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Propagador dos atos golpistas visitou presos e distribuiu chocotones na PF

Ramiro Caminhoneiro admite ter incentivado militantes a viajar a Brasília em ônibus bancados por “empresário do agro”.

De acordo com o Metrópoles, mais de 48 horas depois dos atos terroristas em Brasília, o radical bolsonarista Ramiro dos Caminhoneiros, amplamente mencionado em grupos bolsonaristas e em redes sociais como um dos responsáveis por arrecadar recursos e organizar caravanas de militantes rumo à cidade, seguia livre, leve e solto – e se movimentando junto a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira, curiosamente, ele esteve na Academia Nacional da Polícia Federal, na região de Sobradinho, no Distrito Federal, para uma “visita” aos militantes presos. Chegou até a gravar um vídeo para suas redes sociais, no qual aparece distribuindo panetones de chocolate aos detidos.

Indagado pela coluna nesta terça sobre como teve acesso ao local e quem o autorizou, Ramiro disse que apenas parou o carro em frente à academia e entrou: “Ninguém perguntou nada”. “Chamo isso de providência divina”, emendou, com alguma dose de ironia. Procurada, a PF não se pronunciou.

Ramiro Alves da Rocha Cruz Júnior, de 49 anos, é líder caminhoneiro e nas últimas eleições chegou a se candidatar a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Jair Bolsonaro. Embora tenha atuado na mobilização dos atos terroristas em Brasília, ele jura que não chegou a tempo de participar. Diz que saiu de São Paulo no sábado, mas seu carro quebrou na cidade mineira de Uberaba no domingo.

O caminhoneiro, que coleciona fotos ao lado de Bolsonaro (veja galeria), admite ter incentivado a militância a viajar a Brasília, mas nega o papel de liderança ou de organizador de caravanas. “Ninguém é ingênuo. A senhora quer que eu produza provas contra mim mesmo”, respondeu à repórter.

Na semana passada, em grupos bolsonaristas Ramiro era tratado como alguém que providenciaria ônibus gratuitamente para as viagens a Brasília – algumas mensagens falavam em 3 mil ônibus e outras, com o exagero típico desses grupos, em 33 mil. Ele nega. Sustenta que apenas repassou a militantes que o seguem nas redes informações de que um empresário do agronegócio que conhece há quatro anos bancaria o transporte até Brasília.

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Quem avisou Adriano sobre a operação pra ele fugir? Moro e Bolsonaro souberam previamente da ação. E aí?

Moro foi informado previamente sobre a ação que resultou na morte do chefe de milícia, Adriano da Nóbrega, ligado ao clã Bolsonaro.

A polícia Civil do Rio de Janeiro chegou a solicitar a participação da Polícia Federal na operação que resultou na morte do miliciano.

A Folha de S.Paulo informou que uma das secretarias da pasta dirigida por Moro sondou a possibilidade de apoio de um helicóptero e alguns efetivos da Polícia Federal, a pedido da polícia do Rio.

Adriano da Nóbrega foi informado por alguém, fugiu da fazenda de Leandro Guimarães para se esconder no sítio do vereador Gilsinho, do PSL, partido que elegeu Bolsonaro.

Gilsinho se disse surpreso com a presença do miliciano em seu sítio já que, segundo ele, não o conhecia. Só que, no local, a polícia encontrou colchonete, moveis, chocolates e alimentos que indicam que a casa foi preparada pra receber Adriano.

O fato é que, se Moro foi avisado previamente da operação, Bolsonaro também foi, alguém avisou a Adriano e ele fugiu para o sítio de um político do PSL.

Nada disso Bolsonaro, Flávio e Moro comentaram em suas declarações sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas