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Julian Rodrigues: É hora de arregaçar as mangas com Lula e trabalhar muito para o terceiro governo ser mais à esquerda

Já começou o melhor da governo da história

O terceiro mandato de Lula tem tudo para ser o mais progressista, inovador e popular desde sempre no Brasil

Por Julian Rodrigues*

Não, o título acima não é fruto de ingenuidade ou excesso de otimismo.

As pouquíssimas pessoinhas que acompanham meus artiguetes sabem que – nem de longe – sou petista bobalhão ou lulista acrítico.

Ocorre que em muitas situações o saudável pessimismo da razão – ferramenta imprescindível para qualquer militante de esquerda – acaba por obnubilar em demasia nossa leitura.

E subestimamos o tamanho da vitória que foi eleger Lula ou até mesmo a beleza dessa alameda aberta diante de nós agora.

Não foi trivial a vitória que o povo brasileiro impôs ao neofascismo. Em que outro país houve uma reviravolta tão rápida?

Os hermanos argentinos se livraram de Macri, é verdade. Pero, o ex-presidente do Boca Juniors não era propriamente um neofaxo – talvez poderia ser melhor classificado como neoliberal quase de extrema-direita. Mas não prosperou.

Argentina é outra história. O PT é o maior partido do Brasil. Desde as primeiras eleições diretas pós-ditadura (em 1989) venceu ou ficou em segundo lugar em todas disputas presidenciais. E o senhor Luiz Inácio é simplesmente o maior líder popular (reformista, sim) de nossa história.

A “vida e obra” do Lulão serão referência por décadas – objeto de pesquisas, estudos, admiração e controvérsias.

O PT continuará forte e enraizado mesmo no pós-lula (talvez um pouco menos transformador).

O lulismo será uma força política reivindicada e disputada desde segmentos da direita à esquerda de todos matizes.

Uma espécie de peronismo à brasileira. Quem viver verá. O terceiro governo do ex-operário é resultado de uma vitória extraordinária. Bem improvável. Superamos o golpe de 2016 mais a prisão arbitrária de Lula.

Parece roteiro de ficção, – inclusive na perfeição do desenho do arco narrativo do herói. O sujeito vem de baixo, vence, vire presidente. Depois cai em desgraça, e é preso. Sai da cadeia inesperadamente.

Redimido, derrota o vilão fascista e se torna presidente de novo. Redenção gloriosa, tipo epopeia clássica. Não será fácil.

Em 2003 Lula assumiu em um cenário difícil, pós avalanche neoliberal, com um Estado mais fraco.

Olhando em retrospecto dá para brincar, sim: saudades de FHC. Não havia ameaças à democracia.

Suceder um governo liberal democrático, aprendemos agora, é totalmente diferente de assumir um país devastado pelo neofascismo ultraliberaloide.

Basta comparar um elegante intelectual banqueiro como Pedro Malan a um trombadinha fanfarrão especulador como Paulo Guedes.

Antes que algum apressadinho venha me rotular como petista-amigo-de-tucano,reitero: o PSDB abriu as portas para o bolsonarismo e fez em São Paulo e no Brasil, governos elitistas e antipopulares.

Todavia, é preciso colocar as coisas em perspectiva histórica.

O advento do bolsonarismo reconfigurou os parâmetros da política brasileira. Em comparação com o neofascismo, nosso velho malufismo vira um quase simpático direitismo demagógico.

O centrão se torna mera representação moderada, até razoável e bem pragmática das velhas oligarquias (sustentam o sistema político).

Os neoliberais, um bando de yuppies liberais-democratas a fim de ganhar muito dinheiro, diminuir o Estado, brilhar na mídia e na academia.

Lula sabe disso tudo.

Construiu uma candidatura popular – ao mesmo tempo radicalmente antineoliberal e antineofascista – mas com amplitude que lhe permitiu obter apoio de amplos setores liberais insatisfeitos com o bolsonarismo.

Reparem: Lula não girou o programa à direita. Mas, com Alckmin vice sinalizou para segmentos que queriam derrotar o bolsonarismo mas historicamente são adversários da esquerda.

