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Saúde

Chico Buarque passou hoje por cirurgia no crânio

Cantor foi operado pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer para aliviar pressão intracraniana e já se recupera bem no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.

O cantor e compositor Chico Buarque, de 80 anos, foi submetido a uma cirurgia no crânio na manhã desta terça-feira (3). O procedimento, realizado no Hospital Copa Star, em Copacabana, teve como objetivo reduzir a pressão intracraniana e já estava previamente agendado. A informação foi divulgada inicialmente pelo colunista Ancelmo Gois, de O Globo.

A operação, de acordo com o jornal, foi conduzida pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer e durou cerca de uma hora. De acordo com a reportagem, o músico já retornou ao quarto, encontra-se lúcido, falando normalmente e com previsão de alta nos próximos dois ou três dias. Ao seu lado, permanece a companheira, a jurista Carol Proner. O artista também está sendo acompanhado pelo clínico geral Antonio José Carneiro.

A necessidade da intervenção cirúrgica foi identificada durante um check-up de rotina realizado recentemente, que apontou um acúmulo de líquido na cabeça. O diagnóstico precoce evitou complicações mais graves, já que, caso não tratado, o quadro poderia comprometer a fala e locomoção do artista.

No domingo (1), Chico protagonizou um momento marcante ao fazer uma participação especial no show “Tempo rei”, de Gilberto Gil, realizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Emocionado e visivelmente nervoso, ele subiu ao palco para cantar “Cálice” ao lado do amigo e chegou às lágrimas. Entrou e saiu com passos lentos, demonstrando certa dificuldade de locomoção.

Embora a apresentação tenha chamado atenção pelo estado físico do artista, o episódio pode estar relacionado não apenas ao problema diagnosticado recentemente, mas também a outros procedimentos pelos quais ele passou nos últimos anos. Em 2021, Chico foi operado da coluna para tratar uma estenose do canal vertebral e, em 2023, submeteu-se a uma artroscopia no joelho direito, devido ao desgaste da articulação, diz o 247.

Apesar das recentes intervenções médicas, o artista manteve sua rotina ativa. Na quinta-feira anterior à internação (29), Chico jogou sua tradicional pelada com o time Politheama. Ele completa 81 anos no próximo dia 19.

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Brasil Mundo

Chico Buarque e outras figuras públicas criam petição pedindo a Lula o rompimento com Israel

No domingo, 25, Lula voltou a chamar a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza de ‘genocídio’ e ‘vingança’, após ataque aéreo matar 9 filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar.

Nesta quarta-feira, 28, artistas, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais assinaram uma carta aberta dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solicitando que o Brasil encerre suas relações diplomáticas e comerciais com Israel.

O texto justifica o apelo com base no ‘genocídio em Gaza‘.

Além de Chico Buarque, a carta é assinada por Chico Diaz, Manuela D’Ávila, Giovanna Nader, Gregorio Duvivier, Vladimir Safatle, Emir Sader e Paulo Sérgio Pinheiro.

O documento destaca que, nos últimos meses, tem havido uma escalada na violência exercida pelo Estado sionista de Israel contra a população civil palestina.

Além disso, a carta menciona o ‘bloqueio desumano e cruel’ que coloca em risco a vida de 2,3 milhões de pessoas em Gaza — incluindo 14 mil bebês em iminente perigo de morte — como uma das razões para exigir medidas contra Israel.

israel

Movimentos sociais pedem que Lula rompa com Israel
No domingo, 25, o presidente Lula voltou a classificar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza como ‘genocídio’ e ‘vingança’, após um ataque aéreo matar nove filhos da médica palestina Alaa Al-Naijar.

Em fevereiro de 2024, em meio às tensões diplomáticas, Netanyahu declarou Lula ‘persona non grata’ após o presidente comparar as ações de Israel em Gaza ao Holocausto nazista.

A petição destaca que o Brasil continua exportando petróleo ao governo de Benjamin Netanyahu e mantém negociações comerciais envolvendo a compra e venda de equipamentos militares com Israel e suas empresas.

O documento também recebeu o apoio de movimentos sociais, sindicatos, parlamentares estaduais e federais, vereadores e organizações da comunidade árabe.

Entre os signatários estão Guilherme Boulos, Luiza Erundina e Sâmia Bomfim, todos do PSOL-SP, além de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Associação Islâmica de São Paulo.

No texto, os autores afirmam: ‘É hora de nosso país dar o exemplo no cumprimento do direito internacional. […] É indispensável que o Brasil se una às nações que já impuseram sanções ao regime israelense”.

*ICL

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Política

Por que Chico Buarque e Carol Proner visitaram o Papa Francisco

Aquela visita clandestina em novembro de 2018 tinha como missão a denúncia dos fragrantes abusos do sistema de justiça contra Lula e a democracia, e mais uma vez a presença do Chico foi decisiva.

