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Brasil

Brasil sobe cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

O Brasil deu um passo adiante no cenário internacional ao subir cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com dados referentes ao ano de 2023, o país alcançou a 84ª colocação entre 193 nações analisadas, depois de ocupar o 89º lugar em 2022.

O novo levantamento aponta que o Brasil atingiu uma pontuação de 0,786 em uma escala que vai de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. Esse resultado mantém o país na categoria de IDH “alto”, que abrange índices entre 0,700 e 0,799. No ano anterior, o índice brasileiro era de 0,760.

Renda per capita e Saúde
A melhora foi impulsionada principalmente pelo aumento da renda nacional bruta per capita e pela retomada dos indicadores de saúde, especialmente a expectativa de vida, que voltou a subir após os impactos causados pela pandemia de Covid-19. Esses fatores ajudaram a alavancar o desempenho nacional no ranking da ONU.

No entanto, nem todos os indicadores apresentaram avanços. O relatório chama atenção para o desempenho da educação, que continua estagnado. O tempo médio de escolaridade no país segue abaixo da média observada em outras nações com IDH elevado, o que ainda limita o potencial de crescimento do Brasil no ranking global.

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Política

In Fux we trust: O constrangimento no STF após Fux viar “símbolo” dos bolsonaristas no ato pela anistia

Fux vai arrepiar a acbeleira.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram que há um clima de constrangimento na Corte pelo fato de Luiz Fux ter se tornado um “símbolo” para bolsonaristas que defendem a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

O incômodo aumentou após Fux ter votado para que a cabeleireira bolsonarista Débora Rodrigues, que escreveu “perdeu, mané” com batom na estátua em frente ao Supremo, recebesse a pena de um ano e seis meses de prisão. Depois disso, Fux passou a ser elogiado e parabenizado pelos organizadores do ato.

O magistrado argumentou que Débora viajou a Brasília “por conta própria” e que não havia provas de sua ligação com outros manifestantes. “No presente caso, o que se tem é precisamente o contrário: há prova apenas da conduta individual e isolada da ré”, escreveu o ministro.

A decisão provocou desconforto interno, já que, para colegas da Corte, soa contraditório ver um ministro sendo celebrado por manifestantes que atacam o STF e pedem anistia para crimes cometidos contra a democracia. A avaliação de ministros é que esse apoio coloca o tribunal em uma posição delicada.

Muitos ainda estão inseguros sobre o que levou Fux a mudar sua posição em relação às penas impostas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, especialmente depois de concordar com o relator Alexandre de Moraes em cerca de 500 processos.

Para evitar mais desconforto, Fux chegou a procurar Moraes antes de proferir seu voto sobre o caso da bolsonarista Débora Rodrigues.

O protesto convocado por Bolsonaro deve começar na torre da antena de TV em Brasília, com a intenção inicial de seguir até o Congresso Nacional, com o objetivo de pressionar os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

No entanto, após uma reunião entre a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e os organizadores do ato, foi decidido que a caminhada será interrompida antes de chegar à Praça dos Três Poderes, localizada atrás do Congresso.

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Política

Mais de 900 mortes de civis causadas por ações policiais em SP, aponta estudo

Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público.

Uma pesquisa com 859 inquéritos policiais apontaram que as ações da polícia de São Paulo deixaram 946 civis mortos no estado, de 2018 a 2024. Nenhum agente envolvido chegou a ser denunciado pelo Ministério Público. As informações são do projeto Mapas da (In)Justiça, do Centro de Pesquisa Aplicada em Direito e Justiça Racial da FGV Direito SP, publicado nesta segunda-feira (5), no jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com os números, aproximadamente oito de cada dez mortes aconteceram em vias públicas, e 87,8% dos casos envolveram somente uma vítima. Nesta situação também existe a predominância de negros (49%) entre os mortos.