Coisa de gênio, vamos combinar (falo isso na condição de quem criticou a indicação de Geraldo como vice).

Nossa tarefa é lutar e ajudar esse governo a ser mais “esquerdista” possível.

Repito: é um privilégio ter Lulão para nos salvar do neofascismo. Mas o Brasil precisa de muito mais que o “reformismo moderado”.

Temos que defender muito e empurrar para esquerda esse nosso terceiro governo.

Haddad no lugar de Guedes.

Aniele Franco, Silvio Almeida, Sonia Guajajara e Cida Gonçalves substituindo Damares.

Que tal Margareth Menezes ao invés de Mário Frias ou Regina Duarte? É tudo antagônico.

Não é exagero falar em um governo do bem e das luzes que vem suceder um regime do mal, das trevas.

Lembrei-me de um episódio clássico do seriado He-Man (a turma que foi criança ou adolescente nos anos 1980 vai gostar).

Foi quando o planeta Etérnia, transformou-se num lugar sombrio, amaldiçoado. Foi quando o pequeno Gorpo – feiticeirinho atrapalhado – e sua namorada Driele cantam juntos a letra de uma antiga canção:

“ o bem vence o mal/ espanta o temporal/o azul, o amarelo/tudo é muito belo /o bem vence o mal/ o fraco fica forte/e vence até a morte/ isso é o que ele faz”.

Quem esperava e exigia um Lulinha light está bem nervosinho até agora.

Aquele ente antropomórfico que se angustia, sofre, chora, fica alegre ou se enerva, o tal “mercado” anda meio estressado.

(Meu sonho era um dia descobrir quem é mesmo o big boss, oráculo, porta-voz, representante, assessor de imprensa, chefe, intérprete, verdadeiro deus encarnado, o tal mercado – a criança mais mimadinha do mundo)

O paradoxo: Lula herda terra arrasada em uma conjuntura internacional de crise, todavia é um líder gigante e um gestor muito mais experiente.

Resumindo: foi uma baita vitória; a desfascistização é um processo demorado e complexo; a crise econômica está aí; recebemos um país destroçado, com 20% de extremistas de direita; a oposição será implacável.

Mas, nós temos a força dos movimentos sociais, da juventude, das mulheres, dos lutadores e lutadoras do povo, das universidades, das pobres, dos pretos, dos LGBT, de toda gente de boa vontade.

Saímos do inferno. Agora é trabalhar. Vamos arregaçar as mangas com Lulão porque quem fica parado é poste.

*Julian Rodrigues, professor e jornalista, doutorando em América Latina. É ativista LGBTI e de Direitos Humanos/Viomundo

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É preciso apurar melhor a pressão de Moro sobre o porteiro do Vivendas da Barra

Um dos casos mais escabrosos do governo Bolsonaro deu-se com o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro e Carlos têm casas.

Quando o porteiro Alberto Jorge Ferreira Mateus havia dito ao Ministério Público do RJ, que o ex-PM, Élcio de Queiroz, preso sob suspeita de participar do assassinato de Marielle Franco, foi ao condomínio no dia do crime e informou à portaria que iria até a casa do então deputado, Jair Bolsonaro.

Mateus, em seu depoimento à Polícia Civil, disse que quem deu a autorização para entrada do criminoso, foi Seu Jair, da casa 58.

Depois da pressão de Sergio Moro, considerada interferência na Polícia Judiciária por Miguel Realle Junior, ex-ministro da Justiça, pressionando o porteiro via Justiça Federal para constrangê-lo e causar-lhe temor, esse caso sumiu dos noticiários sem que ninguém entendesse ou tivesse acesso a todo o interrogatório que fez com que o porteiro do Vivendas recuasse e mudasse sua versão.

Ou seja, mais federalizado o caso, impossível.

Aliás, o atual ministro da Justiça, Flavio Dino, que prometeu elucidar o caso Marielle, tem também, entre outros, esse caminho para uma investigação minuciosa e colocar a sociedade a par do que de fato aconteceu com a ingerência de Moro, a mando de Bolsonaro, no depoimento do porteiro, atropelando a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Detalhe, Moro nunca mais tocou nesse assunto, Bolsonaro, idem. E nunca mais se ouvir falar no porteiro.

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Ao mercado o que é do mercado, ao Brasil o que é do Brasil

Não se chega a 33 milhões de miseráveis por acidente. Somente uma plutocracia pode chegar a um feito desse. Pior, isso revela o quanto uma classe de abastados pode sequestrar uma nação, ou seja, a riqueza produzida pelo povo, sem que se perceba que um mecanismo nefasto com capacidade de pressionar governos fracos, frouxos e vis, como foi o de Bolsonaro e Temer, opera para beneficiar uma minoria em detrimento da imensa maioria .

Ora, qualquer sujeito, e não precisa ser economista, entende que isso não é economia, mas sim rapinagem, pilhagem, roubo descarado, utilizando a força do dinheiro para impor políticas que anabolizem ainda mais essa força, sugando o hormônio que poderia fazer crescer o país.

É essa maromba financeira que faz o dinheiro crescer sozinho, assim como os músculos de um marombeiro anabolizado.

É isso que está em questão no chilique dos homens do dinheiro grosso, a quem a mídia chama de mercado, como se isso não fosse o exercício de poder e, muitas vezes, de governo das classes abastadas, como é a tradução do governo Bolsonaro. Um governo que promoveu uma profunda desigualdade de renda e uma tragédia social inimaginável.

Tudo isso acontece porque os ploutos se acham os próprios deuses do poder, ou seja, essa gente de sangue azul é quem controla a grande riqueza nacional.

Na verdade, a plutocracia, que é irmanada com a corporocracia, nesses tempos bicudos do Brasil, brindou-nos com o mais duro, o mais extremista pensamento neoliberal que é o esteio do fascismo nacional.

Trocando em miúdos, o que essa gente quer é a destruição, a demolição e o desmanche do Estado para que as oligarquias tenham o controle de cada grão de arroz, de cada gota de água e de cada gota de combustível, com o domínio total de poder e a predominância absoluta dos ricos em todo o país.

Daí esse faniquito dos muito ricos do mercado contra o financiamento público do desenvolvimento nacional, através do BNDES e a não privatização da Petrobras.

Em resumo e definição, é isso.

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A Janja o que é de Janja: a organização da posse de Lula foi impecável

Uma criança, um negro, um indígena, uma cozinheira, um operário, uma catadora, um professor, uma pessoa com deficiência: pela primeira vez na história das posses, esse grupo representativo da diversidade do povo brasileiro subiu a rampa do Palácio do Planalto neste domingo para passar a faixa ao seu novo presidente da República.

Todo mundo que viu se emocionou e muita gente chorou ao ver a cena mais simbólica da grande festa da democracia. Se algo tivesse dado errado, hoje estaria todo mundo falando da mulher que organizou tudo, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja do Lula.

Mas, como deu tudo certo, ouviu-se apenas o silêncio sobre a principal responsável pela organização impecável do reencontro do Brasil consigo mesmo e seu presidente, pela terceira vez, que começou na manhã do dia 1º e varou a madrugada de hoje.

Foi um dia cheio de simbolismos e ineditismos, de uma beleza rara, do começo ao fim, com o povo ocupando desde cedo a Esplanada dos Ministérios, sem nenhum incidente, nenhuma briga, nenhuma gafe, nenhum sinal de golpe ou terrorismo, como tanto se ameaçou antes da fuga do ex-presidente para os Estados Unidos.

Recusar-se a passar a faixa para Lula foi a melhor coisa que o dito cujo fez na vida, porque abriu caminho para o ritual popular bolado por Janja, que levou para a rampa até a cachorra Resistência, adotada pelo casal durante a vigília “Lula Livre”, em Curitiba.

Em trajes elegantes, mas discretos, com os cabelos presos na nuca, Janja só não correu mais do que o fotógrafo oficial Ricardo Stuckert para que tudo desse certo neste grande dia esperado por pelo menos metade do Brasil.

Por mais que Lula em seus discursos tenha pregado a união nacional e o fim da polarização política, depois que a eleição acabou, o ódio sobreviveu nos comentários dos internautas da outra metade do Brasil, que mantiveram os ataques em suas milícias digitais, inconformados com o resultado da eleição e o sucesso da festança organizada por essa socióloga paranaense, de 56 anos, que cometeu o pecado de ter casado com Lula e ser ouvida por ele.

