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Saúde

Butantan desenvolve soro contra o Coronavírus

O Instituto Butantan concluiu o desenvolvimento do processo de produção de um soro contra o Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. Mais de 2 mil frascos estão prontos para o início dos testes de segurança e eficácia em pessoas, informou a bioquímica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora de Inovação do instituto.

Se apresentar a eficácia esperada na próxima etapa de testes, o soro poderia ser usado para tratar pessoas que apresentem os primeiros sintomas da doença, para bloquear o avanço da infecção, segundo a pesquisadora. “O soro poderia ajudar bastante, já que ainda não temos antivirais eficazes contra a Covid-19”, disse Chudzinski-Tavassi.

Resultado de cinco meses de trabalho, o soro é feito a partir de vírus inativado por radiação, por meio de uma técnica desenvolvida com o Instituto Nacional de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), aplicado em cavalos. Em resposta ao vírus, os animais produzem anticorpos do tipo imunoglobulina G (IgG), extraídos do sangue e purificados de acordo com uma técnica usada no instituto há décadas para produção de outros soros.

Segundo Chudzinski-Tavassi, o soro mostrou resultados satisfatórios em testes de neutralização em células e segurança em camundongos e coelhos. O estudo está sendo discutido com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter autorização para os testes de segurança e eficácia em pessoas, mesmo sem testes similares em modelos experimentais animais.

“Não há nenhum modelo animal que reproduza a Covid-19 do mesmo modo que nos humanos”, comentou. “Por causa dessa impossibilidade, a Argentina, o México e a Costa Rica não realizaram essa etapa, alguns soros já conseguiram a autorização oficial e a Argentina já começou os testes clínicos com seu próprio soro.”

*Publicado originalmente na Revista Pesquisa FAPESP

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Mundo

Reino Unido identifica nova cepa do coronavírus que se multiplica mais rapidamente

Ministro da Saúde afirma que OMS já foi notificada e relaciona surto de casos à nova variante do Sars-CoV-2. País é o mais atingido pela COVID-19 na Europa ocidental.

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, anunciou nesta segunda-feira (14) ao Parlamento britânico que uma nova cepa do novo coronavírus foi identificada no país, informou o jornal O Globo.

A descoberta ocorre em meio à vacinação contra a COVID-19, iniciada na semana passada. Segundo Hancock, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já foi notificada.

A variante do Sars-CoV-2 poderia estar relacionada à alta de casos no sudeste da Inglaterra e se multiplicaria mais rapidamente do que as demais cepas do patógeno.

Ainda segundo o ministro britânico, mais de mil casos já foram registrados no Reino Unido em mais de 60 localidades diferentes. Os números, descreveu Hancock, estão “crescendo rapidamente”.

Ele ponderou que ainda não há elementos que indiquem que a nova cepa tem maior probabilidade de agravar o quadro da COVID-19 do que as demais.

“Nós identificamos uma nova variante do coronavírus que pode estar associada à disseminação acelerada [da COVID-19] no sudeste da Inglaterra”, disse Hancock em uma reunião com parlamentares.

Análises iniciais sugerem que essa variante está se multiplicando mais rapidamente do que as já existentes.

O ministro afirmou ainda que o laboratório de Porton Down, vinculado ao Ministério da Defesa britânico, fará testes para avaliar se a nova cepa é resistente a vacinas. Hancock ponderou, no entanto, que assessores médicos da pasta acreditam que essa possibilidade é “altamente improvável”.

Restrições mais rígidas

Na mesma ocasião, Hancock confirmou que o governo britânico colocará a capital, Londres, sob o nível mais rígido de restrições por conta da alta de casos de COVID-19. Outras cidades no entorno também entrarão em regime de confinamento.

De acordo com os procedimentos previstos pelo governo, restaurantes, cafés e bares serão fechados e empresas deverão adotar o trabalho remoto para todos os serviços não essenciais.

“Não sabemos até que ponto isso se deve à nova variante, mas, independentemente da causa, precisamos tomar ações decisivas e rápidas que, infelizmente, são absolutamente essenciais para controlar essa doença mortal enquanto executamos a vacinação”, disse o ministro se referindo à alta de casos em regiões da Inglaterra.

