Categorias
Justiça

Lira foi beneficiário de R$ 265 mil em pagamentos feitos por motorista e por seu “operador”

Reportagem da Piauí teve acesso a documentos apreendidos pela PF nos quais o nome “Arthur” aparece como destinatário de um total de 265 mil reais entre abril e maio.

Desde o dia 1º de junho, o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, está inquieto. Naquela data, agentes da Polícia Federal realizaram uma operação de busca e apreensão nos endereços do principal auxiliar do deputado, Luciano Cavalcante, e do motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus. A Operação Hefesto, assim batizada em referência ao deus grego da tecnologia e da metalurgia, investiga fraude em licitação e desvio de 8 milhões de reais na compra de kits de robótica pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O caso levou o deputado Arthur Lira a dizer que “cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país”, tentando afastar as suspeitas de que o dinheiro desviado poderia acabar no seu bolso.

Agora, a piauí teve acesso a relatórios da PF sobre a busca e apreensão – e a situação de Arthur Lira tende a se complicar. No endereço do motorista Wanderson de Jesus, os agentes apreenderam um caderno-caixa, mostrando saldos, repasses, destinatários e datas. As anotações manuscritas, que estavam dentro de um Corolla, referem-se aos meses de abril e maio deste ano. O nome “Arthur”, que os investigadores suspeitam referir-se ao deputado Arthur Lira, aparece onze vezes e vem acompanhado dos maiores valores, que totalizam pouco mais de 265 mil reais.

Nas anotações do mês de abril, consta que “Arthur” recebeu 20 mil reais no dia 8. Uma semana depois, foram mais 30 mil reais. No dia 17 de abril, houve um gasto de 3 652,00 reais para “Hotel Emiliano = Arthur”. Coincidência ou não, quando vai a São Paulo, o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, nos Jardins. Além disso, os registros da Aeronáutica mostram que no exato dia 17 Arthur Lira embarcou num avião da FAB em Brasília com destino a São Paulo.

O dia 28 de abril registra o maior volume de recursos, com quatro repasses no total:

* 6 026,87 reais para “carro Arthur”.

* 844,47 para “Pix almoço […] Arthur”

* 29 200 reais em favor de “Djair = Arthur”

* 100 mil reais para “Arthur”.

O relatório da PF não informa quem é “Djair”, o beneficiário de 29 200 reais, mas há mais uma coincidência: o deputado Arthur Lira emprega em seu gabinete um secretário parlamentar cujo nome é Djair Marcelino. O secretário parlamentar foi denunciado como integrante de um milionário esquema de rachadinha, que, segundo o Ministério Público Federal, Lira comandou na Assembleia Legislativa de Alagoas na época em que era deputado estadual.

As anotações ainda registram dois pagamentos adicionais. Um deles, realizado no dia 10 de abril, no valor de 12 509,71 reais, foi em favor do “Hotel Emiliano”, mas não há menção ao nome de “Arthur”. Em outra coincidência, os registros da Aeronáutica mostram que o deputado viajou para São Paulo no dia 4 de abril, voando em avião da FAB de Maceió para São Paulo, de onde voou para Brasília no dia 9 de abril. E, neste período, passou por uma cirurgia que demandou repouso na capital paulista. Outro pagamento, feito no dia 29 de abril, no valor de 4,8 mil reais, em favor de “telefone – D. Ivonete”. Não há detalhes, mas os agentes da Polícia Federal desconfiam que seja uma menção à mãe de Arthur Lira. Ela se chama “Ivanete”, com “a” em vez de “o”.

No dia 8 de abril, aparecem ainda dois registros – um de 1 mil reais, outro de 4 mil reais – em favor de “Álvaro”. Em 26 de abril, “Álvaro” recebeu mais 700 reais. A Polícia Federal também não identifica no relatório o beneficiário, mas, em nova coincidência, um dos filhos de Arthur Lira chama-se Álvaro.