Valeu, Janja. Só no regime democrático é possível sair do melancólico funeral da um governo nefasto para a festa do novo que começa com muita esperança, após a simples troca de um presidente pelo outro, por meio do voto.

Democracia sempre!

Vida que segue.

*Kotscho/Uol

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Malafaia, um dos charlatães mais ricos do Brasil, falando em corrupção

Malafaia, em claro desespero de quem terá que pagar impostas e algumas coisitas mais e que Flávio Dino vai escaramuçar sobre essa delinquência charlatã em que Malafaia é um dos campeões mundiais, vem com a mesma baba de quiabo cínica, típica dos falsos profetas.

O sujeito arrancou um bom dinheiro do governo Bolsonaro que, com certeza, será revelado quando a caixa preta do MEC com a história escabrosa dos pastores de ouro for aberta.

O camarada que, dia desses, deixou-se fotografar num resort milionário, diz-se a última voz da verdade. O pastor, proprietário de inúmeros pontos comerciais de comércio da fé, aos quais chama de igreja, onde arrecada fortuna, pede que fieis acompanhem seus pensamentos.

A verdade é que esse falso pastor que é, na realidade, a própria encarnação da mentira, está diante de uma derrota política que ele certamente sabe que lhe custará uma bela dor de cabeça.

Mas é o destino que se desenha através das escolhas. Enquanto a posse de Lula é capa dos maiores jornais internacionais, Malafaia segue com sua picuinha brejeira contra o PT, com aquela velha máxima de que a melhor defesa é o ataque.

Vai dançar, infeliz. Sua hora vai chegar.

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Os quatro anos de Bolsonaro em que a inteligência foi criminalizada

Qualquer coisa que faz o ser humano pensar, tinha que ser extirpada da vida pública. Para Bolsonaro, o importante foi promover a burrice para que o próprio tomasse posse do país, destruísse as instituições, a ciência, a pesquisa, a educação e a cultura.

Tudo tinha que ser feito na base da força bruta, daí a tentativa de Bolsonaro de usar as Forças Armadas contra a própria população que, em certa medida, causou um enorme desgaste à imagem da instituição.

Ou seja, foi a estupidez olavista, que é a representação do que existe de mais ignorante, pernicioso e embusteiro, adicionado a uma dose de violência institucional sem precedentes.

O importante era dar segurança aos idiotas, sobretudo afastando de seu perímetro qualquer forma de conhecimento.

Aqueles mal informados que frequentemente se colocavam à margem da discussão nacional, com Bolsonaro, ganharam status de anticomunistas, patriotas e mais uma dezena de baboseiras que faziam com que a ignorância impedisse qualquer reflexão diante de uma mente absolutamente obtusa que afastou por completo qualquer opinião que não fosse a ditada pela própria cúpula do Palácio do Planalto.

Estava pronta a receita. Um jumento corrupto, com filhos igualmente jumentos e corruptos, tendo uma besta quadrada como Olavo de Carvalho como o sábio dos tolos, e a certeza de que, utilizando as instituições do Estado como moeda de troca, a educação, a cultura e o conhecimento estariam totalmente liquidados.

Foram quatro anos quando nada foi provido de benefício ao país e, consequentemente à população.

Somado a isso, Bolsonaro se blindou deixando que, junto com a crescente corrupção do seu governo, comandada pela própria família, a ignorância, a estupidez, a idiotice sistematizada ficassem sempre de prontidão para administrar-se a si próprias.

O resultado não poderia ser outro. A cólera a que se assistiu depois da derrota de Bolsonaro, tentando produzir no país um total descontrole institucional, num ato de desrespeito generalizado em prol da ignorância, ganhou uma dimensão que muitos temiam e a necessidade de trazer essa ignorância para a realidade, que se tornou atrevida e agressiva, teria que ser freada.

Foi quando o STF reagiu para que uma tragédia autoritária não ganhasse corpo.

Ou seja, a burrice é estimulada, principalmente quando ela é profunda, no caso do bolsonarismo, isso acontece porque essa gente sempre ignorou sua própria ignorância.

E se a ignorância é o elemento mais violento de uma sociedade, a violência em si estava muito bem representada, faltando apenas a instalação da ditadura.

Tudo isso nos custou muito caro, mas uma parcela da sociedade, que é infinitamente maior do que a parte idiota da burrice tropical, colocou-se na linha de frente para enfrentar essa perigosa estupidez. E venceu.

Agora é buscar o tempo perdido e, junto, construir um antídoto para que o fascismo, a brutalidade e a ignorância paguem por sua violência, corrupção e degeneração institucional a partir do comandante desse inferno, chamado Jair Messias Bolsonaro.

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Com a fuga para não ser preso, a obra de Bolsonaro está completa

Dever de casa para os próximos anos.

Bolsonaro abandonou o país sem completar seu mandato e deixou os custos de sua fuga para o Tesouro Nacional, alimentado pelo dinheiro de impostos que todos pagamos. Ou melhor: que a maior parte dos brasileiros paga, porque a outra, dos mais ricos e remediados, tem meios e modos de não pagar nada ou quase nada.

Se o preço a pagar para nos livrarmos dele fosse só esse, estaríamos no lucro, mas não. Ele deixa um país mais dividido do que o que recebeu, e com a maioria dos seus problemas agravados. Alguém será capaz de lembrar uma única obra que ele fez? Por não ter feito, passou a dizer que terminou obras inacabadas.

Educação, saúde, meio ambiente, cultura, saneamento urbano, direitos humanos, assistência social, tudo piorou. Algo como 33 milhões de pessoas passam fome. Há mais de 10 milhões desempregadas. E quando Bolsonaro resolveu gastar dinheiro com os mais pobres foi só pensando em se reeleger.

Deixou um país mais armado, os militares politicamente mais ativos, e uma democracia que sofreu graves abalos, embora tenha triunfado. Ao Poder Judiciário os méritos de não se acovardar diante de um presidente e de generais que o ameaçaram. Há muito ainda a ser contado sobre os bastidores da peleja farda contra toga.

O maior desafio que o presidente eleito tem pela frente não será governar melhor que o seu antecessor, tarefa fácil por comparação, mas o de pacificar o país como prometeu durante a campanha. Não é sobre esquerda e direita, é sobre os que prezam o Estado de Direito e têm ódio e nojo de ditaduras de qualquer cor.

O PT cometeu muitos pecados nos quase 14 anos em que governou o país, mas nunca pôs as liberdades em risco. Do fim da ditadura de 64 para cá, só se ouviu falar em golpe quando chegou ao poder o ex-capitão afastado do Exército que planejou detonar bombas em quartéis se não recebesse um salário, ao seu gosto, mais decente.

Agora que ele se foi porque sabe muito bem o que fez em todas as estações dos últimos quatro anos e tinha medo de ser preso se permanecesse aqui, o país terá de reconstruir com a celeridade necessária as bases para que nunca mais volte, e para que ninguém igual ou parecido com ele venha um dia a sucedê-lo.

*Noblat/Metrópoles

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Acabou, Bolsonaro!

Por Malu Aires

Acabou, Bolsonaro!
Você mentiu demais, roubou por 32 anos esse povo brasileiro, colocou as famílias brasileiras na fila da fome e na indigência mental.
Acabou, seu desgraçado!
Acabou teu reinado nas TVs que tanto passaram pano nos R$5,32 trilhões de dívidas das tuas falcatruas. Acabou a farra das bancadas do boi-bala-bíblia que tanto desgraçam esse país.
Acabou, seu indigente! Acabou, projeto mal acabado de ser humano! Urine pelos olhos, monstro, já que da boca, você defeca!
O balanço do teu “governo” será feito nos Tribunais, seu marginal!

Chega! Desligue essa matraca maldita!
Acabou, seu vagabundo! Pegue tuas perebas e as leve pros EUA – país sem SUS.
ACABOU, CÍNICO VIGARISTA!

O agroterrotismo que te pariu que sofra todas as consequências legais de financiar o horror no Brasil. Que soja de terrorista não embarque pra país nenhum do mundo! O tráfico internacional de drogas misturadas em sacas de café e soja, que sofra todo o prejuízo!

