Categorias
Brasil

Vídeo – Tragédia: Avião com turistas cai no AM e deixa 14 mortos

Embraer EMB-110 “Bandeirante” saiu de Manaus e ia para Barcelos. Chovia muito na hora do acidente e as equipes de resgate estão tentando acessar o local.

Um avião que levava turistas brasileiros para a cidade de Barcelos, no Amazonas, caiu na tarde deste sábado (16) e deixou 14 mortos. A aeronave, um modelo Embraer BEM-110 “Bandeirante”, decolou de Manaus pouco mais de uma hora antes da queda, que não deixou sobreviventes, informa o governo amazonense.

O coronel Máximo, secretário de Defesa Civil do Amazonas, atestou oficialmente o acidente e disse que as equipes de resgate estão tentando acessar o local, embora algumas viaturas da Polícia Militar e alguns moradores da região já estivessem no ponto onde ocorreu a tragédia.

Os órgãos públicos que compõem a Secretaria de Segurança Pública estão reunidos no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para reunir informações sobre o acidente e repassar os dados à imprensa. Ainda não há a identidade das vítimas, a quem num primeiro momento teria sido atribuída nacionalidade estadunidense, o que foi corrigido pelo governador Wilson Miranda Lima (União Brasil), que confirmou tratar-se de brasileiros.

Categorias
Política

Lula vai lançar internet de fibra ótica no leito do Amazonas

Projeto foi concluído pela Seja Digital, empresa que tem Vivo, Claro, Tim e outras como sócias.

O presidente Lula deve lançar, na próxima semana, o cabo óptico instalado no leito do rio Amazonas e que conectará 9 municípios da região entre Manaus (AM) e Santarém (PA), diz Julio Wiziack, Painel da Folha.

O projeto foi desenvolvido pela Seja Digital, empresa criada após o leilão do 4G para executar contrapartidas previstas no edital.

Em vez de pagarem outorgas elevadas, as teles vencedoras do certame se comprometeram a realizar investimentos obrigatórios como contrapartida.

A Seja Digital, gerida por um conselho presidido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), passou a executar essa política pública contando, para isso, com recursos depositados pelas teles —cerca de R$ 3 bilhões.

Em um primeiro momento, elas utilizaram o dinheiro para a digitalização do sinal de TV e na distribuição de conversores para aqueles que ainda não tinham um aparelho digital.

Com a sobra dos recursos, a companhia partiu para a conexão da região amazônica por cabos subaquáticos.

Em outra frente, com a sobra de recursos depositados pelas operadoras, a empresa passou a completar a digitalização de municípios menores que tinham ficado fora da primeira rodada da TV digital. Entre os 1.650 restantes, ainda faltam cerca de 650.

O projeto, batizado de Norte Conectado, foi todo implementado com recursos das operadoras que venceram o leilão do 4G.

A obra custou R$ 165 milhões para levar o cabo (um feixe com 24 fibras ópticas) por 1,2 mil km entre Manaus (AM) e Santarém (PA), passando por outros 9 municípios.

Ao chegar à sede de cada um deles, as fibras são ligadas a centrais em solo. A partir dessas estações terrestres, serão acionadas escolas e escolas.

Empresas privadas interessadas em oferecer serviço de internet poderão contratar a capacidade ali instalada. Também haverá pontos de wi-fi gratuitos para a população.

Com o fim dos projetos, a Seja Digital deverá ser encerrada no fim do ano.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Pesquisa

Lula vira o jogo no Amazonas e lidera com 48% contra 35% de Bolsonaro

Estava enganado quem achava que o Amazonas era reduto bolsonarista. De acordo com a pesquisa Ipec, antigo Ibope, recomendada pela Rede Amazônica de Televisão e divulgada nesta quinta-feira (25), o ex-presidente Lula lidera no estado com 48% contra 35% de Bolsonaro.

O novo cenário revela uma virada das intenções de voto. Para se ter uma ideia, em dezembro, segundo a Perspectiva Mercado e Opinião, o atual presidente tinha 36% contra 33% do ex-presidente.

Na pesquisa espontânea, aquela em que a lista dos candidatos não é apresentada ao eleitor, Lula aparece com 11 pontos na frente de Bolsonaro, isto é, 44% contra 33%. Na capital Manaus, o instituto de pesquisa apontou empate técnico entre eles, sendo Bolsonaro com 41% contra 37% de Lula.

No interior, o cenário é mais favorável ao ex-presidente. Lula lidera com 65% das intenções de voto, muito à frente de Bolsonaro, que possui 24% da preferência entre eleitores fora da capital.