As anotações de maio registram gastos mais modestos. Mostra que no dia 2 houve um repasse de 8 170 reais para “pagamento Fabio engenheiro/Arthur”. No dia seguinte, foram 23 850 reais para “materiais elétricos fazenda = Arthur”. Em 5 de maio, houve dois pagamentos. Um de 24 884 reais, em favor de “Fabio engenheiro Arthur” e mais 8,5 mil reais para “pagamento irrigação = Arthur”. Arthur Lira tem fazendas em Alagoas.

No endereço de Wanderson de Jesus, além do caderno-caixa, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, apreenderam pouco mais de 150 mil reais em espécie e, também, um manuscrito no qual os signatários declaram ter recebido do deputado Arthur Lira “a importância de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) referente à nova área de 11,5 tarefas [uma medida agrária] do Sr. Manoel Pacheco Filho e Joana Martins Pacheco, pelo qual dou plena e total quitação”. Não há data no recibo.

À Polícia Federal, o motorista Wanderson de Jesus disse que as anotações se referem a pagamentos que ele próprio realizou a mando de Luciano Cavalcante, que, segundo ele, também é o dono do Corolla, onde os documentos foram encontrados. O relatório afirma: “A grande quantia de dinheiro em espécie apreendida com Wanderson, totalizando R$ 150.200,00 (cento e cinquenta mil e duzentos reais), somada às diversas anotações de pagamentos, que ao que tudo indica eram também feitas em espécie […], configura[m] o tipo previsto no artigo 1º, inciso ii, da Lei nº 9613/98.” Uma parte desse total, 110 mil reais, foi encontrada em uma mochila dentro do porta-malas. O motorista relatou que pertencia a Cavalcante. (Em diligências anteriores, a PF identificou que Wanderson de Jesus recebeu dinheiro em mãos do empresário Pedro Magno Salomão, apontado como operador financeiro do esquema.) O relatório da apreensão prossegue: “As diversas atividades desempenhadas por Wanderson a mando de Luciano, além da aparente disposição por parte deste último de [ter] bem registrado em nome da esposa de Wanderson, denotam a existência de uma divisão clara de tarefas com a finalidade da prática de lavagem de dinheiro”

No endereço do próprio Luciano Cavalcante, segundo o relatório, os agentes apreenderam “duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação” e “documentos diversos relacionados à pessoa de Arthur César Pereira de Lira (encontrados na gaveta)”. Entre os principais documentos, estão:

“Papéis manuscritos contendo relação de valores.”

“Correspondência da Santa Casa destinada a Arthur Cesar Pereira de Lira”

“Documento intitulado Passagens Família Arthur.”

“Listas e contratos encontrados na mala de viagem em poder de Luciano Ferreira Cavalcante.”

“Duas agendas contendo manuscritos que podem ser relevantes para a investigação.”

A piauí procurou o deputado Arthur Lira para falar sobre o conteúdo do relatório da PF. Em mensagem de WhatsApp, a revista perguntou se o ex-auxiliar e o motorista haviam feito pagamentos pessoais em seu favor entre abril e maio, se suas despesas no Hotel Emiliano haviam sido bancadas por terceiros, se alguma de suas fazendas havia adquirido material elétrico e realizado despesas com irrigação e, por fim, se o deputado havia desembolsado 40 mil reais por um pedaço de terra. Em caso de resposta afirmativa para alguma das perguntas, a piauí pedia ao deputado se poderia identificar a fonte do dinheiro. Lira recebeu as perguntas no sábado à tarde, mas, no final da manhã de domingo, informou que não iria se manifestar.

A piauí também procurou o advogado André Callegari, que representa Luciano Cavalcante e Wanderson de Jesus, para saber se eles fizeram pagamentos pessoais em favor do deputado Arthur Lira e familiares. “Vamos aguardar a investigação para qualquer manifestação”, respondeu o advogado. “Após o relatório do delegado e da análise dos autos, podemos nos manifestar.”

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Manuscrito de ex-assessor investigado coloca Arthur Lira na mira da PF

No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur”. Despesas coincidem com gastos efetuados pelo deputado.