A chamada prestação de socorro foi registrada em oito de cada dez casos. O estudo mostrou, ainda, que houve tiros em 734 ocorrências, com a maioria tendo um ou dois disparos (31,6%) ou dois a quatro disparos (31,3%). Também foi identificada 17,6% de ocorrências com uma quantidade de quatro a sete tiros disparados, e 19,5% com faixa de seis a 69 tiros.

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Mundo

OMS denuncia Israel: “Estamos matando as crianças de Gaza de fome”

Após dois meses de bloqueio, fome e sede atingem 2,4 milhões de pessoas. Para o diretor Mike Ryan situação em Gaza é “uma abominação”; ONU alerta para catástrofe humanitária

A Faixa de Gaza está à beira do colapso — e Israel tem responsabilidade direta, denunciam autoridades internacionais. Na última quinta-feira (1º/5), Michael Ryan, diretor-geral adjunto do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi incisivo ao dizer a jornalistas que “estamos destroçando o corpo e a alma das crianças de Gaza. Estamos matando as crianças de fome. Se não agirmos, seremos cúmplices do que ocorre diante dos nossos olhos”.

Israel bloqueia há dois meses toda entrada de alimentos, medicamentos e combustível no enclave, agravando um quadro de fome generalizada que já atinge 2,4 milhões de pessoas. A justificativa do governo israelense é pressionar o Hamas para que libertem 58 reféns, dos 251 ainda detidos desde 7 de outubro de 2023. Porém, os efeitos atingem de forma desproporcional a população civil, especialmente as crianças, diz o Vermelho.

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “2 milhões de pessoas estão sofrendo enquanto 116 mil toneladas de alimentos estão bloqueadas na fronteira, a poucos minutos de distância”. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) declarou que suas últimas reservas acabaram no final de abril, obrigando o fechamento de 25 padarias e cozinhas populares que atendiam metade da população — ainda assim fornecendo apenas 25% das necessidades alimentares diárias. Sem comida, sem combustível e sem água potável, os palestinos agora buscam itens para queimar e cozinhar, enquanto os preços dos alimentos dispararam em 1.400%.

Um massacre de crianças

Desde a retomada da ofensiva israelense, em 18 de março, quase 500 crianças palestinas foram mortas, informou o Hamas. Só nas últimas semanas, 1.350 civis morreram em Gaza, elevando o saldo total do conflito a mais de 50 mil mortos desde outubro, segundo números locais. A Defesa Civil de Gaza relatou que, em apenas um dia, 19 civis, sendo a maioria mulheres e crianças, foram mortos em bombardeios israelenses no norte do território.

A ONU denuncia uma situação inédita de catástrofe humanitária. O bloqueio imposto por Israel já é o mais longo da história recente de Gaza, com cerca de 4 mil caminhões de ajuda humanitária parados, impedidos de entrar. “O nível atual de desnutrição está causando um colapso na imunidade”, alertou Ryan. Ele reforçou que doenças como pneumonia e meningite estão em alta, matando os mais vulneráveis.

Israel insiste que há comida suficiente no território e acusa o Hamas de desviar a ajuda, algo que o grupo nega veementemente. Além disso, o governo Netanyahu anunciou planos para expandir a ofensiva militar genocida, com o objetivo de “conquistar Gaza” e, segundo palavras do próprio premiê, promover a “saída voluntária dos habitantes”, um plano inspirado nas propostas de Donald Trump de transformar Gaza em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio”.

Entre territórios e vidas humanas

As críticas internacionais aumentam, não apenas pelas ações militares, mas também pela dimensão das mortes civis. Para o Fórum de Famílias de Reféns, que reúne parentes dos sequestrados israelenses, o governo de Netanyahu “está escolhendo território em vez de reféns, contrariando a vontade de mais de 70% da população israelense”.

Organizações humanitárias alertam: mais de 1 milhão de crianças em Gaza estão em risco iminente de morte ou sequelas irreversíveis por desnutrição severa. Sem entrada imediata de ajuda, essas mortes serão diretamente atribuídas às decisões políticas do governo israelense.