Acabou, seu ordinário progenitor de sociopatas!
Acabou, seu cafetão de trambiqueiras fraquejadas!
Acabou, seu financiador do crime organizado!
ACABOU!

A festa do povo brasileiro há de varrer todo o lixo que ainda te idolatra! Há de limpar esse país de toda a cara amarela de derrota da maldade e verde de ódio!
Acabou seu RACISTA!
Acabou, seu homofóbico estuprador de crianças!
Acabou, seu GENOCIDA!
ACABOU, tchuchuca de torturador!

ACABOU, conservadores da miséria, da ignorância, da misoginia, da intolerância e da perversidade!

Hoje está decretada a morte desse zumbi do horror e que ele conheça o inferno em vida, no ostracismo que tanto merece.

Amanhã começa um novo capítulo para esse país e Bolsonaro é página virada, escarrada e cuspida pela Democracia e que só terá serventia pros processos que essa mula do fascismo carregará nas costas, além túmulo.

Senhor Mercado, não há mais espaço no Brasil pra tolerância à mentira e pro respeito à covardia. Leve todo esse lixo pra lixeira, em 2023!

Acabou, seu mentiroso!
Adélio ainda há de contar que teus filhos arquitetaram a farsa porca. A polícia há de revelar os assassinatos políticos que tua família organiza! A Receita há de recuperar cada centavo desviado dos cofres públicos, pelos teus comparsas de crime!
Que toda a tua desgraça te acompanhe até o fim dos teus dias, filho do cão! Que teu nome seja amaldiçoado por gerações e gerações de inelegibilidade!

Fim do pesadelo.

Que o Brasil respire aliviado porque nenhum brasileiro ou brasileira precisa mais dar ouvidos ao incentivo criminoso desse marginal, calado!
Bolsonaro não merece nem internet discada nessa vida.

A todos e todas que se sentiram ameaçados por este facínora, desopilar é um Direito. Esterrar esse entulho dos infernos num presídio, uma obrigação.

Respirem que será preciso muita coragem pra obrigarmos que os covardes façam o que não fizeram no fim da Ditadura – fazer a covardia sentir o peso da sua culpa.
O Brasil precisa dessa coragem em nós se quiser experimentar a paz.

Que o bolsonarismo seja encarado como crime inafiançável que é!
Que não haja mais espaço pra propagação das ideias desses desgraçados!

Agora é hora de já ir ensinando os desumanos a se comportarem como gente.

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O fascismo tropical só se sustenta e de forma residual com o apoio da mídia

Uma pergunta que sempre se deve fazer nesse momento, como chegamos a isso?

Esta pergunta se destina à ascensão e queda de Bolsonaro, assim como a prisão política e glória de Lula.

Bolsonaro não é em si a referência principal de um processo que desembocou nessa coisa inominável que foram os seus quatro anos de comando da nação, ladeado a uma junta militar palaciana que sonhava em nos devolver ao século passado, mais precisamente a 1964, quando o império midiático não tem mais sombra do poder que tinha naquela época.

Assim, a mídia segue como um grande poder, mas não manda mais em nada.

Bolsonaro surgiu num daqueles momentos em que a direita tradicional, para produzir dois golpes, em Dilma e em Lula, acabou por pagar o preço amargo da implosão, ficando aquém de uma personalidade medíocre até para o baixo clero, como é o caso de Bolsonaro.

Ou seja, Bolsonaro é fruto e não a semente do fascismo no Brasil, semente esta que teve como vítima primeira os próprios criadores.

Ainda assim, isso levou quase duas décadas de uma campanha doentia na mídia contra o PT, com miras apontadas para Lula e Dilma.

Todo esse processo sintetiza, de forma fidedigna, a herança escravocrata brasileira em que os barões da casa grande da atualidade enxergam nos trabalhadores, escravos, e no Partido dos Trabalhadores, uma insurreição que merece ser punida com os piores castigos de uma colônia escravocrata.

Isso dá conta de como a classe dominante brasileira, herdeira dessa mentalidade, não saiu dos anos oitocentistas.

