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Renan Calheiros acusa governo Bolsonaro de tentar trocar ministros do TCU para driblar problemas com Orçamento

Senador recebeu informação de um dos integrantes do tribunal que poderia sair do órgão de controle para assumir uma embaixada.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) abriu fogo contra o que seria uma manobra do governo de Jair Bolsonaro para conseguir maioria no TCU (Tribunal de Contas da União) e se blindar contra a acusação contra eventual crime de responsabilidade por causa da sanção do Orçamento de 2021.

O Orçamento atual é um verdadeiro tour de france. Festival de irregularidades e sequestro de R$ 51 bi para emendas parlamentares e do ex-relator. Trocar ministro do TCU para tentar driblar a inconstitucionalidade do que foi aprovado pelo Congresso é absurdo”, escreveu ele no Twitter.

A coluna apurou que um dos ministros do TCU, Raimundo Carreiro, comunicou ao senador que pode deixar o TCU para assumir a embaixada de Portugal, abrindo vaga para que Bolsonaro indique um novo ministro ligado a ele.

Um dos nomes aventados é o do senador Antonio Anastasia (PSD-MG).

O jogo de xadrez pode enfrentar dificuldades. Já há articulações em andamento para que a senadora Katia Abreu (PP-TO), que preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, dificulte a indicação de Carreiro para qualquer embaixada, já que ela teria que ser aprovada pelo colegiado.

Procurado, o ministro Carreiro não respondeu às ligações da coluna.

Na semana passada, o Ministério Público junto ao TCU pediu que o órgão de controle emita um alerta preventivo de que a sanção do Orçamento de 2021 poderia levar o presidente Jair Bolsonaro a responder por crime de responsabilidade.

*Mônica Bergamo/Folha

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Delegado superintende da PF do Amazonas que acusou Ricardo Salles é convidado a depor na Câmara

Delegado disse ao STF que Ricardo Salles atua em favor de madeireiros investigados pela polícia.

Os deputados petistas Paulo Teixeira (SP) e Joseildo Ramos (BA) fizeram um convite para que Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal no Amazonas que será trocado após entrar em atrito com o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), compareça na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.

Antes de ser substituído, o delegado apresentou uma notícia-crime no Supremo em que acusa Salles de atuar em favor de madeireiros investigados pela PF.

Os deputados afirmam no requerimento ser preciso “esclarecer se tal substituição diz respeito a um ato de retaliação por parte do diretor-geral da PF e do governo Bolsonaro.”

*Com informações de O Globo

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Ricardo Salles é apenas o Queiroz amazônico do clã Bolsonaro

Ricardo Salles está para o clã Bolsonaro na Amazônia, como Queiroz está em Rio das Pedras.

O sujeito é um miliciano amazônico ou florestal, como queiram. Por isso, o delegado que pediu sua cabeça, caiu.

Não vimos o mesmo acontecer com Frederick Wassef, que escondeu Queiroz, o fugitivo da justiça, em sua casa em Atibaia? E o que aconteceu com ele? Nada. A justiça não pode chegar perto do clã Bolsonaro, são ordens do patrão.

Flávio Bolsonaro comprou a mansão de R$ 6 milhões fazendo bundalelê na cara dos brasileiros. Primeiro, qualquer corretor que avaliar a mansão, concluirá que o preço é muito maior do que o que foi declarado. Segundo, a justificativa da compra do imóvel do senador vigarista só poderia ser uma explicação vigarista.

Bolsonaro tem o controle da PGR que tem Aras em seu comando, um sedento ambicioso pela vaga de Marco Aurélio Mello no STF que trava uma disputa ferrenha com outro sujeito com o mesmo quilate moral, André Mendonça, mostrando como a República está emporcalhada e como Bolsonaro mexe seu tabuleiro usando as instituições do Estado para se blindar e avançar em patrimônios públicos na cara de todos, sem encontrar qualquer resistência.

Um sujeito como esse que tem ideia fixa nas riquezas da Amazônia desde que estava no exército, porque carrega no DNA a mesma ambição que o pai tinha por garimpo ilegal, não iria, em hipótese nenhuma, mandar Salles pro espaço, seu homem de confiança, a pedido de um delegado da PF que, para piorar, ainda fez a maior apreensão de madeira ilegal de um pilantra que frequenta o Senado e o próprio chiqueirinho de Bolsonaro.

Ora, Bolsonaro aparelhou todo o comando da PF não só para blindar seu clã, mas para seguir em busca da joia da coroa para a família de contraventores. E o delegado que cruzou seu caminho, teve o destino que terão todos que atrapalharem os negócios da família.

