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A raiz do genocídio no Brasil está na economia, no neoliberalismo imposto por Moro e Bolsonaro

Todo o processo de desnaturação da democracia a que assistimos no golpe em Dilma e, depois, em Lula, tinha a mesma raiz, a busca pelo lucro maior e pelos privilégios das classes economicamente dominantes.

Se nós não tivermos capacidade de entender isso, a esquerda pode até recuperar o poder, mas o processo que levou o país a essa hecatombe humanitária se manterá como semente permitindo que, à frente, esse processo seja retomado junto com os interesses que cercam essa perversidade.

Se hoje há como resultado uma tragédia humanitária no modelo escolhido por Bolsonaro, com a busca criminosa pela suposta imunidade de rebanho para o enfrentamento da covid, num outro momento, com a volta desse modelo econômico, outras hecatombes recairão sobre as camadas mais pobres da população.

É bom acrescentar aqui que não há qualquer diferença no modelo econômico adotado pela ditadura militar do atual governo ainda mais militar.

Na verdade, o que se vive hoje no Brasil foi herdado daquele período em que o modelo cívico brasileiro ficou totalmente subordinado à economia neoliberal. E o resultado foi uma dívida considerada impagável com o FMI, sendo paga por Lula décadas depois. Com os governos militares vieram a recessão e a hiperinflação que produziram uma explosão de favelamento no país.

A ideia de territorialização corporativa que se expandiu enormemente nos governos militares durante a ditadura, entregou recursos nacionais para serem utilizados, sobretudo a serviço das corporações internacionais. E o resto, como tanto gosta de falar Paulo Guedes, foi utilizado para o resto da sociedade, o que mostra que o cálculo econômico de hoje busca organizar o país da mesma forma. São as corporações que no período militar utilizaram e utilizam hoje o que há de mais essencial dos recursos públicos.

Não há outro dado a acrescentar para explicar a situação trágica a que o Brasil chegou nesse período de pandemia.

Bolsonaro, para se manter no governo, mesmo enfrentando uma saraivada de denúncias de crimes cometidos por ele e seu clã, preferiu arrumar uma briga com a sociedade do que com o grande capital internacional, obtendo como resultado esse genocídio que já matou mais de meio milhão de brasileiros, respaldado no factoide de que era preciso organizar o país a partir da economia para enfrentar a pandemia, impondo ao povo uma cartilha de incontáveis mentiras para se chegar a essa catástrofe que consagrou Bolsonaro como o maior genocida do mundo na atualidade.

Mas é bom lembrar que o que nós vivemos hoje teve início na Lava Jato de Moro, que foi a grande central dos interesses do mercado, do dinheiro em estado puro, dos banqueiros e seus templos. Foi essa concepção de sociedade em que o ser humano, no Brasil, passou a ser totalmente residual, que todo um processo foi dominado para que uma democracia de mercado fosse instalada a ferro e fogo.

E o resultado foram os golpes em Dilma, a prisão de Lula e a sociedade vítima de dois dos maiores vigaristas da história do Brasil, Bolsonaro e Moro. E foi com essa parceria que o Brasil chegou a uma tragédia humanitária e hecatombe econômica que não deixam a mínima esperança de melhora, não em curto tempo.

O que preveem os economistas é que o Brasil, com Bolsonaro, mesmo depois da pandemia, baterá recordes sobre recordes de desemprego e empobrecimento do seu povo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Renan diz que CPI investigará ‘coisas escandalosas’ sobre compra da Covaxin

Renan Calheiros acredita que a CPI da Covid vai investigar “coisas escandalosas” a respeito da compra da vacina indiana Covaxin. Ele afirmou as negociações por esse imunizante tem muitos aspectos atípicos que precisam ser esclarecidos.

A suspeita de Renan acontece porque, no entendimento dele, houve uma pressão inexplicada para compra da Covaxin. Segundo ele, não havia motivos para privilegiar a compra desse imunizante. Mas informações adquiridas recentemente mostraram que o governo federal deu preferência para essa negociação.

“Foi um contrato bilionário, de R$ 1,6 bilhões, para uma vacina que não estava sendo aprovada pela Anvisa, era a mais cara do mercado e tinha um calendário que possibilitaria demora. Isso chamou atenção porque é uma aquisição atípica em todos aspectos. Então vamos ter uma semana para aprofundar tudo o que houve nesse bastidor”, afirmou Renan em entrevista à Globonews.

A CPI da Covid recebeu do MPF (Ministério Público Federal) o depoimento de um servidor público que denuncia essa pressão pela compra da Covaxin. Ele afirmou que o tenente-coronel Alex Lial Marinho era o principal responsável por isso. Renan desconfia da relação entre o governo federal e a Precisa Medicamentos, representante no Brasil da Bharat Biotech, fabricante da Covaxin.

O relator também estranhou as atuações do presidente Jair Bolsonaro e de alguns deputados na negociação pela Covaxin. “Foi a única aquisição que teve telefonema do presidente para o primeiro ministro da Índia. Indicando preferência do presidente mesmo com todos esse problemas. E foi colocado para Câmara dos Deputados, naquele projeto de lei que autorizou compra de vacinas por empresários, a possibilidade de compra da Covaxin. São coisas que sob todos aspectos parecem escandalosas”, analisou Renan.

O senador criticou a postura de Bolsonaro em relação a outras vacinas e também lamentou a postura do presidente diante do registro de 500 mil mortes por covid-19 no Brasil.

“Há 2 dias o presidente desdenhou da eficácia das vacinas e defendeu imunização natural em função do livre trânsito do vírus e da elevação do contágio da população. Isso aconteceu e agora tivemos que lamentar mais de 500 mil mortes. E o presidente sequer lamentou o fato. Ele se omitiu em uma demonstração que seu negacionismo vai até ao luto das pessoas”, concluiu Renan.

*Com informações do Uol

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O cúmplice

O Brasil não chegou a esse trágico número de mortes por covid por obra do acaso e sim pela delinquência de um governo que, simplesmente, em 900 dias não fez outra coisa, senão piorar e muito a vida do povo, dando a ele restos, enquanto alimenta seus comparsas com privilégios.

Não se pode tratar Arthur Lira, que tem poder monocrático de decidir se o Congresso deve ou não julgar os crimes cometidos por Bolsonaro, o que o torna cúmplice não só do genocídio, que já é de uma gravidade humanitária que merece cadeia para o seu principal culpado, mas de um conjunto de desastres que o país viveu e vive nesses 900 dias do governo Bolsonaro.

Enquanto isso, Lira, numa atitude indecorosa, faz cara de paisagem, como se não tivesse qualquer responsabilidade ou compromisso com o povo brasileiro.

Esse excesso de poder nas mãos de uma só pessoa cristaliza o individualismo que impera no nosso conceito civilizatório. E se já no nascedouro, a democracia é sufocada, o que sobra para a população é de fato o resto que Paulo Guedes quer servir ao povo de maioria pobre.

Algo de muito errado tem nessa absurda lógica selvagem que dá mais do que a vitória a um presidente, neste caso, impõe a derrota à população, porque estamos diante da pintura viva de uma democracia enviesada em que um presidente sombrio devasta a população enquanto vegeta em seu supremo engodo como chefe da nação, tendo a mentira como principal frente de valores para que as trevas sejam interpretadas como algo natural.

Por isso essa composição entre Bolsonaro e Lira dá a este a condição de cúmplice de tudo o que país vive hoje.

Na verdade, Lira está de braços dados com Bolsonaro nesse genocídio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Tratoraço: Com Bolsonaro, orçamento ‘paralelo’ quadruplica e supera antecessores

Durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a média anual de emendas de relator aprovadas pelo Congresso é quatro vezes maior que a observada na gestão de Michel Temer (MDB) e cinco vezes maior que na era Dilma Rousseff (PT). Por envolver um controle de emendas que não aparece nos sites de transparência do governo e do Congresso, mas apenas em trocas de ofícios entre ministérios e parlamentares, o caso ficou conhecido como “orçamento paralelo”. A compra de muitas máquinas agrícolas com as verbas ainda fez o sistema ser apelidado de “tratoraço”.