O Reino Unido é o país mais afetado pela COVID-19 na Europa Ocidental junto da Itália e já soma mais de 1,8 milhão de casos da doença. Mais de 64 mil pessoas morreram por conta do novo coronavírus em solo britânico.

O governo se tornou no último dia 8 o primeiro país ocidental a iniciar a vacinação contra a COVID-19 dentro dos procedimentos científicos.

 

*Com informações do Sputnik

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Política

“É hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários”, diz Dilma

A ex-presidenta, que sofreu um duro golpe em 2016, alerta para a falta de gerenciamento, pelo governo Bolsonaro, de medidas contra a pandemia do coronavírus que já causou quase 180 mil mortes de brasileiros, sem falar de uma quantidade enorme de pessoas que tiveram a doença e ficaram com sequelas que não as permitem levar uma vida normal, pior, não se sabe por quanto tempo.

Segundo Dilma, “não há dúvida de que o aumento da pandemia, o atraso na vacinação e a emergência social levarão o nosso povo ao desespero”.

E segue, “O Brasil não aguenta mais tanta incompetência, tanta irresponsabilidade, tanto desleixo e descaso com a vida humana e com o sofrimento do povo”, disse ela em nota. “Hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários. Hora de gritar abaixo Mourão e abaixo Bolsonaro, única maneira de salvar”,

Leia a íntegra da nota de Dilma: 

O governo de Bolsonaro e Mourão se mostra alienado da realidade.

A pandemia entrou numa fase de intenso agravamento, fruto da correlação direta entre o discurso negacionista e o desprezo das autoridades federais pela gravidade da doença e o consequente descuido de parte da população, que passou a ignorar medidas de prevenção e a participar de aglomerações, fazendo subir os índices de contaminação aos piores momentos do ano.

Muitos estados e grandes cidades já estão sem leitos de UTI nos hospitais da rede pública, mesmo hospitais privados estão chegando ao limite de sua capacidade, e há registros diários chocantes de pacientes morrendo sentados em emergências de hospitais e em UPAs à espera de leitos adequados. O governo federal não tomou a tempo as medidas básicas indispensáveis para preparar o Brasil para uma vacinação em massa, o que devia ter feito antes mesmo de os primeiros imunizantes começarem a ser fabricados e distribuídos em vários países do mundo, como já está acontecendo.

A vacinação em massa no mundo começa a acontecer, mas tudo indica que os brasileiros ficarão para trás, por incompetência e descaso do governo.

Não há ainda um esquema claramente definido de compra e fabricação de vacinas, de compra e fabricação de seringas e agulhas, um plano logístico de transporte, distribuição e armazenamento de imunizantes, e sequer uma articulação e entendimento que envolva a União com estados e municípios para o trabalho de levar a vacina à população.

Não temos um plano nacional de vacinação que trate todos os estados com igualdade, traindo uma tradição brasileira de décadas de eficiência em vacinação em massa, modelo que sempre foi exemplo para o mundo.

Enquanto muitos países começam a vacinar suas populações, o governo brasileiro apenas acena, vagamente e sem objetivos claros, com prazos absurdos de no mínimo 60 a 70 dias para o início da imunização em território nacional, uma demora excessiva e inaceitável diante da gravidade e do recrudescimento da pandemia, apesar de existir uma lei, sancionada por este mesmo governo, que permite a liberação emergencial de qualquer vacina em 72 horas, desde que tenha sido testada e aprovada por agências estrangeiras equivalentes à Anvisa. Não há outra razão para esta demora que não seja o interesse político e ideológico e o desprezo pelos doentes e vítimas fatais da Covid19 neste momento agudo da pandemia.

A completa desarticulação do governo federal com os estados e os municípios, vale dizer com o povo brasileiro, produz conflito institucional e abre espaço para gestos e discursos perversos e oportunistas de caráter eleitoreiro.

Em paralelo, o Brasil é assolado pelo agravamento da crise social: a inflação dos alimentos dispara e bate recordes, o desemprego sobe a índices inéditos, ao mesmo tempo em que o auxílio emergencial está sendo extinto e a maior preocupação da área econômica, do Congresso e do mercado é manter o iníquo e injusto teto de gastos imposto pelo golpe de 2016.

