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Economia

Petrobras corta preços, mas postos aumentam lucros e combustíveis encarecem

A Petrobras reduziu em 9% o preço da gasolina que ela vende a distribuidores de combustível desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou à Presidência, em janeiro de 2023.

No entanto, o consumidor final não viu esse recuo se refletir nas bombas. Pelo contrário: segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro do combustível subiu 26% no período.

A diferença entre o preço praticado pela estatal e o valor cobrado ao consumidor pode ser explicada, em parte, pelo aumento da margem de lucro das distribuidoras e dos postos de combustíveis.

De janeiro de 2023 até aqui, ele cresceu pelo menos 10%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME) tabulados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

O ganho dessas empresas virou tema de críticas da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na última terça-feira (13). A executiva chegou a sugerir que consumidores cobrem dos postos razões para um preço tão elevado dos combustíveis.

“A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta”, disse ele. “Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo.”

Chambriard lembrou que, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras “perdeu poder sobre a ponta”, ou seja, privatizou sua participação no mercado de distribuição e revenda de combustíveis. Ela apontou que a medida delegou a definição de parte considerável do preço dos combustíveis no país ao setor privado, que se aproveitou do poder sobre o mercado para lucrar. O alto custo nos postos, mesmo com corte de preços promovidos pela Petrobras, é resultado disso.

Privatizações
Além de explorar, produzir e refinar petróleo, a Petrobras também distribuía a revendia combustíveis até 2019, quando ainda era dona da BR Distribuidora. A empresa foi privatizada em duas fases, em 2019 e 2021 — ambas durante o governo de Bolsonaro. Acabou mudando seu nome para Vibra, mas ainda ostenta a marca BR.

A Petrobras também distribuía e vendia gás, por meio da Liquigás. A subsidiária também foi privatizada, em 2020, durante o governo Bolsonaro. Acabou incorporada por um consórcio formado pela Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.

Dantas, do Ibeps, aponta que essas duas vendas tiveram efeito significativo para as margens cobradas nos dois setores do qual a Petrobras saiu. Margem é a diferença entre o custo de aquisição de um produto e o preço de revenda do produto.

O economista monitora há anos o mercado de combustíveis no Brasil. Usa, inclusive, dados do Relatórios Mensais do Mercado de Derivados de Petróleo, do MME, para isso.

Números extraídos por Dantas desses relatórios apontam que, desde janeiro de 2019, a margem das distribuidoras e postos sobre o preço da gasolina subiu 43%. Enquanto há seis anos eles ganhavam R$ 0,73 centavos por litro de combustível vendido, agora ganham cerca de R$ 1,06.

“No ano de 2020, a margem ficou na média de R$ 0,64. Mesmo se corrigirmos este valor pela inflação do período, em valores atuais a margem seria de R$ 0,79, muito abaixo dos R$ 1,12 do mês de fevereiro deste ano”, comparou Dantas, em artigo publicado no site do Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos e Região (Sindipetro SJC).

Segundo ele, no caso do mercado de gás, o aumento da margem é ainda mais relevante. Desde 2019, ele ultrapassa os 72% de alta.

Hoje, dos R$ 108,1 cobrados, em média, por uma botijão de gás no Brasil, R$ 55,20 ficam com os distribuidores e revendedores –51% do total.

Em 2019, quando a Petrobras ainda atuava em toda cadeia, o percentual era de 46%. O botijão custava R$ 69,29, em média, e a distribuição e revenda ficavam com R$ 31,96.

“Se compararmos a média da margem de 2020 com a atual, tivemos um crescimento de 101%. Desde a privatização da Liquigás em dezembro de 2021, o aumento foi de 45%”, complementou Dantas, no mesmo artigo.

Diesel
O diesel também é um caso à parte. O combustível é essencial para transporte terrestre de mercadorias no país, de forma que tem influência sobre o preço dos alimentos e outros produtos. Ou seja, a queda do preço ajuda o país a combater a inflação, atualmente em 5,53% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de até 4,5%

Desde janeiro de 2023, o preço do óleo diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras de combustíveis caiu 34,9%. No entanto, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro de 2023 a abril de 2025, o óleo diesel ficou apenas 3,18% mais em conta para o consumidor.

A diferença entre o comportamento do preço do diesel que sai das refinarias da Petrobras e o cobrado nos postos também chamou atenção da Petrobras. “A partir de 1º de abril, reduzimos R$ 0,45 no litro do diesel e, infelizmente, esse valor não está sendo percebido pelo consumidor final”, constatou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Romeo Schlosser, na mesma entrevista concedida por Chambriard.

Nos postos, segundo a ANP, o combustível ficou apenas R$ 0,21 mais barato.

População prejudicada
Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), disse que os dados sobre as margens de lucro e preço dos combustíveis comprovam que a privatização de partes da Petrobras deu errado.

Ele lembrou que, quando elas foram realizadas, foi dito que aumentariam a concorrência, melhorariam serviços e reduziriam preços. Isso não ocorreu.

“O afastamento da Petrobras dos elos da cadeia de venda de combustíveis resultou em uma piora dos serviços, uma piora nas condições de trabalho dos trabalhadores e também uma piora nos preços para os consumidores finais”, disse ele.

Santos disse que Chambriard fez bem em culpar as empresas beneficiadas pelas privatizações pelo preço dos combustíveis. Cobrou, porém, atitudes da Petrobras sobre o assunto. “A atual gestão da Petrobras está, por exemplo, avançando ou trabalhando para uma reestatização da BR Distribuidora e da Liquigás? Essas são questões também precisam ser debatidas pela sociedade.”

Quando Lula voltou à Presidência, foram aventados planos para recompra de bens privatizados pela Petrobras. A reestatização da antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, chegou a ser defendida publicamente pelo ministro Alexandre Silveira, do MME.

Na terça-feira, mesmo dia em que Chambriard reclamou das privatizações, a Petrobras foi questionada sobre as negociações que mantém sobre a refinaria.

O diretor-executivo Financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, disse que não há qualquer avanço sobre uma eventual recompra do ativo na companhia.

Sobre a BR, Chambriard reclamou dos preços praticados pela empresa e do uso da marca BR. Disse, contudo, não ter o que fazer sobre o assunto. “Essa questão está no nosso radar. Mas isso está em contrato. O respeito em contratos está em nossa crença”, explicou ela. “Nossa marca está sendo divulgada e espalhada pelo Brasil vendendo gasolina com preço acima do esperado”, lamentou.

A Vibra Energia é a maior distribuidora do país, com participação de 23% no mercado de diesel em 2024, segundo a ANP.

*BdF

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Mundo

Com Milei, combustíveis sobem 60% na Argentina e preços das fraldas dobram

Presidente argentino alertou que as coisas piorariam antes de melhorarem. Agora os argentinos estão vivendo isso.

Nas últimas duas semanas, o dono de um moderno bar de vinhos em Buenos Aires viu o preço da carne bovina subir 73%, e o custo da abobrinha que ele coloca nas saladas aumentou140%. Uma motorista do Uber pagou 60% a mais para encher o tanque. E um pai disse que gastou o dobro do mês passado em fraldas para seu filho.

Na Argentina, país sinônimo de inflação galopante, as pessoas estão acostumadas a pagar mais por quase tudo. Mas sob a liderança do novo presidente do país, Javier Milei, a vida está se tonando rapidamente ainda mais dolorosa.

Quando Milei foi eleito presidente, em 19 de Novembro, o país sofria com a terceira maior taxa de inflação do mundo, com 160% de aumento dos preços em relação ao ano anterior, segundo O Globo.

Mas desde que Milei assumiu o cargo, em 10 de dezembro, e rapidamente desvalorizou a moeda argentina, os preços dispararam a um ritmo tão acelerado que muitos habitantes passaram a fazer novos cálculos sobre como as suas empresas ou famílias podem sobreviver a uma crise econômica ainda mais profunda.

— Desde que Milei venceu, ficamos preocupados o tempo todo — disse o professor de filosofia do Ensino Médio Fernando González Galli, de 36 anos.

 

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Política

Ministro de Minas e Energia anuncia que Petrobras acabará com preço internacional dos combustíveis; estatal responde

A Petrobras passará a adotar preços de combustíveis compatíveis com o mercado interno e não mais com os preços de importação e internacionais. Em comunicado, a estatal afirmou que não recebeu nenhuma proposta do governo.

O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em declaração à GloboNews, nesta quarta (05), no qual classificou a atual política, de adotar o Preço por Paridade de Importação (PPI), como “um verdadeiro absurdo”.

“O tal PPI é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, afirmou.

Com a decisão, que segundo o ministro deve começar a valer a partir do final de abril, com a próxima Assembleia Geral da estatal, o diesel sofrerá a principal redução nos preços, com cálculos de R$ 0,22 a R$ 0,25 a menos no preço do litro.

Posicionamento da Petrobras

Em resposta, após a declaração do ministro, a Petrobras emitiu um comunicado informando que não recebeu nenhuma proposta de colocar fim ao PPI.

