Lula diz que vai repatriar brasileiros em todo lugar que for preciso

“O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel”, disse ainda o presidente.

Agência Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu nesta terça-feira (1º) que o Brasil fará a repatriação de brasileiros do exterior “em todo lugar que for preciso”. Ele lamentou o comportamento do governo de Israel ao atacar o Líbano.

Nesta quarta-feira (2) um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) buscará brasileiros que estão no Líbano.

A região sofre com os contínuos ataques aéreos de Israel contra áreas civis em Beirute, no sul e no Vale do Beqaa. Na semana passada, os bombardeios israelenses causaram a morte de dois adolescentes brasileiros. A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, atualmente, está no Líbano, com 21 mil cidadãos vivendo no país.

O presidente Lula está no México para a posse da presidente eleita do país, Claudia Sheinbaum, e falou rapidamente com a imprensa ao chegar na cerimônia, na Cidade do México. Ele voltou a criticar a incapacidade da Organização das Nações Unidas (ONU) de atuar na resolução de conflitos internacionais.

“O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. É inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel se sente em uma mesa para conversar ao invés de só saber matar”, disse.

Israel e o grupo Hezbollah do Líbano têm trocado tiros na fronteira desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro do ano passado, detonada após um ataque do grupo palestino Hamas, aliado do Hezbollah, e que controla Gaza. Na última semana, Israel intensificou sua campanha militar no Líbano.

No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o Hamas. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos, um membro permanente, inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira. Outras resoluções apresentadas também fracassaram, seja por votos contrários dos Estados Unidos, seja da Rússia, outro membro permanente.

Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. São eles: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

Guerra se alastra por sete frentes diferentes no Oriente Médio

Ataque massivo do Irã amplia ainda mais o conflito e levará a nova retaliação de Israel, muito provavelmente com o apoio dos Estados Unidos.

O que era um temor passou a ser realidade: o sangrento conflito no Oriente Médio já é uma guerra regional com sete frentes diferentes de combate.

A última delas foi aberta de fato na terça-feira (1º) com os ataques do Irã, que lançou cerca de 200 mísseis balísticos e de cruzeiro contra o território de Israel.

A maior parte dos mísseis foi interceptada ainda no ar, com ajuda dos militares dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países (inclusive árabes) que ajudaram mais uma vez a defender os israelenses.

Mas a intenção do governo iraniano era clara: causar o máximo de danos possíveis para vingar as mortes dos líderes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh – este último morto em julho em plena Teerã, a capital do Irã.

A resposta de Israel, com ataques contra o território e interesses iranianos, é inevitável.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que os líderes iranianos cometeram “um grande erro” e já confirmou que vai revidar.

Sete linhas de frente
Com o conflito aberto com o Irã, Israel passa agora a combater em sete linhas de frente – o chamado “círculo de fogo”, composto não apenas pela República Islâmica mas também por grupos e milícias financiadas e armadas por Teerã.

As outras seis frentes são dominadas por vários inimigos de Israel:

  • Hamas, na Faixa de Gaza
  • Hezbollah, no sul do Líbano
  • O governo e milícias na Síria
  • Rebeldes Houthis que controlam boa parte do Iêmen
  • Grupos paramilitares xiitas no Iraque
  • Militantes de vários grupos na Cisjordânia

O exército israelense está combatendo no terreno em três desses territórios: a Faixa de Gaza (área original da guerra, iniciada com os bárbaros ataques dos militantes do Hamas contra civis no sul de Israel, no dia 7 de outubro do ano passado); o sul do Líbano, invadido no início da semana; e a Cisjordânia, onde as Forças de Defesa de Israel vêm atacando vários grupos militantes nas últimas semanas.

Nos outros territórios, o envolvimento dos israelenses se dá através de bombardeios de sua força aérea.

Agora, os militares israelenses estão planejando a resposta ao Irã – a cabeça desse polvo com vários tentáculos militares.

Os alvos dos israelenses poderão ser instalações de petróleo do Irã ou até mesmo os locais onde o regime tenta enriquecer urânio para a fabricação de uma bomba nuclear.

É muito provável que os militares dos Estados Unidos não apenas apoiem o revide mas também ajudem os israelenses de alguma forma nos ataques –especialmente com logística e informações de inteligência.