O cenário em que esta grave crise acontece é o pior possível: destruição ambiental, volta da fome e da miséria e crescimento da violência contra os pobres, contra as mulheres e contra a população negra. Neste ambiente, proliferam crimes hediondos, assassinatos covardes cometidos por bandidos fardados e por milicianos – como os que mataram Marielle Franco e Anderson já há mil dias, sem que seus mandantes tenham sido apontados, e os que têm tirado a vida de crianças, como, há poucos dias, as meninas negras Emilly e Rebecca. Crimes cujos autores e responsáveis são protegidos por um manto vergonhoso de impunidade, garantida por instituições do Estado.

Não há dúvida de que o aumento da pandemia, o atraso na vacinação e a emergência social levarão o nosso povo ao desespero.

Os brasileiros não merecem isto.

As consequências serão muito dolorosas, o sofrimento será imenso e, por óbvio, serão ainda piores para os mais vulneráveis.

Se 2020 foi um ano terrível para todos, sobretudo para os pobres, 2021 ameaça ser muito pior.

O Brasil não aguenta mais tanta incompetência, tanta irresponsabilidade, tanto desleixo e descaso com a vida humana e com o sofrimento do povo.

Está mais que passada a hora de tomar uma atitude.

Hora de dizer um basta a este governo de cínicos e autoritários.

Hora de gritar abaixo Mourão e abaixo Bolsonaro, única maneira de salvar vidas, evitar o colapso absoluto e pensar na reconstrução do Brasil.

 

*Com informações do 247

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Saúde

Estudo: Pimenta-do-reino é descoberta como agente eficaz contra novo coronavírus

O estudo descobriu que, apesar de muitas especiarias poderem defender as proteínas usadas pelo SARS-CoV-2 para entrar e se propagar em um corpo humano, a pimenta-do-reino o faz mais eficazmente.

A piperina contida na pimenta-do-reino é capaz de bloquear infecção por partes do coronavírus responsáveis pela reprodução e penetração no corpo humano, conforme um estudo publicado na revista Journal of Biomolecular Structure and Dynamics.

Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Índia estudaram a interação de 30 especiarias com o vírus através de simulações computadorizadas, que revelaram que todas elas se ligam em graus variados com a proteína S, que possibilita a infecção do organismo, e a protease, que é a principal responsável pela reprodução do vírus, mas a piperina, responsável pelo sabor e aroma intenso da pimenta-do-reino, é a que combate o vírus mais vigorosamente.

Como relata o jornal russo Izvestia, os cientistas russos teorizam que tal pode funcionar não apenas em um modelo de computador, mas também na vida real, mas que são necessários estudos. Além disso, os especialistas observaram que a pimenta é capaz de aumentar a imunidade e pode servir como agente anticonstipação e antiviral.

“Em muitos aspectos, as propriedades da pimenta estão ligadas não à interação direta dos compostos contidos nela, com partículas virais e bactérias, mas com a estimulação das propriedades protetoras do organismo”, explicou Maria Vedunova, diretora do Instituto de Biologia e Biomedicina da Universidade de Lobachevsky, Rússia.

Os cientistas lembraram que as especiarias são prejudiciais em caso de problemas com o trato gastrointestinal, hipertensão e alergias, por isso, as pessoas com esses problemas devem usar suplementos dietéticos com pimenta-do-reino.

 

*Com informações do Sputnik

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Saúde

Vacina da Johnson & Johnson produziu anticorpos em 98% dos participantes

Resultados do estudo de fase 1 e 2 mostraram que uma única dose do imunizante induziu forte resposta imune e bem tolerada.

A vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson conseguiu induzir uma forte resposta de anticorpos neutralizantes em quase todos os participantes com 18 anos ou mais e foi bem tolerada, após a aplicação de apenas uma dose. As respostas imunes se mostraram semelhantes em todos os grupos etários estudados, incluindo os adultos mais velhos. Esse resultado é particularmente importante, já que os idosos estão entre os grupos de risco para formas graves da doença.

Os resultados positivos permitiram o início do estudo fase 3, que busca comprovar se essa resposta imune é capaz de prevenir a doença, em especial casos moderados e graves, além de comprovar sua segurança em milhares de pessoas.

