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Bolsonaro pipoca e exalta as qualidades de Alexandre de Moraes

Bolsonaro dá uma de Raul Seixas e diz, “Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes”, e arremata exaltando as qualidades de Alexandre Moraes como jurista e professor, com algumas pequenas e até bobas divergências. Nada que uma cerveja junto na padaria da esquina não possa resolver.

Bolsonaro sapeca o chavão, “democracia é isso: executivo, legislativo e judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a constituição”.

Não vamos aqui torturar os leitores com a carta ensebada pedindo penico a Moraes, até porque hoje, na base do estalão, Bolsonaro, em somente um golpe de língua, lambeu os sapatos de Xi Jinping, Putin e Alexandre de Moraes.

O homem é um portento na arte de chaleirar os pés e canonizar quem pode lhe massacrar.

Agora é aguardar os aduladores da Jovem Pan, sobretudo os do Pingo nos Is, explicarem essa cambalhota aduladora do ex-valentão do “acabou, porra!”.

Michel Temer entra nessa história não para redigir a carta lambe-lambe, mas como personagem etéreo que banca o leva e traz para apaziguar a suposta crise entre os poderes em que Bolsonaro se viu detonado.

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Kennedy Alencar: MBL não tem credencial democrática para liderar ato plural contra Bolsonaro

Bomba nas redes sociais um debate sobre aderir ao ato de 12 de setembro convocado pelo MBL (Movimento Brasil Livre). O grupo divulgou ontem uma nova chamada, modificando o mote anterior.

Antes das manifestações golpistas de 7 de Setembro, o MBL chamava às ruas aqueles que não querem “Nem Bolsonaro Nem Lula” em 2022. Também frisava que se tratava de uma manifestação diferente das realizadas por partidos e movimentos de esquerda.

Na nova convocação, o MBL tenta pegar carona na ideia de reedição do movimento das “Diretas Já”, “nas quais os mais variados segmentos sociais, deixando de lado suas divergências ideológicas, se uniram em prol de uma construção política democrática”. “Esse é o espírito do dia 12/09”, promete o texto do MBL.

Em seguida, o grupo faz uma exigência para adesão: “Convocamos todos os partidos, lideranças civis e agremiações, desde que respeitem a necessidade de deixarem suas pautas particulares e suas preferências eleitorais fora do ato para nos unirmos pelo impeachment de um presidente golpista e autoritário que ameaça os próprios fundamentos da democracia nacional”.

Detalhe: há ainda um aviso de que a cor oficial da manifestação será a branca.

Ora, quem foi aos comícios das “Diretas Já” viu bandeiras, palavras de ordem e roupas de todas as cores e preferências eleitorais. Havia apoiadores de Lula, Leonel Brizola, Ulysses Guimarães, Mario Covas e Roberto Freire, entre outros possíveis candidatos numa eleição direta.

São autoritárias as “regras” que o MBL criou para pular do “Nem Bolsonaro nem Lula” para uma convocação suprapartidária. Uma frente ampla pelo impeachment de Bolsonaro e a defesa da democracia não pode impedir que eleitores de Lula, Ciro, Doria, Eduardo Leite, Mandetta e Amoedo compareçam com suas roupas, bandeiras e palavras de ordem preferidas.

O MBL aproveita a oportunidade de ter marcado uma manifestação logo depois de 7 de Setembro para se reposicionar no jogo de poder. A democracia permite isso. Tudo certo. Mas é ingênuo não enxergar uma jogada que mescla oportunismo político e falso moralismo.

As exigências do novo texto de convocação não são nem o principal. O que importa é que a convocação suprapartidária do MBL é verdadeira como uma nota de três reais. Em primeiro lugar, o movimento nunca fez parte da direita democrática. Demonizou a política, invadiu museu e hospital, atacou adversários com fake news e apoiou a ascensão do autoritarismo ao poder em 2018. Chamou de “vergonha” o STF, hoje o principal alvo de Bolsonaro. O MBL defende bandeiras retrógradas em relação a minorias, meio ambiente, armas e economia. Tem identidade ideológica com o bolsonarismo.

Trata-se de um movimento autoritário que sempre recorreu a métodos fascistas em suas manifestações e campanhas eleitorais. A ruptura com o atual governo aconteceu porque o presidente Jair Bolsonaro não deu ao MBL o protagonismo que o movimento desejava dentro de um projeto regressivo. Bolsonaro descartou o MBL depois de tirar proveito dele. Este é o fato.

Desenhando: o MBL é o bolsonarismo sem Bolsonaro. Para salvar a democracia, que está sob real ameaça, não basta derrotar o genocida, mas também as ideias que ele representa.

“Deixem de revanchismo. Se formos fazer julgamento do passado, não vamos ter gente suficiente para derrubar Bolsonaro via impeachment ou no voto?”, questionam políticos e jornalistas que defendem a adesão ao ato de 12 de setembro.

O MBL não tem as credenciais democráticas para liderar uma frente ampla e suprapartidária para tirar Bolsonaro do poder. Que faça seu ato de bolsonaristas arrependidos. Como diria José Simão, “vai indo que eu não vou”.

Há diferença entre ter memória, aprendendo com a História, e ser revanchista e sectário. O MBL, que tem um projeto de poder obscurantista, nunca pertenceu à direita democrática. Não possui a legitimidade necessária para se sentar na janelinha dos que defendem a democracia brasileira.

É fundamental que os democratas, da esquerda à direita, disputem a política, as redes sociais e as ruas com Bolsonaro e seus fascistas. Mas fascistas recém-convertidos à democracia merecem e devem ser vistos com desconfiança.

Após 7 de Setembro, partidos políticos e entidades da sociedade civil deram início a conversas para convocar um grande ato suprapartidário. É boa a ideia de unir Lula, FHC, Ciro, Doria, Rodrigo Maia, Gilberto Kassab e outros políticos num palanque em defesa da democracia. OAB, centrais sindicais, a Igreja Católica e outras entidades da sociedade civil também devem participar da articulação desse palanque amplo plural.

Nesse palanque, o MBL pode até subir, mas pegando carona, como pegaram nas “Diretas Já” os dissidentes da ditadura militar. O protagonismo em defesa da democracia tem de ser dos democratas, com o perdão da obviedade.

Tenham dó

É hipócrita o empenho de certo jornalismo em cobrar da esquerda uma adesão ao ato do MBL. Não se viu tanta gritaria para que a direita apoiasse manifestações da esquerda.

Democratas de pandemia descobriram recentemente que Paulo Guedes é um engodo. Nesta semana, chegaram à original constatação de que o Brasil não tem governo. Quem sabe um dia admitam que normalizaram o genocida e ajudaram Moro e cia. a demonizar a política ao corromper o processo processual penal.

Quando fizerem isso, terão adquirido autoridade ética para um “rebranding” sem recorrer a tanto óleo de peroba.

*Kennedy Alencar/Uol

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Vídeo: A autossabotagem de Bolsonaro pode lhe custar o autoimpeachment

A pergunta que quase todos os brasileiros fazem é, aonde vamos parar com um presidente encurralado pela tragédia generalizada em que ele jogou o país em função de um esquema de corrupção cada dia mais escancarado com denúncias de todos os lados e investigações com provas irrefutáveis que podem levar todo o clã para a cadeia.

Lógico, se Bolsonaro pudesse, já teria dado o golpe. Como não pode, tenta forjar um suposto apoio popular que as pesquisas de opinião rapidamente o desmentem, revelando que até dias atrás ele já contava com 64% de rejeição, o que deve ter piorado muito depois dos atos de 7 de setembro.

Na realidade, o que se tem é um país paralisado caminhando para uma hiperinflação, principalmente dos alimentos, uma pandemia que já matou 600 mil brasileiros e segue matando 500 por dia.

Do outro lado, não há qualquer sinal de que exista alguém no governo com capacidade gerencial, o que explica por que chegamos a esse estado de coisas.

Assista:

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Inflação dispara em agosto e caos promovido por Bolsonaro fará aumentar ainda mais

Bolsonaro, aquele que tem medo de ser preso, promove o caos no país.

IPCA de agosto superou todas as estimativas e bateu em 0,87% em agosto e 9,78% em 12 meses. Preços vão subir mais com o desabastecimento causado pelo locaute de caminhoneiros.

(Reuters) – Caminhoneiros mantinham paralisações em 15 Estados na manhã desta quinta-feira, mesmo após a divulgação na noite da véspera de um áudio do presidente Jair Bolsonaro pedindo a desmobilização do movimento e a liberação dos locais onde há bloqueio.

A autenticidade da fala de Bolsonaro, que tem nos caminhoneiros importante base de apoio, foi confirmada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura às 8h30 no Twitter, havia registro de concentração em 15 Estados e, segundo a pasta, não havia interdição de pista na malha rodoviária federal, exceto pelo causado por um protesto pela causa indígena na BR-174, em Roraima.

Na rodovia Régis Bittencourt, na altura de Embu das Artes (SP), caminhoneiros bloquearam completamente a pista por volta das 3h, mas o tráfego foi liberado às 7h30.

De acordo com o ministério, as concentrações de caminhoneiros aconteciam em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará.

Na noite de quarta, Bolsonaro enviou áudio pedindo que seus apoiadores desmobilizassem os protestos, alegando que a manifestação poderia agravar a alta da inflação e a situação econômica já frágil do país –a crise tem se refletido nos índices de popularidade do presidente apontados em pesquisas de opinião.

“Fala para os caminhoneiros aí, são nossos aliados, mas esses bloqueios aí atrapalham a nossa economia, isso provoca desabastecimento, inflação. Prejudica todo mundo, especialmente os mais pobres. Então dá um toque aí nos caras, se for possível, para liberar, tá ok, para a gente seguir a normalidade”, disse o presidente em um áudio enviado por mensagem a interlocutores da categoria.

Pouco depois, em vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou a autenticidade do áudio de Bolsonaro.

“O áudio é real, é de hoje, e mostra a preocupação do presidente com a paralisação. Essa paralisação ia agravar efeitos na economia de inflação que ia impactar os mais pobres, os mais vulneráveis”, disse Tarcísio.

Motoristas que não fazem parte do movimento foram coagidos a parar na estrada sob ameaças.

“Na verdade me obrigaram a parar aqui. Aí furaram o meu pneu e estou aqui esperando chegar o socorro”, disse Bruno Rodrigo dos Santos, na Régis Bittencourt.

“Eu estou revoltado, se fosse uma paralisação que tivesse algum benefício, mas não, estão prejudicando os próprios irmãos de estrada. Estão deixando a gente no prejuízo, isso não é uma coisa certa de se fazer, se fosse para fazer, que fosse pacífico.”

“Deixa com a gente aqui em Brasília agora. Não é fácil negociar, conversar por aqui com outras autoridades, mas a gente vai fazer a nossa parte, vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita aí e da um abraço em meu nome em todos os caminhoneiros, tá ok?”, disse o presidente.

Antes de se tornar mais um risco para o governo, o movimento dos caminhoneiros foi usado por bolsonaristas como o cantor Sérgio Reis como uma ameaça de parar o país para que reivindicações do grupo fossem atendidas. Em um vídeo, Reis foi filmado dizendo que os caminhoneiros iriam parar o país até que o Senado aceitasse o impeachment de Alexandre de Moraes.

*Com informações do 247

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Bolsonaro sabota o país paralisando vias com caminhões do agronegócio

Bolsonaro, junto com empresários do agronegócio, aliados, forja uma greve de caminhoneiros no Brasil para, imagina isso, forçar o STF a punir Alexandre de Moraes, como exigiu ontem de Fux.

Isso acaba por criar uma desconfiança de que ele deve saber que algum de seus filhos está para ser preso e, como foi ele quem os conduziu a isso, bateu o desespero. Mas isso é somente uma especulação minha, logicamente dentro de uma questão de tempo, pois não resta dúvida de que as coisas caminham para o encarceramento.

“É movimento de patrões, não temos nada contra o STF”, diz presidente do Sinditac. Rodrigues diz que empresários do agronegócio colocaram celetistas no movimento e tenta associá-lo a caminhoneiros autônomos que, segundo ele, não têm nada a ver com isso”.

Boletim emitido na noite desta quarta pelo Ministério da Infraestrutura, com dados da Polícia Rodoviária Federal, revela que o quadro se deteriorou rapidamente durante o dia.

As informações que chegam pelo Metrópoles são de que o movimento já bloqueia 14 estados e deixa postos sem combustíveis. Na nota sobre a situação às 20h30, contudo, o número de estados com pontos de concentração em rodovias federais chegou a 14 estados, dos quais 12 “com abordagem a veículos de cargas.

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Vídeo: Bolsa cai 3% e dólar sobre 2,5% após fala dura de Fux em reação ao golpismo de Bolsonaro

A bolsa de valores que já vinha caindo significativamente, e o dólar com alta considerável um dia depois das manifestações golpistas de Bolsonaro, mostraram-se ainda mais sensíveis depois da fala dura de Luiz Fux, representando a voz de todos os ministros do STF.

Isso não deixa de ser um termômetro da instabilidade política criada pelas estrambóticas declarações golpistas de Bolsonaro, pedindo à população que assumisse a desobediência civil contra a justiça brasileira como questão de vida ou morte.

Melodramático, o insano, certamente não mediu a repercussão da lambança e esticou ainda mais a corda no seu próprio pescoço no cadafalso construído por ele e sua família impregnada de denúncias de corrupção, genocídio e golpismo.

Isso deixa ainda mais instável um país em que a economia derrete, o desemprego explode e a miséria na fila do osso virou epidemia.

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A corrupção da família Bolsonaro é reportagem de capa do Financial Times

Você pode escolher que reportagem pretende mostrar para seus netos, assim mesmo eles não acreditarão que o Brasil viveu esse inferno, seja a imprensa mundial de maior peso denunciando os arroubos autoritários de um presidente que pensa em dar um golpe no pais para, junto com os filhos, livrar-se da justiça por crime de corrupção, ou como nessa capa do Caderno Internacional do Financial Times em que fala exclusivamente de uma família corrupta que assumiu o poder pelas mãos de um juiz vigarista como Moro e que está  levando o Brasil ao caos.

Sim, o mundo já entendeu que o nome Bolsonaro significa uma centopeia de crimes, sejam eles pelo genocídio de 600 mil pessoas por covid, seja por uma organização criminosa que atua na base do peculato, ostentando mansões hollywoodianas e carros de luxo, como é comum dos gangsters latino-americanos das repúblicas bananeiras, seja por crimes contra a própria constituição do país.

Certamente, seus netos dirão, não é possível que o Brasil tenha vivido isso, tal o absurdo a que esse país chegou depois do golpe em Dilma, passando pelo processo introdutório de um Michel Temer.

Mas são, em última análise, imagens como essa que correm o mundo na velocidade que a internet proporciona, fazendo com que Bolsonaro e seu clã com suas histórias escabrosas se tornem parte da aldeia global que transformou o mundo depois da revolução informacional.

Está aí o clã Bolsonaro em destaque na página internacional do Financial Times com uma reportagem de página policial.

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Depois do badernaço do 7 de setembro, Bolsonaro enfrenta a ressaca do dia 8

Os sintomas de fadiga, a dor de cabeça com a possibilidade de seu governo subir no telhado, a ansiedade do próprio Bolsonaro e o descontentamento geral da nação com a confusão mental exposta pelo genocida no dia 7 de setembro, são apenas alguns sintomas de uma ressaca que Bolsonaro enfrenta hoje e deve chegar ao pico depois do esperado pronunciamento de Fux representando a voz do STF.

É isso que determinará a duração dessa rebordosa e, tudo indica, que seus sintomas vão durar bem mais do que 24 horas, até porque os detalhes da tietagem dos bolsonaristas a Queiroz, de manifestantes com o miliciano que comanda a farra das rachadinhas do clã, somado à demonstração de apoio de grupos ultraconservadores que foram para as ruas incitar o esquadrão da morte e golpe, são fatos que mostram que Bolsonaro convocou o inferno.

As repercussões de toda essa bandalha golpista ganham manchetes e, lógico, vão parar na conta da reputação decadente do moribundo político cuja presidência sob o seu comando perdeu completamente o fôlego em meio ao aumento da fome no país e uma crise econômica que não se tem dimensão do tamanho, muito menos de sua duração.

O discurso radical de Bolsonaro, portanto, está tendo uma resposta caótica da sociedade. Seu surto psicótico contra o STF, em nome de uma “limpeza” do Supremo, tem tudo para lhe custar o resto do mandato.

Bolsonaro não atingiu o número de manifestantes esperado na tal demonstração de apoio, mas ultrapassou muito o limite quando concentrou críticas à Suprema Corte, pedindo à população brasileira que desobedecesse suas decisões.

Os dois milhões de pessoas prometidos por Bolsonaro, não chegaram a 10%. Em compensação, qualquer pesquisa que se fizer, mostrará mais de dois milhões de pessoas desembarcando de qualquer forma de apoio ou de aprovação ao seu governo.

Soma-se a isso o mais grave dos fatos, o genocídio de 600 mil brasileiros por covid pelo qual Bolsonaro é o principal culpado.

Todos perceberam na fala de Bolsonaro um declínio e um prenúncio de uma ressaca para o dia de hoje, expresso até por aliados, que pode selar novos posicionamentos de muitos políticos do centrão e do PSDB que até então não apoiavam o impeachment.

O mau presságio veio da boca de Collor que gravou um vídeo em apoio a Bolsonaro, relembrando seus tempos de presidente que acabou tendo que engolir goela uma cassação desmoralizante quando convocou a população para ir às ruas defender o seu mandato.

Sim, porque o efeito da ressaca do dia 8, a boca seca, a sensibilidade à luz e o estômago revirado, sintomas característicos de uma ressaca, não teve como Bolsonaro fugir no dia seguinte dos seus rompantes histriônicos.

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União Europeia quer distância do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente

Não há condições de pensar um tratado com o Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. As atitudes fascistas de Bolsonaro, sobretudo na convocação de uma manifestação antidemocrática, azedaram ainda mais a possibilidade de acordos comerciais entre a União Europeia e o Mercosul.

Tanto membros do Parlamento Europeu quanto representantes de governos internacionais dizem que Bolsonaro é um risco para a democracia e, por isso, não existe a mínima condição de se pensar um tratado com o Brasil.

Com isso, Bolsonaro e suas algazarras vão isolando o Brasil do mundo civilizado. Como disse uma deputada europeia, a comunidade internacional está acompanhando de perto e preocupada com os acontecimentos no Brasil.

Sobre as atuais condições, as chances para se avançar no acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul são nulas e exigiu que Bolsonaro se retrate de suas declarações golpistas e se comprometa a respeitar a democracia e o estado de direito no Brasil, o que convenhamos, é querer demais para um sujeito temperado no universo da tirania e que tem verdadeiros orgasmos, assim como os filhos e o seu próprio vice quando o assunto é o assassino e torturador, Brilhante Ustra.

Não é sem motivos que a avaliação geral de que, depois de seus pronunciamentos de ontem, Bolsonaro pôs o seu impeachment em cima da mesa, porque ele não está somente isolando o Brasil da União Europeia, mas está isolando seu governo do próprio Brasil.

A verdade é que a apoteose fascista do 7 de setembro cheia de barulhos e gestos truculentos, na tentativa inútil de emparedar as instituições brasileiras, acenado no vazio para uma ruptura institucional, para observadores internacionais, não passou de um gigantesco tiro no pé, até mesmo para a sua campanha.

*Da redação

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Ministros do STF se pronunciarão hoje sobre ataques de Bolsonaro

A reação dos ministros do STF foi de indignação com os mais recentes ataques de Bolsonaro ao Supremo e, portanto, vão se manifestar nesta quarta-feira.

Luiz Fux, presidente da Corte, deve fazer um pronunciamento no início da sessão de hoje para rebater Bolsonaro e suas ameaças ao STF, além da sua declaração de que não irá mais obedecer ou respeitar as decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Fux esclarecerá ao presidente que, no caso de desrespeitar qualquer ordem judicial do Supremo, incorrerá em crime de responsabilidade, o que pode levá-lo a sofrer um impeachment.

Ao lado de Michelle Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, do ministro da Defesa, Braga Netto e de Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência, Bolsonaro fez críticas diretas a Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, dizendo:

“Nós não mais aceitaremos que qualquer autoridade, usando a força do poder, passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer sentença que venha de fora das 4 linhas da Constituição”.

Sobre as prisões de aliados por decisão do STF, completou, “não se pode mais aceitar prisões políticas”.

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