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Arthur Lira usou de FAB para atos partidários de Bolsonaro e aliados

O presidente da Câmara, Arthur Lira, usou voos da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a pelo menos oito eventos partidários no último mês, em que promoveu sua campanha e de aliados à reeleição. Além de ir ao lançamento da candidatura de Jair Bolsonaro com a camiseta “Bolsonaro 22”, Lira visitou o pai, prefeito Benedito de Lira, com voos pagos com dinheiro público.

Segundo Guilherme Amada, do Metrópoles, na noite de 27 de junho, uma segunda-feira, Lira embarcou em um avião da FAB para Maceió, capital de seu estado, com outros oito passageiros, cujos nomes são ocultados pela Aeronáutica. O motivo alegado para o voo foi “serviço/segurança”. No dia seguinte, recebeu Jair Bolsonaro ao lado de seu pai, Benedito Lira, ex-senador e atualmente prefeito de Barra de São Miguel (AL).

Nesse evento de entrega de moradias populares na cidade, Benedito de Lira aproveitou o discurso, transmitido pela estatal TV Brasil, para xingar uma pessoa na plateia: “Você não conhece a história de Alagoas, não. Saia daqui, vai embora, filho da puta”. Bolsonaro e Lira, também no palco, sorriram.

Um dia depois, na quarta-feira (22/6) cedo, Lira pegou outro avião da FAB para retornar a Brasília. A prática se repetiria mais duas vezes em julho, para que Lira fosse a sete eventos partidários.

Na noite de 23 de julho, um sábado, Lira voou de FAB de Maceió a Belo Horizonte. No domingo (24/7), embarcou de manhã da capital mineira ao Rio de Janeiro. A convenção do partido do presidente ocorreria naquele dia no Maracanãzinho, na Zona Norte. Lira vestiu naquele dia a camiseta “Bolsonaro 22”, mencionando o número do presidente antes do começo da campanha.

Depois do evento, retornou de FAB para Maceió. Fez eventos públicos com aliados e pré-candidatos em Pilar (AL) na segunda-feira (25/7) e Atalaia (26/7) na terça-feira (26/7). À noite, pegou outro voo da FAB para Brasília.

Após dois dias, Lira estava de volta a Maceió, também levado pela estrutura da FAB. Nesse périplo, foi a eventos partidários em Arapiraca (AL) e Maceió, no dia 30, e em Maragogi (AL) e Barra de São Miguel (AL) no dia 31.

Em Arapiraca, fez atos públicos com seus aliados que concorrem ao governo, Rodrigo Cunha, e ao Senado, Davi Davino. Já em Barra de São Miguel encontrou o prefeito Benedito de Lira, seu pai. À noite, voltou de FAB para Brasília.

Procurado, Arthur Lira afirmou que seus voos com a FAB buscam “agilizar o cumprimento de agenda” e “medidas de segurança”. “Tudo legal e seguindo as orientações dos órgãos institucionais”, afirmou.

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Michelle Bolsonaro, a pudica do pau oco

O brasileiro, praticamente, não conhecia a primeira-dama. Quando Michelle foi apresentada à sociedade, o fato se deu no primeiro escândalo de corrupção envolvendo a própria e a figura mais proeminente do esquema de formação de quadrilha e peculato que descortinou pela mídia, a partir de cheques do gerente geral dos laranjas e fantasmas dos gabinetes da família.

Queiroz, possivelmente, é um dos personagens mais destacados na era Bolsonaro. Ele é uma espécie de cloroquina que servia de remédio para todo tipo de esquema do clã, atendendo perfeitamente bem a tarefa de organizar a coleta da grana grossa com os laranjas e fantasmas que, em muitos casos, pelo que se sabe, a escolha de Queiroz era em combinação com o clã.

De cara, ainda no processo de transição do governo Bolsonaro, explodiu o escândalo pelo Coaf, de uma série de depósitos feitos por Queiroz na conta de Michelle, o que a obrigou a sair de cena por um tempo. Até hoje esses depósitos não foram esclarecidos, assim como outros depósitos que totalizaram R$ 89 mil.

Agora, Michelle ressurge imantada de pudica de asas de ganso propondo uma guerra religiosa entre o bem e o mal. Certamente, Queiroz está do lado do bem, afinal, como dissemos, é o homem que depositava na conta da moça, o que não deixa de ser o retrato da cara dura, pior do que a hipocrisia do complexo bolsonarista.