De acordo com o estudo, publicado na sexta-feira, 25, na plataforma MedRxiv, que reúne análises antes de sua revisão por partes, 99% dos participantes entre 18 e 55 anos de idade apresentaram anticorpos detectáveis e 98% dos participantes apresentaram anticorpos neutralizantes no 29º dia pós-vacinação. A vacina ainda induziu fortes respostas de células T, outro componente fundamental na defesa do organismo, bem como resposta de Th1, que acredita-se ser protetora contra o risco de doença respiratória intensa associada à vacina.

Em relação aos adultos mais velhos, com idade a partir de 65 anos , os dados sobre a imunogenicidade (capacidade de desencadear uma resposta imunológica) só estavam disponíveis para 15 participantes na época da divulgação dos dados. Mas os resultados mostraram forte resposta de anticorpos e células desencadeada em todos os participantes idosos que receberam uma única dose da vacina.

Esses dados foram consistentes com os resultados publicados anteriormente na revista Nature, no qual uma única dose da vacina impediu infecções subsequentes e forneceu proteção completa aos pulmões de primatas não humanos.

 

*Com informações da Veja

 

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China detecta coronavírus e suspende compra de peixes de companhia brasileira por uma semana

Pacote congelado de peixes-espada vendido pela empresa brasileira Monteiro Indústria de Pescados testou positivo para o vírus.

Reuters – A China vai parar de aceitar pedidos de importação da empresa brasileira Monteiro Indústria de Pescados Ltda por uma semana, a partir de 26 de setembro, depois que um pacote de peixe congelado testou positivo para o coronavírus, disse a alfândega chinesa nesta sexta-feira (25).

O departamento chinês havia dito anteriormente que suspenderia as importações de empresas por uma semana, se os resultados de testes fossem positivos para o vírus pela primeira ou segunda vez.

A Abipesca (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados), cujos integrantes têm na China um mercado crescente que responde por até 30% dos embarques nacionais, avaliou o caso como algo isolado e que ainda carece de confirmação.

Segundo o presidente da Abipesca, Eduardo Lobo, os “retestes estão sendo feitos na China” e, se não forem encontrados indícios de contaminação, a indústria poderá voltar a exportar normalmente aos chineses.

Não foi possível contatar a Monteiro Indústria de Pescados. A companhia não é associada da Abipesca.

Lobo disse que o setor encara a suspensão temporária de uma empresa com tranquilidade, uma vez que a indústria nacional tem seguido rígidos protocolos de segurança do Ministério da Agricultura, que incluem medidas sanitárias relacionadas aos veículos, contêineres e embalagens.

Ele explicou que, no caso de ser identificado novamente coronavírus na China, a suspensão pode ser maior, mas ainda restrita à Monteiro Indústria de Pescados.

“É um procedimento normal, o setor está tranquilo quanto à segurança do produto no Brasil e estamos trabalhando em harmonia com a autoridade chinesa, que está nos informando o que está acontecendo”, afirmou.

“É um caso específico, isolado, e até que sejam feitos retestes, não tem como dizer a gravidade, mas diante de toda a segurança da protocolo, estamos tranquilos quanto à qualidade dos alimentos”, afirmou ele, ressaltando que os riscos de embargos não são extensivos ao setor, mas sim direcionados a unidades produtoras.

O produto no qual teria sido identificado o coronavírus é uma embalagem de peixe espada congelado, disse o executivo, que também é presidente da Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados do Ministério da Agricultura.

Ele disse que o peixe espada não é um dos produtos mais vendidos aos chineses, que incluem pescadas amarela e branca, além de atum, entre outros.

A exportação de pescados do Brasil à China gira em torno de US$ 70 milhões por ano (R$ 389,7 milhões), com chineses e norte-americanos alternando como os maiores destinos do produto do país, cujos embarques totais são estimados em US$ 300 milhões (R$ 1,670 bilhão) em 2020.

 

*Com informações da Folha

 

 

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Política

O Negacionismo assassino

Neste 7 de Setembro não teve desfile da Independência, mas teve desfile do negacionismo irresponsável de Bolsonaro que expôs crianças e circulou sem máscara. (Saul Leblon – Carta Maior)

Brasil, 7 de setembro de 2020: 126.600 mortos pelo coronavírus e um Presidente da República insano que tem tara pela morte.