Um revelação bombástica publicada em reportagem de Breno Pires, no site da revista Piauí deste domingo (25), colocam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no centro das investigações sobre um suposto esquema de corrupção que seria comandado por seu ex-assessor Luciano Cavalcante e operado pelo motorista do auxiliar, Wanderson Ribeiro Josino de Jesus.

Em meio ao material apreendido na operação de busca e apreensão realizada no início do mês, a Polícia Federal (PF) encontrou um manuscrito dentro de um Corolla que estava na casa de Josino de Jesus que mostra uma espécie de contabilidade.

No papel estão anotados 11 pagamentos, referentes aos meses de abril e maio deste ano, com o nome “Arthur” que, segundo a PF, pode ser uma referência ao deputado, alçado por Jair Bolsonaro (PL) ao comando da Câmara, onde implantou o chamado Orçamento Secreto.

No total, segundo a reportagem os pagamentos somam R$ 265 mil. A situação complica ainda mais porque em alguns casos, os pagamento coincidem com gastos do deputado.

A reportagem cita, por exemplo, um gasto de R$ 3.652 para “Hotel Emiliano = Arthur” no dia 17 de abril. Nesse dia, os registros da Aeronáutica mostram que Lira embarou em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para São Paulo, onde o deputado costuma se hospedar no Hotel Emiliano, localizado nos Jardins, área nobre da capital paulista.

No endereço do motorista, além do manuscrito, os agentes da PF encontraram papéis relacionados ao caso dos kits de robótica, esquema que seria operado para desvio de dinheiro público a partir de emendas do Orçamento Secreto.

*Com Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Lula não quer dar Saúde nem controle de emendas para Arthur Lira

Governo Lula está ciente de que Arthur Lira tem interesse em assumir o controle do Ministério da Saúde e da distribuição de emendas.

A decisão até pode mudar, mas, hoje, Lula não está disposto a dar a Arthur Lira nenhuma das duas principais reivindicações do presidente da Câmara: o Ministério da Saúde e o controle da distribuição das emendas, como ele tinha no governo Bolsonaro, segundo Guilherme Amado, Metrópoles.

Nenhum dos dois pedidos foi feito por Lira diretamente a Lula. São os interlocutores de Lira, muitos do próprio PT, que levam a Alexandre Padilha e a Lula os recados.

Lula tem dito que o governo deve insistir em retomar a relação com o Congresso como era no passado, ou seja, nutrida à base de cargos e emendas, mas sem o Executivo perder o papel que constitucionalmente lhe cabe.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

Categorias
Justiça

STF volta atrás e rejeita denúncia contra Lira

Em 2019, Primeira Turma havia decidido receber acusação; ministros seguiram mudança de posicionamento da PGR.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou atrás e rejeitou a denúncia contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O colegiado já havia recebido a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas agora os ministros votaram para acolher um recurso da defesa após a mudança de posicionamento da procuradoria. Com isso, o inquérito foi arquivado, segundo O Globo.

Em 2019, o colegiado recebeu, por unanimidade, a denúncia. Entretanto, a defesa de Lira apresentou recurso contra a decisão. O pedido começou a ser analisado em 2020, e já havia maioria para manter o entendimento, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista.

Em abril deste ano, sob nova gestão, a PGR mudou sua posição e pediu o arquivamento do caso. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, concordou com os advogados do parlamentar, que argumentaram que houve duas mudanças no cenário desde o início do julgamento: o arquivamento de outra denúncia contra Lira, que tinha conexão com esse caso, e a entrada em vigor do pacote anticrime, que proíbe o recebimento de denúncias com base apenas em delações premiadas.

Antes de o recurso de Lira ser julgado, uma questão de ordem levantada pelo ministro André Mendonça possibilitou sua participação no julgamento. Ele substituiu o ministro aposentado Marco Aurélio, antigo relator do processo, que já havia votado. Mas diante do novo posicionamento da PGR, Mendonça quis saber se poderia votar — o que foi acolhido pelos demais ministros da turma pela situação “excepcional”.

Ao votar, Mendonça chamou a atenção para a “significativa e sintomática mudança da PGR, que está a pedir a rejeição da inicial por ela mesma proposta”.

— A manifestação da PGR não vincula necessariamente o órgão julgador, entretanto tem-se uma situação sui generis, na qual antes mesmo da estabilização da decisão de recebimento da denúncia, o órgão acusador revê sua posição. Agora, o titular da ação penal não deseja ver o acusado processado, criando uma situação que colocaria o judiciário na condição de acusador – Afirma.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

 

Categorias
Justiça

Ao vivo: STF julga recurso Arthur Lira

A 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) julga nesta 3ª feira (6.jun.2023) recurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em ação sobre corrupção passiva. O deputado contesta a denúncia.

Lira se tornou réu por corrupção passiva em 2019 por decisão da 1ª Turma do Supremo. A denúncia, feita pela PGR (Procuradoria Geral da República), sustenta que Lira teria recebido propina para apoiar politicamente o então presidente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), Francisco Carlos Caballero Colombo.

Acompanhe:

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Lira está acuado por ação no STF e investigação da PF

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está com sua liderança em xeque, acuado por uma operação da Polícia Federal para desbaratar um suposto esquema de desvio de verbas públicas abastecido por emendas parlamentares, o que resultou na exoneração de um ex-assessor direto de Lira, Luciano Cavalcante. Além disso, Alexsander Moreira, diretor do Ministério da Educação, também foi demitido pelo governo. Essas demissões aumentaram a pressão sobre Lira, que terá que lidar, a partir desta terça-feira (6), com um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que poderá torná-lo réu por corrupção passiva.

A operação da Polícia Federal, denominada Hefesto, está investigando desvios de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação. A suspeita é de fraude em licitação e lavagem de dinheiro na compra de kits de robótica para escolas em Alagoas, reduto eleitoral de Arthur Lira. Segundo as investigações, houve superfaturamento na compra dos kits entre 2019 e 2022, gerando um prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

Além da investigação em curso, Arthur Lira enfrenta um julgamento no STF relacionado a um caso de recebimento de propina. O inquérito teve início em 2012, quando foi apreendido um montante em dinheiro com um assessor da Câmara dos Deputados. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou que o dinheiro seria destinado a Lira em troca de uma indicação na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Embora a defesa de Lira tenha recorrido contra a decisão de recebimento da denúncia, o julgamento será retomado no STF, diz o 247.

Reportagem do jornal O Globo destaca que o futuro político do presidente da Câmara está em jogo.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Por que Lira não moverá uma palha para evitar cassação de Deltan

Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira não moverá uma palha para evitar a cassação do deputado federal Deltan Dallagnol.

Arthur Lira não moverá uma palha para a evitar a cassação de Deltan Dallagnol, determinada pelo TSE, diz Paulo Cappelli, Metrópoles.

O presidente da Câmara não esquece que Deltan, quando procurador da Lava Jato, pediu a cassação de seu mandato e de seu pai, Benedito Lira. E que chegou a conseguir bloquear bens de ambos.

Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes são outro motivo pelo qual Lira não atuará por Deltan. Ambos os magistrados concordam com a pena aplicada ao ex-procurador e são próximos do presidente da Câmara. Lira, portanto, não entrará em rota de colisão com os ministros do STF.

Na semana passada, Deltan apresentou um manifesto assinado por 115 deputados contra a sua cassação. Lira, contudo, deverá sacramentar, na próxima terça-feira, a perda de mandato do ex-procurador da Lava Jato.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Espero explicações do governo se a polícia bater um dia à minha porta

Arthur Lira, que tenta emparedar Lula, desconfia que Lula faz o mesmo com ele.

A Polícia Federal bateu à porta de Luciano Cavalcante, funcionário do gabinete do líder do PP na Câmara. E só porque ele já foi assessor do presidente da Câmara, Flávio Dino, ministro da Justiça, procurou Arthur Lira (PP-AL) para se explicar.

Se somos iguais perante a lei e, por extensão, perante à Justiça, espero a visita de Dino, a quem a Polícia Federal é subordinada, se ela nos próximos quatro anos bater à minha porta. Ou nos próximos oito, caso Lula se reeleja e Dino continue onde está.

Pau que bate em Chico bate em Francisco. Mão que afaga Francisco deve – ou deveria – afagar Chico. Juro que, ao contrário de Lira, não direi publicamente que não me senti incomodado, e pelas costas, que vou retaliar o governo tão logo possa.

Lira pode agir assim porque é poderoso, eu não sou. Lira, se quiser, pode mentir à vontade, eu não. Se eu publicar uma informação errada, sou obrigado a me corrigir. Político algum se corrige: inventa uma narrativa, palavra da moda, e toca em frente.

Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga fraude em licitação na compra de kits de robótica em Alagoas com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Os kits foram vendidos por uma mesma empresa de amigos de Lira

Estima-se que os cofres públicos tiveram um prejuízo de R$ 8,1 milhões. A Polícia Federal, em março deste ano, fez um pedido de buscas e prisões. E a Justiça autorizou. Só em um endereço em Maceió foram encontrados R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo.

Lira disse a GloboNews que não tem absolutamente nada a ver com o que está acontecendo e que cada um é responsável pelo seu CPF.

alvez Lira soubesse. Porque na quarta-feira ele quis deixar caducar a Medida Provisória que deu ao governo a atual configuração. Quando ela foi aprovada, ele disse que o governo terá de andar sozinho. A operação da polícia foi só no dia seguinte.

O presidente da Câmara tem colecionado frustrações com o governo. Em abril, Dino vetou a indicação de Lira para uma vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. Ora, por que, diabos, um deputado quer nomear juízes?

erá só por amizade com o indicado? Será por que se preocupa com o fortalecimento da Justiça e considera o nome que indicou o mais habilitado para o cargo? Ou por que seu afilhado, se aceito, ficaria lhe devendo o favor e se prestaria a protegê-lo?

Lira queria promover a desembargador o juiz João Carlos Mayer. Dino não topou porque o juiz era muito próximo do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, suspeito de ter estimulado os ataques golpistas de 8 de janeiro. A minuta do golpe estava com Torres.

O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima semana o julgamento de um recurso de Lira contra a denúncia que o tornaria réu por corrupção passiva. É acusado de receber propina de R$ 106 mil. O dinheiro foi apreendido com um ex-assessor de Lira.

*Blog do Noblat

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Arthur Lira pede demissão de ministro dos Transportes

Presidente da Câmara, Arthur Lira enviou recado ao Palácio do Planalto; em troca de demissão, Lira atuaria por medida provisória do governo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, fez chegar ao Planalto nesta terça-feira (30/5) que quer a demissão do ministro dos Transportes, Renan Filho, em troca de aprovar a medida provisória do governo que reorganizou a estrutura dos ministérios. A medida provisória precisa ser aprovada na Câmara e no Senado até a próxima quinta-feira (1/6). Se for derrubado, o texto fará com que o governo perca diversos ministérios.

Nos últimos dias, o pai do ministro, senador Renan Calheiros, atacou Lira em redes sociais. Lira é rival histórico dos Calheiros em Alagoas. Com a nomeação de Renan Filho, Lula atendeu o MDB, partido que integra a base do governo, e fortaleceu os Calheiros.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Os sabotadores do Brasil

Existem as sabotagens rasteiras e as declaradas.

Lira e Campos Neto são declaradamente bolsonaristas que operam para boicotar Lula e tentar danificar o máximo possível seu governo.

“O Senhor Getúlio não deve ser candidato, se for candidato não deve ser eleito, se for eleito, não deve tomar posse, se tomar posse não pode governar”.

Estas palavras foram ditas por Carlos Lacerda, na eleição presidencial de 1950 e, com certeza, inspiram Campos Neto e Arthur Lira nos dias que correm.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição