seu governo, que dizem que não bateriam continência para Lula, mas ficaram de cócoras para a roupa suja produzida dentro dos quartéis chamado Bolsonaro, tirado a fórceps pelo comando militar por se tratar de um militar que jamais teve qualquer honra para vestir a farda.

Por mais que se busque motivos para justificar a posição rastejante dos militares, sobretudo os palacianos, a Bolsonaro, não se vê nada além de busca por vantagens pessoais.

Essa é, sem dúvida, a estética oficial dos militares que faziam parte da cúpula do seu governo.

O vídeo que segue abaixo, com uma fala cirúrgica de Pedro Dória, do canal Meio, é muito elucidativa. Na verdade, Pedro faz a melhor fala sobre o episódio da invasão do domingo como coeficiente da soberba militar, que sempre se achou a superintendência dos poderes no Brasil.

Vale muitíssimo a pena assistir.

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Durante os quatro anos de governo Bolsonaro, a Jovem Pan atuou como a central do fascismo nacional

Ora, é só dar um giro nos antigos programas Pingo nos Is, com Fiuza, Ana Paula do Vôlei, comandos por Augusto Nunes, para se ter a garantia de que essa gente operou da forma mais criminosa e violenta a favor da contaminação em massa pela covid e, em seguida, o terrorismo contra a vacinação.

Qualquer debate sério sobre a Jovem Pan tem que começar daí, do início, que teve como ponto de partida o próprio governo Bolsonaro, que patrocinou ricamente toda a programação da emissora para produzir a tragédia anunciada de 700 mil mortes por covid.

E vejam só, não estamos falando de fanáticos e nem doentes da política, mas de gente conivente, de mercenários a partir de suas próprias contas correntes, muito bem alimentadas por recursos federais.

Essa espécie de tártaro odioso, que inflamava a boca dos golpistas, tinha como código fonte a Jovem Pan, mais precisamente o Pingo nos Is, aonde um covarde como Augusto Nunes formava times de articulistas da mesma laia e gente cirurgicamente escolhida, como Roberto Jefferson para ser elevado à condição de celebridade máxima.

Sobre as urnas? Não tem graça comentar. Em nome da tal liberdade de expressão, Augusto Nunes conduziu esses criminosos, que depois foram expulsos da Jovem Pan, a produzirem a maior onda de mentiras com histórias absurdas para desacreditar a vitória de Lula.

Pode-se dizer que isso não foi exclusividade da Jovem Pan, o que eu concordo. Porém, ali dentro das quatro linhas da concessão pública ocorreu o que ocorre em qualquer ninho da serpente fascista, nesse caso, a serpente bolsonarista em tabelinha com o gabinete do ódio instalado dentro do Palácio do Planalto.

Essa turma toda se achava intocável, porque tinha a cobertura de Bolsonaro que, por sua vez, controlava muitas instituições de justiça no país.

Não bastasse a parceria com Bolsonaro no morticínio provocado pela covid, eles, que estão sendo responsabilizados por insuflar o ataque aos Três Poderes no dia 08 de janeiro, por ser a Jovem Pan, o único veículo a se instalar junto aos terroristas para incentivar, ao vivo, outras ações idênticas pelo país, não tem qualquer desculpa a pedir.

A Jovem Pan tem que ser cassada e todos os facínoras que operaram contra a saúde pública, a favor da covid, a mando de Bolsonaro e a partir desse grupo de comunicação criminoso, pagarem com a mesma moeda como os que hoje se encontram presos pelo último ato terrorista na Praça dos Três Poderes.

Logo logo, abriremos um espaço para falar de Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, da mesma Jovem Pan, que incitavam golpe fascista e guerra civil no Brasil.

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A impunidade do clã Bolsonaro foi gasolina nos atos terroristas de domingo

Comecemos pelo começo. A tentativa de invasão e sabotagem dos terroristas em quatro refinarias da Petrobras deixa claro que a filosofia de Bolsonaro de promover atos terroristas há 35 anos, quando ameaçou bombardear a estação do Guandu, e explodir quartéis, atravessou mais de três décadas mecanizado em sua cabeça.