A forma desse revide bem como a extensão da participação americana nele vão definir se o conflito vai se ampliar ainda mais, tendo impactos de fato globais ou não.

Expectativa é que Israel ataque alvos no Irã nos próximos dias

Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” com o ataque e que “pagará” o preço.

Fontes do governo iraquiano avaliaram à coluna que a expectativa é de que Israel ataque alvos estratégicos no Irã já nos próximos dias, o que seria uma ação inédita. Segundo eles, a possibilidade é de que o governo de Benjamin Netanyahu possa ter como alvo instalações elétricas ou até nucleares do Irã.

Netanyahu afirmou que o Irã cometeu um “grande erro” com o ataque e que “pagará” o preço.

Na avaliação dos iraquianos, o ataque do Irã foi uma mensagem devido à pressão que o governo iraniano sofria pelos ataques de Israel ao Hezbollah e da morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo.

Os iraquianos também estão atentos para a possibilidade de os ataques chegarem ao sul do Iraque e, eventualmente, as milícias locais apoiarem os iranianos. Circularam, nesta terça-feira (1), imagens dos iraquianos, que vivem no sul do país, comemorando o ataque dos mísseis iranianos contra Israel.

Biden confirma: Netanyahu vai levar genocídio nazisionista ao Oriente Médio, com apoio da Otan

Discurso orwelliano de Biden na ONU é luz verde para Netanyahu massacrar milhares de crianças com mísseis, balas, tanques e a cruel morte por fome.

O octogenário presidente estadunidense Joe Biden levou quase um ano para dizer que deve-se evitar uma guerra total no Oriente Médio, depois de vários dias de brutais ataques israelenses contra o Líbano, a Síria e o Iêmen, e quase um ano depois que Israel lançou uma operação de extermínio contra a população palestina de Gaza.

Tudo isso deixa dolorosamente claro que Israel está decidido a levar a barbárie até suas últimas consequências, inclusive a uma guerra total com um potencial arrasador de destruição material e humana, com o apoio de Washington e disso que chamam de Ocidente. E parece também indubitável que ninguém o deterá.

 

Nos últimos dias, Israel lançou sua campanha de extermínio contra lideranças de governos e grupos islâmicos que apoiam o povo palestino em sua tentativa de sobreviver ao genocídio. Em um bombardeio que deixou danos em 30 km ao redor de Beirute, suas forças armadas assassinaram Hassan Nasrallah, secretário-geral do partido-grupo chiita libanês Hezbollah. No mesmo ataque morreram outros comandantes deste grupo, assim como um general da Guarda Revolucionária do Irã.

Netanyahu ordenou a carnificina justo antes de dirigir-se à Assembleia Geral da ONU, onde mostrou sua arrogância e a lógica fascista que guia seus atos. Disse que não se deterá diante de nada para consumar seus objetivos de dominação e advertiu o mundo de que não há lugar que os recursos militares israelenses não possam alcançar.

Nenhum líder ocidental abandonou a sala enquanto Netanyahu se jactava de que assassina e seguirá assassinando quem quiser. Washington, a União Europeia, seus aliados e satélites, aplaudem o delírio bélico de Israel, como fez o presidente Joe Biden ao declarar que o assassinato de Nasrallah foi um ato de justiça.

Netanyahu voltou a comprovar que tem luz verde dos “faróis da democracia e dos direitos humanos” do Ocidente para massacrar milhares de crianças com mísseis, balas, tanques e a cruel morte por fome.

Desde que iniciou a destruição de Gaza, morreram 52 israelenses em mãos do Hezbollah e mais de 1.500 libaneses em mãos de Tel Aviv. Em um só dia, 23 de setembro, Israel massacrou dez vezes mais pessoas das que perderam em 12 meses, além das décadas de bombardeios arbitrários e crimes de guerra atrozes como sua participação nos atos genocidas de Sabra e Shatila.

Embora ambos os lados estejam armados, a pavorosa desproporção entre seu poder de fogo e o número de baixas torna impossível caracterizar como uma guerra o que é um massacre.

O nazisionismo apoiado por Biden

Cada dia parecem mais alucinantes as semelhanças entre a Alemanha nazista e o governo de Israel. Seus cidadãos são doutrinados desde a primeira infância no ódio racial e na desumanização do povo que decidiram exterminar; mantêm milhões de pessoas em campos de concentração que depois convertem em centros de extermínio, impõem castigos coletivos, disparam deliberadamente contra civis inermes, ignoram de maneira flagrante a soberania de outros países.

