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Opinião

De Rei a Réu

Com sua carreira  de juiz no topo, após condenar e prender Lula sem prova de crime, Sergio Moro se transformou numa espécie de rei do Brasil. Ele era mais do que bem vindo nas altas rodas da burguesia nacional.

Moro era realmente o novo imperador da nação, inspirando os próprios pares a seguirem a mesma rota, até que Moro resolve pegar um atalho na política, saindo completamente da condição de juiz para se vender como a nova vedete da direita nacional, quando foi anunciado por Bolsonaro, já eleito, como seu super ministro da Justiça e Segurança Pública.

Sem perceber, Moro estava caindo na armadilha da ambição.

A princípio, a avaliação de Moro estava acima da de Bolsonaro. Ou seja, para ele, Moro e sua vizualização política, aquilo foi uma ótima ideia. No entanto, ser recrutado por um sujeito enlameado e aceitar seguir uma carreira política, utilizando o trilho da milícia, posicionando-se como um fascista, Moro teve que trabalhar para garantir a impunidade de Bolsonaro, de seus filhos e de sua própria integridade, já que veio à tona um acordo entre ele e Bolsonaro para que Moro prendesse Lula, que venceria a eleição no primeiro turno, para Bolsonaro ser presidente e, Moro, ministro.

Num primeiro momento, a grande mídia ficou muito feliz com seu autobenefício, mas a coisa começou a ganhar peso e foi além das suspeitas de manipulação da prisão de Lula para que ele, a partir de então, construísse sua carreira política rumo à presidência da República, escancarando, sem qualquer cuidado, que sua decisão contra Lula foi cem por cento política.

Lógico que o covarde estava na viela esperando o momento certo para dar um bote em Bolsonaro que, percebendo que seria traído por Moro, resolveu demiti-lo. Isso ficou explícito naquela famosa reunião ministerial em que Moro aparecia agachado, humilhado. Bolsonaro, falando sobre algo que dava a Moro o diploma de traidor.

A curta duração, dois anos, de sua estada no governo Bolsonaro, não  impediu Moro de montar sua estratégia política para ser candidato à presidência em 2022.

Só que os bolsonaristas julgaram e condenaram a traição do infeliz. Para piorar, Moro teria que enfrentar Lula, pois o STF entendeu que a república de Curitiba cometeu crimes suficientes para mostrar que o julgamento e a prisão de Lula foram criminosos.

Moro, que já havia perdido muita massa muscular no mundo bolsonarista, entrou sarcopênico na disputa presidencial sem conseguir conexão com grandes lideranças políticas, já que também traiu seu principal padrinho, Álvaro Dias, para tomar seu lugar como senador do Paraná, deixando claro que o sujeito realmente não presta, que é muito pior do que se imaginava.

Seja como for, a derrota de Moro hoje no STF em que se torna réu, pode lhe custar a cassação, mas além disso, Moro está politicamente acabado.

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Investigação

PF conclui nos próximos dias dois inquéritos que investigam Bolsonaro e vai indiciá-lo em ambos

Os casos serão enviados à PGR até esta sexta ou, no máximo, até a próxima semana.

Os próximos dias serão de péssimas notícias para Jair Bolsonaro. A PF conclui e envia à PGR até sexta-feira ou, no máximo, na semana que vem, os inquéritos que investigam o ex-presidente em dois casos: o das joias da Arábia Saudita vendidas ilegalmente nos EUA e o das fraudes nos cartões de vacinação.

Segundo informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro será indiciado nos dois inquéritos.

No caso dos cartões de vacinação, a PF concluiu o inquérito em março. Indiciou 16 pessoas, incluindo Bolsonaro e o ex-faz-tudo Mauro Cid. Mas o PGR Paulo Gonet pediu o aprofundamento de algumas investigações — é esta parte agora está a dias de ser concluída.

A temporada de tempestade sobre a cabeça de Bolsonaro continuará em julho: é o mês em que a PF prevê a conclusão das investigações sobre a tentativa de golpe de estado. Novamente, neste caso, nada sugere uma boa notícia para o ex-presidente.

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Opinião

Preso, Bolsonaro não terá direito à saidinha

Não bastasse a bancada bolsonarista votar pela proibição da chamada saidinha dos presos em datas comemorativas, atingindo em cheio os que foram condenados pelo 8 de janeiro, isso contribuirá para que, preso, Bolsonaro e sua tropa familiar, incluindo todo o seu principado.

Uma coisa é certa, Bolsonaro comandou se4us súditos a votarem contra a saidinha, jogou às baratas os trouxas do oito de janeiro, da Papuda e da Comeia.

A não ser que Bolsonaro enxergue a justiça brasileira como palha de milho, transformada numa justiça de várzea, aonde um coronel do agronegócio manda e desmanda nos juízes do racha.

Seja como for, se seu julgamento for norteado pela constituição, Bolsonaro será condenado por um fluxo de crimes que trafegou de genocídio de 700 mil brasileiros na covid ao escandaloso roubo de joias.

Obs. e aqui nem citamos que Bolsonaro era vizinho do assassino de Marielle.

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Cotidiano

“Uma infância conturbada”: Heloísa sobre a vida com seu pai Olavo de Carvalho

“Meu pai foi criado em ambiente de mágoa e ódio; ao mesmo tempo, estava numa redoma, minha avó tratava ele como doente”.

Heloísa de Carvalho, filha primogênita do filósofo e guru da extrema-direita, Olavo de Carvalho, narra em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, do GGN,, sobre como foi sua infância e adolescência ao lado de um pai “atormentado” que acabou influenciado, ao longo de sua vida, uma legião de seguidores com visões distorcidas de mundo.

Heloísa faz uma viagem ao tempo e revela como era a relação de Olavo com seus pais; relembra seus casamentos e relacionamentos extraoficiais, além da convivência com a mãe de Heloísa – que acabou desenvolvendo depressão e traumatizando a família com duas tentativas de suicídio que levaram a dois episódios de internação psiquiátrica. Olavo também foi internado algumas vezes.

A primogênita também narra como Olavo encabeçou uma escola de astrologia na década de 1980 que fez sucesso para, depois, investir em outros tipos de cursos que atraíram alunos ricos que ajudaram a bancar suas despesas nos Estados Unidos nos anos seguintes.

As várias religiões, seitas e filosofias de vida de Olavo também estão na pauta da entrevista, que aborda ainda como ele ficou amigos dos militares e como conheceu Steve Bannon.

A INFÂNCIA DE HELOÍSA E OS IRMÃOS

Foi uma “infância completamente conturbada”, relata Heloísa, lembrando que até seus 15 anos de idade, computou cerca de 15 mudanças de endereço. Olavo de Carvalho tinha problemas para pagar o aluguel e, na maioria das vezes, precisa mudar de casa após ter sido despejado.

SURTOS PSIQUIÁTRICOS DE OLAVO

A primeira internação de Olavo de Carvalho teria se dado após um surto, quando ele trabalhava na redação do Jornal da Tarde. “Quando o histórico psiquiátrica dele veio à tona, ele veio com essa história de que ele se internava antes do surto. (…) Ele dizia que ele tinha a chave da clínica e fazia reuniões com o corpo clínico e dava diagnósticos! É evidente que tinha problemas psiquiátricos. Todo louco fala loucura desse nível.”

A RELIGIÃO DE OLAVO

Segundo Heloísa, é curioso como os seguidores de Olavo de Carvalho, que são em maioria conservadores, não se atentam ao fato de que ele nunca foi fiel a uma só religião, mas sim passou por diversas “fases”, sendo que a que mais durou foi sua fase no islã.

“Até meus oito anos, ele era católico, rezava antes de refeições. Depois veio a fase ateu, meio ‘hipponga’, só maluquice, frequentando o inferno do Madame Satã em São Paulo. Ele chegou a me levar com 12 anos. Depois teve a fase budista, depois a islâmica, depois voltou para católica. Teve a fase mística, onde ele participou de duas investigações por causa de uma seita – investigação criminal sobre várias questões, desde aborto até lavagem de dinheiro, descaminho fiscal, etc.”

A INFÂNCIA DO OLAVO

“Olavo teve uma infância difícil. Meu avô, o pai dele, era advogado formado pelo Largo de São Francisco, na USP. Minha avó era de cidade do interior, dona de casa, de estudo primário, criada para um bom casamento e ser a dona de casa perfeita”, lembra Heloísa. “Quando Olavo tinha seus 8 anos de idade, meu avô abandonou minha avó, pois tinha um relacionamento com uma secretária.”

“Olavo só foi ter relacionamento de novo com o pai dele aos 18 anos. Foram 10 anos de alienação parental. (…) Meu pai foi criado em ambiente de mágoa e ódio, e ao mesmo tempo ele estava numa redoma, minha avó tratava ele como uma criancinha doente.”

A ADOLESCÊNCIA DE HELOÍSA

“A gente nunca sofreu violência física do meu pai. Eu na minha vida apanhei uma vez só do meu pai. Meus irmãos, uma ou duas vezes. Era mais violência psicológica e material.”

Segundo Heloísa, era os familiares do lado materno quem cuidava financeiramente das crianças de Olavo. Por alguns anos, Heloísa viveu na casa de uma tia. Ao chegar aos 15 anos de idade, a tia conversou com Heloísa e explicou que, se quisesse, ela poderia voltar a morar na casa de Olavo, e Heloísa acabou escolhendo se mudar. “Quando cheguei na casa da Bela Vista, era uma comunidade islâmica! Tinha de 20 a 30 pessoas morando numa casa”, disse ela, afirmando que se arrependeu da decisão, mas era tarde demais.

A MÃE DE HELOÍSA

“Minha mãe e Olavo não tinham diferença. Ela era uma pessoa igual a ele, irresponsável, sem profissão. (…) Em qualquer problema que o Olavo se envolvia, estava lá minha mãe para ajudar.”

A mãe de Heloisa tentou suicídio duas vezes, em meados da década de 1980, quando Olavo tinha a Escola Júpiter, uma escola de astrologia que fez sucesso à época. Na primeira tentativa, a mãe tentou cortar os pulsos na banheira, e Olavo usou do episódio para dar uma “lição” aos filhos homens.

“Nesse episódio teve uma coisa horrorosa. Eu lembro da minha mãe amarrada numa camisa de força, toda cheia de sangue, molhada, porque tinham tirado ela da banheira e puseram na camisa de força. Ela na maca, com aqueles cinturões de couro, e meu pai pegou a mão dos meus dois irmãos menores e disse: ‘Olhem! Sejam homens, sejam homens!’ O Luís tinha uns 8 anos e o Tales, uns 6, vendo a mãe na maca toda ensanguentada, delirando porque ela já tinha perdido muito sangue e falava coisa com coisa.”

A segunda tentativa de autoimolação foi usando remédios, e Heloísa também presenciou a cena. “Olhei embaixo da cama e vi os comprimidos. E foi quando ela teve a segunda internação psiquiatra. Todas essas internações tinham relação com o Olavo, porque ela nunca se desconectou dele, nunca aceitou a separação – e nem ele, porque ele ia atrás dela.”

Heloísa conta que a sua mãe se separou de Olavo pela primeira vez quando descobriu que ele estava namorando uma aula da Escola Júpiter. Enquanto a mulher e os filhos viviam nos fundos da escola com poucos recursos, Olavo usava o faturamento para se divertir em bares com estudantes, lembra Heloísa.

Olavo decidiu investir em filosofia no final da década de 1980, início dos anos 1990.

AMIGOS DE OLAVO

Segundo Heloísa, Olavo tinha muito amigos e alunos, inclusive de famílias abastadas, ao longo de sua vida. “Uma coisa que temos que concordar: ele tinha carisma, tinha uma falácia, um potencial de convencimento muito grande. Eu admirava ele ter essa facilidade. Mas era sempre para o errado, para a sacanagem e os golpes”, disse Heloísa, lembrando que não era raro o pai pedir dinheiro aos amigos ricos alegando que precisava cuidar das crianças.

MILITARES E ESTADOS UNIDOS

Foi morando em Petrópolis, no Rio de Janeiro, que Heloísa percebeu que além de tudo, Olavo também tinha amizades com militares. Depois da passagem pelo Rio, ele morou ainda na Romênia, retornou ao Brasil para viver no interior de São Paulo, e depois mudou-se para Curitiba. Por fim, foi viver nos Estados Unidos, onde comprou a casa de uma prima de um amigo endinheirado, pagando prestações de maneira informal, sem precisar passar pela burocracia de financiamento.

CAPACIDADE DE ALTERAR A REALIDADE

“É assustadora. Teve uma época em que eu estava na faculdade, começando a assistir audiências, e eu pedi a ele alguns livros de referência sobre retórica. Ele me deu uma lista de 20 livros. Eu falei ‘menos, pai’. Então ele me deu 10 livros de presente, entre eles, Schopenhauer. Quando eu li, eu comecei a entender muito mais o Olavo. Aqueles estratagemas… Ele passou a acreditar e incorporar um personagem que ele criou.”

FASE ANTICOMUNISTA

A fase anticomunista de Olavo de Carvalho começou em meados de 2002, quando o primeiro governo Lula estava germinando ainda. Uma vez eleito, Lula passou a ser alvo de críticas constantes de Olavo. Curiosamente, naquela fase, Heloísa namorava um assessor direto de José Dirceu.

HERANÇA

Sobre a herança, Heloísa comentou achar um “absurdo” que, após dois anos da morte de Olavo de Carvalho, a viúva e terceira esposa dele ainda não tinha feito o inventário. Foi Heloísa quem entrou na Justiça para dar publicidade ao testamento que Olavo fez nos EUA em 2018, revelado na quarta-feira, 22 de abril de 2024, pelo Jornal O Globo.

TRATAMENTO NOS EUA

“Ele teve várias internações lá, caríssimas. Tenho uma amigo que foi médico nos EUA e ele me falou que uma das estimativas de uma semana de internação de Olavo sairia mais de 300 mil dólares. Eu acho que foi o seguinte: a maioria delas [internações] foi bancada por alunos. Gente com muito dinheiro. Mas chegou num ponto que não dava mais. Internações muito longas. Uma delas, nos EUA, durou quase um mês. E daí ele veio para onde ele tanto falou mal: o SUS, no Brasil. (…) Do dia para a noite, ele acorda no Brasil num apartamento no InCor. Como ele chegou e como ele foi embora – aquela fuga fantástica – ninguém sabia”.

Heloísa contou em primeira mão ao GGN que descobriu como Olavo de Carvalho saiu “fugido” do Brasil após suas internações em virtude de um câncer. Ele decidiu retornar aos EUA escapando pelo Paraguai depois que foi intimado pela Polícia Federal a prestar esclarecimentos no inquérito das fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal. “Ele morria de medo de ser preso.”

“Primeira vez que falo em entrevista: Olavo saiu de São Paulo e foi para o Paraguai de carro. Quem levou ele foi o filho de um aluno dele, o Thales de Carvalho, esse mesmo Thales que explodiu na imprensa com a história de assédio e abusos. No Paraguai, Olavo ficou na casa do Thales. De lá é que ele foi para os EUA. (…) Meus irmãos negam, mas fizeram parte da arquitetação e realização da fuga.”

MORTE DO OLAVO

“Até hoje não obtive a certidão de óbito onde fala que foi Covid mesmo. Foi em plena pandemia, e no cemitério onde ele foi enterrado tinham outros velórios. Eram todos velado com caixão aberto, porque eram mortes de causas naturais. Mas Olavo foi velado ao lar livre, de caixão lacrado. Dias antes, saiu notícias de que ele estava internado com Covid.”

PESSOA ATORMENTADA A VIDA INTEIRA

Para Heloísa, Olavo foi uma pessoa atormentada a vida inteira e “com isso acabou criando seres atormentados. Meus irmãos, infelizmente, dão dó. Eu tenho dó dos meus 21 sobrinhos, 21 netos que o Olavo tem. Estou descontando meu filho, que foi afastado disso tudo. Mas foram 21 sobrinhos criados na teoria da conspiração, homofobia, discurso de ódio, fake news. É preocupante, é triste. Mas não posso fazer nada.”

“Dos alunos do Olavo, há muitos relatos de alunos que ficaram loucos, tiveram surtos, foram internados em clínicas psiquiátricas. Tentei levantar história de uma aluna muito próxima dele que cometeu suicídio. Desde criança escuto essas histórias.”

BOLSONARO E STEVE BANNON

“Olavo dizia que não tinha relação com Bolsonaro. Mas a relação dele com Eduardo Bolsonaro tinha 10 anos antes da eleição de 2018. A coisa veio publicamente agora, mas não era de agora. (…) Ele acabou conhecendo [o Steve Bannon] por meio do Eduardo. Acabaram virando amiguinhos. Um ia jantar na casa do outro e tudo. Olavo já conhecia Bannon e, provavelmente, deveria ser o grande líder dele. Outra pessoa completamente perturbada.”

*GGN

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Política

Relatório final sobre joias ilegais de Bolsonaro deve ser entregue a Moraes pela PF em junho

Após este caso, a polícia vai concluir inquérito do golpe, que tem potencial de levar o ex-presidente à prisão.

A Polícia Federal deve apresentar o relatório final da investigação sobre as joias ilegais de Jair Bolsonaro em junho, informa a colunista Bela Megale, do GLOBO. Os investigadores trabalhavam com o prazo de entregar, em maio, o documento para o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O grande número de material que ainda está em análise pela PF, porém, fez com que os investigadores mudassem a estimativa sobre a conclusão dos trabalhos.

As últimas diligências da investigação foram realizadas entre 25 de abril e 11 de maio, quanto uma equipe da PF foi aos Estados Unidos realizar entrevistas e ir às lojas onde as joias foram comercializadas ilegalmente.

Entre os avanços da investigação está o acesso a imagens inéditas e a coleta de entrevistas que confirmam detalhes sobre a venda e recompra ilegais das joias que compunham o chamado “kit ouro branco”.

O conjunto foi recebido por Bolsonaro durante uma visita oficial à Arábia Saudita como presidente, em 2019, e contém anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico (“masbaha”), todas peças cravejadas de diamantes. O jogo também incluía um relógio Rolex, que foi vendido separadamente, em uma loja da Pensilvânia. No total, o conjunto foi avaliado em pelo menos R$ 500 mil. A conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) é que os presentes pertencem ao acervo da Presidência e não a Bolsonaro.

Após o caso das joias, a PF vai concluir o inquérito do golpe, apontado como o que tem maior potencial para prender Bolsonaro. Um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) da semana passada afirmou que a investigação sobre a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota em 2022 está “em via de conclusão”.

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Política

Bolsonaro será transferido a São Paulo para tratar erisipela e obstrução intestinal

Durante o final de semana, Bolsonaro discursou com braço enfaixado e foi fotografado com uma grande mancha vermelha na perna. Além da infecção cutânea, também estaria sofrendo nova crise intestinal.

São Paulo – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido nesta segunda-feira (6) para São Paulo. Ele voltou a se internar num hospital em Manaus no domingo (5), para continuar o tratamento de uma erisipela. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a afirmar que seu pai iria se transferir para Brasília para tratar da infecção cutânea, mas houve mudança de planos. Isso porque ele também estaria sentindo desconforto intestinal nas últimas horas.

Assim Bolsonaro deve dar entrada à tarde no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. É o mesmo lugar em que ele se internou por pelo menos cinco oportunidades devido às alegadas sequelas em decorrência da facada sofrida em 2018.

Bolsonaro chegou a Manaus na sexta-feira (3) onde participou de um evento para a pré-candidatura do deputado federal Alberto Neto à prefeitura da capital. No sábado (4), Bolsonaro discursou em evento ao lado de apoiadores com o braço enfaixado.

Imunidade baixa
Após o ato, deu entrada no hospital Santa Júlia, com quadro de “desidratação e processo infeccioso de pele”. “Quando cai a imunidade da gente, por problemas mais variados, a erisipela é comum de acontecer, então já estou medicado, tranquilo, pronto para outra aí”, afirmou Bolsonaro em vídeo nas redes sociais ainda no sábado.

Ele chegou a receber alta, mas voltou a se internar no domingo. “Voltou ao hospital após seus compromissos, onde segue internado para antibioticoterapia venosa e hidratação sob cuidados do médico infectologista Dr. Alexandre Souza”, detalhou o hospital.

Ele deve utilizar uma UTI aérea, acompanhado de pelo menos dois médicos intensivistas, para o translado até a capital paulista. Mais cedo, Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais uma foto do pai. Disse que ele estava “bem” e já reagia “bem aos antibióticos”. Jair aparecia deitado em uma cama de hospital, com os olhos fechados. Na imagem, é possível observar uma grande mancha vermelha na altura da canela do ex-presidente.

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São Paulo – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será transferido nesta segunda-feira (6) para São Paulo. Ele voltou a se internar num hospital em Manaus no domingo (5), para continuar o tratamento de uma erisipela. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a afirmar que seu pai iria se transferir para Brasília para tratar da infecção cutânea, mas houve mudança de planos. Isso porque ele também estaria sentindo desconforto intestinal nas últimas horas.

Assim Bolsonaro deve dar entrada à tarde no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. É o mesmo lugar em que ele se internou por pelo menos cinco oportunidades devido às alegadas sequelas em decorrência da facada sofrida em 2018.

Bolsonaro chegou a Manaus na sexta-feira (3) onde participou de um evento para a pré-candidatura do deputado federal Alberto Neto à prefeitura da capital. No sábado (4), Bolsonaro discursou em evento ao lado de apoiadores com o braço enfaixado.

Imunidade baixa
Após o ato, deu entrada no hospital Santa Júlia, com quadro de “desidratação e processo infeccioso de pele”. “Quando cai a imunidade da gente, por problemas mais variados, a erisipela é comum de acontecer, então já estou medicado, tranquilo, pronto para outra aí”, afirmou Bolsonaro em vídeo nas redes sociais ainda no sábado.

Ele chegou a receber alta, mas voltou a se internar no domingo. “Voltou ao hospital após seus compromissos, onde segue internado para antibioticoterapia venosa e hidratação sob cuidados do médico infectologista Dr. Alexandre Souza”, detalhou o hospital.

Ele deve utilizar uma UTI aérea, acompanhado de pelo menos dois médicos intensivistas, para o translado até a capital paulista. Mais cedo, Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais uma foto do pai. Disse que ele estava “bem” e já reagia “bem aos antibióticos”. Jair aparecia deitado em uma cama de hospital, com os olhos fechados. Na imagem, é possível observar uma grande mancha vermelha na altura da canela do ex-presidente.

Reação a Mauro Cid?
Bolsonaro teve crise de erisipela em novembro de 2022, após a derrota nas eleições para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A doença decorre de uma infecção por bactérias, especialmente um grupo delas denominado Streptococcus. Pode incluir ainda sintomas como febre, calafrios e mal-estar frequente e gerar complicações como tromboflebite, abscessos e gangrena.

Não há, contudo, relatos na literatura médica sobre o surgimento da doença por questões de fundo emocional. Ainda assim, a atual crise de saúde praticamente coincide após a saída da prisão de Mauro Cid, ex-militar ajudante de ordens de Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória após Cid “reafirmar” a validade do acordo de delação premiada.

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Política

Bolsonaro acusa Lula e Moraes de pretender ‘destruir a direita’ no Brasil

Segundo Bolsonaro, a imprensa tradicional é vista como aliada da esquerda… Gargalhada.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lançou duras críticas ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmando que ambos têm como objetivo “destruir a direita no Brasil”. As declarações foram feitas durante sua participação no podcast ao vivo no X, antigo Twitter, conduzido pelo jornalista australiano Mario Nawfal.

Bolsonaro, embora não tenha mencionado Moraes diretamente, referiu-se a ele como “um juiz que preside o Tribunal Superior Eleitoral”. Ele destacou a existência de uma alegada perseguição por parte do governo federal e do Poder Judiciário contra políticos com orientação política de direita.

Segundo Bolsonaro, a imprensa tradicional é vista como aliada da esquerda, enquanto as redes sociais são consideradas pela direita como o único meio para combater as narrativas de seus oponentes políticos. O ex-presidente argumentou que o Judiciário direciona sua atenção às plataformas digitais com o objetivo de silenciar as vozes da direita.

Ele também expressou aguardar a apresentação de provas por parte do proprietário do X, Elon Musk, que sustentem as alegações de que Moraes censura seletivamente perfis de direita nas redes sociais. Na visão de Bolsonaro, o Brasil precisa buscar apoio externo para expor os supostos “abusos autoritários” praticados no país.

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Política

Um ótimo dia para Mauro Cid, e um péssimo para Bolsonaro

“Vai-se a primeira pomba despertada… Vai-se outra mais… mais outra… enfim dezenas” (Raimundo Correia).

Se a pomba é vista como sinônimo de liberdade, de efemeridade da vida e de esperança, lá se foram embora mais duas, para angústia de Bolsonaro que só coleciona más notícias desde que deixou a presidência frustrado com o golpe que não conseguiu aplicar. Bem que tentou. Não foi por falta de empenho, mas de apoio.

De forma unânime, inclusive com o voto de um ministro nomeado por ele, o Tribunal Superior Eleitoral negou recurso de Bolsonaro e do seu companheiro de chapa, o general Walter Braga Netto, contra a declaração de inelegibilidade por oito anos. Os dois foram condenados por fazer campanha eleitoral com dinheiro público.

O julgamento de mérito fora concluído no ano passado quando, por 5 votos a 2, o tribunal entendeu que os então candidatos a presidente e a vice-presidente cometeram abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência em 7 de setembro de 2022, a um mês das eleições que os derrotariam.

No fim da tarde da sexta-feira (3/5), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, deixou a prisão e voltou para casa, em Brasília. Moraes manteve a “integralidade” do acordo de delação premiada de Cid.

Para decepção de Bolsonaro, escreveu Moraes no seu despacho:

“Foram reafirmadas a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade”.

Cid estava preso pela segunda vez porque, em conversa gravada por um amigo, disse que a Polícia Federal pusera em sua boca afirmações que ele jamais fizera a respeito de Bolsonaro, e que o incriminavam. Não bastasse, ainda atacou Moraes dizendo que ele prendia quem bem quisesse, comportando-se como um ditador.

À época, discretamente, Bolsonaro comemorou o desabafo de Cid, imaginando que se abriria com ele uma eventual passagem para recuperar a elegibilidade. Mas Cid renegou seu desabafo, alegando que o fizera em um momento de desespero, e que estava arrependido. Então, a segunda pomba voou para não mais ser vista.

*Blog do Noblat

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Opinião

Procura-se uma direita no Brasil

Um troço, liderado politicamente por Bolsonaro, presta?

O que esse asno diz que possa ao menos ser contraditado?

Que a direita, no Brasil, terceirizou para a mídia o seu papel, em 2003, todos sabem, mas essa direita pelo menos funcionava por aplicativo com calendário e calculadora. Agora, o que se tem no Brasil é uma galeria de besteirol requentado do nível de um Kataguiri, um Gayer, um Níkolas.

Essa gente que acha que política se faz como conteúdo para o tik tok.

Imaginar que Janaína Paschoal diria que Bolsonaro é um “imprestável”, que não tem receita sequer de um pirulito em seu menu, é porque nem mentira de Google essa gente consegue emplacar no conforto de suas burrices.

Nisso, não há nada de surpreendente, quem sugeriria que esse bando de picaretas e oportunistas, corruptos até a medula, que comandou o país de 2019 a 2022, teria condição de se reconfigurar para criar uma oposição minimamente inteligível, impossível.

Qualquer coisa que escanear no cérebro dessa gente, o que se verá na imagem é cocô. Se a mídia industrial no Brasil é o que é, imagina um sub baixo clero dessa direita esquizofrênica.

Falando nisso, aonde foi parar o irônico Kim, que surgiu ao lado de Holiday fazendo piada de pobre e de todo o tipo social isolado das instituições que, historicamente, sempre sofreram. O sujeito virou um jiló, mostrando como a direita está derrotada.

Na verdade, não existem conexões dentro da direita que pudesse criar um ciclo de cobrança do governo com dados que trouxessem um outro visor, mesmo que não se concorde com ele. Mas nada, essa gente usa a política para fazer molecagem. Isso pode ser levado a sério, quando o assunto, por exemplo, é a economia do país?

Então, meus amigos, aqui vai um aviso, a direita brasileira é um telefone sem fio, sem dispositivo ou mesmo concatenado com o pensamento limitado que sai da internet. Daí, fica impossível, até mesmo para Janaína, engolir esse rebotalho comandado pelo cérebro de Bolsonaro.

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Opinião

Se não fosse o judiciário, Bolsonaro jamais seria presidente

Não fosse duas das maiores fraudes compartilhadas entre Moro e Bolsonaro, com anuência dos esquemas de justiça no Brasil, esse cínico, chamado Bolsonaro, sabe que jamais chegaria ao segundo turno da eleição presidencial de 2018.

O que o Brasil assistiu foi a um jogo de camaradagem de dois picaretas para chegar ao poder, Bolsonaro e Moro, em que as pesquisas mostravam que Lula venceria a eleição no primeiro turno, se não fosse uma das maiores falcatruas da história desse país.

E vem Bolsonaro dizer que o Brasil vive uma ditadura de toga, mesmo depois de um número sem fim de crimes que o sujeito cometeu, e segue impune. Um sujeito que sobe num caminhão de som para posar de vítima de quem deu a ele a faixa presidencial, é o absurdo dos absurdos, um nonsense total.

Mas como se trata de um cínico contumaz como Bolsonaro, isso é visto de forma normal, quando os dois, Bolsonaro e Moro, deveriam estar na cadeia pela armação que tramaram contra a democracia em 2018 para fraudar a eleição.

Não há muito o que falar, basta colocar esse crime na mesa para que os dois paguem com prisão o estupro que cometeram contra a constituição brasileira.