Levantamento da Consultoria de Orçamento da Câmara, em resposta a pedido do UOL por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que na gestão do atual presidente os congressistas apresentaram R$ 20,7 bilhões em emendas de relator por ano em média, já considerada a inflação no período. No governo Temer, de 2016 a 2018, foram R$ 4,8 bilhões em média. Na gestão de Dilma, entre 2011 e 2015, foram R$ 3,8 bilhões em média por ano.

O mecanismo é utilizado para distribuir verba entre parlamentares, mas o nome do político só aparece em ofícios trocados entre o Legislativo e a Esplanada, um controle paralelo aos portais de transparência do governo e à lei orçamentária.

Explosao de emendas - Arte/UOL - Arte/UOL

Emendas dão salto na gestão Bolsonaro

Sem considerar a inflação, as emendas de relator no governo de Dilma variaram de R$ 300 milhões a R$ 5,9 bilhões a cada ano. Com Temer, a variação foi de R$ 1,5 bilhão a R$ 5,5 bilhões. No governo Bolsonaro, elas deram um salto: saíram de R$ 1,9 bilhão no primeiro ano de governo, para R$ 28 bilhões em 2020, e chegaram a R$ 29 bilhões em 2021.

O levantamento da consultoria considera as emendas apresentadas, não as efetivamente pagas ou empenhadas para pagamento, a fim de poder comparar os anos diferentes. Em 2021, por exemplo, durante a execução orçamentária, o governo federal anunciou um corte de R$ 10 bilhões no montante de R$ 29 bilhões em emendas de relator.

Metade das emendas foi para aplicação direta

Os valores revelados pela Consultoria de Orçamento da Câmara ao UOL, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), se referem às emendas de relator entre 2010, o último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e 2021. Em valores históricos, o montante soma R$ 85,7 bilhões, mais da metade concentrada no governo de Jair Bolsonaro.

Sem considerar as variações da inflação, a pesquisa mostra que, entre 2010 e 2021, praticamente metade das emendas foram destinadas a transferência para estados e prefeituras, inclusive os fundos setoriais, como os de saúde e educação. Foram R$ 40 milhões para prefeituras e estados. Houve R$ 45 milhões para aplicação direta do Executivo.

17.jun.2021 - Estudo da Câmara mostra distribuição das emendas de relator entre os ministérios - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

Dinheiro para “tratoraço” supera saúde

No período de 11 anos, alguns ministérios mudam de nome. Por isso, a pasta que mais recebeu emendas foi o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), hoje comandada por Rogério Marinho (PSDB). Ela abarcou os antigos ministérios da Integração e das Cidades.

O MDR teve R$ 22,6 bilhões dos R$ 85,7 bilhões no período, ou 26% do total. São valores que não consideram a inflação no ao longo dos anos. Em segundo lugar, ficou o Ministério da Saúde, com R$ 20,9 bilhões. Em terceiro, o da Educação, com R$ 8,2 bilhões.

A pasta da Defesa aparece com R$ 6,3 bilhões. O Ministério da Agricultura, que incluiu as extintas pastas da Pesca e do Desenvolvimento Agrário, está em quinto lugar: recebeu R$ 5,5 bilhões.

Os projetos que mais receberam previsão de recursos foram aqueles marcados como de “apoio a desenvolvimento sustentável local integrado”, uma nomenclatura muito usada no MDR.

A compra de tratores e máquinas agrícolas é classificada com esse termo, que recebeu R$ 7,6 bilhões de 2010 para cá.

O dinheiro é maior do que os repasses para as ações ligadas à saúde, quando estas são observadas isoladamente.

O incremento temporário ao custeio de hospitais e ambulatórios, verba influenciada pela pandemia de coronavírus, recebeu R$ 5,3 bilhões em emendas no período. Ficou em segundo lugar, segundo o estudo da Consultoria de Orçamento. Já o aumento provisório para atenção primária à saúde recebeu outros R$ 3,7 bilhões.

Os valores pagos em emendas para compra de tratores e máquinas agrícolas estavam acima da cartilha de preços de referência do próprio governo, elaborada em 2019, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Mas o MDR afirma que esses valores são apenas uma sugestão, e que as variações do dólar e a influência da pandemia na economia mudaram os preços dos equipamentos.

