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Política

Mauro Cid vai citar generais que atuaram no governo Bolsonaro em delação

Generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos estão na lista.

O tenente-coronel Mauro Cid vai citar militares que participaram do núcleo do governo de Jair Bolsonaro (PL) em seu acordo de delação premiada, homologado no fim de semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diz Mônica Bergamo, Folha.

Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, deve citar, entre outros, o general Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo passado, e também o general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

Heleno já negou, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, que tivesse ajudado a articular uma tentativa de golpe.

Ramos afirmou, quando estava no cargo, que seria “ultrajante e ofensivo” afirmar que os militares estariam envolvidos em algum plano de golpe. Mas fez um alerta para “o outro lado”: “Não estica a corda”.

De acordo com pessoas familiarizadas com as tratativas de colaboração de Cid, ele deve citar também os generais Eduardo Pazuello e Braga Netto, e um outro general da reserva.

De acordo com pessoas familiarizadas com as tratativas de colaboração de Cid, ele deve citar também os generais Eduardo Pazuello e Braga Netto, e um outro general da reserva.

O Exército, no entanto, pode respirar aliviado: o ex-ajudante de ordens não deve citar militares da ativa em seu depoimento, mesmo diante do fato de golpistas do 8/1 terem permanecido por longo tempo acampados no QG da força por um longo tempo.

Heleno já negou, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, que tivesse ajudado a articular uma tentativa de golpe.

Pelo contrário: ele vem afirmando que o Exército barrou qualquer tentativa de estímulo a uma intervenção militar no processo político.

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Política

Gonçalves Dias, em depoimento, diz que tem relação de Augusto Heleno com a invasão de 8/1

O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias, teria afirmado em depoimento à Polícia Federal, nesta sexta-feira (21), que o general Augusto Heleno, ministro de Jair Bolsonaro, ainda mantém informantes dentro da pasta, e que até o dia 8 de janeiro não houve tempo hábil para exonerar “militares bolsonaristas” do órgão.

De acordo com reportagem do repórter Bruno Pinheiro, da Jovem Pan News, membros da Polícia Federal disseram que Dias também argumentou que as imagens divulgadas pela CNN Brasil teriam sido outra ‘emboscada’ por parte de militares do GSI, contratados ainda na gestão de Augusto Heleno.

O ex-ministro disse ter retirado extremistas de um setor do Palácio do Planalto, mas não efetuou prisões, porque estava fazendo “gerenciamento de crise”.

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Opinião

O cacareco que sobrou do bolsonarismo

Sim, esse traste é a última bugiganga que sobrou do suposto bolsonarismo.

Esse bagulho chamado Augusto Heleno, foi o último caco que apareceu nessa futricada conspiratória que os bolsonaristas criaram. Nela, Heleno aparece como o real presidente da República.

Isso mesmo, esse troço se transformou num amuleto que serve de última cangalha dos debiloides verde e amarelo.

A cena que eles criaram com objetivos de gente maluca, é que essa joça tinha se apossado do Palácio do Planalto, ao estilo fantasma da ópera.

Não que Heleno não pertença ao mundo das almas penadas, mas convenhamos, não tinha outra porcaria qualquer que servisse de escapulário para essa gente que se diz conservadora, patriota e um monte de melequeira piegas para ter como guia? Na verdade, esse tareco foi o assessor de Bolsonaro que mais disse besteiras em quatro anos.

Dizem por aí que o pulha, que comandava o GSI, era um irrequieto criador de farsas e fake news voltados às tias do zap.

Seja como for, se a direita no Brasil nunca foi sinônimo de ideologia, pensamento, doutrina ou coisa que o valha, funcionando sempre na base de interesses momentâneos das classes dominantes, o bolsonarismo, que é um balaio de gato, é que não tem estrutura para dar um passo a mais depois que o covardão caiu no mundo, fugido da justiça brasileira.

Por isso jamais comparem o que aconteceu na última eleição com a realidade política brasileira, repetindo que o Brasil está rachado. Os votos de Bolsonaro foram quase todos comprados, seja com o Auxílio Brasil, mas sobretudo, de forma muito mais acintosa, covarde e corrupta, que foi com o orçamento secreto.