E, assim como a Alemanha nazista em seu caminho para a barbárie, Israel conta com a cumplicidade do Ocidente. Ninguém espera que os Estados Unidos deem passos para o restabelecimento da paz: a declaração é preparatória para seu próximo encontro com o genocida Netanyahu, chefe do regime nazisionista israelense, depois que o governo de Washington apoiou o assassinato de alguns dos mais altos dirigentes do grupo chiita libanês Hezbollah mediante bombardeios da força aérea israelense.

Biden não parece preocupado pelo fato de o Líbano ter alcançado em poucos dias cerca de um milhão de deslocados internos pelos intensos bombardeios israelenses, no que o primeiro-ministro Najib Mikati considerou “a maior” onda de deslocamentos na história do pequeno país mediterrâneo.

Os Estados Unidos foram o principal instigador histórico – e muitas vezes perpetrador direto – das guerras no Oriente Médio, para sustentar com todos os recursos bélicos, econômicos, políticos e diplomáticos, as atrocidades que as forças de Israel cometem na região, começando pelo genocídio em curso da população de Gaza.

Mais de 20 caças F-35 israelenses são destruídos e plataformas de gás atingidas em ataque do Irã

Até o momento, não houve vítimas fatais no ataque de mísseis do Irã contra Israel, exceto por ferimentos leves, informou o serviço de ambulâncias.

O ataque com mísseis do Irã a Israel destruiu mais de 20 caças israelenses nesta terça-feira (1), informou a agência de notícias Shafaqna.

Mais cedo, o The Jerusalem Post relatou que o Irã lançou cerca de 400 mísseis em direção a Israel. O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã afirmou que mirou em instalações militares e de segurança importantes em Israel.

O Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã atingiu plataformas de gás próximas à cidade israelense de Ashkelon em um ataque com mísseis, informou a agência de notícias estatal iraniana Tasnim nesta terça-feira.

Irã ataca Israel com mísseis e drones, 4 pessoas morreram

Exército israelense emitiu comunicado sobre a ofensiva do Irã.

O Exército israelense afirmou nesta terça-feira (1) que o Irã lançou mísseis contra Israel, após os Estados Unidos alertarem que um ataque da República Islâmica era iminente. Quatro pessoas morreram até o momento.

“Há pouco, mísseis foram lançados do Irã em direção ao Estado de Israel”, disse o Exército em comunicado, acrescentando que sirenes de ataque aéreo soaram em todo o país, incluindo Jerusalém. (AFP)

*Matéria em atualização

Irã dá indícios sobre como responderá a ataques de Israel a seus representantes

Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, alertou Israel sobre “golpes esmagadores”

Israel está intensificando os ataques contra representantes apoiados pelo Irã em várias frentes, com “uma operação terrestre limitada” em sua fronteira norte com o Líbano visando o Hezbollah, e ataques de longa distância contra militantes Houthi dentro do Iêmen, enquanto os temores de um conflito regional devastador aumentam.

Junto com o Hamas, que atacou Israel em 7 de outubro, o Hezbollah e o movimento Houthi fazem parte do “Eixo da Resistência” do Irã, uma aliança de milícias islâmicas que abrange o Iraque, a Síria, o Líbano, Gaza e o Iêmen.

O Hezbollah e os Houthis lançaram ataques regulares contra Israel no ano passado e prometeram continuar lutando até que a guerra em Gaza termine.

Na segunda-feira (30), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu mirou publicamente o Irã, enquanto sua longa guerra sombria é empurrada para o aberto.

Em um discurso televisionado, ele disse ao povo iraniano que “Israel está com vocês”, dirigindo-se diretamente a eles “sem filtros, sem intermediários”, e repetiu seu apelo aos iranianos para rejeitarem seu governo.

Forças de paz da ONU alertam que travessia de Israel para o Líbano viola soberania do país

Israel iniciou incursões terrestres em território libanês. ONU não descarta retirada das forças de paz em caso de invasões.

