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Congressistas dos EUA, com medo de golpe militar, pedem a Biden pra retirar oferta ao Brasil

Um grupo de 63 congressistas dos Estados Unidos enviou nesta quinta-feira, 14/10, uma carta ao presidente Joe Biden em que pede que ele reveja a oferta para que o Brasil se torne um parceiro global da Otan (Organização Tratado Atlântico Norte) e revogue a condição de aliado extra-Otan concedida ao país ainda no governo de Donald Trump.

O status como aliado militar preferencial dado ao Brasil facilita a compra de tecnologia militar e armamentos dos EUA, garante a participação das Forças Armadas brasileiras em treinamentos promovidos pelo Pentágono, além de outros benefícios militares.

“Precisamos rever isso para assegurar que não estamos fortalecendo um Exército que pode ser usado para um golpe de Estado”, afirmou à BBC News Brasil o congressista Hank Johnson, democrata veterano na Câmara autor do ofício enviado à Casa Branca.

Segundo Johnson, “Bolsonaro já demonstrou que está organizando as condições para um golpe militar. É um cenário alarmante para o Brasil e nosso país não pode contribuir com isso”.

A carta, à qual a BBC News Brasil teve acesso com exclusividade, é endossada por mais de um quarto da bancada democrata na Câmara dos Deputados, que tem maioria na Casa.

Na missiva, os parlamentares, entre os quais expoentes do partido como Alexandria Ocasio-Cortez (conhecida como AOC), afirmam que o presidente Jair Bolsonaro fez “ameaças à jovem democracia do Brasil” e que “declarou que não vai aceitar o resultado das próximas eleições se elas acontecerem conforme as regras atuais”, isto é, sem o voto impresso pela urna eletrônica – mudança que o presidente encampou publicamente mesmo após a derrota da proposta no Congresso.

“Achamos isso particularmente preocupante porque Bolsonaro trouxe mais oficiais militares para sua administração do que qualquer outro presidente desde que a democracia no Brasil foi restabelecida, criando conflitos entre instituições governamentais e as forças armadas”, afirmam os 63 congressistas na carta a Biden.

Aliado militar dos EUA desde 2019

Para os congressistas democratas, seria um contrassenso do governo Biden patrocinar avanços militares a um governo que poderia usar as forças para desestabilizar a democracia no maior país da América Latina.

A confirmação de que o Brasil se tornara um aliado extra-Otan aconteceu em agosto de 2019, ainda na gestão Trump, e foi recebido com comemoração pelo governo brasileiro. “É bem-vinda nossa participação como grande aliado extra-Otan, que facilita muitas coisas. O mais importante é a questão de defesa, compra de armamento, algumas tecnologias. Alguma coisa sempre interessa pra gente. Como regra, um país da Otan uma vez agredido, todo mundo está junto”, afirmou Bolsonaro à época.

E, apesar das divergências em temas como a agenda ambiental, o governo do democrata Joe Biden acenou com um avanço na relação militar em agosto de 2021.

Em visita a Bolsonaro em Brasília, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos ofereceu ao Brasil a possibilidade de ser parceiro global da Otan. Embora não decidam sozinhos quem pode ingressar na entidade, os americanos são determinantes para sacramentar a entrada de um país na Otan.

Reservadamente, diplomatas americanos reconheceram que a oferta foi cuidadosamente pensada: como o presidente brasileiro é afeito a temas militares, os EUA escolheram esse caminho como “agenda positiva” que pudesse aumentar a disposição das autoridades brasileiras em relação ao tema do combate ao aquecimento global e à exclusão de empresas chinesas da rede 5G do país, duas prioridades da gestão Biden.

A oferta, porém, aconteceu quase ao mesmo tempo em que Bolsonaro e a Marinha promoviam um desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios, o que foi interpretado como demonstração de força contra os demais Poderes da República. Na mesma semana, o presidente repetiu alegações sem prova de que a eleição de 2018 havia sido fraudada.

Isso fez com que representantes de Biden tivessem que dar declarações públicas de apoio ao sistema eleitoral brasileiro. “Nós reforçamos (a Bolsonaro) a importância de não diminuir a confiança (da população) no processo eleitoral, especialmente porque não há evidências de fraudes nas eleições anteriores”, afirmou Juan González, assessor de Biden para a América Latina.

González, no entanto, descartou que fosse contraditório fortalecer o aparato militar do país enquanto condenava manifestações de Bolsonaro contra o sistema eleitoral.

“Nosso ponto aqui é que temos uma ampla relação institucional com o Brasil. Podemos nos engajar em assuntos de cooperação em áreas de segurança, de economia, e ainda assim ser muito claros em demonstrar nosso apoio de que é o povo brasileiro quem determina o resultado de suas eleições”, afirmou González.

*Com informações da BBC Brasil

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Esporte

Futebol: Brasil conquista ouro no jogo contra a Espanha

Se conquistar o ouro olímpico era um tabu para o futebol brasileiro até 2016, agora já virou rotina. Na manhã deste sábado (7), no mesmo Estádio de Yokohama que testemunhou o pentacampeonato em 2002, a seleção olímpica venceu a Espanha por 2 a 1, na prorrogação, e conquistou o título do futebol nas Olimpíadas pela segunda vez consecutiva. Matheus Cunha abriu o placar, Oyarzabal empatou, e Malcom definiu a vitória brasileira na prorrogação na mesma goleira em que Ronaldo marcou duas vezes há quase duas décadas. A Espanha, campeã em 1992, ficou com a terceira prata de sua história.

Brasil e Espanha tiveram campanhas contestáveis no caminho até a decisão, ainda que fossem desde o início os grandes favoritos ao ouro. A seleção brasileira, por exemplo, empatou com a Costa do Marfim na fase de grupos e precisou dos pênaltis para passar pelo México nas semifinais. Os espanhóis só venceram um jogo no tempo regulamentar em toda a campanha — contra a Austrália, na primeira fase. No mata-mata, precisou da prorrogação para derrotar os marfinenses e o Japão.

A final começou no padrão do famoso jogo de posição espanhol, que jogava 4-3-3. Uma esticada a partir do campo de defesa espanhol exigiu que Santos saísse da área para afastar com o pé aos dois minutos. Ainda que o domínio de posse fosse dos europeus, o Brasil esboçou o seu primeiro ataque aos sete, em uma roubada de bola. Mas Matheus Cunha conduziu até perder a bola perto da área. Aos 11, o goleiro Santos deu um chutão que se transformou em lançamento para Antony, mas o goleiro Simon saiu da área e impediu qualquer risco.

As trocas de passes da Espanha geraram um lance de alto perigo para o Brasil aos 15. Depois de uma bola cruzada, Diego Carlos desviou de cabeça contra o próprio gol, mas ele próprio conseguiu afastar em cima da linha. No minuto seguinte, Asensio cobrou falta por cima do gol. Aos 18, um erro na saída de bola da Espanha gerou oportunidade para os brasileiros. Richarlison rolou para Douglas Luiz, que chutou travado.

A seleção, que passou a ter mais controle sobre o volume de jogo, voltou a atacar bem aos 24. Arana trabalhou a bola pela esquerda e cruzou rasteiro para Richarlison, que bateu de virada. A bola foi na rede, mas pelo lado de fora. Antony fez, aos 29, uma bonita jogada pela esquerda e cruzou, mas Richarlison cometeu falta no meio da área.

O Brasil se defendia com uma linha de cinco quando não estava com a bola. Aos 31, a Espanha tentou furar o bloqueio jogando pelos lados. Asensio, na direita, chutou cruzado com o pé esquerdo, mas Santos pegou com facilidade. No meio do primeiro tempo, o árbitro australiano Chris Beath começou a perder o controle da partida. As entradas duras eram recorrentes, com cartões amarelos para Garcia, da Espanha, e Richarlison.

Aos 33, uma dessas faltas gerou uma boa chance para o Brasil. O goleiro espanhol saiu muito mal do gol e atropelou Matheus Cunha — a bola passou ao lado da trave. O choque gerou a revisão do árbitro de vídeo, e Beath confirmou o pênalti cometido por Simon. Richarlison, no entanto, pegou embaixo na bola depois de dar passos lentos a caminho da bola e mandou para fora.

Depois do pênalti desperdiçado pelo Brasil, os dois times ficaram mais cautelosos. Mas isso não impediu que a seleção atacasse. Aos 44, Richarlison recebeu na área e bateu em cima da zaga. Aos 46, o gol finalmente saiu. Daniel Alves aparou cruzamento alto e mandou de volta para o meio. Matheus Cunha, finalmente recuperado de lesão muscular, dominou com classe no meio de três zagueiros espanhóis e chutou no canto para abrir o placar. 1 a 0.

*Com informações da GaúchaZ

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Política

24J contra Bolsonaro, são 426 atos; confira

Confira lista de locais que serão palco de mais uma manifestação popular contra o governo Bolsonaro.

As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo divulgaram, nesta sexta-feira (23), a lista atualizada das cidades e países que serão palco de mais um protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ao todo, são 426 atos confirmados em 405 cidades e 15 países integram o rol de atos populares.

Do Acre ao Rio Grande do Sul, o Brasil mais uma vez terá manifestações em todas as regiões. Já pelo mundo as ações irão percorrer México, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Áustria, Bélgica, Portugal, Itália, Irlanda, Holanda, Espanha, França, Inglaterra, República Tcheca e Suíça.

Os organizadores orientam que os participantes utilizem máscara, levem álcool em gel e mantenham o distanciamento social durante os atos por conta da covid-19.

Leia aqui: Vai protestar contra Bolsonaro? Saiba como ir às ruas seguindo protocolos sanitários

Os adeptos dos protestos cobram também auxílio emergencial de R$ 600 e políticas contra o desemprego, que atinge mais de 14 milhões de brasileiros. Confira a seguir a lista completa dos locais e horários de cada manifestação.

No Brasil

Norte

AC – Rio Branco – Gameleira | 15h

AM – Itacoatiara – Mirante (ao lado da Pizzaria Panorama) | 16h30

AM – Manaus – Praça da Saudade | 15h

AP – Macapá – Praça da Bandeira | 16h

PA – Altamira – Em frente Celpa/Equatorial | 8h

PA – Barcarena – Sindiquimicos | 10h

PA – Bragança – Praça da Bandeira | 8h

PA – Belém – Praça da República | 8h

PA – Itaituba – Residencial Wirlande Freire, quadra 40 Nº 971 | 14h

PA – Marabá – Praça da Z30, Orla | 16h

PA – Santarém – Praça São Sebastião | 16h

RO – Ariquemes – Espaço Alternativo | 9h

RO – Guajará-Mirim – Parque Circuito | 9h

RO – Ji-Paraná – Casa do Papai Noel | 8h30

RO – Porto Velho – Praça do CEU da zona leste, rua Antônio Fraga Moreira, 8250 | 8h30

RO – Porto Velho – Campo Florestão na Av. Jatuarana | 16h

RR – Boa Vista – Praça Germano Sampaio (Pintolândia) | 9h

TO – Carreata Miracema – Parque de Exposição Agropecuária | 8h

TO – Palmas – Posto Trevo (Taquaralto) | 8h

Nordeste

AL – Arapiraca – Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Primavera) | 9h

AL – Delmiro Gouveia – Praça do Coreto | 9h

AL – Maceió – Praça Multieventos – Pajuçara | 9h

AL – Palmeira dos Índios – Praça da Igreja São Cristovão | 9h

AL – União dos Palmares – Rua XV de Novembro (semáforo Globo) | 9h

BA – Alagoinhas – Praça Ruy Barbosa | 09h

BA – Amargosa – Praça dos Correios | 9h

BA – Barreira – Praça Castro Alves | 9h

BA – Cachoeira – Caminhada Av. 25 de Junho | 9h

BA – Cruz das Almas – Praça Senador Temístocles (em frente à prefeitura) | 9h

BA – Eunápolis – Praça do Pequi (Com arrecadação de alimentos) | 8h

BA – Feira de Santana – Em frente à Prefeitura | 9h

BA – Ilhéus – Praça Misael Tavares (em frente ao Estádio) | 9h

BA – Ipiaú – Honório | 10h

BA – Itabuna – Jardim do Ó | 9h

BA – Itapetininga – Em frente a prefeitura | 9h30

BA – Jacobina – Praça Rio Branco | 18h

BA – Jequié – Praça Luis Viana | 9h

BA – Paulo Afonso – Igreja N.Sra do Perpétuo Socorro | 9h

BA – Porto Seguro – Trevo do Cabral | 15h

BA – Ribeira do Pombal – Praça da Juventude | 17h

BA – Salvador – Campo Grande até Praça Municipal | 10h

BA – Santa Cruz Cabrália – Monumento do Indio, Coroa Vermelha | 9h

BA – Santo Antonio de Jesus – Carreata Estádio S.A de Jesus | 14h

BA – Ribeira do Pombal – Carreata e Motocada Praça da Juventude | 16h

BA – Serrinha – Praça Centenário | 9h

CE – Baturité – Praça da Matriz | 8h

CE – Caucaia – Praça da Matriz | 8h

CE – Crateús – Carreata pela cidade | 17h

CE – Fortaleza – Praça Portugal | 15h

CE – Icó – Teatro da Ribeira dos Icós | 16h

CE – Iguatu – Praça das Crianças | 16h

CE – Itaiçaba – Carro de Som e faixas Mercado Público | 9h

CE – Juazeiro do Norte – Região do Cariri – Rua São Pedro | 8h

CE – Maracanaú – Praça da Estação | 16h

CE – Morada Nova – Praça Eduardo Girão (Girilândia) | 7h30

CE – Pentecoste – Praça do CSU | 17h30

CE – Quixadá – Praça José de Barros | 8h

CE – Tianguá – Panfletaço na Praça dos Eucaliptos | 8h

MA – Açailândia – Praça do Pioneiro | 18h30

MA – Bacabal – Praça Catulo da Paixão Cearense | 8h

MA – Imperatriz | Praça de Fátima | 9h

MA – São Luís – Praça Deodoro | 9h

MA – Pinheiro – Praça José Sarney | 8h

PB – Campina Grande – Praça da Bandeira | 8h30

PB – Cajazeiras – Ato Público – Praça das Oiticicas | 9h

PB – João Pessoa – Carreata e Caminhada Mercado Publico de Mangabeira, Rumo a Praça da Paz – Bancários | 9h

PB – Patos – Praça João Pessoa (CEPA) | 8h

PB – Sousa – Praça ao lado da Estação Ferroviária | 7h

PE – Arco Verde – Praça da Bandeira | 9h

PE – Belém de São Francisco – Praça das Calcinhas | 15h

PE – Bezerros – Anfiteatro atrás da Igreja da Matriz | 9h

PE – Caruaru – Frente do INSS | 9h

PE – Escada – Praça do Agricultor | 09h30

PE – Garanhuns – Fonte Luminosa | 9h

PE – Goiania – Inicio do ato na Igreja dos pretos velhos | 7h

PE – Igarassu – Pracinha Saramandaia | 15h

PE – Palmares – Praça Paulo Paranhos | 9h

PE – Petrolândia – Polo e STR | 7h30

PE – Petrolina – Praça da Catedral | 9h

PE – Recife – Praça do Derby | 10h

PE – Santa Cruz do Capibaribe – Coreto da Av. Padre Zuzinho (Centro) | 14h30

PE – São José do Egito – Ato unificado Sertão do Pajeú na Feira Livre Central | 8h

PE – Serra Talhada – Pátio da Feira | 10h

PE – Vitória de Santo Antão – Em frente ao Banco do Brasil | 9h30

PI – Altos – Praça Cônego Honório | 8h

PI – Floriano – Praça Coronel Borges | 8h

PI – Piripiri – Praça da Bandeira | 9h

PI – Teresina – Praça Rio Branco (Centro) | 8h

PI – Parnaiba – Av. Pinheiro Machado x Samuel Santos | 16h

PI – Picos – Praça Félix Pacheco (Centro) | 7h30

PI – São Raimundo Nonato – Praça do Relógio

RN – Caicó – Praça de Alimentação | 7h30

RN – Ceará-Mirim – Concentração para carreata na Igreja Matriz | 7h30

RN – Extremoz – Em frente a Câmara Municipal | 15h30 (Ato em 23/07)

RN – João Câmara – Praça Baixa-Verde | 8h

RN – Macau – feira da Praça Central | 8h

RN – Montanhas – Aguardando local | 8h

RN – Mossoró – Praça Arte da Terra até a Praça do Pax | 9h

RN – Natal – Midway | 15h

RN – Pureza – Comunidade de Olho D’água | 19h (Ato em 31/07)

RN – Pureza – Distrito de Cana Brava – Feira livre| 6h (Ação em 1/08)

RN – Pureza – Distrito de Bebida Velha | 9h (Ato em 01/08)

RN – Parnamirim – Praça Paz de Deus (Centro) | 9h

SE – Aracaju – Praça do Leite Neto (Av. Hermes Fontes/Palácio do Governo) | 14h

Centro Oeste

DF – Brasília – Museu Nacional | 15h

GO – Anápolis – Praça Americana do Brasil | 9h40

GO – Anápolis – Praça Dom Emanuel | 10h

GO – Aparecida de Goiânia – Carreata Terminal Veiga Jardim | 9h

GO – Cidade de Goiás – Carreata Praça do Chafariz | 9h30

GO – Catalão – Praça Getúlio Vargas | 9h

GO – Ipameri – Carreata Praça da COAB | 15h30

GO – Iporá – Lago Pôr do Sol | 9h

GO – Jataí – Centro Cultural Dom Benedito Dominos Cóscia | 8h30

GO – Goianésia – Avenida Ulisses Guimarães | 15h

GO – Goiânia – Praça do Trabalhador | 9h

MS – Aquidauana – Praça dos Estudantes | 9h

MS – Campo Grande – Praça do Rádio | 9h

MS – Corumbá – Praça Central | 9h

MS – Jardim – Praça do Encontro (Calçadão) | 9h30

MS – Ponta Porã – Minhocão (Antiga Praça Lício Borralho) | 8h

MS – Nova Andradina – Praça do Museu | 9h

MT – Barra do Garça – Praça Sebastião Jr. | 8h30

MT – Cuiabá- Carreata concentração na UFMT | 9h

MT – Cuiabá – ato na Praça Alencastro | 15h

MT – Juína – Praça da Bíblia | 17h30

MT – Rondonópolis – Parque Universitário em frente ao Senai | 15h

MT – Tangará da Serra – Rotatória do Cristo Redentor | 8h

Sudeste

ES – Colatina – Praça Sol Poente | 10h30

ES – Marataízes – Rotatória da Barra | 15h

ES – São Mateus – BR 101 Canteiro Central entrada do Bairro Vila Nova | 10h

ES – Vitória – Praça Jucutuquara (IFES de Vitória) | 14h

MG – Alfenas – Praça Getúlio Vargas | 9h

MG – Almenara – Praça do Bairro São Pedro | 8h30

MG – Araguari – Praça Farid Nader | 8h30

MG – Araxá – Estádio Fausto Alvim | 9h

MG – Barbacena – Praça do Rosário | 10h

MG – Belo Horizonte – Praça da Liberdade | 13h30

MG – Brumadinho – Av. Vigilato Braga esquina com Quintino Bocaiúva | 9h

MG – Betim – Viaduto Jacintão | 8h30

MG – Campo Belo – Pç dos Expedicionários | 10h

MG – Cataguases – Praça Catarina | 8h30

MG – Caxambu – Poliesportivo Jorge Cury | 8h30

MG – Conselheiro Lafaiete – Prefeitura | 13h

MG – Diamantina – Praça do Mercado Velho | 14h

MG – Divinópolis – Rua São Paulo | 9h

MG – Extrema – Praça Coronel Simeão (em frente à escola Odete Valadares) | 11h

MG – Governador Valadares – Praça do Emigrante (Shopping) | 9h

MG – Formiga – Praça Ferreira Pires | 10h

MG – Frutal – Concha acústica do Calçadão | 9h30

MG – Itabira – Rodoviária – 10h

MG – Itabirito – Prefeitura | 9h

MG – Itajubá – Praça Wenceslau Braz | 10h

MG – Itaúna – Praça da Matriz | 9h

MG – Jampruca – Igreja Católica | 9h

MG – Januária – Antigo depósito da Coca Cola | 8h

MG – Jequitinhonha – Banco do Brasil | 7h30

MG – Juiz de Fora – Parque Halfeld | 10h

MG – Lavras – Praça Dr. Augusto Silva | 10h

MG – Leopoldina – Praça General Osório | 10h

MG – Mariana – Centro de Convenções | 9h

MG – Montes Claros- Praça da Catedral | 9h

MG – Muriaé – Antiga Prefeitura | 11h30

MG – Nova Era – Rotatória da Rua Itabira com a MG – Gov. Valadares | 9h

MG – Nova Lima – Praça Bernardino de Lima | 10h

MG – Ouro Branco – Av. Mariza | 9h

MG – Ouro Preto – Alto da Cruz | 9h30

MG – Passos – Estação Cultura | 16h30

MG – Patos de Minas – Praça do Coreto | 09h

MG – Patrocínio – Praça Santa Luzia | 15h

MG – Pirapora – Praça Cariris | 9h30

MG – Poços de Caldas – Estação Cultura | 16h

MG – Poços de Caldas – Praça José Affonso Junqueira | 16h

MG – Ponte Nova – Praça Palmeiras | 9h

MG – Raposos – Praça da Estação | 19h

MG – Ribeirão da Neves – Praça de Neves | 9h30

MG – Santa Bárbara – Praça Leste de Minas | 10h

MG – Santos Dumont – Praça Cesário Alvim | 10h30

MG – São Sebastião do Paraíso – Casa da Cultura | 15h

MG – São João del Rei – Praça Matozinhos | 10h

MG – São Lourenço – Praça Brasil | 17h

MG – Serra do Cipó – Pracinha do Cipó | 10h

MG – Sete Lagoas – Praça Tiradentes | 9h

MG – Ribeirão da Neves – Praça de Neves | 9h30

MG – Timóteo – Fundação Aperam | 8h30

MG – Tiradentes – Em frente à Matriz | 9h

MG – Tumiritinga – Praça da Igreja Matriz | 9h

MG – Ubá – Praça Guido | 13h

MG – Uberaba – Praça Rui Barbosa | 10h30

MG – Uberlândia – Praça Ismene Mendes (Antiga Tubal Vilela) | 9h30

MG – Viçosa – 04 pilastras da UFV | 09h30

MG – Visconde do Rio Branco – Praça 28 de setembro | 10h

RJ – Angra dos Reis – Praça do Papão no Centro | 10h

RJ – Armação de Búzios – Praça da Escola Nicomedes (Em frente ao Porto da Barra) | 16h

RJ – Barra Mansa – Concentração em frente ao Bramil |10h30

RJ – Barra de São João – Praça As Primaveras | 10h

RJ – Barra do Piraí – Praça Nilo Peçanha | 9h

RJ – Búzios – Praça da Escola Nicomedes (Em frente ao Porto da Barra) | 16h

RJ – Cachoeiras de Macacu – Passeata Praça Duque de Caxias (Caixa Econômica) em direção à Prefeitura | 9h

RJ – Campos – Praça São Salvador | 10h

RJ – Macaé – Praça Veríssimo de Melo | 9h30

RJ – Magé – Praça Nilo Peçanha (Prefeitura) | 10h

RJ – Miguel Pereira – Em frente à Fornemat | 12h

RJ – Nova Friburgo – Praça Getúlio Vargas | 14h

RJ – Nova Iguaçu – Praça dos Direitos Humanos via Light | 10h

RJ – Nova Iguaçu – Praça Rui Barbosa (Em frente ao Banco do Brasil) | 15h30 (Ato em 23/07)

RJ – Paty dos Alferes – Praça do Fórum | 10h

RJ – Petrópolis – Praça da Inconfidência | 11h

RJ – Resende – Mercado Popular | 10h

RJ – Rio das Ostras – Carreata Escola Municipal Cidade Praiana | 8h

RJ – Rio das Ostras – Ato Praça Bangu | 10h

RJ – Rio de Janeiro – Monumento Zumbi | 10h

RJ – São Fidélis – Praça Guilherme Tito de Azevedo | 9h30

RJ – Teresópolis – Carreata na Praça do Sakura | 9h

RJ – Teresópolis – Caminhada Calçada da Fama | 9h

RJ – Três Rios – São Sebastião | 16h

RJ – Valença – Jardim de Cima | 9h30

RJ – Vassouras – Praça Eufrásia Teixeira Leite |10h

RJ – Volta Redonda – Praça do Cantinho (Embaixo do Viaduto perto do Auê House) Av. Amaral Peixoto | 9h30

SP – Americana – Praça Comendador Müller | 9h

SP – Araçatuba – Praça Ruy Barbosa | 10h

SP – Araraquara – Praça Santa Cruz | 10h

SP – Araraquara – Carreata com saída da Praça Scalamandré Sobrinho | 14h

SP – Arujá – Praça Dalila Barbosa | 10h30

SP – Avaré – Largo do Mercado | 10h

SP – Barueri – Ato no Boulevard de Barueri | 13h

SP – Bauru – Passeata Praça Rui Barbosa | 9h

SP – Botucatu – Emílio Pedutti | 15h

SP – Cajamar – Pontilhão da Jordanésia | 9h

SP – Campinas – Largo do Rosário | 10h

SP – Cananéia – Praça Martim A. de Souza | 15h

SP – Caraguatatuba – Praça Cândido Mota | 15h

SP – Carapicuíba – Cohab II, Feira da Av. Brasil com Escola Edgar de Moura Bitencourt | 10h

SP – Cotia – Praça Joaquim Nunes (ao lado do Cemitério) | 13h

SP – Cubatão – Parque Anilinas (em frente ao Banco do Brasil) | 9h

SP – Cunha – Praça do Rosário | 10h

SP – Diadema – Faixaço saída de frente do Sindema (Av. Antônio Piranga, 1156 – Centro) | 10h

SP – Fernandopolis – Praça da Matriz | 10h

SP – Franca – Carreata Parque Fernando Costa até o Terminal Central de De Integração | 10h

SP – Guaratinguetá – Praça Treze de Maio |10h

SP – Guarulhos – Praça Tereza Cristina | 13h

SP – Ibitinga – Praça João Abrão | 15h

SP – Ilha Bela – Praça da Mangueira | 15h

SP – Indaiatuba – Av. Francisco de Paula Leite em frente ao Portão 4 SESI | 14h

SP – Itanhaém – Calçadão da Praça Narciso Andrade | 10h

SP – Itapeva – Praça Anchieta | 10h30

SP – Itapetininga – Em frente à Prefeitura | 9h30

SP – Itaquaquecetuba – Praça Padre João Alvares – centro | 10h

SP – Itatiba – Praça da Bandeira | 10h

SP – Jacareí – Pátio dos Trilhos | 9h30

SP – Jaguariúna – Praça da Matriz | 10h

SP – Jandira – Ato na Estação de Trem de Jandira | 10h

SP – Jundiaí – Em frente à Câmara Municipal | 9h30

SP – Hortolândia – Praça São Francisco de Assis, em frente a igreja matriz da Vila Real | 18h30 (ato em 23/07)

SP – Hortolândia – Em frente à delegacia (Pq dos Pinheiros) | 9h

SP – Leme – Praça Maria Joaquina Av. 29 de agosto, 27 | 10h

SP – Lençois Paulista – Concha Acústica |15h

SP – Limeira – Praça Toledo de Barros | 10h

SP – Lorena – Praça Arnolfo Azevedo | 9h

SP – Mairiporã – Praça do Rosário | 10h

SP – Marília – Bicicletada – Praça da Emdurb | 9h

SP – Marília – Na ilha da Galeria Atenas | 10h

SP – Mogi das Cruzes – Largo do Rosário | 9h30

SP – Osasco – Largo de Osasco em frente à Estação CPTM | 12h30

SP – Paulínia – Av. José Paulino (em frente a Igreja São Bento) | 9h

SP – Peruibe – Praça Flórida (ao lado do Mc Donald’s) – 10h

SP – Pindamonhangaba – Praça 7 de Setembro (Com arrecadação de alimentos e agasalhos) | 9h

SP – Piracaia – Praça do Rosário | 15h

SP – Piracicaba – TCI Terminal Central de Integração | 10h

SP – Piraju – Praça Ataliba Leonel | 15h

SP – Praia Grande – Pça Dr. Roberto Andraus – OCIAN | 10h

SP – Presidente Prudente – Ato em frente ao antigo Procon (Rua Júlio Tiezzi) | 9h30

SP – Registro – Praça dos Expedicionários | 15h

SP – Ribeirão Pires – Ato de esquenta pra Paulista entre a estação e a Rodoviária | 13h

SP – Ribeirão Preto – Esplanada Teatro Pedro II | 9h

SP – Rio Claro – Praça Dalva de Oliveira | 15h

SP – Salto – Praça XV | 9h30

SP – Santos – Ato Unificado Baixada Santista Pça Independência | 16h

SP – São Bernardo – Praça da Matriz | 10h

SP – São Sebastião – Em frente ao Santander (*Aguardando Infos)

SP – São Carlos – Mercadão | 10h

SP – São José do Rio Preto – Avenida Andaló (em frente à Prefeitura) | 15h

SP – São José dos Campos – Praça Afonso Pena | 9h

SP – São Luiz do Paraitinga – Carreata saindo do Bairro do Orris | 15h

SP – São Paulo – Masp | 15h

SP – São Roque – Largo dos Mendes | 10h

SP – Serra Negra – Carreata com saída na Casco de Ouro | 13h30

SP – Sorocaba – Praça Coronel Fernando Prestes (Catedral) | 10h

SP – Sumaré – Av. Júlia Vasconcelos Bufarah, rua da estação de trem | 17h (ato em 23/07)

SP – Suzano – Rua Emília Barradas Simões, 33 – Cidade Miguel Badra (próximo ao mercado Pacheco) | 10h

SP – Taubaté – Av. do Povo (Bolsão – com arrecadação de alimentos e roupas) | 9h

SP – Ubatuba -Estátua do Caiçara- Trevo | 16h

SP – Valinhos – Prefeitura | 8h

SP – Vinhedo – Praça Sant´Anna |10h30

SP – Votuporanga – Concha Acústica |10h

Sul

PR – Antonina – Rua XV de Novembro (próximo a Rodoviária) | 10h

PR – Apucarana – Av. Curitiba | 10h

PR – Cascavel – Em frente a Catedral | 14h30

PR – Curitiba – Praça Santos Andrade | 14h

PR – Dois Vizinhos – Praça Ari Muller |16h

PR – Francisco Beltrão – Praça Central | 9h

PR – Foz do Iguaçu – Praça da Paz | 11h

PR – Guarapuava – Praça Cleve |10h30

PR – Iporã – Lago Pôr do Sol | 9h

PR – Irati – Parque Aquático | 15h

PR – Londrina – Teatro Ouro Verde | 15h

PR – Maringá – Praça Raposo Tavares | 14h

PR – Matinhos – Ato na Rotatória (com arrecadação de alimentos) | 14h

PR – Paranaguá – Praça dos Leões (Centro) | 14h

PR – Pato Branco- Praça da Matriz | 14h

PR – Pinhais – Prefeitura | 15h

PR – Ponta Grossa – Praça Barão de Guaraúna | 15h

PR – Pontal do Paraná – carreata Pontal do Sul em direção à praia de leste | 10h

PR – Toledo- Jardim Copagro | 10h

PR – Umuarama – Praça Arthur Thomas | 15h

SC – Araranguá – Relógio do Sol | 10h

SC – Balneário Camboriú – Ato Regional – Praça Almirante Tamandaré | 15h

SC – Blumenau – Praça Dr. Blumenau | 15h

SC – Brusque – Ponte Estaiada | 10h

SC – Concórdia – Esquina da Dr. Maruri com calçadão – 15h

SC – Criciúma – Rua da Arquibancada (ao lado do Parque das Nações) | 9h30

SC – Chapecó – Em frente à Catedral | 14h

SC – Corcórdia – Esquina Dr Maruri com Calçadão | 15h

SC – Florianópolis – Largo da Alfândega | 13h

SC – Garopaba – R. Álvaro E dos Santos | 15h

SC – Jaraguá do Sul – Praça Ângelo Piazera | 9h

SC – Joinville – Praça da Bandeira | 9h30

SC – Lages – Praça João Costa (Calçadão) | 10h

SC – Laguna – Cais do Porto | 9h30

SC – Lebon Régis – Trevo da entrada da cidade | 10h

SC – Mafra – em frente aos Correios | 17h30

SC – Rio do Sul – Praça da Catedral | 9h30

SC – São Francisco do Sul – em frente à Igreja Matriz | 14h30

SC – São Miguel do Oeste – Trevo de acesso a Maravilha |10h

SC – Tubarão – Praça da Igreja (Matriz das Oficinas) | 14h

SC – União da Vitória – Praça Coronel Amazonas | 15h

RS – Alegrete – Praça Nova | 14h30

RS – Alvorada – Parada 43 | 9h

RS – Arroio do Sal – Calçadão| 15h

RS – Bagé – Praça do Coreto | 14h30

RS – Balneário Pinhal – Praça Cidadão | 10h

RS – Bento Gonçalves – Praça Vico Barbieri | 9h30

RS – Caçapava do Sul – Praça do Noca | 14h

RS – Cachoeira do Sul – Praça José Bonifácio | 14h

RS – Cachoeirinha – em frente à Caixa Econômica Federal | 10h

RS – Camaquã – Esquina Democrática | 9h

RS – Campo Bom – Praça João Blos | 10h

RS – Canela – Parque do Palácio | 15h30

RS – Canoas – Praça do Avião | 10h

RS – Capão da Canoa – em frente à Caixa Econômica Federal | 14h

RS – Carazinho – Praça Albino Hilebrand | 10h

RS – Caxias do Sul – Praça das Feiras | 13h30

RS – Cruz Alta – em frente à Câmara Municipal | 10h

RS – Encruzilhada do Sul – Panfletagem centro da cidade | 10h

RS – Frederico Westphalen – Praça da Matriz | 9h30

RS – Garibaldi – Esquina da Buarque com a Independência | 9h30

RS – Gravataí – em frente à Prefeitura | 10h

RS – Guaíba – em frente à Prefeitura | 10h

RS – Ibirubá – Monumento ao Imigrante | 15h

RS – Igrejinha – em frente à Prefeitura | 9h

RS – Ijuí – Praça da República | 10h

RS – Imbé – Ponte Giuseppe Garibaldi | 14h

RS – Jaguarão – Pista de Skate, ao lado do ginásio Ferrujão | 14h

RS – Lajeado – Parque dos Dick | 15h

RS – Montenegro – Praça dos Ferroviários | 10h

RS – Novo Hamburgo – Praça do Imigrante (Centro) | 10h

RS – Osório – Rua Marechal Floriano ao lado da Igreja |10h

RS – Palmeira das Missões – Largo Alfredo Westphalen | 9h

RS – Passo Fundo – Praça da Mãe | 15h

RS – Pelotas – Caminhada Mercado Público | 10h30

RS – Porto Alegre – Largo Glênio Peres | 15h

RS – Rio Grande – Largo Dr. Pio | 11h

RS – Rosário do Sul – João Brasil esq. Barão do Rio Branco Z 10h

RS – Santa Cruz do Sul – Praça da Bandeira | 15h

RS – Santa Maria – Praça Saldanha Marinho | 13h30

RS – Santa Vitória do Palmar – Esquina do Correio | 14h

RS – Santana do Livramento – Parque Internacional | 10h

RS – Santa Rosa – Praça 10 de Agosto – Drive Thru Solidário | 11h

RS – Santiago – Esquina Democrática | 10h

RS – Santo Ângelo – Praça da Redemaq – carreata | 15h

RS – Santo Antônio da Patrulha – Praça da Boa Viagem | 9h30

RS – São Borja – Praça XV | 15h

RS – São Francisco de Paula – em frente ao Banrisul na RS – Avenida Julio de Castilhos | 10h

RS – São Leopoldo – Estação São Leopoldo (Trensurb) | 14h

RS – Sapucaia do Sul – Calçadão | 13h

RS – Torres – Praça XV | 15h

RS – Três Passos – BR 468, Trevo de acesso à Tiradentes do Sul | 15h

RS – Uruguaiana – Parcão | 14h

RS – Venâncio Aires – Serfest – carreata | 9h15

RS – Viamão – Santa Isabel – Av. Walter Jobim | 10h

Atos no Exterior

Alemanha – Frankfurt – Römerberg | 16h (horário local)

Alemanha – Munique – Odeonsplatz | 16h às 17h30 (horário local)

Alemanha – Berlim – Parizer Platz | 10h20 (horário local)

Alemanha – Colônia – Am Heumarkt | 15h30 (horário local)

Alemanha – Freiburg im Breisgau – Augustinerplatz Ato e show musical | das 13h às 16h (horário local).

Áustria – Viena – Stephansplatz | 11h ( horário local)

Bélgica – Bruxelas – Rond-Point Robert Schulman|15h ( horário local)

Canadá – Québec, Parlement – Assemblée Nationale du Québec | 10h (horário local)

Canadá – Montreal – Monument à George-Étienne Cartier | 15h (horário local)

Canadá – Toronto – City Hall| | 15h (horário local)

Canadá – Vancouver – Vancouver Art Gallery North Plaza | 13h30 (horário local

Espanha – Barcelona – Font de Canalets (La Rambla) | 19h (horário local)

Espanha – Salamanca – Plaza Mayor | 12h

EUA – Boston – Estação de metrô Park St.| 13h (horário local)

EUA – Nova York – Union Square | 16h (horário local)

EUA – Los Angeles – Los Angeles- CA – Grand Park (lado do playground) | 11h (horário local)

EUA – Newark – Ferry St&Wilson St – Ironbound|12h (horário local)

EUA – Peer de Deerfield Beach – FL| 13h (Ato em 25/07) (horário local)

EUA – Washington DC – National Mall – 3rd St &Madison Dr NW | 10h (horário local)

França – Paris – Place de la République| 17h (horário local)

Holanda – Haia – Plein (ao lado do Binnenhof) | 16h (horário local)

Irlanda – Dublin – Iveagh Gardens | 9h30h (horário local)

Irlanda – Cork – Grand Parade in front of the Library | 14h (horário local)

Italia – Bologna – Parco Cevenini Via Biancolelli, 45 Borgo Panigole | 20h (horário local)

México – Cidade do México – Plaza Central – Zócalo| | 17h (horário local)

Portugal – Lisboa – Rossio (Praça D. Pedro IV) | 18h (horário local)

Portugal – Braga – Praça da República (frente ao chafariz) | 18h

Portugal – Coimbra – Praça 8 de Maio, 3000-300 | 12h30 (horário local)

Portugal – Porto – Centro Português de Fotografia | 16h30 (horário local)

Portugal – Porto – Av dos Aliados | 18h (horário local)

Portugal – Vila Real – Largo do Pelourinho | 17h (horário local)

Portugal – Vila Real – Largo do Pelourinho | 17h (horário local)

Inglaterra – Londres – Embaixada Brasileira | 13h (horário local)

Inglaterra – Londres – Parliament Square (estátua de Nelson Mandela) na marcha “Reclaim Pride” | 13h (horário local)

Inglaterra – Londres – na Embaixada do Brasil em Londres (14-16 Cockspur street SW1Y 5BL) | 15h (horário local)

República Tcheca – Praga – Václavské Náměstí | 14h (horário local)

Suíça – Genebra – Perle du Lac | 16h30 (horário local)

Suíça – Zürich – Helvetiaplaz | 14h (horário local)

*Com informações do Brasil de Fato

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Política

Brasil, Haiti, Cuba e as garras dos EUA na América Latina

“A América Latina está no centro da disputa geopolítica que os EUA travam com Rússia e, principalmente, com a China, por isso a intensificação do ativismo imperial para derrubar governos e mudar regimes”, escreve Jeferson Miola.

A influência crescente da China na América Latina em vários âmbitos – comercial, financeiro, político, econômico, tecnológico e de investimentos – desatou reações vigorosas do establishment estadunidense com o objetivo de recompor sua debilitada hegemonia hemisférica. Trata-se da conhecida Doutrina Monroe, do ano 1823 do século 19: “A América para os Americanos”.

Após as tentativas fracassadas de mudança de regime na Venezuela nos primeiros anos deste século 21, os EUA então multiplicaram o cardápio de novos mecanismos e dispositivos para interferir, desestabilizar e golpear governos progressistas, considerados hostis e desafiadores aos seus interesses históricos e estratégicos.

As clássicas quarteladas do século 20 deram lugar a golpismos de novo tipo. Manipulação de redes sociais, infiltração de mercenários, financiamento de ONGs e oposições mercenárias, retórica anticorrupção, sanções ilegais, guerra informacional e ajuda financeira a governos vassalos compõem o diversificado cardápio para a desestabilização de democracias e derrubada de governos constitucionais.

A corrupção de juízes, procuradores, policiais, parlamentares, mídia e “formadores de opinião” para perseguir e aniquilar inimigos [lawfare], além disso, foi largamente empregada em vários países da região para recobrir com “verniz institucional” processos de violação das democracias. Argentina, Brasil, Equador, Peru e Venezuela foram os alvos mais notórios desta estratégia jurídico-midiática-empresarial-militar e parlamentar.

Na Venezuela, contudo, a retórica da guerra fria, de invasão bélica e ameaça da guerra civil continua sendo reiteradamente repetida pelos EUA e governos vassalos na região, principalmente Colômbia e Brasil. Mas, de modo geral, se observa que os estratagemas para a recolonização hemisférica passaram a ser mais elaborados, como se observa no inventário parcial da atuação – por vezes nem tão oculta – dos EUA nos últimos anos:

– 2008: governo boliviano acusou os EUA de patrocinarem conflito separatista no departamento de Santa Cruz de La Sierra [Meia Lua]. Líderes da extrema-direita boliviana reuniram-se diversas vezes na embaixada dos EUA para planejar o plano de secessão;

– 2009: golpe em Honduras com a destituição, prisão e exílio ilegal do presidente Manuel Zelaya;

– 2012: golpe no Paraguai, com o impeachment sumário perpetrado em menos de 72 horas sem causa, sem processo e sem direito à defesa do presidente Fernando Lugo;

– 2012: criação da Aliança do Pacífico com governos vassalos para debilitar papel da UNASUL e CELAC;

– 2013: espionagem da presidente Dilma e da PETROBRÁS que pode estar relacionada com os preparativos da Lava Jato;

– 2013: cursos dos Departamentos de Justiça e de Estado e agências de inteligência dos EUA para procuradores, juízes, políticos, policiais federais e oficiais das Forças Armadas;

– 2013: “primavera brasileira” com as jornadas de junho e processos de desestabilização;

– 2013: avião presidencial de Evo Morales foi obrigado a fazer pouso de emergência em Viena depois dos EUA obrigarem países europeus a proibirem pouso técnico para reabastecimento em viagem de regresso de Evo da Rússia, colocando a vida do presidente em risco. Motivo: suspeitavam que Evo trazia Edward Snowden para conceder-lhe exílio na Bolívia;

– 2013: diplomata tucano Eduardo Saboia, encarregado de negócios da embaixada do Brasil em La Paz arquitetou e executou pessoalmente a fuga do senador oposicionista Roger Pinto, condenado criminalmente pela justiça da Bolívia [como prêmio, o diplomata tucano tornou-se chefe de gabinete de Aloysio Nunes no Itamaraty no governo golpista e ilegítimo de Temer];

– 2015/2016: derrubada da presidente Dilma. Em 18 de abril de 2016, dia seguinte à aprovação da fraude do impeachment na Câmara, o senador tucano Aloysio Nunes viajou a Washington para 3 dias de encontros com altas autoridades estadunidenses;

– 2017: formação do Grupo de Lima com governos vassalos para avançar plano de atacar a Venezuela;

– 2018: governos vassalos dos EUA abandonam a UNASUL, organismo pelo qual os países da região equacionavam conflitos regionais pacificamente e sem interferência da OEA, organismo totalmente teleguiado por Washington;

– 2018: esvaziamento da CELAC, organismo que congrega todos os países do hemisfério americano e que deixa de fora apenas EUA e Canadá [espécie de OEA sem EUA e Canadá];

– 2018: pressão dos EUA para FMI conceder empréstimo eleitoral de US$ 57 bilhões ao governo Macri, da Argentina, para impedir a eleição do peronismo [Alberto e Cristina] ao governo;

– 2019: designação de Juan Guaidó como “presidente autoproclamado” [sic] da Venezuela;

– 2019: simulacro de ajuda humanitária para invadir a Venezuela com apoio dos governos Bolsonaro e Ivan Duque;

– 2019: Luís Almagro, da OEA, falsificou informes para anular eleição legítima de Evo Morales e justificar o golpe perpetrado pela extrema-direita boliviana com o apoio material, político e diplomático dos governos Macri/Argentina, e Bolsonaro/Brasil;

– 2020: enfraquecimento do MERCOSUL por meio do acordo com a União Européia e tentativas de flexibilização da Tarifa Externa Comum do Bloco;

– 2020: agentes e apoiadores do governo brasileiro seguem caminho de Olavo de Carvalho e refugiam-se nos EUA – irmãos Weintraub, blogueiro Allan dos Santos, empresário cloroquiner Carlos Wizard, juiz-ladrão Sérgio Moro, etc;

– 2021: viagem da vice-presidente dos EUA à América Central para difundir o eixo de ação dos EUA de “combate à corrupção” para a região [sic];

– 2021: presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou que o comandante do Comando Sul dos Estados Unidos Craig Faller e o diretor da CIA William Burns visitaram Colômbia e Brasil com objetivo de preparar plano para assassiná-lo;

– 2021: diretor da CIA se reuniu no Brasil com o chefe da ABIN, generais do governo militar e com Bolsonaro.

No último 7 de julho o presidente do Haiti Jovenel Moïse foi assassinado por mercenários de nacionalidade colombiana e estadunidense.

E, para completar este inventário provisório, destacam-se ainda os estranhos protestos “patrióticos” que espocaram em Cuba neste domingo, 11 de julho. Neles, “patriotas” usavam máscaras faciais estampadas com a bandeira dos EUA, também agitadas nos protestos.

Os EUA agravaram o bloqueio ilegal a Cuba para asfixiar o país e causar o caos social que anima reações contrarrevolucionárias como as que estão em curso.

A América Latina está no centro da disputa geopolítica que os EUA travam com Rússia e, principalmente, com a China, por isso a intensificação do ativismo imperial para derrubar governos e mudar regimes.

A política externa do establishment estadunidense é bipartidária. Ou seja, é a política externa que tanto o Partido Democrata como o Partido Republicano executam para a concretização do projeto de dominação imperial no mundo, como se observa neste resumido inventário que cobre episódios ocorridos na América Latina durante os governos Bush, Obama, Trump e Biden.

São gritantes as marcas das garras dos EUA sobre a América Latina.

*Jeferson Miola/247

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Política

New York Times: Assolado pela Covid, o Brasil enfrenta uma epidemia de fome

Dezenas de milhões de brasileiros enfrentam fome ou insegurança alimentar à medida que a crise Covid-19 do país se arrasta, matando milhares de pessoas todos os dias.

Adolescentes magros como uma vara seguram cartazes em pontos de trânsito com a palavra fome – fome – em letras grandes. As crianças, muitas das quais estão fora da escola há mais de um ano, mendigam por comida em supermercados e restaurantes. Famílias inteiras se amontoam em acampamentos frágeis nas calçadas, pedindo leite em pó para bebês, biscoitos, qualquer coisa.

Um ano após o início da pandemia, milhões de brasileiros estão passando fome.

As cenas, que proliferaram nos últimos meses nas ruas do Brasil, são uma prova cabal de que a aposta do presidente Jair Bolsonaro de que poderia proteger a economia do país resistindo às políticas de saúde pública destinadas a conter o vírus falhou.

Desde o início do surto, o presidente do Brasil se mostrou cético quanto ao impacto da doença e desprezou a orientação de especialistas em saúde, argumentando que os danos econômicos causados ​​pelos bloqueios, fechamentos de empresas e restrições de mobilidade por eles recomendados seriam uma ameaça maior do que a pandemia para a fraca economia do país.

Essa troca levou a um dos maiores índices de mortalidade do mundo, mas também fracassou em seu objetivo – manter o país à tona.

O vírus está se espalhando pelo tecido social, batendo recordes dolorosos, enquanto o agravamento da crise de saúde leva as empresas à falência, matando empregos e prejudicando ainda mais uma economia que cresceu pouco ou nada por mais de seis anos.

No ano passado, os pagamentos emergenciais em dinheiro do governo ajudaram a colocar comida na mesa para milhões de brasileiros – mas quando o dinheiro foi reduzido drasticamente neste ano, com uma crise da dívida se aproximando, muitas despensas ficaram vazias.

Cerca de 19 milhões de pessoas passaram fome no ano passado – quase o dobro dos 10 milhões que passaram em 2018, o ano mais recente para o qual havia dados disponíveis, de acordo com o governo brasileiro e um estudo de privação durante a pandemia por uma rede de Pesquisadores brasileiros focaram no assunto.

E cerca de 117 milhões de pessoas, ou cerca de 55% da população do país, enfrentaram insegurança alimentar, com acesso incerto a nutrição suficiente, em 2020 – um salto em relação aos 85 milhões que o fizeram dois anos antes, mostrou o estudo.

“A forma como o governo lidou com o vírus aumentou a pobreza e a desigualdade”, disse Douglas Belchior, fundador da UNEafro Brasil, uma das várias organizações que se uniram para arrecadar dinheiro para levar cestas básicas a comunidades vulneráveis. “A fome é um problema sério e intratável no Brasil.”

Luana de Souza, 32, foi uma das várias mães que fizeram fila do lado de fora de uma despensa improvisada em uma tarde recente na esperança de ganhar um saco com feijão, arroz e óleo de cozinha. Seu marido havia trabalhado para uma empresa que organizava eventos, mas perdeu o emprego no ano passado – uma das oito milhões de pessoas que se juntaram à lista de desempregados do Brasil durante a pandemia, elevando a taxa acima de 14%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

No início, a família conseguiu gastar a ajuda do governo com cuidado, disse ela, mas este ano, uma vez que os pagamentos foram cortados, eles tiveram dificuldades.

“Não há trabalho”, disse ela. “E as contas continuam chegando.”

A economia do Brasil entrou em recessão em 2014 e não havia se recuperado quando a pandemia o atingiu. Bolsonaro costumava invocar a realidade de famílias como a de Souza, que não podem se dar ao luxo de ficar em casa sem trabalhar.

No ano passado, quando governadores e prefeitos de todo o Brasil assinaram decretos fechando negócios não essenciais e restringindo a mobilidade, Bolsonaro chamou essas medidas de “extremas” e alertou que elas resultariam em desnutrição.

O presidente também descartou a ameaça do vírus, semeou dúvidas sobre as vacinas, que seu governo demorou a obter, e muitas vezes incentivou multidões de apoiadores em eventos políticos.

Uma segunda onda de casos este ano levou ao colapso do sistema de saúde em várias cidades, as autoridades locais novamente impuseram uma série de medidas rígidas – e se viram em guerra com Bolsonaro.

“As pessoas têm que ter liberdade, o direito ao trabalho”, disse ele no mês passado, chamando as novas medidas de quarentena impostas pelos governos locais equivalentes a viver em uma “ditadura”.

No início deste mês, como o número de mortes diárias causadas pelo vírus às vezes ultrapassava 4.000, Bolsonaro reconheceu a gravidade da crise humanitária que seu país enfrenta. Mas ele não assumiu nenhuma responsabilidade e, em vez disso, culpou as autoridades locais.

“O Brasil está no limite”, disse ele, argumentando que a culpa é de “quem fechou tudo”.

Mas os economistas disseram que o argumento de que as restrições destinadas a controlar o vírus agravariam a crise econômica do Brasil era “um falso dilema”.

Em carta aberta dirigida às autoridades brasileiras no final de março, mais de 1.500 economistas e empresários pediram ao governo a imposição de medidas mais rígidas, incluindo lockdown.

“Não é razoável esperar que a atividade econômica se recupere de uma epidemia descontrolada”, escreveram os especialistas.

A economista Laura Carvalho publicou um estudo mostrando que as restrições podem ter um impacto negativo de curto prazo na saúde financeira de um país, mas que, no longo prazo, teria sido uma estratégia melhor.

“Se o Bolsonaro tivesse implementado medidas de bloqueio, teríamos saído mais cedo da crise econômica”, disse Carvalho, professora da Universidade de São Paulo.

A abordagem de Bolsonaro teve um efeito amplamente desestabilizador, disse Thomas Conti, professor do Insper, uma escola de negócios.

“O real brasileiro foi a moeda mais desvalorizada entre todos os países em desenvolvimento”, disse Conti. “Estamos em um nível alarmante de desemprego, não há previsibilidade para o futuro do país, regras orçamentárias estão sendo violadas e a inflação cresce sem parar”.

*New York Times

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Saúde

Hospitalização de adultos jovens por Covid-19 sobe mais de 500% no Brasil, diz Fiocruz

Na faixa de 40 a 49 anos, salto entre janeiro e março foi de 626%, passando de 626 internados para 4.548.

A pandemia do novo coronavírus rejuvenesceu no Brasil, e os dados são alarmantes: enquanto o aumento geral de casos foi de 316,68% entre o começo do ano e meados de março, ele saltou mais de 500% em faixas etárias de adultos mais jovens. As mortes, em consequência, também deram um salto.

Os dados são do Boletim Observatório Fiocruz Covid-19, finalizado nesta sexta (26). Ele mostra que a concentração de casos nas idades mais avançadas tem diminuído, com um deslocamento para idades mais jovens.​

Na faixa etária dos 30 aos 39 anos, o aumento foi de 565,08% entre a primeira semana epidemiológica do ano, que vai de 3 a 9 de janeiro (440 hospitalizações) e a 10a semana epidemiológica, que vai de 7 a 13 de março (2.923 hospitalizações).

Entre os que têm de de 40 a 49 anos, o salto foi de 626%. Foram 626 pessoas internadas dessa faixa etária na primeira semana de janeiro, contra 4.548 na semana de meados de março.

Entre aqueles que têm entre 50 e 59 anos, o aumento chegou a 525,93% (saltou de 898 para 5.620 internações nas semanas estudadas).

Na faixa etária de 20 a 29 anos, o salto foi menor, mas também significativo: na primeira semana de janeiro, 302 pessoas estavam hospitalizadas, contra 1.074 na semana de março –um aumento de 255%.

Já as mortes tiveram um salto menor nas mesmas faixas etárias, ainda que ele seja expressivo: de 352,62% entre os que tem de 30 a 39 anos, 419,23% entre os que tem de 40 a 49 anos, e de 317,08% entre os que tem de 50 a 59 anos.

Os dados foram coletados no SivepGripe da Fiocruz, que registra as Síndromes Respiratórias Agudas Graves no Brasil. E foram analisados por uma equipe de nove pesquisadores coordenados por Carlos Machado, especialista em saúde pública com enfoque na área de emergências e desastres..

Eles chamam a atenção para o deslocamento da incidência para as faixas mais jovens e a manutenção da mortalidade concentrada nas faixas mais velhas. Dizem que a mudança ainda é inicial, mas contribui para o cenário crítico da ocupação de leitos hospitalares. Por se tratar de uma população com menos comorbidades, é mais lenta a evolução dos casos graves e fatais, e a permanência em leitos de UTI é maior.

Com os leitos ocupados por mais tempo, os problemas de lotação nas unidades de terapia intensiva se agravam.

No mesmo boletim, os pesquisadores apontam que o país se encontra em uma situação de colapso do sistema de saúde. E defendem a adoção do que chamam de “medidas em dois grupos conectados”.

No primeiro grupo, dizem, estão “as medidas urgentes, que envolvem a contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos através de medidas de bloqueio ou lockdown (pé no freio), acompanhadas de respostas na ampliação da oferta de leitos com qualidade e segurança, bem como prevenção do desabastecimento de medicamentos e insumos. No segundo grupo, as medidas de mitigação, com o objetivo reduzir a velocidade da propagação (redução da velocidade”.

Eles reforça que as medidas devem ser combinadas em diferentes momentos, a depender da evolução da epidemia até que se tenha 70% da população brasileira vacinada.

A nova edição do boletim alerta ainda que “desde o início da pandemia os estudos científicos apontaram a necessidade de vacinação da maior parte da população, em combinação com a adoção de medidas não-farmacológicas prolongadas, envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos, com ações intermitentes de bloqueio (lockdown) com restrição da circulação e de todos os serviços não-essenciais quando as capacidades de cuidados intensivos fossem excedidas”.

Os pesquisadores afirmam ainda que o “ritmo lento em que se encontra a vacinação contribuí para prolongar a duração da pandemia e da adoção intermitente de medidas de contenção e mitigação”.

A equipe coordenada por Carlos Machado é integrada por Christovam Barcellos, Daniel Antunes Maciel Villela, Gustavo Corrêa Matta, Lenice Costa Reis, Margareth Crisóstomo Portela, Diego Ricardo Xavier, Raphael Guimarães, Raphael de Freitas Saldanha, Isadora Vida Mefano.

*Mônica Bergamo/Folha

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Política

“Cemitério do mundo”, Brasil vê o enterro do que restava de sua reputação

“Lamentamos muito”. “Como está tua família?”. “Quanto tempo falta para a próxima eleição?”.

Entrar hoje sede da ONU, em Genebra, na condição de brasileiro é se deparar com comentários indignados, gestos sinceros de solidariedade, questionamentos e um certo grau de desconfiança vindos de todos os níveis. Do mais alto escalão de diplomatas aos funcionários mais modestos.

Nesta quinta-feira, os dados da pandemia no mundo divulgados no site da OMS dão uma dimensão da crise brasileira. No período de 24 horas considerado até o meio-dia, o mapa apresentava o Brasil com 2.841 óbitos.

O número é o equivalente a todas as mortes somadas nos seis países seguintes no ranking da agência de Saúde.

No mesmo período, morreram 993 pessoas nos EUA, 460 na Rússia, 431 na Itália, 356 na Polônia, 267 na Ucrânia e 236 na França. No total, o Brasil correspondeu a quase 30% de todas as vítimas fatais pela covid-19 no mundo nessas 24 horas. Em termos de novas contaminações, também somos líderes.

Mas muito além dos números, o Brasil lidera acima de tudo no critério da falta de rumo. Entre diplomatas e negociadores estrangeiros, se desfaz em alta velocidade o que restava de uma reputação já abalada do país.

A percepção é de que vírus poderia ser inevitável. Mas não a dimensão da destruição que ele está causando no país. “E, nesse aspecto, a responsabilidade é diretamente do presidente (Jair Bolsonaro), que se recusou a assumir a tarefa de proteger seu povo”, comenta um interlocutor nas Nações Unidas.

Questionei um membro do alto escalão da OMS se não era o caso de ampliar a ajuda internacional ao Brasil. A resposta foi reveladora. “Estamos fazendo o que podemos. Mas a falta de uma coordenação nacional e mensagens que contradizem nossas recomendações não ajudam”.

O próprio diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, admitiu há poucos dias sua surpresa diante do colapso do sistema de saúde do Brasil. “Não era o que esperávamos”, disse.

Num tom indignado, o garçom responsável por servir café no único bar aberto da ONU nesses dias me lançou uma pergunta por sobre o balcão: “vocês não vão reagir não?”

Não faltam ainda os momentos em que afloram os velhos e insistentes traços da xenofobia de uma certa camada da população europeia. “Um caos desse já era de se esperar quando o vírus chegasse a um local como o Brasil”, comentou um dos responsáveis pela área de tecnologia no prédio da ONU.

Dentro de mim, um só pensamento surgiu ao ouvir essa frase: “com que moral agora vou rebater a tal comentário?”. Hoje, constato que, para o mundo, meu país é uma mistura de um sinônimo de morte, incompetência, fundamentalismo religioso, deboche internacional e negacionismo.

Desesperadora, a situação brasileira começa a ser é alvo de um debate internacional, inclusive no sentido de avaliar algum tipo de resgate. Não por simpatia ao presidente Bolsonaro. Mas por uma constatação da comunidade estrangeira de que o país representa uma ameaça sanitária. “O que ocorre no Brasil importa”, disse Mike Ryan, diretor de operações da OMS.

Ao final desta quinta-feira, ao deixar a sede da ONU em Genebra, encontrei um velho amigo por um dos corredores semi-vazios do prédio.

“O Brasil parece ser hoje o cemitério do mundo”, lamentou o embaixador estrangeiro. Vendo minha reação claramente emocionada, ele completou com um comentário ainda mais dolorido: “Gostaria de te dar um abraço. Mas você esteve no Brasil recentemente?”

*Jamil Chade/Uol

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Saúde

Brasil soma 15% de novos casos da covid-19 no mundo e assusta cientistas

O Brasil assumiu a liderança mundial em novas contaminações pela covid-19, superando os EUA, e assusta cientistas estrangeiros e instituições internacionais. Dados compilados pelo Centro Europeu de Controle de Doenças apontam que, hoje, o país tem a maior intensidade de transmissão, com um recorde de infecções.

Se o número global de infectados desde janeiro de 2020 ainda coloca os EUA na primeira posição mundial com 29 milhões de casos, os técnicos europeus alertam que uma avaliação mais precisa do atual estágio da pandemia apenas pode ser feito se forem considerados os últimos 14 dias.

O período é determinado com base na incubação do vírus. Saber onde ocorreram as contaminações nessas duas semanas, de acordo com os pesquisadores, é saber onde está a crise hoje no mundo.

Neste período, o mundo registrou 5,4 milhões de novos casos da covid-19. 858 mil deles, porém, ocorreram apenas no Brasil, 15% do total. A população brasileira, porém, representa apenas 2,7% do planeta.

Nos EUA, foram 798 mil novos contaminados em 14 dias. A França também viveu uma alta. Mas atingiu apenas 300 mil novos casos, contra 258 mil na Itália, 223 mil na Índia e 114 mil na Alemanha.

Tanto entre pesquisadores europeus como no caso da OMS, o foco é o de saber se essa explosão de novas infecções no país deve ser explicada pela maior transmissibilidade da mutação P1 do vírus, ou se a onda está relacionada com o comportamento da sociedade e do governo no Brasil.

O documento semanal da OMS sobre a pandemia também deixa claro que a situação da variante do vírus identificado no Brasil preocupa. A agência confirma que a mutação é mais transmissível e pode evadir entre 25% e 61% da imunidade oferecida por uma infecção com o vírus original da covid-19. Isso, segundo a OMS, torna as pessoas mais vulneráveis a uma reinfecção. Além disso, a agência indica que estudos mostram que a variante é entre 1,1 e 1,8 mais letal.

O temor é de que, com uma vacinação lenta no país, um espaço amplo seja deixado para que a variante passe a ser dominante em todo o Brasil. Além disso, o risco é de que, com ampla circulação, novas mutações ocorram.

Pelo atual ritmo de produção e de compra de vacinas, o Brasil apenas conseguirá uma imunidade de rebanho com o imunizante em abril de 2022, oito meses depois de EUA e outros países ricos.

Nos bastidores, se a OMS acreditava que 2021 seria um ano para virar uma página na história da doença, a pandemia ganhou um novo centro: o Brasil, incapaz de controlar a doença e nem de chegar a um consenso nacional para enfrentar a crise.

Dados da agência sobre a situação global entre os dias 1 e 7 de março apontam, por exemplo, que o cenário brasileiro é o que mais preocupa hoje a entidade.

Enquanto houve uma queda de 6% em mortes pela covid-19 no mundo no período avaliado, o que se registrou no Brasil foi um salto de 23%. Foram 60 mil óbitos registrados no mundo, contra 9,9 mil no Brasil. Um dia depois dessa avaliação, o país batia um novo recorde, com 2,2 mil novas mortes em 24 horas.

De acordo com a OMS, o país vai na contramão do mundo. A queda de mortes foi de 17% nos EUA, 7% no México, 30% na África do Sul, 21% na Etiópia, 20% na Nigéria, 3% na França, 30% na Indonésia, 6% na Índia, 17% no Japão, 20% nas Filipinas e 36% na Malásia.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Pandemia completa um ano com Brasil como nova ameaça global

No dia 11 de março de 2020, depois de sofrer forte pressão por parte do Ocidente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cedeu e reconheceu que o mundo vivia uma pandemia da covid-19. Por semanas, a entidade havia evitado classificar a crise dessa forma, num gesto que até hoje é alvo de questionamentos internacionais.

Se a OMS havia sido alertada no último dia de 2019 sobre o surto em Wuhan, um debate intenso nos bastidores se armou nas semanas seguintes sobre como agir diante da China. Preocupada em tentar garantir acesso ao país, a direção da OMS escolheu um caminho diplomático.

Não haveria acusação contra Pequim e todas as decisões seriam tomadas de forma conjunta. Tampouco haveria uma decisão da agência de recomendar suspensão de viagens para a China.

Hoje, as investigações internas já falam abertamente: tanto a China como a OMS fracassaram e, ao arrastar o pé por semanas, permitiram que o vírus se espalhasse pelo mundo globalizado.

Ainda em fevereiro de 2020, após uma coletiva de imprensa, eu e uma jornalista sueca perguntamos ao diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, se vivíamos uma pandemia. Ele nos olhou de forma fixa e manteve um silêncio revelador da dimensão da crise. Nos bastidores, as pressões políticas eram violentas.

Finalmente, naquele dia 11 de março, na sede da OMS, jornalistas apertados na sala de controle da agência no subsolo do prédio, finalmente ouvimos do etíope que ele já considerava o cenário como sendo o de uma “pandemia”.

Em termos legais, isso não faria diferença, pois a OMS já havia declarado no final de janeiro a crise como uma emergência global, o nível máximo de alerta dentro de seu sistema. Mas, para diversos governos e inclusive para o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a declaração de uma pandemia teria ajudado a mobilizar governos.

Naquele momento, o mundo registrava 118 mil casos e 4,2 mil mortes. Mais de cem países já tinham seus primeiros casos. “Pandemia não é uma palavra que pode ser usada de qualquer forma. Se for usada de forma errada, pode causar medo injustificado ou a aceitação de que a luta acabou, levando à morte e sofrimento desnecessários”, alertou Tedros.

No meio de sua explicação, porém, uma frase deixou todos naquela sala em choque: “nunca vimos antes uma pandemia que possa ser controlada”. Estávamos entrando em um território completamente desconhecido. Mas ninguém naquela organização jamais imaginou a dimensão que ganharia a crise.

Naquela mesma noite, o então presidente Donald Trump anunciaria restrições de viagens e, nos dias seguintes, o mundo pararia. Ninguém seria poupado. Mas nem por isso o vírus foi democrático. Quem mais perdeu foram os mais vulneráveis, com um salto inédito no desemprego, uma queda sem precedentes da economia, o desmantelamento de 30 anos de avanços sociais, a volta da pobreza e da fome e o adiamento.

A história do mundo estava em transformação em tempo real e nas telas de celulares pelo planeta. Mas justamente num momento em que o planeta estava despreparado e dividido.

Ideologia e política acima de saúde

No caso brasileiro, a pandemia colocou um governo frágil e sem planos em uma situação de crise permanente. A escolha adotada: negar, pelo menos em público, sua existência.

Por semanas, propostas de ampliar controles e tomar medidas foram ignoradas, enquanto as recomendações da OMS eram ridicularizadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Sob a alegação de estar “cuidando da renda das famílias”, o Planalto decidiu que controlar o vírus não seria uma saída. Diferentes ministros da Saúde se sucederam até que o governo encontrou um militar que assumiria a pasta para cumprir ordens.

No palco internacional, prevaleceram a ideologia e interesses políticos, em detrimento da saúde. Em reuniões da OMS, as instruções do Itamaraty eram a de não dar poderes ou credibilidade para que a entidade assumisse qualquer papel central na resposta.

Para o chanceler Ernesto Araújo, a entidade fazia parte de uma constelação de organizações que ameaçam a soberania dos países e que são, supostamente, infiltradas por comunistas na busca de controlar o destino do planeta.

Portanto, não se aceitariam recomendações da agência, mesmo que viessem de alguns dos maiores cientistas do mundo.

O Brasil optou por se distanciar de debates sobre como dar uma resposta global à pandemia e fez questão, ao lado dos EUA de Trump, de impedir que isso ocorresse.

Quando participava dos encontros, o foco era alertar para o vírus do comunismo, postura que virou alvo de chacota internacional e numa tentativa de frear a China.

Em Brasília, Mandetta relatou como qualquer aproximação sua à embaixada da China era alvo de uma campanha paralela para minar o diálogo.

Internamente, vencer as eleições de 2022 era mais importante que proteger a população. Bolsonaro criticou o isolamento, colocando a conta da crise econômica sobre os governadores. A máscara foi politizada, com membros do governo repetindo teorias da conspiração sobre como o produto tentava limitar liberdades individuais.

Se a máscara e o vírus eram politizados, a história não foi diferente com a vacina. A ordem era é de evitar qualquer aproximação com a China e, ao mesmo tempo, com governos estaduais que representassem uma ameaça aos interesses políticos.

Mas, com os barcos queimados por posturas de ruptura diplomática, o governo descobriu que não tinha a quem recorrer para negociar vacinas e, enquanto outros países acumulam acordos com diferentes fornecedores, só agora o governo sai em busca de novos contratos.

Resultado: pelo atual ritmo, o Brasil apenas conseguirá uma imunidade de rebanho com a vacina em abril de 2022, oito meses depois de EUA e outros países ricos.

Novo epicentro: o Brasil

Um ano, 117 milhões de infectados e 2,6 milhões de mortes depois, o mundo exausto já sabe que 2021 não verá o fim da pandemia. Os planos internos da OMS falam abertamente sobre como, durante os próximos meses, os desafios serão profundos.

A estratégia é a de tirar, com a vacina e o fim do governo negacionista de Trump, a intensidade no número de mortes e terminar o ano com uma queda substancial, principalmente de óbitos entre idosos e profissionais de saúde. O vírus, segundo alguns dos cenários do setor farmacêutico, se tornaria endêmico, o que exigirá campanhas anuais de vacinação.

Mas se a OMS acreditava que 2021 seria um ano para virar uma página, a pandemia ganhou um novo centro: o Brasil, incapaz de controlar a doença e nem de chegar a um consenso nacional para enfrentar a crise.

Dados da agência sobre a situação global entre os dias 1 e 7 de março apontam, por exemplo, que o cenário brasileiro é o que mais preocupa hoje a entidade.

Enquanto houve uma queda de 6% em mortes pela covid-19 no mundo no período avaliado, o que se registrou no Brasil foi um salto de 23%. Foram 60 mil óbitos registrados no mundo, contra 9,9 mil no Brasil. Um dia depois dessa avaliação, o país batia um novo recorde, com 2,2 mil novas mortes em 24 horas.

De acordo com a OMS, o país vai na contramão do mundo. A queda de mortes foi de 17% nos EUA, 7% no México, 30% na África do Sul, 21% na Etiópia, 20% na Nigéria, 3% na França, 30% na Indonésia, 6% na Índia, 17% no Japão, 20% nas Filipinas e 36% na Malásia.

Em termos de novos casos de infecção, a OMS também apontou como a expansão descontrolada do vírus no Brasil colocou o país na liderança, o que vai significar um volume maior de mortes nas próximas semanas.

Contabilizando os últimos sete dias, foram 500 mil casos no Brasil, contra 479 mil nos EUA e apenas 147 mil na França. O documento semanal da OMS também deixa claro que a situação da variante do vírus identificado no Brasil preocupa. A agência confirma que a mutação, conhecida como P1, é mais transmissível e pode evadir entre 25% e 61% da imunidade oferecida por uma infecção com o vírus original da covid-19. Isso, segundo a OMS, torna as pessoas mais vulneráveis a uma reinfecção. Além disso, a agência indica que estudos mostram que a variante é entre 1,1 e 1,8 mais letal.

Para a OMS. “é difícil determinar a causa da alta mortalidade, que poderia ser tanto pela variante P1 ou pelo colapso dos sistemas de saúde”. Na sede da agência, há ainda uma terceira opção sob consideração: a de que as duas coisas estejam ocorrendo ao mesmo tempo no país, o que abre uma perspectiva de que a pandemia ainda cobrará um preço mais elevado da sociedade brasileira.

“O Brasil está doente e descobriu que não tem mais leito”, lamentou um alto dirigente da agência. Em Genebra, uma palavra vem à tona quando o assunto é a crise no país: “tragédia”.

*Jamil Chade/Uol

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Saúde

Bolsonaro conseguiu o que queria: Brasil supera EUA e tem maior número de novas infecções no mundo em 24h

O Brasil registrou o maior número de novas infecções no mundo em 24 horas, superando os EUA e aprofundando sua posição de um dos palcos mais dramáticos da expansão da covid-19 no mundo.

Dados publicados nesta manhã pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 59,9 mil foram registrados no Brasil no período de 24 horas e submetidos para a agência. No caso dos EUA, foram 57,8 mil e, no mundo, a OMS soma 225 mil novos casos.

Na prática, de cada quatro novos casos de infecções registradas no mundo, uma ocorreu no Brasil no período de 24 horas.

As informações são divulgadas pela agência com base aos números oficiais submetidos por cada um dos países. Por conta do trabalho de reunir dados de mais de 190 países, o cálculo da OMS conta com um atraso em comparação a outros mapeamentos do vírus por entidades privadas ou institutos de pesquisa.

Não consta do levantamento o último dado divulgado pelo Ministério da Saúde, com 71 mil novos infectados registrados no boletim de quarta-feira, um volume ainda superior às informações da OMS.

Numa contagem semanal, o Brasil também caminha para superar os EUA. Segundo a agência internacional, foram 389 mil novas infecções no Brasil em sete dias, contra 448 mil nas cidades americanas. Em dezembro, os americanos registravam 1,6 milhão de novos casos, contra 310 mil no Brasil.

Nos números totais da pandemia, o Brasil continua em terceiro lugar, com 10,6 milhões de casos, contra 11,1 milhões na Índia e 28,4 milhões nos EUA. A população americana, porém, supera a brasileira em mais de 100 milhões de pessoas.

Mortes vão na direção oposta ao resto do mundo

Em termos de mortes, o Brasil está na segunda colocação em números diários. Na terça-feira, o Brasil registrou um total de 1,7 mil mortes, o maior número em 24 horas desde o início da pandemia. Na quarta-feira, mais um recorde foi batido, com 1,8 mil casos.

Pela contagem da OMS, foram 2,1 mil mortes nos EUA em 24 horas, contra 1,6 mil no Brasil. Mas, em seu informe epidemiológico semanal, a agência já havia indicado que o Brasil ia na contramão do mundo, com um salto no número de mortes no período entre 21 e 28 de fevereiro, enquanto a média global registrava um importante recuo.

Nos sete dias até o dia 28 de fevereiro, o Brasil somou 8070 mortes, mais de 12% de todos os mortos no mundo. De cada quatro vítimas mortais no continente americano, uma é brasileira. O aumento no Brasil em uma semana foi de 11%, em comparação aos sete dias anteriores.

Em dezembro, o Brasil registrava 5,8 mil mortes por semana. Em meados de janeiro de 2021, foram cerca de 6,7 mil vítimas fatais. No final do mês, a taxa tinha atingido 6,9 mil.

Mas a tendência brasileira vai no sentido contrário da Alemanha, com queda de 24%, e do Reino Unido, com recuo de 32%. Nos EUA, a expansão foi de apenas 1% e o país continua a liderar no ranking global, com 14 mil mortes na semana.

No final da semana passada, o chefe de operações da OMS, Mike Ryan, havia comentado a situação brasileira e indicado que o destino da pandemia no Brasil seria relevante para o mundo e classificou a crise no país de “tragédia”.

*Jamil Chade/Uol

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