Por isso Salles é intocável, pois carrega com ele a mesma patente de Queiroz no esquema criminoso do clã Bolsonaro. Até o mais boboca dos bobocas sabe disso.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ciro disputa com Vera Magalhães e Cantanhêde o troféu de viúva Perpétua da Lava Jato

Quem viu a novela Tieta do Agreste, (baseada no romance de Jorge Amado), não se esqueceu da viúva Perpétua, (magistralmente interpretada por Joana Fomm) que, ressentida e frustrada com a morte do marido, jamais abandonou o luto e vivia sua viuvez eterna se vingando nas pessoas o seu inconformismo.

Há formas de criticar e de se opor a um determinado político, isso, mais do que salutar numa democracia, é necessário.

Mas quando se abandona a oposição e passa-se a expressar um ódio profundo muito mais baseado em mágoas e rancores do que em uma visão crítica, aí já não é mais oposição, é mau-caratismo.

Certamente, a saúde mental de Ciro Gomes, que anda mandando cartas pro cavalo da carroça da rainha da Inglaterra, não anda lá essas coisas. Parece que Ciro está agarrado na ideia fixa de que ele merece ser presidente da República mesmo apresentando míseros 6% e a segunda maior rejeição nas pesquisas de opinião, ou seja, a metade dos votos que teve em 2018.

Muito dessa aversão que ele construiu no eleitorado, foi justamente por ter a atitude tão mesquinha de ir para a França depois que viu Haddad com mais do que o dobro de seus votos que deram a ele a condição de disputar o segundo turno. Ciro, ali, demonstrou o quanto era pequeno e não um político estrategista que tentou se construir no antipetismo oportunista, mas não, Ciro não segurou o tranco do próprio fígado e não quis mais saber de eleição, mostrando que nunca teve grandeza social, pois sabia perfeitamente o que significaria a vitória de um monstro como Bolsonaro.

Por isso ele faz sempre comentários com o personagem que criou, o Ciro doido em que critica Moro pela condenação de Lula e, agora, critica Lula pela absolvição concedida pelo STF.

Se isso não é o mais puro clichê de um oportunista, não se sabe como desclassificar esse despudor de um Ciro cada vez mais plagiador do bolsonarismo tardio.

Já Vera Magalhães, que havia dito que não chamaria Lula para uma entrevista no Roda Viva por ele não ser player e ser condenado, o que é uma grande mentira, preferiu seguir a procissão fúnebre da mídia que, no máximo, passou o dia fazendo rumores sobre a vitória de Lula e a derrota de Moro ontem no STF.

É certo que Eliane Cantanhêde, talvez inspirada pelo fricote de Fux, tenha se empolgado convocando inacreditavelmente o powerpoint de Dallagnol, tendo por isso que ser desautorizada pela professora de Direito Constitucional da UFRJ, Margarida Laccombe Camargo.

O fato é que, mesmo com a arrogância abatida, Ciro Gomes, Vera Magalhães e Eliane Cantanhêde, cada um a seu modo, não aceitam ver o “gigante” de Curitiba cair por terra e ainda manterão por um bom tempo o espírito da Perpétua da Lava Jato que jamais se conformando com sua viuvez.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Sem governo federal, governadores se reúnem com ONU e pedem ajuda humanitária com mais vacinas e insumos

O Brasil sem governo e com a covid em franca expansão, não restou outra alternativa aos governadores brasileiros, na tentativa de salvar vidas e evitar que a saúde colapse de vez.

Governadores dos 26 estados e do Distrito Federal se reúnem com a secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohammed, para garantir assistência humanitária das Nações Unidas na compra de medicamentos e vacinas contra a pandemia de Covid-19

O Fórum de Governadores do Brasil se reúne na tarde desta sexta-feira (16) com a secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina Mohammed. O objetivo do encontro é garantir assistência humanitária e na compra de medicamentos e vacinas para combater a pandemia da Covid-19.

De acordo com coordenadora da ONU no Brasil, Marlova Noleto, o Brasil já recebe assistência na compra de medicamentos, como o kit intubação, o que deve ser intensificado. “Nosso escritório de coordenação já esta trabalhando com o Ministério da Saúde e com vários governadores na compra de medicamentos que estão na eminência de faltar, como é o caso do kit intubação e outros sedativos”, disse a coordenadora em entrevista concedida à GloboNews na manhã de hoje.

“Evidentemente, a partir da reunião de hoje devemos intensificar essa frente. Acredito que essa vai ser uma das decisões da secretaria-geral”, completou.

*Com informações do 247

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O silêncio de Vera Magalhães sobre a anulação pelo STF das condenações de Lula

Sejamos justos para não parecer com a própria Vera Magalhães.