As forças de paz da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) no sul do Líbano alertaram nesta terça-feira (1º) que qualquer travessia para o país violaria sua soberania, informa O Globo. Israel iniciou durante a madrugada uma incursão terrestre em território libanês, após anunciar que faria “incursões terrestres limitadas” no país. O governo israelense considera que iniciou uma nova fase nos ataques contra o Hezbollah.

“Qualquer travessia para o Líbano é uma violação da soberania e integridade territorial libanesa. Civis devem ser protegidos, infraestrutura civil não deve ser alvo e o direito internacional deve ser respeitado”, diz o comunicado da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL). Diante do “desenvolvimento perigoso” das ações israelenses no Líbano, o órgão pediu “a todos os envolvidos que evitem ações que aumentem o conflito, pois isso resultará apenas em mais violência e derramamento de sangue”.

Na última segunda-feira (30), o porta-voz do secretariado-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que as forças da UNIFIL, compostas por cerca de 10 mil soldados de 50 nacionalidades, estão equipadas em suas bases e não realizam patrulhas noturnas devido à intensidade dos combates. Ele não excluiu a possibilidade de retirada dessas forças do território libanês em caso de invasão terrestre por Israel.

Bombas fabricadas nos EUA teriam sido usadas em ataque contra Nasrallah

Artefatos são conhecidos como “destruidoras de bunkers”, por sua capacidade de penetrar no solo antes de explodir.

Bombas de cerca de 900 quilos fabricadas nos Estados Unidos provavelmente foram usadas no ataque israelense que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute na noite de sexta-feira (27), de acordo com uma análise de imagens feita pela CNN e especialistas em munições.

Um vídeo publicado pelos militares israelenses no sábado (28) mostrou jatos que teriam sido usados ​​para realizar o ataque carregando pelo menos 15 bombas de cerca de 907 quilos, incluindo a BLU-109, fabricada nos EUA, segundo Trevor Ball, ex-técnico sênior de artilharia explosiva do Exército dos EUA, que analisou as imagens para a CNN.

As bombas, conhecidas como “destruidoras de bunkers” por sua capacidade de penetrar no solo antes de explodir, também foram equipadas com Joint Direct Attack Munition (JDAM), de fabricação americana.

Esse é um kit de orientação que converte bombas não guiadas em munições “inteligentes” que podem atingir um alvo com precisão, também conforme informações de Ball.

Em um avião equipado com bombas, retratado decolando no vídeo, Ball identificou pelo menos quatro BLU-109 com kits JDAM.

Outros tipos de bombas grandes podem ter sido usadas na operação, acrescentou Ball, mas apenas as BLU-109 eram visíveis nas imagens.

As munições têm 242 quilos de explosivos, menos que as MK84, outro tipo de bomba de 900 quilos frequentemente usada pelos militares israelenses. “As BLU-109 são mais leves em explosivos e apresentam maior precisão contra alvos do que uma MK84”, comentou o especialista.

Vídeos e imagens localizadas geograficamente como sendo o local onde aconteceu o ataque nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecido como Dahiyeh, mostram um buraco, cercado por destroços de edifícios.

Uma análise com vídeo e imagens de satélite confirmou que quatro prédios de apartamentos de vários andares foram destruídos.

Duas autoridades da Defesa israelense disseram ao New York Times que 80 bombas foram usadas no ataque contra Nasrallah. Ball destacou à CNN que esse número era plausível, mas que era difícil afirmar apenas com base nas imagens disponíveis da cratera.

“É possível que houvesse mais crateras semelhantes. Também não se sabe quão profundas ou extensas eram as instalações subterrâneas. Isso torna extremamente difícil estimar com exatidão o número de munições usadas”, pontuou.

Justin Bronk, pesquisador sênior de poder e tecnologia aérea do Royal United Services Institute, em Londres, que também analisou imagens para a CNN, afirmou que os aviões da Força Aérea Israelense carregavam kits de orientação JDAM.

Ele também pontuou que o buraco causado pelo ataque condizia com o uso de bombas BLU-109 de 900 quilos.

“[A bomba] se encaixa no perfil de ataque e nas configurações necessárias para produzir esse tipo de buraco”. Ele acrescentou que a combinação da bomba BLU-109 e do kit JDAM era “o que se esperaria na busca de um alvo como esse”.