Todos, no planeta, sabem que quem está no alto da torre de comando do que ocorreu ontem no Brasil, com a invasão da Praça dos Três Poderes, chama-se  Jair Messias Bolsonaro. Agora, com o engenho e concepção de seus assessores mais próximos para a alimentação artificial de golpe de Estado que, desde o primeiro dia do seu governo, com vários ciclos, a história se repetiu, até chegar a esse nível de evolução com a legião que deflagrou os torpedos contra a democracia brasileira.

Ou seja, há 35 anos, Bolsonaro ensaiava sua guerra futura contra o país e, por isso foi expulso das Forças Armadas, sem entendermos a armação que houve para que ele fosse içado de tenente para capitão, permitindo que ele continuasse recebendo seus soldos como um soldado qualquer.

O que vimos nesse domingo é fruto das instituições que estavam dormindo enquanto Bolsonaro matava 700 mil brasileiros por covid, como se isso fosse algo banal, normal, sem dizer que tal feito era considerado épico pelos principais articulistas da Jovem Pan, que ontem, estava caminhando através de uma repórter, junto com os golpistas para a bandalha terrorista.

Não há compreensão possível, portanto, que possa brotar de um sentimento que não seja leviano que justifique a impunidade de Bolsonaro, o louco heroico dos fascistas nativos, já que a mão grande e o braço sujo do genocida, que provocou a maior chacina da história desse país sequer disfarça que foi ele o mentor e comandante do pesadelo golpista que pretendia lhe trazer de volta ao poder na marra.

Assim, o clero bolsonarista, incluindo o clã familiar, dentro de sua mais extensa amplitude, tem que ser encarcerado imediatamente, do contrário, o Brasil será visto como um país que tem instituições perigosamente representadas como as de uma colônia.

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Moro tem que ser o primeiro a ser cassado

Neste domingo pela manhã, escrevemos aqui no Antropofagista, que o status que os fascistas estavam anunciando, com ações de ódio, havia mudado.

O texto aqui publicado com o seguinte título “O Estado tem que dar um basta no bolsonarismo de guerra“, como pode ser lido, alertava para que novos fatos com violência visceral dos bolsonaristas, inclusive contra idosos, com risco de morte, deixava claro que, quanto menor fosse o “movimento” dos fascistas, maior seria o ódio aplicado nas ações terroristas.

Pois bem, apesar desse fato estar explícito na grande mídia, nas redes sociais e até mesmo na imprensa internacional, Moro, agora senador, que teve acesso a todas essas informações, fartamente espraiadas em todos os meios de comunicação, dobrou a aposta antilulista no caos, incentivando o terrorismo que vimos ontem, horas antes do início do ataque aos Três Poderes, dizendo que Lula não tinha que mandar reprimir ninguém.

Vendo a extrema repercussão negativa que o terrorismo provocou, dentro e fora do país, ele quis botar a viola no saco com um bilhetinho no twitter, dizendo ser contra ao que acabara de incentivar, porque ele sabia muito bem quem e o quê estava incentivando. Afinal, foi ministro da Justiça e Segurança Pública do facínora que comanda todo esse circo de horrores.

Ou seja, o agora senador, Sergio Moro, mais do que qualquer um, tinha plena consciência do que o bolsonarismo seria capaz de fazer, como fez, sem chance para, depois do leite derramado, dizer-se contrário à fervura.

Ora, se Ibaneis Rocha, o governador do Distrito Federal, foi afastado do cargo por 90 dias, com inevitável possibilidade de impeachment, sem escrever nada que incentivasse os golpistas, mas por leniência, Moro, que textualmente convocou e apoiou a manifestação terrorista, criticando Lula pela repressão a protestos violentos, tem que ser cassado e meio. Ele próprio produziu prova de seu crime em sua conta no twitter. Não tem arrego, não tem anistia, Moro tem que ser cassado.