Bolsonaro venceu no Estado nas eleições de 2018. Ele derrotou o petista Fernando Haddad na capital por quase o dobro de votos. Foram 686.999 votos contra 358.364. Em todo o Estado, o atual mandatário obteve 885.401 votos (50,27%) 875.845 (49,73%) de Haddad. Bolsonaro só venceu na capital, Apuí e Guajará.

Zona Franca de Manaus

A virada de cenário, sobretudo na capital, pode ser explicada pelos constantes ataques do presidente contra Zona Franca de Manaus (ZFM). Sem observância do que é produzido no estado, o governo reduziu o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) de forma linear no país, o que retirou as vantagens comparativas do modelo ZFM onde as indústrias possuem isenção do imposto.

O entrave só foi resolvido após uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) dada pelo ministro Alexandre de Moraes que suspendeu os efeitos do decreto presidencial que prejudicava dispositivo constitucional que protege a Zona Franca.

“A Zona Franca não é apenas um modelo de desenvolvimento, de geração de emprego, responsável por 90% da economia do estado e só, ela tem sido um colchão de amortecimento, de proteção do meio ambiente, da Amazônia”, disse a ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), candidata a deputada federal.

De acordo com ela, vários governos já tentaram prejudicar a ZFM, como nos governos neoliberais. “Mas nunca teve um ato tão direto e fatal contra a Zona Franca quanto desse presidente Bolsonaro”, disse Vanessa.

Ex-senadora Vanessa Grazziotin (Foto: Reprodução do Twitter)

No governo Bolsonaro, a região metropolitana de Manaus também aparece como primeira no ranking da pobreza.

“Esse é o resultado de um governo que não se preocupa com o seu povo. De uma política econômica desastrosa que deixou milhões de brasileiros com fome. No estudo publicado na Folha de São Paulo, a região metropolitana de Manaus aparece como líder na taxa de pobreza. E o presidente Bolsonaro segue tentando penalizar o nosso estado com ataques à Zona Franca e aos empregos dos amazonenses”, observou o senador Omar Aziz (PSD), líder na pesquisa para a reeleição.

Por outro lado, o senador ressaltou que os governos de Lula foram benéficos para o Amazonas. “Ele que foi o melhor presidente da história desse país e um grande aliado do povo amazonense. Eu sou Lula na Presidência. Estamos juntos pelo Brasil e pelo Amazonas”, disse o parlamentar.

* Vermelho

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Brasil

Unesco denuncia experimento bolsonarista com proxalutamida que resultou em 200 mortes

Segundo a Unesco, experimento com proxalutamida no Amazonas é “das mais graves”. Teste resultou em 200 mortes.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) considera a denúncia de 200 mortes de voluntários de pesquisa clínica com a proxalutamida feita no Amazonas (Brasil) uma violação aos direitos humanos e uma das infrações éticas mais graves e sérias da história da América Latina.

A declaração foi divulgada neste sábado (9) por meio da Rede Latino-americana e Caribenha de Bioética (Redbioética-Unesco) e se refere à denúncia feita pela Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) à Procuradoria-Geral da República no mês passado. A entidade é responsável por regular a participação de seres humanos em pesquisas científicas no Brasil.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já defendeu o uso da substância no combate à infecção pelo coronavírus, mas o medicamento não teve eficácia comprovada contra a Covid-19. O uso da substância em pesquisas científicas também foi vetado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no início do mês passado.

Segundo o comunicado da rede de bioética da Unesco, a denúncia da Conep inclui graves violações dos padrões éticos de pesquisa nas diversas etapas do estudo com a proxalutamida.

“É ética e legalmente repreensível, conforme consta do ofício da Conep, que os pesquisadores ocultem e alterem indevidamente informações sobre os centros de pesquisa, participantes, número de voluntários e critérios de inclusão, pacientes falecidos, entre outros.”

“Qualquer alteração em um protocolo de pesquisa deve ser aprovada pelo sistema de ética em pesquisa local”, diz o comunicado.

O estudo clínico no Amazonas foi realizado, segundo a Conep, sob a liderança do endocrinologista Flávio Cadegiani e patrocinado pela rede de hospitais privada Samel.

A proxalutamida consiste em um bloqueador de hormônios masculinos ainda em desenvolvimento pela farmacêutica chinesa Kintour. Antes de ser testada para Covid, a substância era estudada para tumores de mama e próstata.