Com a queda do estelionato jurídico que condenou e prendeu Lula sem provas, não é só de Vera Magalhães que o gato comeu a língua, a mídia também se fechou em copas.

Talvez o trêmulo Merval, que apareceu no J10 da GloboNews com a testa suada, represente o espelho da mídia brasileira. Mas aquela senhora do Roda Viva que escreveu o famoso artigo “Uma escolha difícil” entre Haddad e Bolsonaro, deve estar curando o fígado com o seu solene silêncio depois da derrota de um indecoroso juiz de quem Vera Magalhães era tiete deslumbrada.

Por outro lado, a mesma Vera, identificada por quem tinha um mínimo de senso crítico, como uma aferrada antilulista por esses idiotismos comuns que a mídia brasileira coleciona.

Seja como for, a jornalista, com seu silêncio, não esconde o tamanho da ressaca com direito a enxaqueca que o final de semana lhe reserva após a estupenda vitória de Lula sobre todos os que conspiravam contra o Brasil.

*Da redação

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O faniquito de Fux com a derrota de Moro no STF foi um show à parte

Quando viu que até Barroso votou com Fachin pela anulação das condenações de Lula na Lava Jato, o pequeno Fux não se conteve em seu fricote, esquecendo-se até que antes da votação dos ministros que apertaram o passo para encerrar logo a peleja, o trapaleão que preside o STF disse que queria encerrar a sessão porque tinha um compromisso às 18:30h.

O ataque nervoso de Fux sem razão aparente teve origem na acachapante derrota e na própria morte da Lava jato.

O inconformado Fux estava que era só revolta diante da adversidade e, não querendo se resignar ou se submeter à realidade de que a carruagem da Lava Jato tinha virado abóbora, partiu para o inconformismo porra louca. Só faltou organizar uma greve de fome em nome do lavajatismo renitente.

Fux estava inconsolável, diria mais, indominável, não conseguindo segurar o seu impulso de fúria pelo fim da farsa, pelo fim da fraude, pelo fim daquilo que o Le Monde classificou como “maior escândalo judicial do planeta”.

Só faltou o Fux gritar “Elvis não morreu!” para fazer alusão ao seu inconformismo diante do funeral da República de Curitiba.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Cai delegado da estranha perícia sobre Operação Spoofing. Tem gato na tuba

É claro que havia gato na tuba. Em outros tempos, a aberração pareceria sensata. Não desta vez.

Estranhei quando li, na Folha, esta informação, do repórter Marcelo Rocha:

“Laudo da Polícia Federal reforçou os argumentos do Ministério Público Federal contra o inquérito aberto pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, para investigar integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. Com base na conclusão policial, a Procuradoria afirmou ser tecnicamente impossível atestar a integridade e a autenticidade das mensagens apreendidas com os responsáveis pelo ataque hacker contra procuradores da República e outras autoridades –e, portanto, inviável seu uso como prova, como defende Martins.”

Dá até um certo nó no cérebro, né? Certamente não por falha do repórter, mas por um, como posso chamar?, erro nos fatos.

Quer dizer que se fez uma perícia, e a conclusão é que não se pode atestar a incolumidade do material hackeado, embora não se tenha encontrado nenhuma evidência de violação? Venham cá: fez-se uma perícia em busca de indícios de falsificação ou se procuravam provas de autenticidade? Sendo esse o caso, procedeu-se a que tipo de verificação? A patuscada teve consequências. Já chego a elas. Antes, mais algumas informações.

A conclusão estupefaciente foi enviada à ministra Rosa Weber, relatora de um habeas corpus impetrado por Diogo Castor, ex-membro da Lava Jato, que pediu a suspensão do inquérito aberto pelo STJ para investigar se ministros do tribunal foram ilegalmente investigados. A propósito: se não foram, como asseguram os procuradores, por que Castor está com medo e quer impedir a investigação?

UM RESUMO DO IMBRÓGLIO

Reproduzo, abaixo, um trecho do site Consultor Jurídico que dá nome aos bois:

Nesta segunda-feira (12/4), o subprocurador-geral da República José Adonis Callou, o delegado Felipe de Alcântara de Barros Leal e três peritos da Polícia Federal entraram para o hall da fama junto com o coronel Lorena [aquele que falsificou o laudo do atentado no Riocentro]. O grupo gerou um ‘laudo’, em nove páginas, para duvidar da autenticidade dos arquivos roubados pelo hacker Walter Delgatti, do armazém de dados do procurador Deltan Dallagnol.