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Aliados avaliam que atos terroristas aumentam riscos de prisão de Bolsonaro

Os atos terroristas que culminaram com a invasão e a depredação das sedes dos três poderes da República elevaram os temores entre aliados de Jair Bolsonaro de que o ex-presidente vai acabar preso em algum momento ao longo dos próximos meses.

De acordo com Malu Gaspar, O Globo, antes de centenas de extremistas bolsonaristas invadirem e depredarem as instalações do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, interlocutores de Bolsonaro avaliavam que havia um risco médio de prisão.

Agora, a leitura compartilhada por aliados do ex-presidente e por ministros de tribunais superiores ouvidos pela equipe da coluna é de que a situação de Bolsonaro ficou delicadíssima.

“Eu acho que, a médio prazo, ele não escapa”, avalia um magistrado que acompanhou perplexo os desdobramentos em Brasília.

Esses aliados de Bolsonaro e magistrados avaliam que os protestos golpistas farão desmoronar o capital político do ex-chefe do Executivo, já desgastado pela viagem dele aos Estados Unidos enquanto centenas de extremistas ficaram acampados debaixo de chuva na frente de quartéis contra o resultado das urnas.

No cálculo político de fiéis aliados, quanto mais vulnerável Bolsonaro estiver e menos apoio popular reunir, maiores as chances de ele se tornar uma “presa fácil” para o Judiciário e acabar na cadeia.

O maior temor no círculo bolsonarista é com duas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), ambos nas mãos de Alexandre de Moraes: o inquérito das fake news e o das milícias digitais.

Foi no âmbito desses dois inquéritos que a Advocacia-Geral da União (AGU), comandada por Jorge Messias, pediu a Moraes a prisão de todos os envolvidos na invasão de prédios públicos federais, inclusive a do ex-secretário de segurança pública do DF Anderson Torres.

“Depois de hoje, Alexandre vai ter todo o respaldo de que precisar”, afirma um colega de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O sinal de alerta soou mais forte entre bolsonaristas nos últimos dias, depois que Moraes determinou a quebra de sigilo telefônico e de dados de apoiadores de atos antidemocráticos e permitiu a extensão da medida a todos os que tiveram contato com eles, conforme revelou o site Metrópoles.

Só na noite de domingo, depois de horas de quebra-quebra e tumulto em Brasília, Bolsonaro rompeu o silêncio e escreveu no Twitter que “depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”.

Antes disso, ainda, os canais e redes sociais do ex-presidente seguiam fazendo publicações sobre sua gestão, como se nada de anormal estivesse acontecendo.

Ao comparar os protestos de agora com os do passado, Bolsonaro buscou uma falsa equivalência. Nos atos do passado, ao contrário dos deste domingo, a polícia estava presente para conter os invasores, o que não se viu desta vez.

“Multidão sem líder vira turba, vão surgir ‘lideranças’ mais malucas. Este sempre foi o meu medo”, avalia um influente interlocutor de Bolsonaro, temeroso sobre o futuro do ex-chefe. “Se Bolsonaro virar um avestruz e fingir que nada disso que está acontecendo é com ele, vai ter problemas.”

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Bolsonaro, generais e governo do DF estimularam terrorismo

Três Poderes pareciam barata tonta, polícia e Exército largaram a capital; Lula tomou a decisão certa.

Vinicius Torres Freire – Os terroristas da camisa amarela passeavam à vontade pelo Palácio do Planalto às 16h. Tiravam fotos diante do gabinete do presidente, riam, quebravam coisas. Depredavam também o Supremo, arrombaram armários de ministros e roubavam as togas. Invadiram o plenário do Senado, ao menos. Pichavam paredes. Era mistura de anarquia com o terrorismo bolsonarista.

Às 17h53, Luiz Inácio Lula da Silva tomou a atitude devida: intervenção no Distrito Federal. Chamou os fascistas de fascistas e prometeu investigação e punição, inclusive para os omissos do seu próprio governo.