Os jornais publicaram a foto dos advogados e do Chico ao lado do Papa Francisco e a imagem serviu de impulso para a forte campanha de denúncia contra os abusos da Operação Lava Jato.

Não apenas o caso do Presidente Lula foi sendo percebido como perseguição política, mas também a estratégia como um todo, responsável por uma grave crise nos setores de energia e da construção civil.

O Papa Francisco foi um dos únicos líderes políticos a perceber e denunciar o uso da justiça para fins de desestabilização politica e da violação da presunção de inocência pelo abuso do poder midiático.

Essa foi uma contribuição pontual e inesquecível do Papa para o Brasil e para a América-Latina.

*Carol Proner em seu Facebook

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Cotidiano

Aos 74 anos, morre a cantora Cristina, irmã de Chico Buarque

A cantora e compositora Cristina Buarque, irmã de Chico Buarque, morreu neste domingo (20) aos 74 anos. A artista vinha lutando contra um câncer nos últimos anos. A causa do óbito, no entanto, não foi divulgada pela família.

A informação da morte foi confirmada pelo filho da artista, Zeca Ferreira, nas redes sociais. “Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico? […] O ser humano mais íntegro que eu já conheci”, escreveu nas redes sociais.

Cristina era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. Além de Chico, ela também era irmã das cantoras Ana de Hollanda e Miúcha, que morreu em 2018.

A filha de Chico, Silvia Buarque, lamentou a morte. “Para sempre comigo”, escreveu a atriz em uma publicação nas redes sociais.

Natural de São Paulo, os trabalhos de Cristina se voltavam aos gêneros do samba e MPB (Música Popular Brasileira).

O seu primeiro disco, “Cristina”, foi lançado em 1974. Nele, gravou composições de nomes conhecidos da música brasileira. Fazem parte do álbum “Tatuagem”, do próprio Chico em parceria com Ruy Guerra, “Quantas Lágrimas”, de Manacéa, “Ao Amanhecer”, de Cartola, “Isto Eu Não Faço Não”, de Tom Jobim, “Comprimido”, de Paulinho da Viola, entre outras canções.

*Foto montagem: Pensar Piauí

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Opinião

Não existe nada pior que uma pessoa amarga e Cassia Kis é uma

Gente como Cassia Kis envenena a própria alma. É o tipo que não só fala mal dos outros, como faz conferência.

Ou seja, figuras como ela provocam azia coletiva quando abrem a boca sobretudo em programas comandados por gente de igual quilate.

Haja arruda!

O ataque gratuito e injustificado de Cassia Kis a Chico Buarque e Caetano Veloso, é de natureza pessoal.

Lógico que ela usou a sua “ideologia” de conservadora Mandrake para criar fábulas azedas com o objetivo de saracotear nos palcos em entrevistas, como a que deu a bolsonarista de ocasião Leda Nagle.

Essa inconcebível paspalhice, que busca usar um figurino falso moralista, é direcionada ao meio cultural como um todo.

Isso é típico de quem tem raiva da própria vida e do universo que habita.

É uma espécie de ódio consolador.

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Opinião

Chico lavou a alma ao dar uma esmerdada histórica na mídia provinciana, inculta, feita pela escória do jornalismo industrial.

Chico Buarque, ao receber o prêmio Camões, para lá de merecido, deixou claro que foi do pântano das organizações industriais de mídia que emergiu o monstro fascista.

Muito mais do cínica, vil e choldra, a mídia brasileira, nessas duas décadas, foi puramente fascista. Daí, Chico, além de dar uma bela esmerdada no jornalismo de fundo de poço que a mídia industrial chafurdou com a ridícula hecatombe da gravata que janja comprou para Lula.

Foi o momento mais descontraído, hilário da cerimônia porque representou, de forma cômica, não menos dura, um crítica extremamente ácida a essa espécie de burrice nacional, tendo as redações brasileiras como puxadoras de coro.

Instrumentalizada pela fascismo nativo, a mídia produziu não só o bolsonarismo que dizimou 700 mil vidas de brasileiros durante a pandemia, como conseguiu deixar o Congresso Nacional sua imagem e semelhança.

Daí o alerta de Chico Buarque sobre a sobrevivência do fascismo no Brasil, porque ele não se esgota com a saída de Bolsonaro do poder, porque, como ficou provado na espetacularização da compra da gravata de Lula, que Bolsonaro não é causa, mas consequência que chegou ao poder pelas mãos de uma mídia cada dia mais fascista.

Chico fez barba, cabelo e bigode numa fala breve, mas extremamente nobre, dura e sem deixar de ser cômica diante da jocosidade do jornalismo de quinta que se pratica no Brasil.

Salve Chico Buarque, o grande gênio popular!

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Política

Vídeos: Chico Buarque escracha Bolsonaro ao receber prêmio de Lula

Escritor e compositor disse que Bolsonaro teve “fineza de não sujar” Prêmio Camões. Chico Buarque também deu outros recados ao ex-presidente.

Sintra e Brasília – Ao receber o Prêmio Camões de Literatura nesta segunda-feira (24/4), em Portugal, o escritor, cantor e compositor brasileiro Chico Buarque agradeceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro por não ter entregado a homenagem a ele em 2019.

“O ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu Prêmio Camões, deixando seu espaço em branco para a assinatura do nosso presidente Lula“, disse Chico em discurso após receber a condecoração.

O cantor foi indicado ao prêmio em 2019, durante o governo de Bolsonaro. Na época, porém, o então presidente brasileiro se recusou a assinar o diploma da premiação.

Em seu discurso, o cantor brincou e disse ter ficado receoso pelo possível esquecimento dos portugueses, que também fazem parte do prêmio.

“Eu já me perguntava se haviam me esquecido. Quatro anos, com uma pandemia no meio, davam impressão de que um tempo bem mais longo havia transcorrido. Quatro anos de um governo funesto duraram uma eternidade. Foi um tempo em que o tempo parecia andar para trás”, afirmou.

Logo no início de sua fala, o artista brasileiro ironizou a repercussão da compra de uma gravata pela primeira-dama Janja a Lula em uma loja de luxo em Lisboa durante a viagem.

“Estou emocionado, porque hoje de manhã ela saiu do hotel, atravessou a rua e foi comprar essa gravata pra mim”, disse Chico rindo, ao se referir a sua esposa, a advogada Carol Proner.

Veja trecho do discurso de Chico Buarque

https://twitter.com/lazarorosa25/status/1650542773194432513?s=20

*Com informações do Metrópoles

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Lula participa hoje em Lisboa de entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira (24), em Lisboa, da entrega do Prêmio Camões ao cantor, compositor e escritor Chico Buarque, um dos maiores artistas brasileiros e de toda a lusofonia. A cerimônia será em Lisboa, na sala do trono do Palácio de Queluz, diz o 247.

Instituído em 1988, o Prêmio Camões de Literatura tem o objetivo de reconhecer um autor de língua portuguesa que tenha “contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural” do idioma por meio do conjunto de sua obra.

Chico Buarque foi anunciado vencedor do prêmio em 2019, mas o então presidente Jair Bolsonaro se recusou a assinar o diploma.

A ministra brasileira da Cultura, Margareth Menezes, considerou que a entrega do prêmio simboliza o regresso aos valores democráticos no Brasil, lembrando que Chico Buarque é “um artista que sempre se envolveu e se colocou na luta a favor da democracia” e contra a ditadura, através das suas obras, informa a agência Lusa.

Também a editora Clara Capitão, do grupo Penguim Random House Portugal, que edita a obra de Chico Buarque, na chancela Companhia das Letras, destacou que a entrega do prémio ao escritor e músico brasileiro, “depois de anos de espera, significa que o Brasil voltou a viver um tempo de democracia e esperança”.

Lula chegou a Portugal na sexta-feira (21). No sábado (22), se encontrou com o presidente do país, Marcelo Rebelo, e depois com o primeiro-ministro, António Costa.

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Política

Em Lisboa, Lula dará Prêmio Camões para Chico; ato foi vetado por Bolsonaro

Jamil Chade: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá entregar o Prêmio Camões ao compositor e escritor Chico Buarque em Lisboa, no final de abril. O prêmio, um dos principais da língua portuguesa, tinha sido concedido ao brasileiro em 2019.

O anúncio foi feito no dia 21 de maio na sede da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, pela então presidente da instituição, Helena Severo.

Mas o então presidente Jair Bolsonaro se recusou a assinar o documento que chancelava a premiação por parte do governo brasileiro.

Criado em 1988, o Prêmio Camões de Literatura visa homenagear a autora ou autor de língua portuguesa que tenha “contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural” do idioma.

Chico Buarque venceu os prêmios Jabuti de melhor livro do ano por “Leite Derramado” e por “Budapeste”. Na categoria romance, ele também foi premiado por sua obra “Estorvo”. No caso do Prêmio Camões, a escolha é pelo conjunto de sua obra.

Nomes como Silviano Santiago, Mia Couto, Lygia Fagundes Telles, Raquel de Queiroz, Jorge Amado e José Saramago também já foram premiados.

Agora, Lula vai aproveitar um convite feito pelo presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, para uma viagem oficial para Lisboa no aniversário da Revolução dos Cravos (25 de abril) para também encerrar a polêmica sobre o Prêmio Camões.