Enquanto o gabinete de segurança de Israel anuncia expansão militar e recrutamento de reservistas, comunidades inteiras em Gaza enfrentam o apagamento completo com milhares de famílias dizimadas, crianças enterradas sob escombros, escolas e hospitais destruídos.

“Como médico, estou furioso. É uma abominação”, enfatizou Ryan. “Devemos nos perguntar: quanto sangue é suficiente para satisfazer os objetivos políticos de ambos os lados?”

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Saúde

SUS passa a oferecer transplante de intestino delgado e multivisceral

Os novos métodos oferecidos pelo SUS pode ajudar pessoas com falência intestinal.

Transplante de intestino delgado e multivisceral ao SUS e passa a ofertar alternativa de tratamento definitivo, que traz maior qualidade de vida para pessoas com falência intestinal ou com outras condições raras relacionadas à insuficiência do intestino. O anunciou foi feito em fevereiro pelo Ministério da Saúde e já tem surtido impactos para os brasileiros.

Entenda os novos tratamentos do SUS
Esses transplantes são indicados para casos de falência intestinal, quando o intestino não consegue mais digerir ou absorver os nutrientes essenciais para o corpo, além de ser útil no tratamento de tumores abdominais e outras complicações graves. Tais condições raras não tinham tratamento definitivo disponível no Brasil.

Na avaliação do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), Carlos Gadelha, ao oferecer esse tipo de transplante, o SUS reforça seu compromisso em atender de forma equitativa e eficaz, proporcionando a essas pessoas uma chance real de recuperação e melhor qualidade de vida.

“Essa inclusão no SUS representa mais uma ação importante do sistema de saúde brasileiro para garantir o acesso a tratamentos de alta complexidade e que tragam qualidade de vida para a população, especialmente para pacientes com condições raras e graves”, afirma Gadelha.

Pessoas com falência intestinal contavam, até então, com tratamentos paliativos no SUS, que envolvem, entre alternativas, a nutrição parenteral – quando os nutrientes são administrados diretamente na corrente sanguínea, geralmente por meio de uma veia. Embora seja considerada fundamental para o cuidado de pacientes com essas condições, a nutrição pode trazer consequências para a saúde de pacientes, o que muitas vezes impossibilita a continuidade do tratamento.

Os dois procedimentos estavam disponíveis pelo SUS em alguns hospitais, devido a convênios estabelecidos pelo Ministério da Saúde com hospitais de excelência, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). A iniciativa possibilitou que a incorporação fosse realizada em um cenário de capacidade técnica já instalada no país, o que permitiu a ampliação.

A demanda para incorporação dos dois procedimentos é do próprio ministério e foi recomendada pela Conitec.

Mais qualidade de vida
Estudos mostram que, atualmente, cerca de 15 pacientes por ano precisam desses transplantes. Embora o processo seja complexo e a recuperação longa, ele oferece uma melhora significativa, permitindo uma rotina mais próxima da normalidade.

Além do custo do transplante em si, também foram levados em conta os gastos com a manutenção da saúde dos pacientes, que muitas vezes enfrentam complicações durante o tratamento. Um fator importante para a decisão de incluir tais procedimentos no SUS foi a necessidade de integrá-los ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT), um dos maiores e mais eficientes do mundo.

Diferenças
Confira as principais diferenças entre os dois tipos de procedimento:

Transplante de intestino delgado (TID)
Procedimento cirúrgico que envolve a substituição do intestino delgado doente por um intestino saudável de um doador;

Indicado, principalmente, em casos de com falência intestinal grave ou complicação da nutrição parenteral total (NPT).

Transplante Multivisceral (TMV)
Procedimento cirúrgico em que dois ou mais órgãos abdominais (estômago, pâncreas, intestino delgado, fígado e, às vezes, o cólon) são transplantados ao mesmo tempo;

Indicado em casos em que múltiplos órgãos do sistema digestivo estão comprometidos e não podem ser tratados de forma eficaz com terapias convencionais ou transplantes de órgãos isolados.