O resto do bolsonarismo é a bagunça, o chiqueiro que esse bando produziu emporcalhando a Granja do Torto, o Palácio da Alvorada e o Palácio do Planalto.

Trocando em miúdos, a duração do bolsonarismo no Brasil foi até a fuga do vigarista maior. O que sobrou foi esse lixo em avançada decomposição.

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Surpresa zero: os generais Augusto Heleno, Mourão, Braga Neto e o próprio Bolsonaro ganham R$ 350 mil a mais após medida de Bolsonaro

Quem pensa que Bolsonaro aumenta somente o preço da gasolina, está redondamente enganado. O próprio assinou uma medida que lhe concede um benefício anual de R$ 350 mil reais, mas como é generoso com os generais cupinchas, Augusto Heleno, Braga Netto, Mourão e Ramos, também conhecido como o bonde do viagra ou da prótese peniana, também embolsam essa bagatela como um mimo de Bolsonaro a quem se mantém fiel à ridícula conspiração da urna eletrônica e da tal sala escura.

Se tem alguém que conhece bem a alma dessa turma, sobretudo no quesito desprendimento, é Bolsonaro e, por isso, ele não só é apoiado em suas teses patéticas, cheias de conspirações, sacis e duendes como em muitos casos recebe sugestão para apimentar ainda mais uma fake news e agradar o chefe, como é o caso de Ramos e Heleno a quem a Polícia Federal acusa de terem tramado com Bolsonaro a história fajuta das urnas vulneráveis.

O fato é que, cada dia que passa, o brasileiro vai descobrindo que tipo de gente cerca Bolsonaro e por que cerca. Não é sem motivos que a população brasileira vê Bolsonaro como um mentiroso e que não votaria nele de jeito nenhum.

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Ofensiva contra urnas envolveu Abin e generais Ramos e Heleno, aponta PF

Depoimentos mostram que general e agência buscam desde 2019 dados contra sistema eleitoral.

O uso das instituições públicas para buscar informações contra as urnas eletrônicas vem desde 2019 e envolve o general Luiz Eduardo Ramos e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), atrelada ao Gabinete de Segurança Institucional chefiado pelo também general Augusto Heleno, mostra o inquérito da Polícia Federal.

A investigação da PF, relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi aberta para apurar a live presidencial de 29 de julho de 2021.

Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez seu maior ataque ao sistema eleitoral, apresentando uma profusão de mentiras e teorias da conspiração sobre as urnas. O caso agora tramita dentro do inquérito das milícias digitais.

Bolsonaro ataca o sistema eleitoral desde quando era deputado e aumentou o tom das críticas na Presidência, em especial após a sua popularidade diminuir com as seguidas crises de sua gestão. Foi quando passou a levantar suspeitas sobre os resultados desta próxima eleição.

No embalo de Bolsonaro, as Forças Armadas passaram a questionar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre supostas fragilidades no sistema eletrônico de votação e criaram tensão com o Judiciário por causa do alinhamento às teses conspiratórias do presidente da República.

Com o aumento das críticas, em 2021, o TSE deu prazo para que Bolsonaro apresentasse provas sobre as supostas fragilidades do sistema eleitoral.

Quando se aproximava o fim do prazo, estipulado para agosto de 2021, o presidente convocou a live de 29 de julho em que atacou diretamente o sistema eleitoral e, entre outros fatos, levantou sem provas a suspeita de fraude na eleição de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) venceu o tucano Aécio Neves.

No caso de 2014, Bolsonaro utilizou como prova uma análise simplória sobre o suposto padrão nos números da apuração dos votos que deu a vitória para a petista. O material, uma planilha com os números de votos, foi elaborado pelo técnico em eletrônica Marcelo Abrieli.

Chamado para depor no inquérito aberto pela PF, Abrieli relatou como foi procurado ainda no primeiro ano de governo, em 2019, pelo general Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para convidá-lo a participar de uma reunião com Bolsonaro no Planalto.

O tema do encontro era “indícios de fraudes” nas urnas.

“No final de 2019, o general Ramos entrou em contato, por telefone, com o declarante para agendar uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Bolsonaro. Que a reunião teria como tema indícios de fraude nas urnas eletrônicas e que o declarante falaria sobre as informações descobertas em 2014 sobre as eleições”, disse Abrieli no depoimento.

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Política

Após humilhar os generais do seu governo na Rússia, Bolsonaro ameaça usar as Forças Armadas para impedir sua iminente derrota nas urnas

A cena dantesca de representes das Forças Armadas do governo Bolsonaro, enxotados da mesa de negociação na Rússia, junto com os generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, Bolsonaro usa as mesmas Forças Armadas para tentar botar a população brasileira de joelhos.

Tudo para colocar seu filho, Carlos Bolsonaro, um vereador do Rio de Janeiro no centro da mesa de negociação com os russos.

Nada é mais ultrajante do que isso, no entanto, Bolsonaro segue fazendo esse jogo espúrio com o papo de que os militares são os fiadores das eleições. Coisa que saiu da caixola dele, pois não está na constituição.

Mas como se viu na Rússia o tipo de respeito que ele reserva para as Forças Armadas, da qual foi expulso por bandalha e terrorismo, Bolsonaro seguirá esculachando os militares para lhe servir a qualquer propósito.

O que se pode afirmar, sem medo de errar, é que não há ninguém que trate as Forças Armadas brasileiras com tanto desrespeito como essa figura inclassificável.

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Política

Bem vindos ao Brasil senil

Esse estado de transe em que o Brasil vive há 3 anos, tem nome, ou melhor, nomes, Olavo de Carvalho e Augusto Heleno.

Essas duas joias de hospício são os conselheiros mais prestigiados de Bolsonaro.

Na verdade, Bolsonaro. como todos sabem, não trabalha, mata seu tempo ouvindo, entre outras, essas duas múmias que são a representação do anacronismo de pedra. Eles São os idealizadores do governo paralelo de Bolsonaro.

É do miolo mole de dois velhos senis que saem as ideias mais estapafúrdias desse governo comandado por um psicopata.

Até aí, tudo coerente, três patetas com os olhos estatelados na guerra fria, caçando os comunistas imagináveis em pleno 2021.

A denúncia de que o general Heleno teria orientado manifestantes dementes a atacarem o STF, bombou no twitter, mesmo não causando qualquer surpresa.

A declaração foi dada pela ex-apoiadora de Bolsonaro, Sara Winter.

Em regra, essa é também a tática de Olavo de Carvalho, seguida à risca pelo próprio Bolsonaro até dias atrás.

Na verdade, Olavo e Heleno formam a dupla mais nostálgica da ditadura. São personagens centrais desse sanatório bolsonarista, são os conselheiros do louco.

Os dois, Olavo e Heleno, viraram manchete, nesses últimos dois dias por motivos que, na verdade, são iguais.

Olavo saiu fugido às pressas do hospital e, segundo ele, em 15 minutos, sem dizer quem lhe ofereceu a tal carona num voo para os EUA, depois que a PF intimou o caduco para depor sobre o inquérito que investiga a existência de milícias digitais para enfraquecer as instituições democráticas brasileiras.

Antes, a defesa do guru bolsonarista disse à corporação policial que ele não poderia depor por condição frágil de saúde. Logo depois, Olavo aparece em casa, nos EUA, com seu risinho mofo.

A denúncia de Sara Winter de que o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, teria orientado manifestantes pró-governo a atacarem o Supremo Tribunal Federal (STF) é quase um plágio das acusações que pesam contra Olavo.

Ou seja, o Brasil está nas mãos dessas belezas, Olavo e Heleno, e o fim trágico desse governo que arrasta o país para o abismo seria fatal.

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GSI de Augusto Heleno já fala que Bolsonaro deu tiro no pé e não quer que ele vá ao badernaço hoje

O gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) acompanhou de perto o avanço precipitado dos manifestantes pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios.

O receio é o de que a imagem da baderna recaia sobre Bolsonaro.

Sendo ele responsável pela balbúrdia que tomou a Praça dos Três Poderes, o “tiro” saiu pela culatra.