Como disse o New York Times, tira o sono de Bolsonaro o medo de ser preso depois de uma eventual derrota e tem razões para isso.

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Vídeo: Chico Buarque lê trecho da “Carta em defesa do Estado Democrático de Direito”

Documento já conta com mais de 800 mil assinaturas e é reação às manifestações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas.

O cantor e compositor Chico Buarque gravou um vídeo em que lê um trecho da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”

O documento é inspirado na “Carta aos Brasileiros”, de 1977, que comemorou 45 anos nesta segunda-feira (8). Organizadores da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, publicaram um novo texto em defesa da democracia nos grandes jornais do país.

O manifesto, que foi divulgado no último dia 26 de julho, já conta com mais de 800 mil assinaturas e é considerado uma crítica velada às acusações de fraude nas urnas eletrônicas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ato em 11 de agosto

O texto publicado nesta segunda-feira comemora a existência da “Carta aos Brasileiros”, reforça o seu propósito de defesa da democracia e convida para participação no ato de quinta-feira (11), no Largo de São Francisco, em frente à Faculdade de Direito da USP.

“A mobilização popular será o antídoto eficaz para evitar eventual investida contra o resultado da eleição, independentemente de quem seja o vencedor”, diz um trecho da “Carta de 22”.

Para assinar a carta, clique aqui.

Veja abaixo o trecho lido por Chico Buarque:

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.

Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:

Estado Democrático de Direito Sempre!!!!

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Mário Scheffer: Inércia governamental e homofobia, uma combinação explosiva que piora o surto de varíola dos macacos

Desde o final de maio, com mais de cem casos da varíola dos macacos reportados em uma dúzia de países, autoridades sanitárias brasileiras sabiam que a circulação de pessoas traria o vírus imediatamente ao País.

Quase dois meses depois de confirmar o primeiro caso, o governo paulista anunciou na semana passada um plano que prevê alguma testagem e assistência aos pacientes.

Além de tardia, a reação é insuficiente, considerando que São Paulo registra 75% dos mais de dois mil infectados no Brasil até o momento.

Países como Estados Unidos, França e Reino Unido já iniciaram a vacinação das pessoas altamente expostas e dos contatos próximos de quem foi diagnosticado positivo.

Por aqui não se sabe quais vacinas e para quem serão disponibilizadas, nem como andam as compras ou remessas internacionais.

A notícia, vaga, é que, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), chegariam doses ao Brasil nas próximas semanas – sem data prevista de distribuição na rede pública do SUS.

Ainda não há campanhas de prevenção em curso, são poucos os laboratórios para testes no País e faltam agilidade e transparência na contagem pública dos casos.

Como se sabe, a grande maioria das infecções até agora se deu entre homens que fazem sexo com homens, embora tenham sido notificados casos em crianças, adolescentes e mulheres grávidas.

O Monkeypox pode ser transmitido durante relações sexuais, mas qualquer pessoa que tenha contato físico com alguém infectado corre risco de contrair a doença. É a proximidade entre as pessoas e o número de contatos próximos que favorecem a disseminação.

Médicos têm alertado que muitos transmitem o vírus sem saber, pois são assintomáticos ou apresentam sintomas leves, que se confundem com outras doenças.

Sem imunização, é dada como certa a dispersão para outras regiões e grupos populacionais, se consideradas as condições sociais que envolvem a alta prevalência de doenças infecciosas em geral no Brasil, o que vai de moradias precárias a presídios superlotados.

Essa realidade exigiria uma abordagem unificada nacional, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que acionou seu nível mais alto de alerta, a emergência de saúde pública de interesse internacional.

A providência dificilmente virá do governo federal depois do desmonte das áreas técnicas nos últimos anos e da adoção do negacionismo como método para esconder problema de saúde pública inconveniente em véspera de eleição.

Por enquanto, apenas uma comissão técnica foi criada na Anvisa para avaliar testes, medicamentos e vacinas à medida que a agência receba pedidos de registro. Também foi publicada uma nota técnica do Ministério da Saúde, com orientações para gestantes e lactantes.

Combinação explosiva, a omissão governamental se junta à homofobia.

A nova crise sanitária é um prato cheio para a extrema direita, que está em campanha pró-Bolsonaro, estimulando a discriminação contra pessoas LGBTQIA+ e os ataques planejados a políticas públicas voltadas a essa população.