Quando se olha uma foto como a que está em destaque, um carro presidencial abarrotado de crianças, mede-se não apenas a irresponsabilidade de um genocida, mas o tamanho de uma ferida da ditadura que nos brinda até hoje com essa cicatriz chamada Bolsonaro.

No carro, Bolsonaro bufando como um bicho, exibe seu enfrentamento à ciência, à racionalidade, à civilização. É a barbárie de terno e gravata numa exibição fúnebre do Brasil em pleno 7 de setembro.

Nas raias da irresponsabilidade e da afronta, Bolsonaro expõe crianças, hoje, principais vítimas de uma depressão coletiva provocada pela pandemia, sem falar das que perderam a vida para a Covid-19.

Mas Bolsonaro parece se divertir no lodo em que o país vive, lugar que ele sempre transitou bem na política.

O Brasil, que atravessa um momento único no mundo, o de recessão com inflação, tem que conviver com cenas toscas de um sujeito colocado na presidência pela burguesia tão irresponsável quanto ele para ampliar seus lucros nas costas dos trabalhadores brasileiros, mostrando que tipo de classe dominante habita o Brasil e como essa casta opulenta não tem o menor interesse ou responsabilidade com a infância.

O que interessa é o lucro imediato, a vantagem, a avareza, a ganância e a ambição. O resto é secundário.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto: Claudio Reis/Estadão

 

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A fala inacreditável de Ana Paula do Vôlei: “Apenas 6% das mortes têm COVID-19 como a única causa mencionada”

Idiotice vinda de algumas pessoas, dependendo do assunto, pode ser muito mais letal do que se imagina.

Quando Ana Paula do Vôlei, que vem esse tempo todo relativizando a pandemia em apoio sacerdotal a Bolsonaro, usando seu histórico de atleta ídolo para milhões de brasileiros com sua atuação nas quadras e nas areias de vôlei, diz uma barbaridade dessas: “Apenas 6% das mortes têm COVID-19 como a única causa mencionada, revelando que 94% dos pacientes que morreram de coronavírus tbm tinham problemas de saúde subjacentes.”, mostra que seu negacionismo é mais que leviano, é criminoso não só com quem lê e passa a abusar do risco do contágio por Covid, mas também dos profissionais da saúde que vão na linha de frente colocar as suas próprias vidas em risco para salvar milhões de brasileiros.

Esse post infeliz de Ana Paula se dá no momento em que o país passa de 120 mil mortos pela doença e o estado do Rio de Janeiro, após ter estabilizado o número, tem um crescimento explosivo de 60% tanto de mortes quanto de infectados pelo coronavírus.

A musa do esporte brasileiro, nas raias da irresponsabilidade fanática, usa a malandragem das meias verdades para induzir seus seguidores no twitter a darem de ombros para a gravidade da pandemia, abolindo de seu comentário o que a OMS sempre afirmou, que as pessoas com comorbidades teriam suas doenças agravadas pelo vírus e teriam mais chances de morrer em consequência da Covid.

O que Ana Paula sordidamente quer fazer parecer é que as centenas de milhares de pessoas que morreram por Covid no mundo, apenas 6% foram vítimas do coronavírus e que o restante, 94%, não morreu em consequência do vírus.

Não se sabe quais as consequências jurídicas um post vindo de uma pessoa pública como Ana Paula, pode-se ter, mas que sua maneira de abordar de forma tão fria e tóxica algo tão caro para milhões de brasileiros, tem que ter uma resposta legal à altura.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Com 400 investigações em andamento, Lava Jato de Curitiba pode acabar em menos de um mês

Reuters – A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, berço da operação e com 400 inquéritos em andamento com várias frentes de investigação, como casos envolvendo empreiteiras, empresas estrangeiras e multinacionais que firmaram contratos com a Petrobras, segundo informações obtidas pela Reuters, enfrenta pressões em meio à discussão sobre o fim do grupo em menos de um mês.

Há cerca de 200 inquéritos abertos pela polícia e outros 200 pelo Ministério Público Federal, de acordo com fontes. Existem ainda apurações sobre lavagem de dinheiro com galerias de arte e iniciativas sob sigilo e inéditas que envolvem políticos que perderam foro privilegiado, além de tratativas sobre eventuais acordos de delação premiada e de leniência em curso.

