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01, 02, ou 03. Rogéria, Ana Cristina ou Michelle, qual das três mulheres se beneficiou mais do cartel Bolsonaro?

Uma coisa elas têm em comum, além do casamento com chefe do cartel, receberam Queiroz como bônus matrimonial.

Bolsonaro conhece Queiroz desde quando ele foi seu recruta na Brigada de infantaria paraquedista. Foi o próprio Bolsonaro que contou que conheceu Queiroz em 1984. Ou seja, são 35 anos dessa frutífera parceria.

Assim, as três mulheres de Bolsonaro se beneficiaram diretamente dessa sociedade.

Uma coisa é certa, é muito difícil de dizer qual das três cinderelas se beneficiou mais dos esquemas do cartel, já que até agora só se sabe de uma parte assombrosa das práticas do clã Bolsonaro.

O fato é que o cenário político no Brasil deu um triplo carpado em razão de um caso de corrupção que envolve a família presidencial que não para de jorrar escândalos desde esta quarta-feira (18).

É bom lembrar também que até a caseira da casa de praia dos Bolsonaros em Angra dos Reis, a Wal do Açaí, era registrada na Câmara Federal como empregada e tinha o salário pago pelo povo sem nunca ter conhecido Brasília.

Agora o Ministério Público diz que família de miliciano do “Escritório do Crime”, Adriano Magalhães da Nóbrega, sócio de Ronnie Lessa (vizinho de Bolsonaro que matou Marielle), repassou a Queiroz quase 20% do salário no gabinete de Flávio Bolsonaro. Isso mesmo, a mulher e mãe do ex-oficial do Bope, foragido desde janeiro, transferiram R$ 203 mil para assessor da família Bolsonaro.

É complicado dizer aonde começa uma mulher de Bolsonaro e termina a outra nessa teia de corrupção montada por ele e Queiroz há, pelo menos, 30 anos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: O fim do culto à Lava Jato

Aquele timbre de voz vibrante, bem característico de Moro, sumiu, apesar de ter uma dicção menos agradável que Dallagnol, porém, a disposição que tinha pra falar sobre Lula, desapareceu, escureceu nesta segunda-feira, depois das bombásticas revelações do site The Intercept Brasil.

Sua voz, praticamente inaudível ao conceder uma coletiva nesta segunda (10). O assunto era Lula, mas, desta vez em posição inversa.

Na ânsia de desqualificar as revelações do Intercept, Moro, longe de desfrutar aquele prestigio de outrora, o sombrio herói perecia sem capa diante da imprensa. A enxurrada de perguntas, não tinha mais aquele aconchego a que Moro estava acostumado no auge como celebridade nos cinco anos de Lava Jato. E foi por conta de uma pergunta “imprópria” que o herói, o Super-Moro deu linha na pipa e saiu em disparada fugindo da imprensa.

O texto muxoxo lido pelo menino amarelo, veiculado, também nesta segunda-feira (10) pelo Jornal Nacional, contrasta com o esfuziante Dallagnol que passou a colecionar convites para palestras sobre moralidade pública no auge da Lava Jato, de tão encantador que ele se anunciava. Desconfio até que ele andou sendo convidado por debutantes para dançar em festas de Cinderelas com o aplauso emocionado da vovó.

Ontem, porém, o príncipe do Ministério Público Federal, incorporou a carapuça de um condenado. Boca seca, semblante sem brilho, voz em tom meia bomba e corpo sem aquela postura ereta de quem vinha a público acusar suas vítimas, numa arena midiática, diante de uma plateia ávida por sangue. Ninguém seria capaz de fazer uma propaganda tão negativa de si próprio e de Moro. Dallagnol se entregou no vídeo. Profundamente abatido, o ególatra, colecionador de afagos de uma classe média delirante, estava inacreditavelmente desfigurado e abatido, como se tivesse visto do outro lado, um Dallagnol nos tempos espetaculosos da Lava Jato, lhe acusando de contraventor.

Assista ao vídeo

 

 

Carlos Henrique Machado é músico, compositor e pesquisador da música brasileira