A contaminação do ambiente social por homofobia e transfobia pode ser medida pela régua de um juiz da 15ª Vara Criminal de Brasília.

Em decisão na sexta-feira (5/8), o magistrado banalizou a declaração preconceituosa do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, para quem a homossexualidade é produto de famílias “desajustadas”.

A desinformação que circula sobre a varíola nas redes sociais traz consequências inimagináveis.

Na caça aos “vilões”, houve até retaliação aos macacos, com maus tratos e morte de animais. A Sociedade Brasileira de Primatologia teve de vir a público para enfatizar que a nomenclatura “varíola dos macacos” é inadequada, pois não existe participação de primatas não humanos na transmissão.

Já a cruzada homofóbica gera confusão e pânico. Faz com que humanos desconheçam sua real vulnerabilidade, ficando menos propensos a buscar serviços de saúde, relatar sintomas e informar contatos.

Autoridades e ONGs têm surgido confusas e inseguras. Preocupadas em falar da doença de maneira não estigmatizante, usam termos evasivos, descartam urgência ou gravidade, evitam mencionar quem demandaria proteção imediata do poder público.

Paralelos vêm sendo traçados com a epidemia da aids nos anos de 1980 e a forma como algumas populações foram violentamente discriminadas no início.

Diferentemente do HIV antes do tratamento antirretroviral, a varíola dos macacos dificilmente mata. Mas o preconceito é semelhante.

O problema, antes, não era direcionar campanhas às pessoas mais afetadas, mas, sim, o fato de as mensagens serem absurdas, moralistas, julgadoras da orientação e do comportamento sexual.

O discurso que interdita a prevenção dirigida, viu-se há mais de trinta anos, é também perigoso, pois impede que muitas pessoas tenham acesso a informações para tomar decisões que dizem respeito às suas vidas e a sua saúde.

A saída encontrada no passado, que serve de lição, foram medidas de combate à estigmatização, baseadas na ciência e nos direitos humanos, que incluíam os mais vulneráveis como parte da solução.

A grande diferença do momento atual é que a doença, felizmente, tem vacina e cura.

É preciso exigir um plano de enfrentamento e vacinação contra o Monkeypox no Brasil, um direito e uma urgência nacional.

*Viomundo

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Vídeo: Anitta reforça apoio a Lula e coloca áudio do ex-presidente ao vivo no PodDelas

A cantora pop Anitta, a artista brasileira mais ouvida no mundo atualmente, reforçou seu apoio ao ex-presidente Lula (PT), nesta segunda-feira, 8, durante entrevista ao podcast PodDelas. Ela anunciou que convidou Lula para participar do podcast com ela e mostrou o áudio que o ex-presidente lhe enviou.

“Anitta, quero agradecer a gentileza e o carinho que você teve me convidando pra participar do PodDelas junto com você. Gostaria que você transmitisse para a Tata e Bruna que eu estou morrendo de vontade de participar, e poder discutir um pouquinho os problemas do país, das mulheres, das crianças, os problemas do dia a dia que são muitos, e eu espero que a gente resolva tudo isso logo logo. Se um dia elas me convidarem e você quiser estar presente, com a maior realidade possível… Estou totalmente à disposição”, disse Lula no áudio executado pela cantora.

*Confira:

*Com 247

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New York Times: Escândalos de corrupção definiram o mandato de Bolsonaro

A manchete do New York Times, “Bolsonaro está com medo de ser preso e tem motivos de sobra para estar”, bate com a avaliação que a imensa maioria do povo brasileiro faz dos ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao judiciário.

A reportagem destaca que os incontáveis escândalos de corrupção que definiram o seu mandato, começam em casa com o esquema de formação de quadrilha e peculato, popularmente chamado de rachadinha, o que não significa menosprezo com a gravidade dessa prática e, por isso, rompeu fronteiras.

A matéria publicada nesta segunda-feira, (8), mostra que a temperatura que paira no ar que Bolsonaro respira, é a mesma que definiu o destino de Jeanine Añez, presa por conspirar um golpe de Estado que a levou à presidência da República da Bolívia.

O jornal fala que Bolsonaro está prestes a perder a eleição e, junto, a própria liberdade. Por isso mesmo o medo que ele não consegue mais esconder explica suas tentativas de desacreditar a eleição antes que ela aconteça, e deu exemplo a reunião de Bolsonaro com dezenas de diplomatas estrangeiros para descredenciar o sistema de votação eletrônica no Brasil.