Alvo no subsolo
Os militares de Israel não divulgaram imagens mostrando o momento em que lançaram as bombas, mas vídeos que circularam nas redes sociais na sexta mostraram enormes explosões em Dahiyeh, onde foi realizado o ataque à sede subterrânea onde estaria Nasrallah.

Bronk disse à CNN que as várias nuvens de fumaça vistas em um dos vídeos iam de acordo com os múltiplos impactos quase simultâneos de bombas de 900 quilos, que têm configurações de detonação no subsolo.

Em fala a repórteres no sábado (28), brigadeiro-general Amichai Levin, comandante da base aérea israelense de Hatzerim, afirmou que “dezenas de munições atingiram o alvo em segundos com altíssima precisão”, complementando que isso era o “necessário para atingir este subsolo”.

Utilização das bombas em Gaza e destruição
Os militares israelenses têm usado, diversas vezes, bombas de 900 quilos durante o conflito na Faixa de Gaza. Especialistas em armas e em guerra culpam o uso extensivo de munições tão pesadas pelo enorme número de mortos.

A utilização de bombas dessas bombas, que são majoritariamente fabricadas pelos EUA, pode causar um elevado número de vítimas devido à escala do seu impacto.

O raio de explosão da arma, ou raio de fragmentação letal – área de exposição a ferimentos ou morte em torno do alvo – é de até 365 metros, ou o equivalente a 58 campos de futebol.

Em maio, o governo do presidente americano, Joe Biden, disse que suspendeu o envio de bombas para Israel devido a preocupações quanto ao seu potencial uso na incursão de Rafah e ao risco de danos a civis.

Ataques no Líbano
Os ataques de Israel no Líbano continuaram em ritmo acelerado durante o último fim de semana, matando mais de 100 pessoas e ferindo mais de 350 outras no país no domingo (29).

Os militares israelenses disseram que estavam atacando o Hezbollah, inclusive em ataques contra aproximadamente 45 alvos perto de uma vila no sul do Líbano.

Pelo menos 12 locais em Beirute foram atingidos entre sexta e a manhã desta segunda-feira (30), de acordo com a análise da CNN.

Um ataque destruiu um andar de um edifício de apartamentos próximo do cruzamento da cidade de Cola, um importante centro de transportes no centro de Beirute, marcando a primeira vez que, em quase um ano de conflito, um local dentro dos limites da capital foi atingido.

 

AtlasIntel: Boulos sobe a 29% e consolida liderança; Marçal tira Nunes do 2º turno

Dados coletados entre os dias 24 e 29 de setembro mostram novo crescimento do psolista, que agora se distancia dos principais adversários.

A nova pesquisa do instituto AtlasIntel, divulgada nesta segunda-feira (30), mostra Guilherme Boulos (PSOL) se consolidando na liderança da corrida à prefeitura de São Paulo, com 29,4% das intenções de voto, seguido por Pablo Marçal (PRTB), que ultrapassou Ricardo Nunes (MDB) e agora aparece com 25,4%. Nunes, que até então assegurava vaga no segundo turno em outros levantamentos, caiu para a terceira posição, com 22,9%.

Os dados, coletados entre os dias 24 e 29 de setembro, mostram um novo crescimento de Boulos (1.3 ponto percentual), que agora se distancia dos principais adversários. O coach de extrema direita Pablo Marçal registrou avanço de 4.5 pontos percentuais em relação à última pesquisa.

Tabata Amaral (PSB) mantém-se estável, com 11,9%, enquanto Marina Helena (Novo) e José Luiz Datena (PSDB) aparecem com 4,2% e 3,2%, respectivamente. O número de eleitores que ainda não sabem em quem votar é de 2,1%, e os que afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo somam apenas 0,4%.

A pesquisa foi realizada com 2.190 eleitores da cidade de São Paulo, utilizando o método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), com uma margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-02567/2024.

Cenários de segundo turno – As simulações para o segundo turno revelam cenários de alta competitividade, mas com Boulos e Nunes levando vantagem em diferentes confrontos. Em um eventual embate entre Boulos e Marçal, o candidato do PSOL venceria com 48% contra 40% de Marçal. Já em uma disputa entre Nunes e Boulos, o atual prefeito superaria o líder das pesquisas, com 48% a 37%.

Caso o segundo turno seja entre Nunes e Marçal, o candidato do MDB também sairia vitorioso, com 46% contra 30% do candidato do PRTB.