Com um texto discursivo e retórico, o relatório esbanja adjetivos e não oferece qualquer base concreta para suas conclusões — para tentar dar ares de sentença judicial ao que deveria ser um trabalho técnico. A perícia não cruzou dados, não checou informações nem auditou os arquivos e, por fim, não indicou uma única inconsistência para concluir que os diálogos ‘podem ter sido’ adulterados.

O hacker Walter Delgatti não disse que invadiu o Telegram, mas sim o material que Deltan armazenou na nuvem. Dali, ele baixava os arquivos no Dropbox. E, conforme explica o próprio Dropbox, qualquer alteração feita pode ser verificada. O que, se foi feito, não aparece no “laudo”. Claro que tudo seria esclarecido se os envolvidos franqueassem seus dispositivos para verificação.

DESTITUIÇÃO E ARQUITETURA DO ARRANJO

O delegado Felipe Leal, que conduziu o estranho trabalho, foi destituído pela nova diretoria da Polícia Federal do comando do Sinq (Setor de Inquéritos). Em seu lugar, assume Leopoldo Lacerda. Oficialmente, a troca nada tem a ver com aquela patuscada. Mas o fato é que o troço caiu mal mesmo na Polícia Federal.

Vamos ver. Como vocês sabem, nem Sergio Moro nem os procuradores se ocuparam de negar o conteúdo seja da Vaza Jato, seja da operação Spoofing. Sempre escolheram o terreno escorregadio do “não reconhecimento da autenticidade”. Este estranho drible da vaca que o grupo tentou dar em Rosa Weber nasceu com duas perguntas capciosas feitas pelo subprocurador-geral da República José Adonis Callou, a saber:

a) É possível, tecnicamente, atestar a integridade e a cadeia de custódia do material digital no intervalo entre a obtenção original pelos hackers e a apreensão pela Polícia Federal?;

b) Em caso positivo, foi produzido laudo sobre o item anterior em relação ao material que teve como origem membros do Ministério Público Federal?

Ora, a PF já havia feito perícia e constatado que o material não sofrera adulteração depois da apreensão. Então surgiu uma tese de escape: não poderia o próprio Delgatti ter adulterado o material que recebeu, antes de a Polícia Federal tê-lo recolhido? Se a pergunta fosse feita assim, isso requereria uma prova, certo?

Experiente nas suas artes, Callou fez outra questão: “É possível atestar a integridade?” E, sem encontrar nenhuma evidência de alteração, a resposta dos peritos foi negativa.

SITUAÇÃO ABSURDA

Atenção! A operação Spoofing recolheu sete terabytes de dados. Tentem saber a enormidade que é isso. Imaginem se os hackers se dariam ao trabalho de adulterar conteúdos dos diálogos. Levaria uma eternidade. As reportagens da Vaza Jato — e o Intercept teve acesso a 0,6% do conteúdo recolhido pela Spoofing — evidenciaram que os diálogos dos procuradores e de Deltan Dallagnol com Sergio Moro coincidiam exatamente com decisões que tomavam no curso da investigação.

Não existe resposta certa para pergunta errada. Isso a que chamam perícia é trabalho meramente especulativo.

De resto, o delegado Felipe Leal, destituído do cargo, faz uma leitura política da questão. Escreveu ele:

“E autenticidade e integridade de itens digitais obtidos por invasão de dispositivo alheio não se presume, notadamente quando se reúnem indícios de que o invasor agiu com o dolo específico não apenas de obter como também de adulterar os dados”.

ATENÇÃO! ELES NÃO APRESENTAM EVIDÊNCIA NENHUMA DE ADULTERAÇÃO. Sigamos.

A invasão de dispositivo resulta na coleta de dados indelevelmente marcados por um vício de ilegalidade, circunstância que não pode – ou ao menos não se espera – ser superada com flancos de investigação em face das próprias vítimas. O caminho em sentido oposto, para fins de obtenção de provas ilícitas por derivação, levaria a eutanásia dos rumos da Polícia Judiciária, atingindo por ricochete, em visão holográfica, todos os princípios que inspiram a atuação policial.

Abstendo-nos de neutralidade valorativa, certo é que eventual ação de obtenção de novos elementos e padrões, por meio de investigação lastreada por provas com prévio conhecimento de sua ilicitude, configura crime de abuso de autoridade, previsto no parágrafo único do art. 25 da Lei 13.689/2019.”

Nem Sergio Moro escreveria assim, não é? Não mesmo! O delegado redige melhor do que ele.

LEWANDOWSKI PEDE CÓPIA DE PERÍCIAS

Ocorre que esse troço a que chamam “perícia” também diz respeito a matéria de que é relator o ministro Ricardo Lewandowski. E aí a coisa se complicou.