Era o mínimo. Não havia governo, não havia ordem. Brasília era terra sem lei. Sem polícia, a horda destruíra a Praça dos Três Poderes. Onde estava o Exército? Para que serve o Batalhão da Guarda Presidencial? Para fazer figuração com fantasia. As autoridades cúmplices, no mínimo por negligência, devem ser processadas.

As autoridades do novo governo, do Congresso e do Supremo pareceram perdidas, por horas. Ninguém aparecia em público para dizer que havia autoridade e governo. O comando dos Três Poderes parecia barata tonta. No final da tarde, o Congresso ainda apenas discutia a criação de um “gabinete de crise”.

Os responsáveis imediatos pela facilitação da baderna subversiva são Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, e seu chefe de polícia, Anderson Torres, ministro da Justiça do governo golpista de Jair Bolsonaro. Ibaneis demitiu Torres depois que a imundície estava derramada. De resto, onde estavam as polícias federais? Ninguém notou que caravanas com milhares de subversivos estavam a caminho da capital da República? E o Gabinete de Segurança Institucional? É uma piada.

Apenas por volta das 16h30 chegavam policiais de choque e cavalaria ao centro da baderna. Por volta das 17h, havia notícias vagas de que apareceria a Força Nacional, uma centena e meia de tropas, de que polícias começaram a tirar a horda da praça e de que havia sido retomado o controle da sede do STF. Pelas imagens, os terroristas eram retirados das sedes do poder federal, mas não eram presos. Era como se apenas tivessem pisado na grama. Apreenderam pelo menos os ônibus e seus responsáveis? É cadeia fácil para milhares.

Pouco antes do tumulto, policiais do DF batiam papo e tiravam fotos com gente da horda. Muitos dos bandidos golpistas saíram do acampamento terrorista diante do Quartel-General do Exército para fazer incursões contra os Três Poderes, escoltados PELA POLÍCIA. Outros comemoravam a baderna criminosa com fogos de artifício e atiravam coisas contra carros da polícia. Logo depois, policiais seriam espancados pelos terroristas bolsonaristas.

Ibaneis Rocha e seu chefe de polícia bolsonarista entregaram o centro do poder federal à horda criminosa; o governador chamou os bandidos de “manifestantes”. É o principal responsável.

Mais grave, por quase cumplicidade, há José Múcio, ministro da Defesa, que em sua posse chamou a reunião de bandos golpistas diante de quartéis de “manifestações democráticas”, nas quais tinha amigos e parentes, como ele mesmo contou.

*Folha

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O Estado tem que dar um basta no bolsonarismo de guerra

O status do bolsonarismo mudou, e não foi pouco. Os modos de ação que hoje figuram nesses “movimentos” totalmente esvaziados, não têm qualquer ideal e, muito menos, são formados por gente tonta, usada como pedaço de carvão para replicar mentiras ou “verdades mistificadoras”.

O que temos agora é um movimento de ponta seca, disposto a qualquer borracheira, incitando violência contra o Estado, mas também praticando  uma brutal violência contra pessoas comuns, ou seja, o que pregam contra o Estado, aplicam contra os que eles consideram inimigos públicos.

Essas cavalgaduras têm se revelado agora muito mais violentas. E a conclusão é a de que a besta fera mudou sua interpretação sobre o espírito de eleição.

Agora, que a maioria dos tolos se esvaiu, o que ficou foram gatafunhos do bolsonarismo, gente que está se desmascarando, mostrando seu verdadeiro espírito com novas atitudes, imensamente mais violentas, além da apologia ao golpe de Estado.

Quem está por trás dessa gente, tão merecedora de punição quanto os próprios bolsonaristas que andam pelas ruas agredindo senhoras, dentre outros absurdos? Está mais do que claro que a orientação vem dos patrocinadores dessa bandalha.

É preciso avançar sobre a facção bolsonarista como um todo para matar o ambiente fascista que, em nome do rancor pela derrota de Bolsonaro, acha-se no direito de utilizar todo tipo de violência por uma mistificação ideológica.

Basta!

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