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189.695 militares receberam irregularmente auxílio de R$ 600, totalizando R$ 113,8 milhões

Enquanto o governo mostra descaso com as longas filas enfrentadas por desempregados e informais para receber o auxílio emergencial de R$ 600 nas agências da Caixa Econômica Federal, quase 190 mil militares foram contemplados com o auxílio emergencial sem qualquer trabalho.

Dados do governo revelam que 189.695 militares da ativa receberam o auxílio emergencial, totalizando R$ 113.816.990,00.

Em nota enviada ao Blog, o Ministério da Defesa disse que “verifica a possibilidade de recebimento indevido de valores referentes ao auxílio emergencial, concedido pelo Governo Federal no período de enfrentamento à pandemia do coronavírus, por integrantes da folha de pagamentos deste Ministério”.

A pasta acrescenta: “Neste sentido, estão sendo adotadas as medidas para apuração do ocorrido, visando identificar se houve valores recebidos indevidamente, de modo a permitir a restituição ao erário e as demais considerações de ordem administrativo-disciplinar, como necessário”.

Procurada, a Caixa informou que é responsável apenas pelo pagamento dos auxílios emergenciais, cujos dados são processados pela Dataprev, com base em informações recebidas do Ministério da Cidadania.

Procurados, a Dataprev e o ministério ainda não se pronunciaram. Alegam que estão esperando as áreas técnicas se pronunciarem para saber o que aconteceu.

As queixas de informais, desempregados, microempreendedores individuais são muitas em relação ao coronavoucher. Muitos reclamam que já fizeram os cadastros no site da Caixa, mas, até agora, não tiveram resposta.

As filas em frente às agências da Caixa são intermináveis e se tornaram um risco para muita gente por causa da pandemia do novo coronavírus. Ou seja, além de não receberem a ajuda prometida pelo governo, as pessoas estão expostas a pegarem a Covid-19.

 

 

*Com informações do Correio Braziliense

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Vídeo: Greve dos petroleiros avança e clama aos movimentos sociais, líderes parlamentares e esquerda a apoiar a greve de resistência

A greve dos petroleiros completou o seu 16º dia de resistência contra a privatização da Petrobras e o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). O movimento se expande, ganha adesão crescente da categoria, e segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) já são mais de 20 mil trabalhadores paralisados em 116 unidades da Petrobras, de norte a sul do país.

A greve nacional dos petroleiros por sua dimensão e intensidade ingressa numa etapa decisiva, com as inevitáveis implicações na arena política polarizada em curso no país. Neste momento, é fundamental ampliar e fortalecer o apoio político e social ao movimento.

O desmonte do Sistema Petrobras faz parte da ofensiva privatista do governo neoliberal e entreguista de Bolsonaro. A estatal foi resultado do impulso desenvolvimentista brasileiro ainda no governo nacionalista de Getúlio Vargas, atendendo um anseio das massas populares que foram às ruas dizer que o “petróleo é nosso!” .

O fechamento da Fafen, além de comprometer a cadeia produtiva da indústria petroquímica, de imediato, vai causar a demissão de mil trabalhadores (diretos e terceirizados) e de quase quatro mil empregos indiretos, com impacto efetivo na economia do município de Araucária, na região metropolitana de Curitiba.

Neste sentido, é fundamental ampliar as ações concretas de apoio ao movimento grevista dos petroleiros, unificando a mobilização da categoria com os diversos segmentos em luta contra as privatizações como os trabalhadores dos Correios, da Eletrobras, da Dataprev ainda ameaçados, da Casa da Moeda e agora a junção com o protesto dos caminhoneiros.

E para romper a operação de confinamento da greve, imposta pelo silêncio sistemático da mídia corporativa pró-governo, é um imperativo a realização de atos públicos nas capitais e cidades com bases da Petrobras, audiências públicas nas casas legislativas e ações de propaganda nos locais de maior afluência popular. O que também amplia as possibilidades para travar a disputa de narrativa em torno da defesa do caráter estatal da Petrobras, da sua importância para a economia nacional, e, ao mesmo tempo, facilitando a denúncia da nefasta política de preços dos combustíveis adotada pelo governo de Bolsonaro e Guedes.