Para a rede de bioética da Unesco, é igualmente condenável a denúncia de que os pesquisadores, apesar de terem conhecimento dos sucessivos óbitos e dos eventos adversos graves, continuassem com o recrutamento e a execução dos estudos.

Também é considerado gravíssimo, segundo a Unesco, a suspeita de que o comitê científico da pesquisa tenha sido coordenado por pessoas vinculadas aos patrocinadores do estudo, o que configuraria um claro conflito de interesses.

*Com informações da Folha

Caros Leitores, precisamos de um pouco mais de sua atenção

Nossos apoiadores estão sendo fundamentais para seguirmos nosso trabalho. Leitores, na medida de suas possibilidades, têm contribuído de forma decisiva para isso. Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica
Agência 0197
Operação 1288
Poupança: 772850953-6
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450. 139.937-68
PIX: 45013993768

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Assista ao depoimento deputado estadual do Amazonas Fausto Junior

O deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Junior (PRTB) presta depoimento nesta terça-feira à CPI da Covid, no Senado. Ele é o relator da comissão parlamentar de inquérito na Assembléia Legislativa do Amazonas (Aleam) que investigou ilegalidades durante a pandemia no estado.

Assista ao vivo:

https://youtu.be/4crEBDmHQqo

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

CPI da Covid: Assista ao depoimento do ex-secretário de Saúde do Amazonas

Será a 1ª sessão com foco para as investigações da conduta de estados e municípios no uso das verbas federais.

A comissão também deve abordar o colapso na saúde e a crise do oxigênio no estado.

Marcellus Campêlo pediu exoneração após ser detido pela PF no início do mês. Ele foi solto após 5 dias.

O ex-gestor é investigado por supostas fraudes em contratação de hospital de campanha.

Assista:

*G1

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/Blog-Antropofagista-Jornalismo-103163282002200

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Bolsonaro estava em reunião que negou oxigênio a Manaus, admite Pazuello

O depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Covid-19, nesta quinta (20), reforçou a tese de omissões do governo federal durante a pandemia. De acordo com ele, o presidente Jair Bolsonaro estava presente na reunião interministerial em que foi negado ao Amazonas socorro por parte da União durante a crise de falta de oxigênio nos hospitais do estado, principalmente na capital Manaus.

Pazuello relatou que a situação do Amazonas foi apresentada aos ministros pelo governador Wilson Lima (PSC), mas esquivou-se da responsabilidade. “Essa decisão não era minha”, resumiu. “Foi levado (o pedido de intervenção) à reunião de ministros com o presidente. E o governador, presente, se explicou, apresentou suas observações. E foi decidido pela não-intervenção. Foi dessa forma que aconteceu”.

Em seguida, novamente questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Pazuello repetiu a informação. “O presidente da República estava presente. A decisão foi tomada nessa reunião”, disse.

O pedido de intervenção tinha sido feito pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM). Na ocasião o estado vivenciava o segundo pico da doença e sofria com falta de oxigênio para atender pacientes internados com Covid-19. Diversas pessoas morreram por asfixia sem conseguir acesso ao kit intubação. Wilson Lima é aliado do presidente Bolsonaro. Em maio deste ano, o vice-governador do Amazonas acusou o presidente Jair Bolsonaro de usar o estado para fazer uma “experiência” com a tese da imunidade de rebanho contra o coronavírus.

*Com informações do Congresso em Foco

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Lewandowski ordena que Pazuello entregue emails do ministério da Saúde sobre crise no Amazonas

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o ministério da Saúde de Eduardo Pazuello entregue e-mails trocados entre a pasta e as Secretarias de Saúde do Amazonas e de Manaus durante a crise do oxigênio que atingiu o estado — um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus no Brasil.

A determinação do ministro atende a um requerimento feito pela Procuradoria-Geral da República para a realização de diligências investigativas contra Pazuello pela Polícia Federal, que é alvo de um inquérito no Supremo por sua atuação da pandemia.

Lewandowski também autorizou a realização de depoimentos de servidores do ministério que atuaram no desenvolvimento do aplicativo “TrateCov” e a identificação de gastos de aquisição e distribuição dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina e dos testes do tipo RT-PCR.

De acordo com a PGR, as informações são necessárias para uma “melhor compreensão da dinâmica segundo a qual transcorreram os fatos, especialmente no tocante às comunicações entre os distintos órgãos da Administração Pública e às medidas adotadas para o combate à pandemia”.

A PGR também quer saber como foram as tratativas para o transporte de oxigênio para Manaus e de remoção de pacientes de Manaus para os hospitais universitários federais administrados pelo ministério.