*Por Ministério da Saúde

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Política

Sete de nove convênios envolvidos na fraude do INSS foram assinados no governo Bolsonaro

Levantamento junto ao Diário Oficial revelou os acordos de descontos que mais lesaram aposentados e pensionistas.

O governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) foi responsável por pelo menos sete convênios que autorizaram entidades a fazer descontos irregulares de aposentados e pensionistas. As informações são de pesquisa feita no Diário Oficial da União pelo jornalista Fernando Molica, do site Correio da Manhã.

O levantamento analisou as 11 entidades que são campeãs das fraudes do INSS, de acordo com a Polícia Federal. Entre as 11, um dos convênios foi renovado no governo Lula, que retomou contrato com uma associação que tivera contrato rescindido em 2020.

Já outro dos acordos, publicado em agosto de 2019, é termo aditivo a um assinado no ano anterior, durante o governo Temer. O termo aumentou o desconto de 0,5% para 2,5% de cada benefício, até o limite de R$ 50,00, para o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical. Em 2020 (sob Bolsonaro) e em 2023 (governo Lula), o Acordo de Cooperação Técnica seria renovado. Os novos extratos publicados no DOU falam em descontos de 0,6% ou de 2,5%.

No levantamento, foi possível comparar valores de descontos. O maior desconto nos benefícios encontrado é de 4,09%, referente a um acordo assinado, em abril de 2022, entre o INSS e a União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos (Unaspub) e válido por cinco anos. Outros descontos variavam de 2% a 3%

Roberto Livianu | A escolha do ministro Vinicius

Convênio foi assinado em 29 de dezembro 2022
Um dos acordos, com a Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas foi assinado no dia 29 de dezembro de 2022, 3 dias antes da posse de Lula, e publicado no Diário Oficial de 2 de janeiro de 2023.

A entidade que mais lesou segurados foi a Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas do INSS, de acordo com a Controladoria Geral da União (CGU). O contrato, publicado em maio de 2022, estabeleceu 3% de desconto de seus associados por um prazo de cinco anos. Um acordo assinado em 2021, este com a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos, previa um desconto fixo de R$ 45,00.

As investigações mostram que a grande maioria dos descontos era feita de maneira fraudulenta, sem conhecimento dos aposentados e do pensionistas. Em 2019, Bolsonaro incluiu em medida provisória exigência de renovação anual da autorização de descontos, mas a medida foi afrouxada no Congress, que aumentou o prazo para três anos. A mudança foi proposta em emendas de parlamentares de diversos partidos: PT, PR (hoje, PL), Solidariedade MDB, PSDB, PCdoB e PSB.

Jair Bolsonaro sancionou a lei aprovada pelo Congresso, mas já em 2020 possibilitou que as autorizações fossem feitas em até quatro anos. Em 2022, a lei 14.438, , ganhou artigo que acabava com a possibilidade do controle dos descontos.

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Política

Diretor da PF e Gilmar Mendes descartam redução das penas dos golpistas articulada por Alcolumbre

Articulada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a proposta para reduzir as penas dos criminosos condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro, que serviria como uma “alternativa” ao projeto de anistia, excluindo Jair Bolsonaro dos beneficiados, mal avançou nas discussões e já encontra resistências.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rechaçou nesta segunda-feira (5), durante um evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Madri, na Espanha, a possibilidade do Congresso Nacional discutir anistia ou redução das penas dos golpistas.

“Acho fundamental que esse crime fique entregue aos tribunais. [Isto é] A eventual condenação ou absolvição dos responsáveis por esse episódio todo. Demos passos significativos. Até pouco tempo, falávamos que só os executores tinham sido atingidos. Agora, percebemos que também a cúpula desse movimento foi atingida”, declarou o magistrado.