De forma objetiva, a pergunta que anda sendo feita nos quatro cantos do país, é se o bolsonarismo, que foi criado por uma cúpula fascista de cunho militarista, com ramificações na milícia e congêneres, conduziu uma massa de zumbis vinda da direita tradicional e catequizada pela mídia industrial.

Existem pormenores fáceis de identificação para explicar o nível de indigência intelectual dessa gente em que se sobressaem pessoas da classe média e alta.

O fato concreto é que a saída de Bolsonaro do governo, de maneira tão humilhante, não dá procuração para a direita brasileira se aventurar numa substituição automática do mito de barro.

As referências que esses zumbis têm da direita são as piores possíveis. A própria mídia está muito desgastada, sem falar que hoje não goza mais da força que gozava duas ou três décadas atrás.

Ainda são desconhecidos os rumos que tomará a direita no Brasil, quais serão suas referências e literatura voltada a seu papel tradicional.

Na verdade, a direita ficou viciada em dar golpes, acomodando-se de maneira inacreditável, ao passo que a esquerda, ao contrário do que se diz, mantém acesa a chama simbólica que foi derradeira para decidir o reencontro de Lula com a cadeira da presidência.

O que se pode dizer com isso é que a sociedade caminhou muito mais no sentido proposto pelos governos Lula e Dilma do que os caminhos golpistas propostos pela nostálgica direita brasileira.

Por isso a direita tradicional terá um gigantesco trabalho pela frente, enquanto esse grupo militaresco que orbita em torno de Bolsonaro, terá cada vez menos ambiente institucional para impor seu molde fascista num mundo cada vez mais globalizado e, consequentemente, mais vigiado pela população global, que tem atitudes cada vez mais repulsivas contra ditadores e fascistas.

Daí que poderemos ouvir alguns ruídos do bolsonarismo daqui por diante, mas aqueles chiqueirinhos jamais voltarão à cena central da política nacional, até porque a mídia já entendeu que esse caminho só trará tragédias como a do governo Bolsonaro que, com certeza, deixará uma fatura pesada para toda a direita pagar.

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Em sua live de hoje, Bolsonaro assinou a rendição do fascismo

Não foi sem motivos que o bolsonarista, Rodrigo Constantino, questionou a atitude de Bolsonaro, dizendo que seria melhor ele ficar em silêncio, fugir em silêncio.

Poucas horas depois dessa live e, em seguida, a fuga de Bolsonaro, Constantino, que já havia perdido a monetização no youtube, teve sua conta suspensa pelo twitter.

A mesma coisa aconteceu com o neto do ditador, João Figueiredo, Paulo Figueiredo, que perdeu a monetização no youtube e, hoje, sua conta no twitter.

Isso significa que Bolsonaro que, junto com seus militares palacianos, não teria mesmo mais vida fácil no projeto fascista de poder, o que deixou claro o longo silêncio de Malafaia, que também era parte da cúpula que projetou o fascismo no Brasil.

Na verdade, coube ao próprio Bolsonaro, em sua live de despedida, dissuadir os poucos bolsonaristas que restavam em frente a quartéis pedindo golpe, fato que só agravaria ainda mais sua situação com a justiça brasileira. Daí a sua crítica aos atos terroristas provocados por pessoas contratadas pela própria cúpula fascista e que deixou os bolsonaristas insanos decepcionados com seu, agora, ex-mito.

Os recursos de empresários que patrocinaram a tentativa de golpe, nos últimos 60 dias, minguaram e, hoje, com a live de Bolsonaro, certamente secaram.

Até o Véio da Havan, que também era parte desse projeto, deu sinais claros de que o vento mudou, e muito, ao reclamar da chacota que virou na entrega do prêmio “Melhores do Ano”, em evento da Globo.

Antes, Hang usava essas críticas para promover a sua rede  de lojas, mas agora, não tem saída.

O fato é que, muito mais do que aceitar a derrota nas urnas, Bolsonaro assinou a rendição do fascismo no Brasil.

https://twitter.com/desmentindobozo/status/1608828515285356545?s=20&t=NZFEbGutQ_-BqDJPwzuMxQ

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