Por se tratar de um período histórico longo, a Consultoria de Orçamento considerou as emendas de relator que realmente poderiam ser comparadas com aquelas usadas atualmente, chamadas de RP-9, sigla para “resultado primário 9”. Para isso, os técnicos também excluíram aquelas que não tinham a ver com o tema, como as emendas de ajustes técnicos, de reserva de contingência, de iniciativa popular, usadas em 2012, as criadas para atender novos parlamentares em 2015 e aquelas para cumprir a “regra de ouro” do equilíbrio das despesas.

17.jun.2021 - Padrinho da emenda não está "disponível", diz Ministério da Mulher - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

*Com informações do Uol

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Governo Bolsonaro defende que civis sejam julgados pela Justiça Militar em caso de ofensa às Forças Armadas

Associação Brasileira de Imprensa ingressou com ação no STF para barrar esse tipo de punição, por enxergar silenciamento de jornalistas.

O governo de Jair Bolsonaro defendeu que civis sejam julgados e punidos pela Justiça Militar por supostas ofensas a instituições militares e às Forças Armadas. A defesa foi feita em um parecer assinado pelo advogado-geral da União substituto, Fabrício da Soller, e protocolado no STF (Supremo Tribunal Federal) na quinta-feira (17).

A posição da AGU (Advocacia-Geral da União) baseou-se em pareceres elaborados pelas áreas jurídicas do Ministério da Defesa; de Exército, Aeronáutica e Marinha; e da Secretaria-Geral da Presidência da República.

A manifestação do governo se deu no curso de uma ação, chamada ADPF (arguição de descumprimento de preceito fundamental), movida no Supremo pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Na ação, a ABI aponta um silenciamento de jornalistas e ativistas por meio de ameaças, hostilização, instauração de procedimentos de responsabilização criminal, censura via decisões judiciais, indenizações desproporcionais determinadas pela Justiça e ajuizamento de múltiplas ações de reparação de danos contra um mesmo jornalista ou um mesmo veículo de imprensa.

A ABI pede, na ADPF, que seja considerada inconstitucional a aplicação de artigos da lei no sentido de coibir a publicação de informações referentes a servidores públicos, pessoas públicas, candidatos a cargos eleitorais, militares e instituições militares.

No caso dos militares, a previsão existe no Código Penal Militar, um lei decretada em 1969, no auge da ditadura.

Segundo o código, civis podem ser julgados e punidos por crimes militares, em casos de ofensas e ataques a instituições militares e às Forças Armadas. Esse entendimento vale para os chamados crimes contra a honra.

Para a ABI, “apesar da interpretação restritiva que predomina no STF”, critérios assentados em expressões como “afetar as instituições militares” e “atingir as Forças Armadas” abrem amplo espaço para aplicação do Código Penal Militar e para a definição da Justiça Militar como foro para julgamento desses civis.

“A submissão à Justiça castrense e a aplicação do Código Penal Militar produzem efeito resfriador sobre todos aqueles que desejam publicar notícias sobre as Forças Armadas”, cita a ação.

O governo Bolsonaro discordou do entendimento e do pedido da ABI.

“Se houver cometimento de ilícitos penais, mediante dolo ou ausência do dever de cuidado objetivo, deve haver sanção penal, (…) sob pena de conferir-se (…) um salvo conduto para o cometimento de crimes contra a honra de militares, políticos e agentes públicos”, cita um parecer da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência.

Segundo a AGU, o que a ABI pede representaria um afastamento do juiz natural da causa, mesmo se o suspeito for um civil e o suposto ofendido, um militar ou uma instituição militar. “Os delitos praticados por civil contra instituição militar são considerados crimes militares e, portanto, de competência da Justiça Militar”, afirmou a AGU.

Para a AGU, a ação não deve ser aceita por inexistir “pertinência temática” e por não levar em conta o princípio de separação dos Poderes.

O governo sustenta que há compatibilidade entre a previsão de crimes contra a honra e o respeito à liberdade de expressão. E que, se civis ofendem instituições militares, devem ser julgados e punidos pela Justiça Militar.

O relator da ADPF no STF é o ministro Gilmar Mendes.