E só agravou ainda mais a crise entre os poderes.

A preocupação do GSI é a de que a presença de Bolsonaro incite os manifestantes e a PM do DF não consiga conter a balbúrdia dos bolsonaristas na Praça dos Três Poderes.

A PM afirmou que a tropa de choque está preparada para impedir isso, o que não foi o caso ontem a noite

Bolsonaro faz questão de participar dos eventos do 7 de Setembro. E agora pressiona também o GDF para que a PM garanta a sua presença hoje sem riscos de que a manifestação vire o que já virou, um badernaço.

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Política

Brasil tem 100 generais nomeados marechais; Augusto Heleno, Villas Bôas e Etchegoyen entre eles

Dados públicos disponibilizados no Portal da Transparência informam que 100 generais de exército (último posto da escala hierárquica do Exército Brasileiro) receberam a patente de marechal, extinta desde 1967 após uma reforma no regramento da força terrestre que pôs fim ao título, normalmente atribuído a oficiais de alto escalão considerados heróis nacionais por comandarem tropas em conflitos bélicos. A partir da promulgação da Lei Federal 6.880, de 1980, chamada de Estatuto dos Militares, a possibilidade de um general passar ao posto de marechal voltou, mas em condições restritíssimas: somente em tempos de guerra.

Entre os generais elevados a tal posto, que não existe mais, exceto em casos de campanha, estão Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete Institucional da Presidência da República (GSI) do governo Bolsonaro, os ex-comandantes do Exército Edson Leal Pujol e Eduardo Villas Bôas, além de Sérgio Etchegoyen, que ocupou também o GSI, mas na gestão de Michel Temer. Enzo Peri e Francisco Roberto de Albuquerque, ex-chefes máximos da maior organização militar brasileira durante os governos Lula e Dilma Rousseff, são outros que engrossam a lista de marechais. (Confira as listas das três Forças Armadas ao final da matéria)

Na Marinha e na Aeronáutica, os postos equivalentes ao de marechal são, respectivamente, o de almirante e de marechal do ar, igualmente extintos. Nessas outras duas organizações militares a nomeação para a posição inexistente também corre solta. Na listagem disponível no Portal da Transparência é possível perceber que vários almirantes de esquadra e tenentes-brigadeiros (postos compatíveis com o de general de exército no Exército) receberam a “promoção” que deixou de existir há 54 anos. Eles somam 115 nesses dois ramos militares.

Os ex-comandantes da Aeronáutica Luiz Carlos Bueno, Juniti Saito e Nivaldo Rossato, que chegaram ao topo da hierarquia da FAB como tenentes-brigadeiros, figuram no site que divulga os gastos do governo federal como marechais do ar, da mesma forma que os almirantes de esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, Julio Soares de Moura Neto e Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que chefiaram a Marinha no passado, e que hoje são classificados como almirantes.

Foi a partir de uma Lei Federal que entrou em vigor em 2019, de número 13.954, que dispõem sobre questões previdenciárias dos militares e que não revogou o ordenamento jurídico anterior, que aparentemente esses generais passaram a figurar como marechais. Não se sabe qual foi a interpretação dada pelo governo federal para proceder com tais promoções, até porque o Ministério da Defesa não esclarece as circunstâncias dessas mudanças na hierarquia, tampouco a data em que elas ocorreram.

A reportagem da Fórum entrou em contato três vezes com a assessoria da pasta chefiada pelo general Walter Braga Netto, desde a última sexta-feira (30/07), por e-mail e via plantão do Centro de Comunicação, por WhatsApp, mas diferentemente da área de imprensa de outros ministérios, que respondem prontamente, o Ministério da Defesa ignorou os questionamentos sobre o assunto.

Viúvas e filhas de “marechais imaginários”

Recebendo proventos de marechal há também 3.867 pensionistas de generais de exército (viúvas ou filhas), que automaticamente passaram a garantir os vencimentos deste posto. Entre as beneficiadas está uma personagem conhecida quando o assunto é a regalia de filhas solteiras de oficiais militares que têm direito a polpudas pensões: a neta do ex-presidente brasileiro do período da Ditadura Militar (1964-1985) Emílio Garrastazu Médici, que numa manobra judicial, momentos antes de sua morte, adotou legalmente Claúdia Candal Médici como filha, para assegurar a ela volumosos pagamentos mensais que atualmente são de R$ 32.213,10.

Das 226 mil pessoas que recebem esse tipo de benefício militar no Brasil atualmente, 137.916 são filhas solteiras de integrantes das Forças Armadas, ou seja, 60% do total. A média dos vencimentos é de R$ 5.897, mas há pagamentos de valores muito maiores.

É o caso de Gecy Brilhante da Fontoura Rangel, filha de um almirante da Marinha (cargo também extinto, equivalente ao de marechal, no Exército, e marechal do ar, na Aeronáutica) falecido em 1996, data em que tiveram início os pagamentos a ela.

Gecy recebe R$ 60,5 mil mensais, já com os descontos feitos no demonstrativo, mas esse valor varia conforme o mês. Em setembro de 2020, a filha do oficial general dos mares que misteriosamente virou almirante recebeu R$ 117.012,43 de pensão.

Regalias não param por aí

Uma nota técnica do Ministério da Economia de julho de 2020 mostrava que um reajuste de 73% numa bonificação chamada “adicional de habilitação” (que incorpora aumentos nos vencimentos dos militares que fazem cursos) acarretaria num prejuízo aos cofres públicos de R$ 8,14 bilhões até o final de 2024. Isso sem falar nos casos de militares como Augusto Heleno e Walter Braga Netto, que além de garantirem robustos soldos ainda recebem salários de ministros de Estado, com direito a penduricalhos que renderam só no mês de junho passado mais de R$ 100 mil de vencimentos para cada um.

Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado em 27 de junho, por meio do mesmo Portal da Transparência, mostrou que o governo federal desembolsou R$ 19,3 bilhões só com o pagamento de pensões a dependentes de militares em 2020. No entanto, o que causa mais estranheza, para além da vergonhosa mordomia que custa mais de R$ 4 bilhões por ano ao erário público só com o pagamento de oficiais generais vivos, é o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira promoverem centenas de seus quadros a uma patente que foi extinta numa reforma estrutural há mais de cinco décadas. Ainda que, em tese, um general de exército (chamado de ‘quatro estrelas’) possa ser promovido a marechal apenas em caso de comandar tropas em campanha, ou seja, no campo de batalha, em guerra, nenhum dos beneficiados com o “título” tem algo do tipo em seu currículo.

Em resumo, os marechais de gabinete foram criados por uma caneta e usufruem do elevado grau militar, que em muitos casos foram passados às suas viúvas e filhas.

Oposição quer explicações

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) foi informado pela reportagem da Fórum sobre as promoções inadvertidas a oficiais generais das três Forças Armadas a postos que não existiriam mais e disse que o caso, ao que tudo indica, à margem da lei, causa estranhamento, e que exigirá, junto a outras lideranças parlamentares, uma explicação do Ministério da Defesa.

“É muito estranho. Na verdade, é esdrúxulo. Vamos propor um requerimento de informação ao Ministério da Defesa. Acho válido que seja assinado por vários líderes da oposição.”

Graduação destinada a heróis nacionais, no Brasil e no Mundo

O último Marechal brasileiro na ativa foi Mascarenhas de Moraes, que após a reserva teve o título mantido pelo Congresso, ostentando-o até a morte, em 1968. Ele comandou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), o contingente aeroterrestre que ajudou a aplacar o nazifascismo durante a 2ª Guerra Mundial, libertando a Itália do jugo terrífico de Mussolini e Hitler. Foi elevado ao posto em 1.946, pelo Congresso Nacional.

Já Waldemar Levy Cardoso, que morreu aos 108 anos, em maio de 2009, foi o último marechal vivo brasileiro. Ele foi comandante do 1° Grupo de Artilharia Expedicionário, que travou batalhas sangrentas em Monte Castelo, no território italiano, também na 2ª Guerra Mundial.

A França, por exemplo, nomeou seu último marechal em 1984, e o agraciado recebeu o título 14 anos após sua morte. O general Marie-Pierre Koenig foi considerado um herói da 2ª Guerra Mundial, depois de vencer tropas alemães e italianas, que estavam em vantagem numérica de 10 para 1 em relação aos franceses na Batalha de Bir Hakeim, na Líbia, em 1942, quando comandou a 1ª Brigada Francesa Livre na Guerra do Deserto, um feito bem mais glorioso que os monótonos despachos de folhas carimbadas de nossos marechais de repartição.

O ditador fascista espanhol Francisco Franco Bahamonde, ocupante do último posto na hierarquia do exército republicano de seu país, também tinha sua tara por títulos militares. Mas no seu caso, a obsessão beirava o ridículo.

Insatisfeito com o posto de general, a ambição de Franco foi além do cargo de marechal. As leis gerais que foram implantadas após a vitória das tropas sublevadas comandadas por ele que derrubaram o sistema republicano democrático e constitucional, após o fim da Guerra Civil (1936-1939), deram-lhe o título de “Jefe de Estado, Caudillo de España y de la Cruzada, Generalísimo de los Ejércitos con la Gracia de Dios”.

O exagero embaraçoso, especialmente no que diz respeito à concordância do Todo-Poderoso com o título, levou até mesmo a uma rusga com o influente arcebispo de Sevilha, Pedro Segura y Sáenz, que gostava de afirmar em seus sermões, durante a ditadura Franquista, que “caudilhos era chefes de quadrilhas de foragidos” e que, segundo Santo Ignacio de Loyola, caudilho era sinônimo de diabo. A falta de noção do Generalíssimo espanhol chegou ao ponto de exigir que carregassem sobre ele, ao entrar numa igreja, um dossel, espécie de cobertura de tecido, decorada e luxuosa, preso por quatro hastes, que cobre um santo ou divindade durante uma procissão.

Lista de promovidos ao posto de marechal e equivalente:

*Originalmente publicada na Forum

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Abin põe sigilo indefinido em lista de casos de corrupção de governadores

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) colocou em sigilo uma planilha em que levantou casos de corrupção contra governadores e prefeitos ligados à pandemia do coronavírus. O tempo em que a informação seguirá em segredo está indefinido.

A agência, que, por lei, é um órgão de assessoramento da Presidência da República, fez o levantamento para tentar mudar o foco da CPI da Covid, de acordo com a revista Crusoé, que noticiou a existência da planilha em 7 de maio. Era uma “demanda urgente” para se fazer “compilação de dados” sobre “irregularidades relacionadas à pandemia” apenas em “âmbito estadual e municipal”, de acordo com a publicação.

O UOL confirmou que planilha foi confeccionada. A compilação se baseou apenas nas chamadas “fontes abertas”, ou seja, documentos disponíveis em sites de tribunais, do próprio governo, na imprensa e em bibliotecas públicas. Os servidores dos estados deveriam recolher as informações e alimentar um documento compartilhado em nuvem.

A reportagem solicitou cópia do levantamento por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), já que ele não teria dados sigilosos. No entanto, o pedido foi rejeitado pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, órgão responsável pela Abin e que é comandado pelo ministro Augusto Heleno.

Nega-se acesso em sua integralidade, uma vez que os documentos produzidos pela Atividade de Inteligência, bem como o banco de dados e a metodologia de trabalho são dados sensíveis” GSI da Presidência da República.

O órgão disse que os conteúdos da planilha são “sujeitos à restrição de acesso, pois evidenciam o peculiar funcionamento do órgão, das análises e das técnicas de obtenção de dados e produção de conhecimentos, reputando-se sigilosos”.

O UOL questionou quem ordenou a produção da planilha e quando o pedido foi feito. Isso também foi negado.

“A identificação de agentes que atuaram em qualquer fase da produção dos conhecimentos, seja no pedido, análise, consolidação ou difusão dos dados ofende a preservação do sigilo e a proteção da identidade dos servidores de inteligência”, respondeu o GSI, por meio da LAI.

*Eduardo Militão/Uol

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