E o NYT segue com uma avaliação que já é, para os brasileiros, uma constatação de que Bolsonaro tem motivos de sobra para temer a prisão.

Segundo NYT, acusações da justiça não faltam para que Bolsonaro seja condenado.

E vai mais além, está ficando difícil acompanhar todas as acusações contra o presidente do Brasil e seu governo.

Mas não para aí. É citado com ênfase pelo jornal o escândalo de corrupção no MEC e a responsabilidade direta de Bolsonaro nas quase 700 mil mortes por covid no Brasil.

Como remédio, o NYT destaca, Bolsonaro responde impondo sigilo de 100 anos ou tentando obstruir as investigações para continuar exercendo o poder, pois precisa mais do que nunca manter-se na presidência da República. Daí, o uso do famigerado orçamento secreto, obscuro e corrupto para garantir apoio do Centrão.

Sobre o Auxílio Brasil, chamado pelo povo brasileiro de Auxílio Eleitoreiro, Bolsonaro conseguiu aprovar a distribuição de R$ 41 bilhões na boca de urna das eleições.

E a matéria termina sintetizando a mais pura verdade: Bolsonaro está desesperado para evitar a derrota. E ele tem toda razão para estar.

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Dez pessoas receberam R$ 992 mil só este ano da folha secreta do Ceperj

A lista seleta revela outros nós da teia política que pode estar por trás das contratações temporárias para projetos do governo do Rio investigados pelo Ministério Público estadual (MPRJ).

Segundo O Globo, apenas dez pessoas receberam um total de R$ 992.345,19 dos pagamentos da “folha secreta” do Ceperj este ano. A lista seleta — na qual cinco dos favorecidos retiraram, cada um, mais de R$ 100 mil — revela outros nós da teia política que pode estar por trás das contratações temporárias para projetos do governo do Rio investigados pelo Ministério Público estadual (MPRJ). O histórico de funções no governo exercidas por um dos beneficiados, Thiago Ribeiro de Paula, revela, por exemplo, que, a partir de abril de 2020, segundo a descrição de seu perfil no Linkedin, ele foi assessor especial na vice-governadoria fluminense, quando a cadeira era ocupada pelo hoje governador Cláudio Castro (PL), antes do afastamento de Wilson Witzel (PMB). Procurado, o Palácio Guanabara não retornou.

A relação tem ainda servidor: além das ordens de pagamento do Ceperj, Frederico Aldabalde Munck Machado tem cargo comissionado na Secretaria estadual da Casa Civil, mas que ao longo deste ano recebeu sua remuneração mensal de cerca de R$ 5 mil por operações em outra pasta, a de Governo, ocupada até abril passado por Rodrigo Bacellar (PL), atual líder do governo Castro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Presidentes de órgãos

Dois ex-presidentes de órgãos estaduais também figuram na lista: Elizabeth Valle Viana Paiva, que esteve à frente da Fundação Departamento de Estradas de Rodagem (DER) em 2020; e o próprio Thiago Ribeiro de Paula, que foi presidente da Superintendência de Desportos do Rio (Suderj), em 2019, além de ter sido nomeado em maio de 2020 diretor de administração e finanças da Fundação Leão XIII — órgão pelo qual, segundo a Transparência do estado, neste mês de agosto está recebendo uma remuneração mensal bruta de R$ 11 mil por um cargo comissionado. Tanto a Leão XIII, quanto o DER eram subordinados à vice-governadoria, antes de Castro assumir o cargo de governador.

Dos três, Elizabeth foi quem recebeu valores mais vultosos do Ceperj: R$ 114.149 (o segundo o maior acumulado dos pagamentos da fundação). Já Thiago foi o quarto do ranking, com R$ 102.398; e, Frederico, o sétimo, com R$ 95.455. No caso de Thiago, ele realizou 14 saques ou transferências entre janeiro e julho deste ano, às vezes duas operações no mesmo dia, todas de valores entre R$ 7.250 e R$ 7.399 cada uma, para as quais utilizou quatro diferentes agências bancárias.

O campeão em retiradas, no entanto, conforme mostrou reportagem do UOL, foi o jornalista Fabrício Manhães Cabral (R$ 122,8 mil de janeiro a julho). Ao site, ele disse que foi indicado por um vereador de Campos dos Goytacazes, Helinho Nahim (Agir), aliado de Rodrigo Bacellar. Ele não soube explicar, no entanto, o que fazia no Ceperj. A fundação, em nota, disse ao site que Cabral era “superintendente de projetos”.

Ao todo, com base numa planilha entregue pelo Bradesco, o MPRJ identificou 27.665 pessoas físicas favorecidas este ano em ordens bancárias de pagamento emitidas pelo Ceperj, incluindo funcionários da Alerj e pessoas com cargo no governo.

“A possibilidade de contratação por Recibo de Pagamento Autônomo – RPA também pode ser utilizada como burla à vedação constitucional à acumulação de cargos públicos”, afirmou a ação civil pública do MPRJ, citando o caso de Elizabeth.

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PF tenta reverter corte de R$ 150 milhões e evitar interrupção de emissão de passaportes

Corte de verba agrava indisposição entre a corporação e o governo pela quebra do acordo de reajuste salarial.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, o governo federal prepara um contingenciamento de R$ 150 milhões no orçamento da Polícia Federal, o equivalente a 11% do montante previsto para o caixa da corporação neste ano.

A passagem da tesoura já foi comunicada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública à cúpula da PF, que tenta reverter o corte. Superintendências e delegacias especializadas também já estão cientes do contingenciamento de recursos.

Dois delegados que já foram comunicados da necessidade de conter os gastos confirmaram os avisos à equipe da coluna. Relatos multiplicados em grupos de WhatsApp dão conta de que a ordem das cúpulas foi “parar tudo”. Agentes e delegados temem a inviabilização da emissão de passaportes, cortes em viagens, cursos e até mesmo no combustível de viaturas.

Há ainda uma preocupação especial com o trabalho da PF nas eleições. A corporação é responsável pela segurança dos candidatos e prevê empregar nesse trabalho cerca de 300 agentes. A operação vai custar R$ 57 milhões.

Há, ainda, a perspectiva de cortes de serviços terceirizados. A percepção, nos bastidores da corporação, é de que o cenário de funcionamento já “estrangulado” pode se agravar ainda mais.

Um delegado da PF, em condição de reserva, lembra que a instituição alegou falta de recursos ao não transferir o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, preso em junho, de São Paulo para Brasília por ordem da Justiça.

O corte ocorre em meio à mobilização de policiais por reajustes salariais, uma promessa de Jair Bolsonaro. Para além da indisposição com a categoria, a paralisação de serviços como a confecção dos passaportes pode representar mais uma pedra no sapato de Bolsonaro, caso seja reeleito em outubro.

Ao aprovar a Lei Orçamentária Anual de 2022, em dezembro do ano passado, o presidente destinou R$ 1,7 bilhão do orçamento para o reajuste da categoria, o que não se cumpriu.

A quebra no acordo com a corporação gerou ruídos com entidades como a Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), que no mês passado emitiu uma nota acusando o governo Bolsonaro de representar o “descaso, desprestígio e desvalorização” para com a PF.

Como mostrou o blog em junho, aliados do presidente compartilham a percepção de que a PF vive uma “guerra interna” acirrada pelo não cumprimento do acordo de reajuste salarial, mas que também se alimenta da disputa entre alas ligadas a Bolsonaro.

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Eduardo Paes contraria Bolsonaro e mantém tradição de desfile de 7 de setembro no centro do Rio

Após presidente dizer que parada seria em Copacabana, edital indica comemoração em torno do Pantheon de Caxias.

Após o presidente Jair Bolsonaro ter dito que a parada militar do 7 de Setembro aconteceria na orla de Copacabana, a Prefeitura do Rio de Janeiro tomou uma decisão que contraria o mandatário. Em edital publicado no Diário Oficial do Município de quinta-feira (4), a cidade indica que a comemoração da data acontecerá na região central, na avenida Presidente Vargas, em torno do Pantheon de Caxias.

De acordo com o edital, estruturas de metal, toldos, arquibancadas, grades e sonorização serão adquiridas e instaladas para o desfile, com custo estimado de R$ 318.035.

O pregão eletrônico, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública do RJ, também detalha a posição do que deve ser instalado —especialmente as tribunas e arquibancadas, com tudo em volta do Monumento a Duque de Caxias.

Nesta sexta-feira (5), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que o evento será no local “aonde o Exército solicitou e aonde sempre foi feito”. Ele também disse que “não trabalha na birra nem na fofoca”.

“Preferências políticas e administração são coisas distintas. E as posições políticas aqui sempre foram claras”, escreveu.

Procurada para falar sobre a decisão, a prefeitura afirmou que, “até momento, não recebeu nenhum pedido de alteração do local do desfile de 7 de Setembro e, por isso, segue com o trabalho de apoio logístico para que o evento ocorra em seu local tradicional, a av. Presidente Vargas”.

Na terça-feira (2), no Twitter, Paes havia se colocado “inteiramente à disposição do governo federal”, mas disse que o evento demanda uma “logística bastante complexa”. O prefeito ressaltou a estrutura necessária e a demora para montagem.

“Obviamente, desafios que podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento”, disse.

Bolsonaro havia dito que, na data em que se comemora a Independência do Brasil, ele estará presente em desfiles oficiais pela manhã, em Brasília, como é tradição, e também no Rio de Janeiro, à tarde.

“Nós queremos, pela primeira vez, inovar no Rio de Janeiro. Sei que vocês queriam aqui, mas nós queremos inovar no Rio de Janeiro. Às 16 horas do dia 7 de Setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs, forças auxiliares, estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo”, disse, durante a convenção nacional do Republicanos, realizada em São Paulo.

No mesmo dia em que Bolsonaro afirmou que o desfile havia sido transferido para a praia de Copacabana, o presidente também disse que as Forças Armadas e forças auxiliares, as polícias militares, desfilariam no evento. Entretanto, o edital da prefeitura não cita essas participações.

De acordo com o texto, a Polícia Militar somente estará presente na interdição da avenida, colaborando com a CET-Rio (Companhia de Engenharia e Tráfego do Município do Rio de Janeiro) e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro.

A escolha de Bolsonaro de participar do desfile no Rio de Janeiro pegou militares que organizam o evento de surpresa. Os preparos para o evento estavam quase todos prontos, mas tiveram de ser rearranjados para comportar a participação do presidente e de seus apoiadores.

O ato deve ter caráter político e eleitoreiro, uma vez que ocorre a um mês da votação. Acontecerá ainda em um momento em que o chefe do Executivo está pressionado pelas pesquisas de intenção de voto e joga descrença sobre o sistema eleitoral.

*Com Folha

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O medo de Cláudio Castro é o medo de Bolsonaro: cadeia

Ambos fazem de tudo para conseguir a reeleição, usando de expedientes secretos.

Eleitos na onda falsamente apolítica e terrivelmente evangélica de 2018, Bolsonaro e Cláudio Castro são farinha do mesmo saco roto. Hoje desmascarados em suas intenções golpistas e corruptas, o medo de um é o medo do outro: a cadeia.

A exemplo do presidente, o governador —que assumiu após o impeachment relâmpago de Wilson Witzel— aposta tudo e usa todos os meios para conseguir a reeleição. Ainda não falou em fugir do país em caso de derrota ou responder a bala para evitar a prisão, mesmo sendo a PM do Rio a mais letal do país. Mas tem em mente o destino atrás das grades de seus antecessores —Moreira Franco, Rosinha Garotinho, Anthony Garotinho, Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão. A lista de chamada na penitenciária se completa com Eduardo Cunha, cacique fluminense atualmente em fuga para São Paulo.

Todos eles, à exceção de Moreira, estão abraçados a Cláudio Castro em sua campanha eleitoral. Campanha que está abalada depois do escândalo dos empregos secretos, uma variante tosca do arranjo do orçamento secreto que firmou o pacto de Bolsonaro com o centrão no Congresso.

Revelado pelos repórteres Ruben Berta e Igor Mello e já identificado pelo Ministério Público, o rachadão do governador envolve a contratação de funcionários fantasmas para atuar na Fundação Ceperj. Nos sete primeiros meses deste ano, 27.665 pessoas sacaram R$ 226,4 milhões, dinheiro em espécie que, segundo a investigação, era devolvido aos cabeças do esquema. Suspenso após as denúncias, só o projeto Casa do Trabalhador abrigava 9.000 cargos sigilosos.

Em tempos menos contaminados pelo bolsonarismo, Castro já teria renunciado à disputa nas urnas. Mas o buraco é profundo. E ainda conta com cavadas de quem deveria se esforçar para tapá-lo. Historicamente sem expressão no Rio, o PT de Lula não consegue se afinar com Marcelo Freixo, cuja candidatura anda (sem trocadilho) claudicando.

*Alvaro Costa e Silva/Folha

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