O ministro determinou que a 10ª Vara Federal de Brasília, onde corre o processo sobre a invasão feita pelos hackers, envie a seu gabinete em cinco dias:

(i) cópia das perícias realizadas em cada uma das mídias apreendidas em poder dos supostos hackers ou de terceiros na Operação Spoofing (aparelhos celulares, tablets, notebooks, desktops etc.); (ii) cópia da perícia conclusiva englobando todo o material apreendido; (iii) cópia do relatório final produzido pelo delegado da Polícia Federal que presidiu o respectivo inquérito policial”.

RETOMO

Não é possível ficar produzindo perícias e laudos ad hoc, especialmente quando a linguagem política toma o lugar da técnica. Se o material foi mesmo baixado a partir da nuvem, a eventual adulteração deixaria marca, o que inexiste.

Há um cheiro no ar de que podem ter produzido um laudo, com impressionante rapidez, para induzir a ministra Rosa Weber a erro e para tentar impedir, a qualquer custo, a continuidade do inquérito aberto pelo STJ.

De resto, lembro: o tribunal não precisa tentar validar os dados da Operação Spoofing como provas. Ali estão indícios de que se cometeu um crime grave. A investigação pode produzir provas autônomas, não é mesmo? Dou um exemplo: se a Receita, por exemplo, escarafunchou a vida de algum magistrado do tribunal ao arrepio da lei, isso também deixa marcas.

Espero que Rosa Weber não caia no truque.

*Reinaldo Azecedo/Uol

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Lula tem a menor rejeição, já Moro é o mais rejeitado

Não poderia ser diferente, não depois de tudo o que foi injustamente imposto ao ex-presidente Lula. Justiça seja feita.

Levantamento do PoderData divulgado nesta quarta-feira (14) mostra que o ex-juiz Sérgio Moro, condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é o político mais rejeitado do país, com 60% de rejeição. Ciro Gomes (PDT) está em seguida, com 57%.

Foram 3.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação entre os dias 12 e 14 de abril. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual.

Pesquisa Poderdata REjeição

*Com informações do 247

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PoderData: Lula dispara quase 20 pontos à frente de Bolsonaro no 2º turno

Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro no 2º turno e venceria por 52% a 34%.

Pesquisa PoderData, realizada em todo o Brasil com 3.500 entrevistas nesta semana (12-14.abr.2021), indica que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 18 pontos de vantagem sobre Jair Bolsonaro (sem partido) num eventual 2º turno na disputa pelo Palácio do Planalto. O petista teria 52% contra 34% do atual presidente.

A eleição presidencial é apenas em 2 de outubro de 2022. Os cenários testados agora devem ser tomados com uma radiografia do momento, quando o país enfrenta o pior impacto da pandemia de coronavírus, muitos Estados mantêm negócios fechados e há incerteza sobre a recuperação da economia.

Nesse contexto, a pesquisa PoderData captou uma piora das intenções de voto para Bolsonaro na comparação com duas semanas atrás, quando apenas Lula e Ciro Gomes (PDT) venceriam Bolsonaro num eventual 2º turno. Agora, o presidente já não ganha de ninguém com segurança.

Mas é muito importante registrar que numa conjuntura adversa –com a CPI da Covid quase entrando em funcionamento–, Bolsonaro segue com o apoio fiel de 1/3 do eleitorado. É um sinal de que as vicissitudes não provocaram uma erosão no bolsonarismo de raiz.

Segundo o PoderData, Bolsonaro perderia hoje num confronto direto para Lula (52% X 34%) e para o empresário e apresentador da TV Globo Luciano Huck (48% X 35%).

Contra outros 3 possíveis candidatos testados, Bolsonaro ficaria apenas em situação de empate técnico (a margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos): Bolsonaro 38% X 37% João Doria (PSDB); Bolsonaro 38% X 37% Sergio Moro (sem partido); Bolsonaro 38% X 38% Ciro Gomes.

1º TURNO ESTÁVEL NO TOPO

O cenário de 1º turno testado pelo PoderData (só foi testada uma hipótese) apresentou estabilidade no topo da tabela. Bolsonaro tinha 30% há duas semanas e agora está com 31%, uma variação estritamente dentro da margem de erro de 1,8 ponto percentual. Lula tinha 34% e ficou com o mesmo percentual agora.

Houve algumas variações, entretanto, na parte de baixo da cartela de candidatos, sempre de no máximo 3 pontos percentuais –tudo próximo ou dentro da margem de erro, como mostra o infográfico a seguir:

*Com informações do Poder360

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