“(…) quaisquer propostas de alteração da Política de Preços recebidas do acionista controlador serão comunicadas oportunamente ao mercado, e conduzidas pelos mecanismos habituais de governança interna da companhia”, diz a Petrobras.

Aos acionistas, a Petrobras disse, também, que ajustes de preços de combustíveis “são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a análise diária do comportamento de nossos preços relativamente às cotações internacionais.”

Visão do governo

A mudança na política de preços da Petrobras seria uma das principais medidas do governo Lula para diminuir o impacto da inflação e crises internacionais de petróleo no preço nacional.

Desde que assumiu, o ministro de Minas e Energia defendeu o preço do mercado nacional atrelado à competição interna, mas protegendo o consumidor da volatilidade internacional.

De acordo com Silveira, por ser uma estatal, a Petrobras é obrigada a cumprir “o que está nas Leis das Estatais e na Constituição Federal”, com a função de “criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”.

“Isso vai resolver o problema definitivo quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém. Nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem, sim, muito a contribuir com a questão social brasileira”, concluiu.

*GGN

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Economia

Lula quer contribuição maior da Petrobras para conter preços de combustíveis

O presidente considera os lucros extraordinários que a empresa teve nos últimos anos.

A Petrobras anunciou uma redução de preços de combustíveis nas refinarias a partir de amanhã, quando entrará em vigor a cobrança de impostos diferenciados cujas alíquotas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciará hoje às 19 horas. Mas, segundo auxiliares, o presidente Lula quer uma colaboração maior da Petrobras para a contenção dos preços (e por decorrência, da inflação), considerando os lucros extraordinários que a empresa teve nos últimos anos.

Os preços praticados atualmente pela Petrobras estão 8% acima dos preços internacionais, que são a referência da atual política de preços, a PPI. A redução anunciada, entretanto, não queima toda esta gordura. O preço da gasolina para as distribuidoras cairá de R$ 3,31 para R$ 3,18 (-3,9%) e o do diesel, de R$ 4,10 para R$ 4,02 (-1,9%). E com isso, o consumidor não terá na bomba um aumento de preços muito impactante. Só será possível precisá-lo após a divulgação das alíquotas. Sob argumento ambiental, a da gasolina será maior que as de etanol e biodiesel.

Por conta desta “gordura” que a Petrobras ainda tem para queimar, mesmo dentro da política de paridade internacional, Lula quer uma contribuição maior da empresa, o que pode significar a não ocorrência de novos aumentos até que a paridade esteja zerada. Isso diluirá o impacto da reoneração, livrando o governo de um de seus maiores riscos de desgaste com a classe média.

Nos últimos anos, com a vinculação do preço domésticos aos preços internacionais e ao câmbio, Petrobras teve lucros elevados e fez fartas distribuições de dividendos aos acionistas privados. Relativamente ao ano passado, o desembolso total em dividendos será de quase R$ 200 bilhões. A empresa acaba de anunciar o pagamento de R$ 35 bilhões, relativos ao último trimestre de 2022. Quem garantiu estes ganhos aos acionistas fomos nós, os consumidores.

*Com 247

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Opinião

CPI da Petrobras é de Bolsonaro candidato contra Bolsonaro presidente

Na história geral das caricaturas não se tem nada parecido com Bolsonaro, seja Bolsonaro presidente, seja Bolsonaro candidato.

E é isso que a meia página, se muito, da sua história como presidente contará no futuro.

Essa CPI da Petrobras que o candidato Bolsonaro está acionando contra o Bolsonaro presidente, porque depende dele a mudança da política de preços da estatal, é filha da falsa facada, armada por ele e Carluxo em 2018.

Não só isso, o cínico, que diz que em seu governo não tem corrupção, simplesmente não deixa prosseguir qualquer investigação ligada a ele e aos seus filhos, interfere a seu favor sem o menor constrangimento e ainda empina o nariz contra o STF, o que, certamente, no futuro, vai lhe custar muito caro, quanto a isso, não resta a menor dúvida e ele sabe disso.

Daí seu comportamento cada dia mais tresloucado na tentativa de se afastar de uma punição que, com certeza, será bem rigorosa.

Bolsonaro, vendo que a inflação não para de crescer, porque tem como principal gatilho o aumento dos combustíveis que sustentam, aqui da colônia, os bolsos de grandes acionistas internacionais, como se a Petrobras fosse uma caixa de açúcar, ele sente o sabor amargo de sua derrota cada vez mais nítido em seu paladar.