“Isso posto, defiro os pedidos formulados pelo PGR e determino o encaminhamento destes autos à Polícia Federal para a realização das diligências requeridas”, determinou o ministro, no despacho desta segunda-feira.

*Com informações da Veja

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/H61txRpTVWc7W7yyCu0frt

Siga-nos no Telegram: https://t.me/joinchat/IMjlP7niNwYSId8X

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Às vésperas de colapso no AM, equipe de Pazuello pediu ‘meio-termo’ em reunião sobre possível lockdown

De acordo com o reportagem de O Globo, Quatro dias antes do colapso do sistema de saúde do Amazonas, membros da equipe do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pediram ao governo do Amazonas que adotasse um “meio-termo”, diferente do lockdown. O relato foi feito por duas fontes ouvidas pelo GLOBO que participaram de uma reunião realizada em Manaus, no dia 10 de janeiro, quando a possibilidade de o governo do Amazonas decretar a restrição mais rígida foi discutida.

No dia 14, com hospitais lotados e falta de oxigênio hospitalar, o governador Wilson Lima (PSC) assinou um decreto impondo medidas como toque de recolher, menos severas que o lockdown — que implica no fechamento quase total de todas as atividades não essenciais e a proibição da circulação de pessoas nas ruas.

Procuradas pela reportagem, as assessorias do Governo do Amazonas e do Ministério da Saúde não negaram o teor das conversas, mas não responderam aos questionamentos específicos sobre a reunião.

O governo estadual argumentou que decisões sobre restrições são tomadas com base em “indicadores epidemiológicos e da rede de assistência à saúde” e defendeu as medidas tomadas na fase atual. Já o ministério citou o “apoio irrestrito aos estados e municípios” na aquisição de equipamentos e ressaltou que as partes têm autonomia para definir estratégias para o enfrentamento ao coronavírus.

O Amazonas vive uma das piores crises sanitárias da história. Desde o início de janeiro, houve um aumento acelerado no número de casos da doença e de internações em hospitais das redes públicas e privadas. No dia 14, a situação chegou ao ápice, com hospitais e outras unidades de saúde relatando falta de oxigênio para os pacientes internados

Levantamentos preliminares feitos pelo Ministério Público Federal (MPF) apontam que pelo menos 29 pessoas teriam morrido por falta de oxigênio. Diante do caos, a expectativa era de que o governo decretasse medidas severas para impor o isolamento social.

A indicação sobre a reunião está em um documento produzido pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde cujo título é: “Dados do Centro de Operações: Ações realizadas pelo Ministério da Saúde na Operação Manaus”.

O documento traz um resumo das atividades da equipe enviada pelo Ministério da Saúde a Manaus e indica que o grupo chegou a fazer uma “avaliação” sobre um eventual lockdown no estado. “Avaliação da implementação de lockdown no estado do Amazonas e prazo do mesmo”, diz um trecho.

Em outro trecho, o relatório indica que, às 14h do dia 10, foi realizada uma reunião entre o Ministério da Saúde e representantes do governo do Amazonas como o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, e o governador Wilson Lima. Na ocasião, chegaram a discutir até um prazo para a validade do decreto.

“Reunião às 14 horas com o Secretário de Estado da Saúde, governador e outros para definir o lockdown e elaboração do decreto — 15 dias com possibilidade de prorrogação”, diz o documento.

De acordo com as duas fontes ouvidas pelo GLOBO, após a reunião, membros da equipe técnica do Ministério da Saúde pediram, em caráter reservado, que o governo do Amazonas optasse por um “meio-termo”. Segundo essas fontes, tratou-se de uma indicação direta à adoção de medidas menos rígidas que o lockdown.

Apesar dos pedidos, o governador Wilson Lima não era obrigado a seguir orientações do governo federal. Uma decisão do STF do início do ano passado deu autonomia aos estados para escolher quais medidas adotar para conter o avanço da Covid-19.

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HP8y7rcSg0Z5XQeXMYWpd8

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Mundo

The Guardian: ‘Um massacre completo, um filme de terror’: o desastre de Covid no Brasil

Demorou apenas 60 minutos ao amanhecer para os sete pacientes morrerem, asfixiados quando o coronavírus, de volta, varreu a Amazônia brasileira com uma força de pesadelo.

“Hoje foi um dos dias mais difíceis em todos os meus anos de serviço público. Você se sente tão impotente ”, soluçou Francisnalva Mendes, chefe de saúde da cidade ribeirinha de Coari, ao se lembrar do momento na terça-feira em que o suprimento de oxigênio do hospital acabou.

Brasil corre para salvar bebês prematuros enquanto Covid-19 atrapalha hospitais de Manaus.

“Precisamos voltar à luta – continuar salvando vidas”, insistiu Mendes enquanto digeria a perda de um terço dos 22 pacientes de Covid-19 de sua cidade de uma só vez – quatro deles na faixa etária dos 50 anos. “Mas todos nós nos sentimos quebrados. Foi um dia muito difícil. ”

Coari estava no centro da mais recente catástrofe de coronavírus da América Latina na semana passada, depois que um surto de infecções relacionadas a uma nova variante, aparentemente mais contagiosa, sobrecarregou hospitais no estado do Amazonas, deixando muitos sem os suprimentos mais básicos. As circunstâncias eram tão sombrias que os tanques de oxigênio foram levados às pressas pela fronteira da Venezuela, a nação vizinha, economicamente em colapso, Venezuela, com seu líder, Nicolás Maduro, condenando o que ele chamou de “desastre de saúde pública de Jair Bolsonaro”.

“É uma situação muito caótica. Simplesmente não conseguimos acompanhar o número de pacientes que nos procuram ”, disse Marcus Lacerda, especialista em doenças infecciosas da capital do Amazonas, Manaus.

“Os hospitais privados não querem receber ninguém porque têm medo de admitir um paciente e depois ficar sem oxigênio novamente.”

Manaus ganhou as manchetes internacionais em abril, depois que uma torrente de mortes por Covid, o que forçou as autoridades a cavar valas comuns na terra avermelhada da cidade. Nove meses – e mais de 210 mil mortes de brasileiros – depois, a situação é ainda pior.

Em alguns dias, cerca de 200 corpos estão sendo enterrados em Manaus, em comparação com os 40 habituais. Na semana passada, muitos hospitais ficaram sem o oxigênio que sustentava os pacientes de Covid, aparentemente por causa de uma falha catastrófica do governo em prever a magnitude do desastre iminente.

“Nada parecido com isso aconteceu – nem mesmo no ano passado. Nunca imaginei que haveria uma onda de reinfecções tão grande como a que estamos vendo agora em Manaus ”, disse Lacerda, um dos principais infectologistas da região, culpando uma variante“ que parece ser mais contagiosa ”.

Lacerda disse que esperava que a escala da epidemia do ano passado pudesse ter fornecido à cidade ribeirinha alguma proteção imunológica contra uma segunda onda tão devastadora. “Mas a verdade é que não tem como. A queda na imunidade das pessoas e as mudanças no vírus significam que esta segunda onda é incontrolável. ”

Histórias angustiantes de pacientes sufocados e evacuação de bebês prematuros geraram uma revolta pública contra os líderes do Amazonas, que os críticos acusam de não ter planejado, quanto mais evitar, seu segundo cataclismo em um ano.

“Há uma atmosfera de repulsa, abandono, desespero e impunidade”, disse um funcionário do posto de saúde da Alvorada, em Manaus, onde médicos foram filmados implorando por intervenção divina. “O que estamos assistindo é um massacre completo, uma situação desesperadora, um filme de terror”, acrescentou o trabalhador, que pediu para não ser identificado.

Grande parte da revolta é dirigida ao governo do presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que banalizou a Covid-19, mesmo quando o número de mortos em seu país disparou para o segundo maior da terra.

O obediente ministro da saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello – um general do exército sem experiência médica – visitou Manaus na véspera do colapso da saúde na semana passada, mas empurrou os falsos “tratamentos iniciais” Covid-19 promovidos por seu líder em vez de resolver a crise de oxigênio iminente.

“O lambedor de botas do presidente teve dias de advertência de que os hospitais de Manaus iriam ficar sem oxigênio. Só prescreveu cloroquina inútil ”, escreveu o jornalista Luiz Fernando Vianna na revista Época, culpando Bolsonaro e Pazuello pelo“ massacre ”.

Lacerda acusou o governo de tentar distrair os cidadãos de sua inércia mortal com a “falsa esperança” de remédios ineficazes. “Isso não está acontecendo em nenhuma outra parte do planeta”, disse ele.

*The Guardian

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HP8y7rcSg0Z5XQeXMYWpd8

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica: Agência 0197
Operação: 013
Poupança: 56322-0
Arlinda Celeste Alves da Silveira
CPF: 450.139.937-68

PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente a sua contribuição