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Lula: “Não vou entregar o país de volta para aquele bando de malucos”

Sem citar tornozeleira de Bolsonaro, Lula sugeriu “fazer churrasco, em vez de discurso”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (18) que, se estiver com saúde e disposição, vai ser candidato à reeleição no ano que vem. Ele disse que vai ganhar as eleições de 2026, o que seria o seu quarto mandato à frente da presidência, para evitar que “aquele bando de malucos” retorne ao poder, fazendo menção indireta a Bolsonaro e seu grupo.

“Vou fazer 80 anos de idade, mas se eu estiver com a saúde e a disposição que estou hoje, podem ter certeza que serei candidato outra vez, para ganhar as eleições nesse país. Porque eu não vou entregar esse país de volta para aquele bando de malucos, que quase destroem esse país nos últimos anos. Podem estar certos disso. Eles não voltarão. Eles não voltarão, e não é porque o Lula não quer, é porque vocês não vão deixar”, disse Lula, em Missão Velha, no Ceará.

Ele visitou um dos trechos já finalizados da ferrovia Transnordestina e anunciou a liberação de novos recursos a partir dos Fundos de Investimento do Nordeste (Finor) e de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para finalizar a obra.

Lula não citou explicitamente o ex-presidente Bolsonaro, que passou a usar tornozeleira eletrônica, após ter sido alvo de uma operação de busca e apreensão em sua residência durante esta manhã.

“Se tivesse juízo, tinha mandado fazer um churrasco, em vez de fazer discurso”, disse Lula, ao abrir seu discurso em Missão Velha, ironizando o adversário.

Lula também não fez qualquer menção ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o discurso. Ontem, durante pronunciamento em cadeia de rádio, TV e redes sociais, ele classificou como “chantagem inaceitável” a taxação dos produtos brasileiros em 50% anunciada por Trump, que atribuiu cobrança em parte à postura do STF contra Bolsonaro.

A Transnordestina
O evento simboliza a retomada de um projeto estratégico, com potencial para transformar a logística do Nordeste, ao estabelecer uma rota de escoamento segura, eficiente e econômica para as cadeias produtivas. Atualmente, 280 km de obras de infraestrutura estão em execução, o que gera mais de 4 mil empregos diretos e envolve mais de R$ 4 bilhões em contratos assinados.

O início da operação está previsto para o fim de 2025, em fase de comissionamento, com os primeiros transportes de cargas saindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí até a região centro-sul do Ceará e algumas regiões de Pernambuco. Soja, farelo de soja, milho e calcário estão entre os principais produtos a serem transportados.

Lula se disse “alegre” pela retomada das obras, mas “frustrado” pela demora na conclusão. “Imaginava que ela fosse acabar em 2012. Saí em em 2010, voltei à presidência 15 anos depois, e essa ferrovia tinha andado muito pouco”, reclamou. “Assumi a responsabilidade de que nós vamos concluir essa ferrovia, custe o que custar”.

O presidente afirmou que não se trata apenas de uma necessidade da região Nordeste, mas também um pedido do ex-governador pernambucano, Miguel Arraes, a quem ele disse ter orgulho de ter sido “muito amigo. “Essa ferrovia é em homenagem a ele”, declarou Lula.

O investimento já realizado totaliza R$ 8,2 bilhões. Os novos recursos garantidos somam mais de R$ 1,4 bilhão — R$ 600 milhões liberados pelo FDNE nos próximos meses e R$ 816 milhões a partir do leilão de desinvestimento e liquidação do Finor. O orçamento total do empreendimento chega a R$ 15 bilhões, com impacto anual estimado no PIB do Semiárido de até R$ 7 bilhões. Ao todo, a Transnordestina tem 1.209 quilômetros de extensão e passa por 53 municípios. Tem início em Eliseu Martins (PI) e vai até o Porto do Pecém (CE), passando por Salgueiro (PE).

“Quero andar de trem até o porto de Pecém. Não faltará dinheiro para concluir a Transnordestina”, frisou o presidente, reafirmando o compromisso.

*TVTNews

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Lobista da poderosa indústria das armas Bolsonaro abasteceu as maiores facções criminosas de armas dos mais grossos calibres.

A relação entre o aumento de clubes de tiro durante o governo Bolsonaro e o fornecimento de armas para o crime organizado tem sido alvo de investigações recentes, como as operações da Polícia Civil na Muzema e em outras regiões do Brasil.

Durante o governo Bolsonaro (2019-2022), decretos que facilitaram o acesso à armas e munições, como o Decreto nº 9.847/2019, levaram a um crescimento expressivo de clubes de tiro e registros de CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores). Segundo dados, o número de clubes de tiro no Brasil aumentou cerca de 1.400%, chegando a mais de 2.000 em 2022.

Operações, como a realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em maio de 2025, apontaram que um dono de clube de tiro no interior de São Paulo era um dos principais fornecedores de armamento para a facção Comando Vermelho (CV), incluindo na Muzema, uma área dominada por milícias e alvo de disputas com o tráfico.

As investigações indicam que parte das armas adquiridas legalmente por CACs e clubes de tiro foi desviada para o mercado ilegal, abastecendo facções criminosas.

Em outra ação, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) miraram redes de fornecimento de armas e drogas para facções, com investigações iniciadas há dois anos.

Por outro lado, os defensores das políticas de Bolsonaro argumentam que o aumento de clubes de tiro atendeu a uma demanda legítima de apostas esportivas e que a responsabilidade pelo desvio de armas recai sobre falhas na fiscalização, e não sobre os decretos em si.

Recentemente, o Exército transferiu o controle de fiscalização de armas para a Polícia Federal, com R$ 20 milhões alocados para essa transição, liberando limitações no rastreamento.

As operações mostram conexões entre clubes de tiro e o tráfico, mas a extensão desse problema, que é muito maior ainda, está sob investigação e, certamente vai assombrar a população com essa jogada de Bolsonaro para ganhar uma milionária comissão da indústria das armas. Bolsonaro só acende vela em troca de milagres.

A falta de regulamentação rigorosa e a facilidade de acesso a grandes quantidades de munição por CACs, como as praticadas por ordem de Bolsonaro, são apontadas como brechas exploradas pelo crime.

No entanto, há escancaradas evidências de que muitos clubes de tiro estejam envolvidos nessa trama macabra. As investigações contibuam para mapear a rede de desvios e responsabilizar os envolvidos.

A conferir

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Valdemar vê Bolsonaro fragilizado e sem capacidade de liderar oposição

Presidente do PL, Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro após derrota para Lula.

Valdemar da Costa Neto está assustado com a fragilidade de Jair Bolsonaro, um mês após a derrota para Lula.

O presidente do PL esperava que Bolsonaro despertasse para o papel de líder da oposição no jantar organizado pelo partido para as bancadas da Câmara e do Senado, na quarta-feira (29/11). Entretanto, a apatia de Bolsonaro, que pouco falou evento, frustrou Valdemar.

Segundo o presidente confidenciou a um aliado, as últimas semanas teriam evidenciado que Bolsonaro não terá capacidade de liderar a oposição a Lula. E tampouco parece ter essa disposição.

*Guilherme Amado/Metrópoles

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Bernardo Mello Franco: Acuado, Bolsonaro não disfarça o medo da cadeia

A Procuradoria-Geral da República deixou claro que não tinha a menor intenção de investigar Jair Bolsonaro no rolo da Covaxin. Ainda assim, a abertura de um inquérito por suspeita de prevaricação pode complicar a vida do presidente.

A PGR foi pressionada a agir pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal. Ela rejeitou a desculpa de que seria melhor esperar as conclusões da CPI da Covid, que deve se arrastar até o fim de outubro.

“No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”, escreveu. Agora o espectador será obrigado a entrar em campo, mesmo que a contragosto.

Com a abertura do inquérito, Bolsonaro passa a ser formalmente investigado por prática de crime comum. Isso deve ampliar seu desgaste num momento de queda de popularidade e aumento dos protestos de rua.

O capitão já foi alvo de mais de 120 pedidos de impeachment, mas todos adormecem na gaveta do presidente da Câmara, Arthur Lira. Na quarta, o deputado recebeu um novo “superpedido”, que aponta a prática de 23 crimes de responsabilidade. Numa rápida entrevista, indicou que vai manter as acusações em banho-maria. “Não será feito agora, né? Tem que esperar”, disse.

A investigação no Supremo dribla a barreira de Lira e abre um novo caminho para a interrupção do mandato presidencial. Se Bolsonaro se tornar alvo de uma denúncia, o deputado terá que levar o caso a plenário. Neste caso, é preciso dois terços dos votos para afastar o capitão.

A abertura de inquérito não significa que Bolsonaro será denunciado pela PGR, que tem arquivado múltiplas suspeitas contra o governo. No entanto, o surgimento de novas provas, como uma eventual gravação da conversa com o deputado Luis Miranda, pode tornar esse desfecho inevitável.

O parlamentar tem espalhado que registrou o diálogo no Alvorada. Pode ser um blefe, mas o presidente ainda não deu um pio para confirmar ou desmentir seu relato. O Planalto apresentou três versões diferentes antes de cancelar o contrato da Covaxin.

A ministra Rosa não é a única a desafiar a blindagem presidencial. O ministro Alexandre de Moraes também atropelou a PGR ao abrir novo inquérito para investigar ataques às instituições democráticas. Bolsonaro passou recibo e citou o envolvimento dos filhos na engrenagem golpista.

Até aqui, a sobrevivência política do capitão dependia apenas da fidelidade de Lira, que segura os pedidos de impeachment para arrancar mais vantagens do governo. Agora Bolsonaro também está nas mãos do procurador Augusto Aras, que tenta barganhar uma indicação ao Supremo.

Sob pressão, o presidente voltou a atacar o tribunal e ameaçar um golpe se for derrotado nas urnas. “Teremos problemas na eleição do ano que vem”, disse, em live no Alvorada.

Bolsonaro não consegue disfarçar o medo da cadeia. Na noite de quinta, ele lembrou o exemplo de Jeanine Añez, que assumiu o poder na Bolívia após a derrubada de Evo Morales: “A presidente que estava lá no mandato-tampão está presa, acusada de atos antidemocráticos. Estão sentindo alguma semelhança com o Brasil?”.

*O Globo

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