A cada pesquisa, essa realidade se renova. Então, Bolsonaro candidato foi para frente do espelho xingar o Bolsonaro presidente, porque não interfere nos ganhos absurdos dos acionistas para ser beatificado pelo mercado que, na verdade, é o seu garante até aqui.

O problema é que a sociedade não consegue digerir esse absurdo, daí o candidato Bolsonaro teve uma ideia genial de criar um personagem para atacar a Petrobras que, em última análise, tem como responsável final o Bolsonaro presidente, e instalar uma CPI contra a Petrobras para encantar idiotas, como se não fosse ele o próprio responsável por essa agonia, já que o leão da fábula é majoritário.

Ou seja, a Petrobras faz parte da barca do Estado. O presidente da República está muito acima do presidente do conselho e do presidente da Petrobras.

Se a coisa chegou aonde chegou, a culpa é exclusiva do presidente da República. Bolsonaro anda falando consigo mesmo, uma conversa entre o candidato e o presidente.

Tudo isso para inglês ver. Tudo isso não passa de mais um jogo de cena no picadeiro do clã.

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Uncategorized

Desesperado com aumento dos combustíveis, Lira toma invertida de petroleiros

Em tuíte que parecia falar de sua atuação na Presidência da Câmara, Arthur Lira disse que a Petrobras “trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) usou as redes sociais para demonstrar seu desespero com o aumento no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (17). A medida, que irá prejudicar e muito o bolso do trabalhador, também atrapalha os planos de Lira de se reeleger e reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa – o Brasil – e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, escreveu Lira no Twitter.

“Ele só representa a si mesmo e o que faz deixará um legado de destruição para a empresa, para o país e para o povo. Saia!!! Pois sua gestão é um ato de terrorismo corporativo”, completou. O presidente da Petrobras, , representa, na verdade, uma política neoliberal que vem sendo adotada desde o governo Michel Temer e que foi mantida no governo Bolsonaro com as benças do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Essa tentativa de Lira de livrar Bolsonaro da responsabilidade e de acusar o presidente da Petrobras de fazer algo próximo do que ele faz na condução da Câmara – trabalhar sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país – rendeu críticas nas redes sociais.

“Quem tem que renunciar no caso é o presidente do Brasil, seu cínico”, escreveu a Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Ué? Mas recentemente você estava querendo privatizar a Petrobras… Depois que privatizar e eles aumentarem mais e mais os lucros, você vai exigir a renúncia do presidente tbm?”, lembrou o perfil Desmentindo Bozo.

https://twitter.com/JANI_VALVERD/status/1537910496002592768?s=20&t=KI8TA34T-IxFymTRwY708w

https://twitter.com/DaysePirralha/status/1537842220245651458?s=20&t=KI8TA34T-IxFymTRwY708w

*Com Forum

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Bolsonaro entra em desespero e sugere abertura de CPI para investigar aumentos da Petrobras

A atitude de Bolsonaro é uma tentativa desesperada de se descolar dos aumentos nos preços da Petrobras.

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 17, que vai propor uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os aumentos sucessivos que a Petrobras tem imposto aos combustíveis. A declaração ocorreu após a Petrobras anunciar novo aumento valendo a partir do dia 18: 5,2% para a gasolina e 14,2% para o diesel.

A atitude de Bolsonaro é uma tentativa desesperada de se descolar dos aumentos nos preços da Petrobras. Atrás de Lula nas pesquisas eleitorais de 2022, Bolsonaro tem rejeição alta e ainda carrega o fardo do desemprego, carestia de preços, inflação.

O novo aumento da Petrobras, aprovado por todos os conselheiros que Bolsonaro nomeou para a empresa, é mais um golpe no bolso do brasileiro. O ultimo reajuste ocorreu há menos de 100 dias.

Para se descolar da impopularidade dos reajustes, Bolsonaro tem repetido falsamente que não tem poderes sobre a política de preços da Petrobras. A decisão de fazer paridade de preços internacionais foi tomada, politicamente, primeiro no governo Temer, após o golpe em Dilma Rousseff (PT), e é mantida pelo atual governo.

Em entrevista a uma rádio do Rio Grande do norte, Bolsonaro disse que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira, “reunido com com líderes partidários, e nossa ideia é propor uma CPI para investigar a Petrobras, seus diretores e os membros do Conselho”, disse o extremista de direita.