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Bolsonaro solta nota fake nos seus 900 dias de governo e diz que Brasil está em 4º lugar na vacinação quando está em 71º

Só um governo cretino seria capaz de tamanha canalhice e que, depois de sabotar a compra das vacinas, segue sabotando a vacinação e, na data em que completa 900 dias no comando do país que é uma verdadeira balbúrdia e que não tem nada de positivo para mostrar, o governo militar de Bolsonaro, ou como ele gosta de dizer, o governo mais militar da história, solta uma nota dessas justamente no dia em que o país chega a 500 mil mortes por covid, por absoluta culpa de um presidente genocida que tem tara pela morte e não tem rigorosamente pena de ninguém.

Bolsonaro ainda tem a petulância de dizer que o Brasil está entre os quatro países que mais vacinaram no mundo, quando, na realidade, na proporção da população, o pais está na 71ª posição.

Isso dá a dimensão do custo que a sociedade brasileira está pagando por colocar essa família no poder.

Esses cínicos estão começando a sentir a revolta da população que só tende a aumentar contra tantos desmandos, ineficiência, destruição de tudo no Brasil e, sobretudo, as mortes provocadas por esses facínoras que só têm uma única prática que se repete em 900 dias, a de mentir cínica e descaradamente para a sociedade que a cada dia os repudia ainda mais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ministério Público pede ao TSE aplicação de multa a Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada

Presidente divulgou mensagem sobre campanha de 2022 ontem, durante evento oficial.

Segundo O Globo, O Ministério Público apresentou um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para abertura de processo contra o presidente Jair Bolsonaro por possível propaganda antecipada. Pela lei eleitoral, a punição para esse tipo de conduta vedada a agente público é pagamento de multa. A representação foi distribuída para o ministro Edson Fachin, do TSE.

Em cerimônia oficial de entrega de títulos de propriedade rural, realizada ontem em Marabá (PA), o presidente exibiu uma camiseta com a mensagem “É melhor Jair se acostumando. Bolsonaro 2022”, que ganhou de presente. O ato foi transmitido ao vivo pela TV Brasil.

“Ora, a conotação eleitoral do fato sob análise é evidente, na medida em que o ato houve expressa menção ao pleito eleitoral de 2022 e a notório candidato à disputa da Presidência da República”, diz trecho da petição.

A camiseta exibida pelo representado Jair Messias Bolsonaro não traduzia simples apoio a ele, o que seria, a princípio, lícito. Ao fazer expressa menção ao pleito eleitoral de 2022 e, consequente, à pretensa candidatura do representado – estampa BOLSONARO 2022 , houve claro ato de antecipação de campanha, ao qual o primeiro representado conscientemente aderiu, uma vez que analisou a estampa da vestimenta antes de exibi-la aos presentes”, continua o texto.

Para o vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, que assina a peça, “restou insofismável não se tratar de um mero ato público oficial típico de governo, mas sim de um verdadeiro ato público de campanha eleitoral antecipada, com promoção pessoal do representado Jair Messias Bolsonaro na condição de candidato às eleições de 2022”.

O procurador também pede a condenação do Pastor Silas Malafaia, do Secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, e do deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), que acompanharam o presidente no evento. O Ministério Público Eleitoral quer que a multa conte em dobro para Bolsonaro.

No evento, Joaquim Passarinho questionou o resultado de pesquisas eleitorais realizadas no Pará, dizendo que elas devem ter sido feitas no subúrbio de Belém, e afirmou que é preciso verificar no interior do Estado “quem é que tem respeito do Presidente Bolsonaro”.

“Esse povo aqui vai para rua. Pode ter imprensa contra. Ninguém tem medo de estampar o nome do Presidente Bolsonaro na sua camisa (…) Vocês são Presidente Bolsonaro. Quem faz o Presidente Bolsonaro é o homem do campo”, afirmou, em trecho citado na petição.

Já Nabhan Garcia afirmou que, em 20 anos de governos anteriores, sem citá-los nominalmente, foram entregues 40 mil títulos de propriedade, enquanto Bolsonaro “está entregando 50 mil títulos”.

“Essa é a diferença, é essa a de um governante, de um Presidente da República que governa para seu povo, sem demagogia, sem essa politicagem que nós estamos cansados. Essa é a diferença de um Presidente, prudente, que governa para seu povo. Em dois anos e meio, 50 mil títulos. Governos anteriores, em 20 anos, 40 mil títulos”, disse Nabhan.