Essas linhas de investigação da força-tarefa de Curitiba podem ser afetadas caso o procurador-geral da República, Augusto Aras, um crítico antigo da Lava Jato, decida não renovar até o dia 10 de setembro a designação dos procuradores do grupo.

O debate sobre a prorrogação da força-tarefa ocorre no pior momento da operação, admitiram fontes envolvidas.

Entre os vários pontos de atrito recentes entre apoiadores e críticos da Lava Jato estão pedidos para afastar o coordenador da força-tarefa em Curitiba, Deltan Dallagnol, suspensos pelo Supremo Tribunal Federal; a derrubada recente de decisões sobre a Lava Jato no Supremo e a possibilidade de novos reveses, inclusive em processos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; o aumento das críticas à operação no Congresso com ameaças de CPIs, e a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares do centrão, muitos deles alvos da operação.

Atualmente, são 14 procuradores que atuam com dedicação exclusiva e 45 servidores auxiliando a força-tarefa de Curitiba, que continuam a trabalhar remotamente desde 15 de março e sempre se reunindo virtualmente ao menos uma vez por semana devido à pandemia do novo coronavírus.

O grupo quer seguir com as investigações e argumenta que, além de uma série de inquéritos para tocar, tem tido um histórico eficiente: até julho de 2020, segundo dados obtidos pela Reuters, foram recuperados quase 15 bilhões de reais aos cofres públicos; firmadas 209 delações premiadas e 15 acordos de leniência; houve 71 fases, 532 pessoas acusadas criminalmente em 125 denúncias; 263 condenações de 165 pessoas.

“O modelo de forças-tarefas é usado no mundo inteiro para investigar e atuar contra esquemas criminosos complexos. Um procurador sozinho não dá conta de todo o trabalho. Os números mostram que o modelo é eficiente e compensa”, disse o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro Sergio Moro à Reuters, exaltando os números da operação.

Por ora, segundo fontes ligadas a Aras, não há uma decisão sobre prorrogar a força-tarefa de Curitiba.

“Enquanto pudermos entregar coisas relevantes, a força-tarefa tem que ser mantida”, disse um dos integrantes da força-tarefa de Curitiba à Reuters, sob a condição do anonimato, diante da sensibilidade do assunto.

No fim de julho, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, abriu uma consulta para saber quais procuradores teriam interesse de fazer parte de forças-tarefas. O interessado terá de acumular o trabalho da força-tarefa com o que desempenha atualmente e precisará do aval do coordenador da apuração —em Curitiba, a aquiescência é dada por Deltan Dallagnol.

Jacques destacou na consulta que o conjunto das forças-tarefas é maior que as unidades do MPF em 20 Estados, entre eles Amazonas, Mato Grosso e Distrito Federal. Pelas contas, segundo uma das fontes, são de 65 a 70 procuradores nesses grupos. O teto de gastos tem impedido o crescimento do número de procuradores, acrescentou o vice-procurador.

Outra questão também é o custo das forças-tarefas. Em 2018, as despesas com diárias e passagens foi maior do que qualquer procuradoria no país e há também o gasto de 3,7 milhões de reais em gratificações pagas a procuradores por acumularem o trabalho dos colegas que estão cedidos aos grupos.

“Essa nova realidade constitucional impõe ao Ministério Público Federal uma nova racionalidade no enfrentamento de suas prioridades e na sua dispersão territorial”, considerou Jacques.

Uma fonte ligada a Aras —procurador-geral escolhido por Bolsonaro fora da lista tríplice da categoria— contestou o argumento de eficiência usado pela Lava Jato de Curitiba. Destacou que o dinheiro devolvido pela operação não vai para o caixa do MPF e que essa é a função do próprio procurador.

No embate com a força-tarefa de Curitiba, Aras chegou a dizer que haveria uma “caixa de segredos” no grupo com informações fora do sistema do MPF, fala repudiada pelo grupo. Durante o recesso do Judiciário, a PGR chegou a obter uma liminar do presidente do STF, Dias Toffoli, para ter acesso ao banco de dados das Lava Jato de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Depois, o relator da operação no Supremo, Edson Fachin, barrou esse repasse.