O Palácio do Planalto e o Itamaraty confirmaram que o evento está marcado para ocorrer na capital portuguesa.

Em 2019, Bolsonaro ironizou a escolha do júri e disse que até 2026 assinaria o prêmio a um dos ícones da cultura brasileira e que ao longo dos anos fez uma campanha explícita contra o ex-presidente.

No dia seguinte, Chico Buarque retrucou os comentários do ex-presidente. “A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões”, escreveu nas redes sociais.

O reconhecimento é uma tradicional iniciativa dos governos do Brasil e de Portugal, e o prêmio de 100 mil euros é dividido entre os dois países. A parcela brasileira já tinha sido paga e, em 2019, a recusa de Bolsonaro em assinar o prêmio causou surpresa do presidente de Portugal. “Não tenho informação sobre isso. Sei que eu assinei o diploma, então não tenho mais informação. Se não levem a mal, tenho que verificar o que se passou”, ele disse.

*Uol

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a segunda censura à peça Roda Viva, agora no governo Bolsonaro

Banner grande que reproduzia documento de censura à peça de Chico Buarque foi retirado do Arquivo Nacional, no governo Bolsonaro.

A imagem acima é da sala de atendimento do Arquivo Nacional, em Brasília, de alguns anos atrás. É o local onde os interessados — pesquisadores, estudantes, jornalistas e quem se interessar — pesquisam e buscam documentos e imagens do período da ditadura militar, todos secretos à época e disponibilizados à partir da volta da democracia.

Também na imagem, se vê alguns banners com referência a obras produzidas naquele período. O primeiro à esquerda é o documento assinado pelo censor Mário F. Russomano, ampliado, com sua impressão sobre a peça “Roda Viva”, de Chico Buarque, de 1968. Como sabido, a peça foi alvo da censura e os atores apanharam, foram alvos da violência de agentes do regime, naquele ano.

Acontece que esse banner da censura à Roda Viva, e os outros, foram retirados da sala do Arquivo Nacional, que é vinculado ao Ministério da Justiça, em 2019, ou seja, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro. Foram instalados ali 10 anos antes, em 2009, com o lançamento do portal Memórias Reveladas, no segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O material foi retirado, segundo a assessoria de comunicação do Arquivo Nacional, porque estava deteriorado. Nunca voltaram ao local depois. A informação foi que não tinham como ser recuperados e viraram material reciclável.

“Com o intuito de retardar o processo de deterioração das peças, a Superintendência do Arquivo Nacional resolveu expor os banners nas divisórias e paredes para mantê-los limpos e higienizados. No decorrer dos anos, os banners foram sofrendo desgastes naturais como arranhões e descolamentos, até que em 2019 foram retirados em funções dos seus danos. Uma vez que não poderiam ser recuperados, foram descartados como material reciclável pois eram, basicamente, compostos de material plástico” – informou a Divisão de Comunicação Social do arquivo.

Havia expectativa de que esse material fosse recuperado e retornasse à sala, mas nunca foi.

O banner que estava exposto exibia as críticas do censor à obra – “lamento que o referido espetáculo, é de fato degradante e de certo modo até subversivo” – e a Chico Buarque – “o autor, seria um débil mental? – de nome Francisco Buarque de Holanda, criou uma peça que não respeita a formação moral do espectador, ferindo todos os princípios de ensinamento de moral e de religião herdados dos nossos antepassados”.

Abaixo, a íntegra do documento.

Documento de censura à peça Roda Viva

Documento de censura à peça Roda Viva

Chico Buarque já explicou que Roda Viva é uma paródia do que acontecia nos bastidores e nos palcos dos festivais da canção no final da década de 1960, do qual foi um dos protagonistas, também com a canção “Roda Viva”. Já afirmou que não tinha relação direta com política e diz que a montagem era forte e provocativa.

E seu lançamento se deu às vésperas da edição do AI-5, em dezembro de 1968, ato que endureceu o regime, fechou o Congresso, praticou a censura, prendeu, desapareceu e matou opositores do regime.

“Na verdade, não me sentia um ator do showbusiness. Foi acontecendo por acaso e muito rapidamente. Ficava espantado com aquela coisa dos fãs, de correrem atrás, pedirem autógrafo. Aquilo me deixava bastante incomodado e escrevi a peça até para desanuviar a questão. Me sentia bastante desconfortável enquanto artista popular, popstar. Não tinha nada a ver com aquilo, mas tinha né? Tinha impressão que era algo fora de mim, que não me dizia respeito. E me vi no meio daquela roda viva e quis escrever sobre isso. A ideia foi essa” – contou Chico num depoimento para uma série de DVDs sobre sua obra, produzidos há alguns anos.

*Noblat/Metrópoles

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