Na representação, o procurador cita que Silas Malafaia fez um “discurso inflamado”, fazendo duras críticas aos “inimigos” do presidente, dizendo que tais pessoas “saquearam o país” e “não vão mais enganar o povo”.

Brill de Góes considera que “o discurso de Silas Malafaia evidentemente foi dirigido ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, notório pré-candidato à Presidência da República em 2022”.

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Em meio a protestos e revolta contra Bolsonaro, o Brasil chega a 500 mil mortes

O Brasil chegou neste sábado a 500.022 mortes por Covid-19. A perda de meio milhão de vidas, registrada pelo consórcio de imprensa do qual O GLOBO faz parte, impõe a pergunta: quantas mortes ainda teremos? Não há estudos, mas nos últimos meses, sob o clamor da CPI da Covid-19, pesquisadores têm se permitido opinar sobre o que as políticas públicas trouxeram e suas consequências.

No mesmo dia em que o país registra o marco de 500 mil mortes, milhares de manifestantes foram às ruas contra o governo Bolsonaro. Os atos pedem o impeachment do atual presidente da República e o avanço da vacinação em meio a críticas à gestão da pandemia no Brasil.

No momento, somente cerca de 11,5% dos brasileiros receberam duas doses da vacina. Levando em conta o baixo isolamento social atual, o índice vacinação mínimo para frear a pandemia é acima de 40%, diz o grupo Ação Covid-19, que envolve diversos especialistas em modelagem matemática. Se o isolamento cair a zero, o grupo afirma que seria preciso 70% da população imunizada (ou sobrevivente de infecção prévia) para conter o coronavírus.

José Paulo Guedes Pinto, cientista da Universidade Federal do ABC à frente do Ação Covid-19, lembra que os casos registrados não chegam a 10% da população — ou seja, ainda há espaço para o vírus crescer:

— Se a gente deixar todo o resto se infectar, quantos vão morrer? Não vão ser 5 milhões, porque jovens e crianças morrem menos que os mais velhos, que estão mais vacinados. Mas vamos para parar em 1 milhão, 2 milhões? Não sei.

Pedro Hallal, epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas, concorda que a questão é complexa:

— Quantas pessoas ainda podem morrer na pandemia no Brasil depende de muitos “se”. Mas podemos dizer, por exemplo, que se a vacinação continuar como foi no último mês, e se as medidas não farmacológicas não forem ampliadas, podemos nos preparar para manter uma média diária acima de 1.500 óbitos por dois ou três meses.

Isso implicaria mais 150 mil mortes de hoje até o fim de setembro, e a pandemia provavelmente ainda não estaria controlada pela vacina. Em junho, o ritmo de vacinação se acelerou para uma média de quase 1 milhão de doses aplicadas por dia. Nessa velocidade, o Brasil só atingiria em dezembro uma parcela de 70% da população imunizada: o limiar estimado da chamada “imunidade de rebanho”, para segurar a expansão da epidemia.

*Com informações de O Globo

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Vídeos e fotos: Multidão contra Bolsonaro abarrota ruas no Rio de Janeiro

Uma manifestação gigantesca na região central da cidade do Rio de Janeiro neste sábado (19) exige o impeachment de Jair Bolsonaro.

Milhares de cariocas saíram às ruas também para denunciar o genocídio promovido pelo mandatário, no momento que o país pode atingir a qualquer momento a marca de 500 mil mortes em decorrência da Covid-19.

Os manifestantes também reivindicam uma aceleração no processo de vacinação contra a Covid-19, tendo em vista que o país está próximo de encarar uma terceira onda de pico da pandemia.

Confira:

https://twitter.com/psol50/status/1406273029957640197?s=20

https://twitter.com/isapenna/status/1406258916267339777?s=20

https://twitter.com/andreaclarice11/status/1406280035930083329?s=20

*Com informações do 247

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Com Chico Buarque e Zé Dirceu, geração 1968 se une nas ruas contra Bolsonaro

Grupo de septuagenários e octogenários lança manifesto e sai vacinado às ruas.

Ricardo de Azevedo, 72, conta uma troça que sempre faz com um companheiro do campo progressista. “Brinco com o Zé Dirceu que a gente briga desde os anos 1960, mas sempre do mesmo lado.”