Fora do MPF, há também críticas sobre a força-tarefa. Investigado na operação perante o Supremo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vê excessos e respaldou críticas de Aras à operação. Recentemente, em entrevista ao jornal O Globo, o filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), disse que as investigações da operação tentam fazer “gol de mão”.

Embora não tenha questionado a ação, Bolsonaro tem se mantido em silêncio quanto à Lava Jato, após efusivos elogios desde a época da campanha eleitoral de 2018. Afirmou há semanas numa rede social que não respondia por operações conduzidas por outros Poderes.

“Qualquer operação, de combate à corrupção ou não, deve ser conduzida nos limites da lei, e assim tem sido feito no meu governo”, disse Bolsonaro no Twitter. “Quanto às operações conduzidas por outro Poder, quem responde pelas mesmas não sou eu.”

Para um ministro do STF, esse modelo de gestão de forças-tarefas tem dado sinais de problema, e Aras tem atuado para tentar melhorar a governança. “A parte quer mandar no todo”, criticou.

APOIO POPULAR

Apesar das críticas e pressão pelo seu encerramento, a Lava Jato em Curitiba conta com amplo apoio na sociedade. Sondagem divulgada pelo Instituto Paraná Pesquisas apontou que 78,1% dos entrevistados são favoráveis à continuidade da grupo ante apenas 15,8% contrários —6,1% não opinaram. A sondagem ouviu 2.260 pessoas em todo o país, entre 11 e 15 de agosto.

Integrante do Grupo Muda Senado, que apoia a Lava Jato, o senador Major Olimpio (PSL-SP) disse que há um movimento que envolve segmentos dos três Poderes e também interno da PGR para esvaziar a operação, contestar e anular julgamentos e paralisar investigações. “Claro que há hoje uma campanha de satanização da Lava Jato”, afirmou ele.

Também integrante do Muda Senado, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) acredita que se há excessos, caberia à Corregedoria do MPF avaliar. Há procedimento neste sentido aberto no órgão. “As condições para não se renovar a força-tarefa estão sendo dadas”, disse o senador.

Randolfe e Olimpio participaram recentemente de uma conversa virtual com Aras na qual disseram que o procurador-geral não se comprometeu com a prorrogação do grupo. Procurado pela Reuters, o procurador-geral não se pronunciou.

Entre as possibilidades, segundo fontes, a PGR estuda se mantém o grupo, se o fatia ou coloca-o subordinado à Unac (Unidade Nacional Anticorrupção) —órgão que poderá ser criado para chefiar as forças-tarefas— ou até mesmo substituí-las. O debate sobre a criação da Unac está sendo travado no Conselho Superior do MPF, o principal órgão administrativo da instituição.

A possibilidade de se criar uma estrutura que pode ser ligada diretamente à cúpula da PGR preocupa integrantes da operação. Dois deles concordam com o fim da força-tarefa e até se atrelar as apurações à Unac, mas desde que haja uma autonomia em relação ao procurador-geral.

“Em nenhum momento, os atuais membros das forças-tarefas foram contra essa nova estrutura da Unac”, disse um procurador que atua na Lava Jato. “Queremos uma estrutura que funcione independentemente de quem seja o procurador-geral”, completou.

Procuradores da Lava Jato têm conversado com integrantes do Conselho Superior do MPF a fim de garantir —em caso de extinção das forças-tarefas— que procuradores continuem a conduzir as apurações, segundo uma das fontes.

Duas fontes admitem haver incômodo dentro e fora da instituição com o nome Lava Jato e até não se preocupam com o fim desse uso. “Não precisa se prender nisso, querem mudar o nome, dê outro”, disse uma delas.

No grupo, segundo uma fonte, há quem veja que o procurador-geral, com suas críticas à Lava Jato, pode, no final, estar prestando um serviço à narrativa de Lula, que busca tirar a legitimidade de uma eventual candidatura presidencial de Moro em 2022. Um interlocutor de Aras contesta essa avaliação. “Se há esse tipo de leitura, é um erro em princípio. A força-tarefa está querendo se colocar como cabo eleitoral?”, questionou.

Para Moro, que não comentou essas discussões, a operação representou o fim da tradição de impunidade da grande corrupção no Brasil, na esteira do caso do mensalão, julgado pelo Supremo. Disse que quando juiz sempre decidiu com base na lei e em provas.

“Nunca houve qualquer política. Nunca tive questões pessoais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, destacou, citando que a sentença que deu sobre ele —a condenação em 2017 no caso do tríplex do Guarujá— foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça.

“A Lava Jato foi o produto de uma ação das instituições de Estado, várias delas, em várias instâncias, inclusive do Supremo Tribunal Federal. Como ela foi muito abrangente, despertou vários inimigos que, por vezes, são pessoas politicamente poderosas. Algumas críticas são compreensíveis e devem ser consideradas, outras são motivadas por interesses não coincidentes com a aplicação da lei”, concluiu.

ERROS E AVANÇOS

Em entrevista à Reuters, o professor José Eduardo Faria, docente no Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Universidade de São Paulo e da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que a força-tarefa de Curitiba cometeu erros, citando inexperiência de integrantes em como lidar com novos fatos, uso e abuso de interpretações baseadas em princípios e trocas de informações, uma referência às mensagens da chamada Vaza Jato.

Contudo, Faria avalia que isso não é motivo para enterrar a Lava Jato ou a figura jurídica das forças-tarefas. Para ele, houve um saldo positivo de avanços com as investigações. “Os excessos não autorizam a destruição da Lava Jato”, disse.

O professor da USP e da FGV disse que um traço comum nas forças-tarefas é a presença de procuradores e juízes que estudaram no exterior e tiveram contato com uma concepção do direito penal anglo-saxônica, baseada em princípios e conceitos mais abertos, que se choca com a cultura do país que é franco-romano-germânica, com tipos penais claros.

O docente disse que o “pecado mortal” da força-tarefa foi a ida de Sergio Moro para o governo Jair Bolsonaro. Segundo ele, ao haver uma “evidente vinculação” de Moro com os procuradores, o ingresso do ex-juiz no governo fez com que eles perdessem seu “grande trunfo” e “capital simbólico”.

“No momento em que o então juiz Sergio Moro aceitou ser ministro da Justiça de um presidente sem biografia, que foi eleito por circunstâncias que não cabe agora (discorrer), naquele momento ele, de certo modo, tirava da Lava Jato a ideia de que era uma operação que era absolutamente isenta, objetiva, sem envolvimento partidário”, disse.

“E isso enfraqueceria a ideia de uma força-tarefa do Ministério Público, abriria caminho para que houvesse uma ruptura interna dentro do próprio Ministério Público Federal, como está acontecendo, e isso geraria uma pressão da classe política contra as forças-tarefas de modo geral”, completou.

 

*Ricardo Brito/Reuters

*Foto destaque: The Intercept

 

 

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Bolsonaro fará evento no Planalto para “comemorar” o que chama de vitória contra a covid-19, com 113 mil mortos.

Presidência não forneceu mais informações sobre o que acontecerá no encontro, que está previsto para ocorrer na segunda-feira.

O primeiro compromisso do presidente Jair Bolsonaro na próxima segunda-feira será participar do “Encontro Brasil vencendo a Covid-19“, no Palácio do Planalto. O evento consta na agenda oficial divulgada na noite desta sexta, dia em o número de mortos pela doença no país superou a marca de 113 mil. O Brasil já registrou mais de 3,5 milhões de casos confirmados do novo coronavírus.

Até o momento, a Presidência não forneceu mais informações sobre o que acontecerá no encontro, que está previsto para ocorrer das 11h ao meio-dia, será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pela TV Brasil.

Em seguida, de acordo com a agenda, Bolsonaro receberá o médico Roberto Kalil, a quem o presidente parabenizou durante pronunciamento em abril por ter revelado que foi medicado com a hidroxicloroquina após ser diagnosticado com a Covid-19. O medicamento, que não tem a eficácia cientificamente comprovada, é defendido pelo presidente no tratamento da doença.

Apesar de tratar da pandemia, o evento não deve contar com a presença do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. A pasta informou nesta sexta que, no mesmo horário, ele estará participando de cerimônia de início das operações da unidade de apoio ao diagnóstico da Covid-19 na Fiocruz Ceará.

 

*Com informações de O Globo