Ele tratou o reajuste como “traição para com o povo brasileiro” e criticou o lucro exorbitante da Petrobras. “Ela lucra seis vezes mais que a média que as petrolíferas de todo mundo”. “Só no primeiro trimestre deste ano lucrou 44 bilhões de reais e você tem como reduzir essa parte de lucro porque está previsto nas leis estatais que ela tem que ter um fim social e ela não se preocupa com o social ,se preocupa com o lucro”, afirmou.

Lira, por sua vez, defendeu a renúncia do presidente da Petrobras, José Coelho.

*Com GGN

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Vem aí mais um aumento dos combustíveis

Não bastassem todas a tensão entre a atual diretoria da Petrobras e Jair Bolsonaro, o governo espera que a estatal anuncie um novo aumento de preços do diesel e da gasolina no início da semana, informa Lauro Jardim, O Globo.

Essa é a expectativa tanto no Palácio do Planalto quanto no Ministério da Economia.

Em 8 de maio, um reajuste de 8,8% do diesel, fez explodir a atual crise entre governo em Petrobras — uma conflagração ainda não resolvida. Já o último reajuste da gasolina ocorreu em março, há quase 100 dias.

Números da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontam defasagem nos preços em comparação com os preços internacionais.

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Economia

O plano Guedes para os combustíveis é indecente

É mais um capítulo de um processo de assalto ao Estado brasileiro iniciado com o governo Temer.

O projeto Paulo Guedes para os combustíveis é uma das manobras mais vis da história econômica do país. Na maioria dos países, altas excessivas de petróleo são taxadas, mesmo porque o lucro das companhias é bancado pelo consumidor. Por aqui, para não tocar nos lucros dos acionistas privados (já que os lucros da União entram no orçamento), Guedes inventou um modelo de isentar o combustível de impostos federais e estaduais, com a União ressarcindo os estados.

Alguns números para comprovar a pornografia proposta:

  • A redução de receita seria de cerca de R$ 48,6 bilhões em um semestre. Em um ano, seria de R$ 92,2 bilhões (o consumo nas metades do ano é diferente).
  • O BPC (Benefício de Prestação Continuada), auxílio pago para idosos e pessoas com deficiência muito pobres, custa R$ 71,7 bilhões por ano.
  • O seguro desemprego leva R$ 38,8 bilhões anuais.
  • O investimento federal em “obras” leva R$ 43 bilhões.
  • O Auxílio Emergencial, que dá comida para 18 milhões de famílias, custa R$ 89 bilhões por ano. E isso, em um momento em que 33 milhões de brasileiros passam fome.

É mais um capítulo de um processo de assalto ao Estado brasileiro iniciado com o governo Temer. Desmontou-se a busca da autossuficiência em refino, vendendo refinarias da Petrobras em vez de estimular o investimento privado em novas refinarias. Agora, com a privatização da Eletrobras, aplica-se mais um golpe, que provocará uma explosão nas tarifas de energia – e um custo adicional, caso o próximo governo resolva retomar o controle da empresa.

Por onde se olhe, há golpes. No período da pandemia, muitos tratamentos e intervenções custosas, para os planos de saúde, acabaram adiados, com receio dos pacientes se contaminarem nos hospitais. Esse movimento permitiu ganhos expressivos aos planos. Quando a pandemia amainou, voltaram os procedimentos acumulados. A Agência Nacional de Saúde sancionou o maior aumento anual da história, para ressarcir os planos, sem a menor intenção de compensar as perdas atuais com os lucros anteriores.

O Supremo Tribunal Federal sancionou a medida que livrava os planos de saúde de fornecer tratamentos não previstos na relação oficial da ANS. Só que a ANS não é uma agência confiável. Os procedimentos deveriam ser analisados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que teve um procedimento impecável na pandemia.

A única notícia relevante, dos últimos dias, foi a decisão do STF de reconhecer o direito dos sindicatos de participarem das negociações, em caso de demissão coletiva. Esse direito recebeu até o voto de Luis Roberto Barroso – Ministro que jamais reconheceu a desproporção do poder do trabalhador na negociação individual com a empresa -, e de Alexandre de Moraes que, anteriormente, havia votado contra essa obrigatoriedade.

Mostra que a luta do STF em defesa da democracia está abrindo os olhos de alguns Ministros para a parte mais relevante da Nação: seu povo.

*Luis Nassif/GGN

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Política

Vídeo: A visita de Elon Musk trouxe algum benefício ao Brasil? Baixou preço dos alimentos e combustíveis?

Bolsonaro fez outro circo para fugir das questões que envolvem o povo brasileiro, que sofre com a inflação, com a fome, com a miséria.

Assista:

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