Ele, influente dirigente da AP (Ação Popular), e o ex-ministro lulista José Dirceu, 75, à época na dissidência paulista do PCB (Partido Comunista Brasileiro), podiam ser oposição dentro da turma que lutou contra a ditadura militar. Na hora do vamos ver, contudo, era todo mundo unido contra os milicos, lembra Azevedo.

Mais de meio século depois, os antigos amigos e rivais se esbarram no Geração 68 Sempre na Luta, movimento criado por quem, em 1968, participou da resistência contra um endurecido regime pós-Ato Institucional nº 5, o AI-5.

Na linha de frente estão septuagenários (os músicos Chico Buarque e José Miguel Wisnik, o fotógrafo Sebastião Salgado, os escritores Marilena Chauí e Fernando Moraes, o diplomata Celso Amorim, o vereador Eduardo Suplicy) e até octogenários (a deputada Luiza Erundina e o ex-governador Roberto Requião).

O inimigo agora, segundo manifesto lançado pelo grupo, é Jair Bolsonaro, “que intencionalmente tem induzido a morte de milhares de brasileiros”, na pandemia da Covid-19. “Conjugada à pandemia, pela inépcia governamental, se abateu sobre os segmentos mais fragilizados a miséria e a fome. Quantos ainda terão de morrer pelo negacionismo do governo federal?”

Para Dirceu, assim como em 1964, a democracia está a perigo agora, e menos mal que uma frente democrática antibolsonarista “já exista na prática”. “Não é o que vemos quando ex-ministros dos quatro últimos presidentes (Michel Temer, Dilma Rousseff, Lula e FHC) coassinam nota exortando as Forças Armadas a ignorar clamores por intervenção militar?”

“Ou quando Lula encontra FHC, quando há diálogo no Congresso com [o então presidente da Câmara Rodrigo] Maia, às vezes até com o centrão?”, continua o ex-dirigente petista.

Quando a carta aberta da geração 1968 foi escrita, o Brasil tinha acabado de ultrapassar o marco dos 400 mil mortos pela Covid-19. Beira hoje o meio milhão de vítimas.

Em maio, levou um signatário do manifesto. René Louis de Carvalho, filho de Apolônio de Carvalho, histórico militante da esquerda que lutou contra o nazifascismo na Segunda Guerra, tinha 76 anos.

Guerrilheiro no Araguaia preso pelo Exército, o ex-presidente do PT José Genoino, 75, ficou cinco anos na cadeia. Quando saiu, em 1977, o maior medo era saber se um companheiro caiu (foi pego pelo regime), lembra. “Agora, a gente fica apreensivo com quem tá com Covid.”

Parte do Geração 68, Genoino incluso, estará na manifestação deste sábado (19) contra Bolsonaro. “Vou com todos os cuidados para não participar de aglomerações. Até porque eu não poderia deixar de ir, como um dos sobreviventes da Geração 68. A maioria não existe, foi eliminada. Acho que é até dever cívico estar presente.”

O petista se descreve como um veterano de quarentenas. “Já é minha terceira”, diz sobre o confinamento pandêmico. A primeira, segundo ele, foi sua prisão pelos militares.

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A segunda, o um ano e meio que passou em regime semiaberto por conta de uma condenação no mensalão, escândalo que também aprisionou Dirceu. A pena de Genoino foi extinta em 2015 pelo STF (Supremo Tribunal Federal), após indulto concedido por Dilma.

Como quase todos os colegas de 1968, Genoino está vacinado contra a Covid-19. O movimento surgiu justamente por causa disso, diz Ricardo de Azevedo. Começou com o jornalista José Trajano, 74, que escreveu um artigo “lembrando que só bolsonarista ia para a rua” no primeiro trimestre do ano.

Aí a imunização engatou para valer nos grupos idosos. “Ele dizia que agora os velhinhos de 68 poderiam ir para as ruas e apontou uma data, 26 de junho.” É o aniversário de 53 anos da Passeata dos Cem Mil.

A passeata virou a das 500 mil vítimas da pandemia. Os “cabeças-brancas” farão um ato simbólico no dia 26, mas estarão também no protesto de sábado.

*Folha

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