Presente no mesmo evento em Madri, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, foi na mesma linha e disse que anistiar golpistas serviria apenas para atender a um “capricho político”, segundo a Forum.

“São situações muito graves e que não podem simplesmente ser apagadas por capricho político. A minha posição, e é pública, é contrária ao processo de anistia, e as pessoas têm que ser responsabilizadas pelos graves crimes que cometeram”, pontuou.

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Mundo

Expulsos: Portugal vai notificar milhares de imigrantes, incluindo brasileiros, para que deixem o país

Imigrantes terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. Aqueles que não cumprirem o prazo, serão submetidos a “afastamento coercivo”, segundo o governo.

O governo de Portugal vai notificar 18 mil imigrantes em situação ilegal para que deixem o país. De acordo com o g1, a Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto e está em contato com as autoridades portuguesas para obter informações sobre o número exato de brasileiros afetados.

O ministro da Presidência do governo português, António Leitão Amaro, afirmou no último sábado (3) que os imigrantes que deverão deixar o país tiveram os seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima), depois de um período de análise, por não cumprirem as regras locais.

Eles terão 20 dias para se retirarem do território de Portugal. “Quem não cumprir a ordem terá de ser afastado coercivamente”, disse Amaro.

Ainda segundo o ministro, 4.574 imigrantes serão notificados já na próxima semana. “As regras têm de ser cumpridas, e o incumprimento tem de ter as consequências da lei”, afirmou.

Amaro afirmou também que boa parte das 18 mil pessoas afetadas já tinham ordens de saída da Europa emitidas por outros países ou tiveram sua autorização de residência negada por “situações criminais” que tornaram a concessão inviável.

A expectativa do ministro da Presidência de Portugal é de que o número de notificações aumente ainda mais. Isso porque o país acumula uma fila de cerca de 110 mil pedidos de residência que aguardam análise.

A Embaixada do Brasil em Portugal acompanha o tema de perto, em contato direto com as autoridades locais, segundo o Ministério de Relações Exteriores.

O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Alessandro Candeas, afirmou em entrevista ao jornal local “Público” que está em contato com as autoridades portuguesas para obter mais informações sobre o número exato de brasileiros que podem ser afetados pela medida.

O embaixador brasileiro, Raimundo Carreiro, também afirmou estar acompanhando o caso.

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Política

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Mundo Política

Lula criticou Zelensky e bolsonaristas atacaram Lula. Trump criticou o mesmo Zelenski e bolsonaristas atacaram o presidente da Ucrânia

A mudança apatetada de postura dos bolsonaristas reflete um alinhamento ideológico com Trump em detrimento de consistência que, na verdade, nunca tiveram.

Antes do debate Trump-Zelensky, o ucraniano foi útil para atacar Lula, a quem eles acusaram de ser pró-Rússia, por sua neutralidade e defesa de negociações de paz.

Após a crítica de Trump a Zelensky, os bolsonaristas, como o gado de sempre, seguiram o novo roteiro guiado por Bolsonaro, atacando o presidente ucraniano para manter a lealdade ao líder americano do mito dos tolos,

Postagens nas redes de maio de 2025 reforçam essa cômica atitude, descrevendo bolsonaristas como “ridículos” por passarem de defensores de Zelensky a críticos dele apenas por causa de Trump via Bolsonaro.

Lula, por sua vez, manteve uma postura coerente e consistente de crítica à guerra e defesa da diplomacia, condenando a invasão russa desde 2022, mas evitando o alinhamento automático com os EUA ou  com a OTAN.

Ele criticou tanto Putin quanto Zelensky, além da UE e dos EUA, por prolongar o conflito.

Após o bate-boca Trump-Zelensky, Lula defendeu a inclusão de Zelensky nas negociações, destacando que a paz exige a participação de ambos os lados, o que foi interpretado por bolsonaristas burros como uma defesa do presidente ucraniano.