Os partidos de esquerda, os movimentos sociais e os líderes parlamentares do campo popular e democrático estão chamados a assumir como prioridade política o apoio à greve de resistência dos petroleiros. Uma ação necessária no contexto da agenda de combate político ao governo bolsonarista.

Todo apoio aos petroleiros é a palavra de ordem para enfrentar e conter as ameaças do governo, a intransigência e chantagem da direção da empresa, o confinamento programado pela mídia e a hostilidade do Poder Judiciário contra a greve.

 

 

*Com informações do 247

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Bolsonaro vai privatizar empresa que tem dados sigilosos de todos os brasileiros

Estatal Serpro é referência no setor de tecnologia e detém informações estratégicas para a soberania nacional.

Informações estratégicas para o país e dados sigilosos de milhões de brasileiros e brasileiras passarão para as mãos da iniciativa privada se o governo Jair Bolsonaro (PSL) levar adiante a proposta de desestatização do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) – empresa pública de tecnologia formada por quatro mil sistemas de informação, incluindo Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs), Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJs), operações de comércio exterior, cadastro de veículos e declarações de imposto de renda, entre outros.

Melhor empresa do setor digital segundo o ranking “Maiores e Melhores” da revista Exame em agosto do ano passado, o Serpro registrou lucro líquido de quase R$ 460 milhões em 2018. A estatal foi incluída no mês passado na lista de empresas que Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, pretendem leiloar, com possibilidade de desnacionalização.

“Nós somos uma empresa de grandes demandas, que usa um banco de dados de tamanho imensurável. O Serpro faz um investimento alto na segurança de dados. A iniciativa privada não vai fazer o investimento que a Serpro faz. A diferença fundamental é que TI [Tecnologia da Informação] pública tem a visão social, e a privada é com foco no capital, no lucro”, avalia Telma Dantas, trabalhadora da Serpro e diretora de políticas sindicais da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamentos de Dados (Fenadados).

A empresa tem 11 escritórios em várias regiões do país, com cerca de 10 mil funcionários e mais de 50 anos de experiência no setor.

Histórico

A primeira investida no sentido de privatização do Serpro, segundo a Fenadados, aconteceu no governo Michel Temer (MDB), que alterou o estatuto da empresa para ampliar a terceirização de serviços e áreas de atuação.

Em linhas gerais, o projeto de entrega do patrimônio público anunciado por Bolsonaro encontra paralelo nas diretrizes do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), nos anos 1990, embora a tentativa de desmonte tenha ocorrido em outros setores.

“A privatização da década de 90 tem uma característica diferente desta privatização. Lá foram privatizados os serviços e siderúrgicas, de uma forma geral. O pacote do governo agora quer privatizar a Casa da Moeda; a Serpro, que arrecada; a Dataprev, que tem o poder em relação aos pagamentos da Previdência Social… Se o governo fragiliza uma base de dados dessas, ele pode descontinuar os serviços”, alerta Dantas.

Vera Guasso, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Sindppd-RS), lembra que o Serpro presta serviços para a iniciativa privada, especialmente empresas de seguro.

“A iniciativa privada se utiliza das informações do Serpro. A empresa, desde 2017, vem tendo uma alta lucratividade por conta disso”, ressalta.

Por trás do projeto de privatização, estaria o interesse de empresas estrangeiras de tecnologia em assumir o controle de uma estatal estratégica e bem estruturada, segundo o analista de sistemas da Serpro Flavio Acerga.

“Não é de hoje que gigantes da tecnologia da informação como Google, IBM e Microsoft estão de olho nas operações e dados do Serpro e da Dataprev”, afirma.

A Serpro tem no seu banco de dados informações de Imposto de Renda de mais de 38 milhões de contribuintes, além de informações bancárias de milhares de empresas. Os dados bancários dos 33 milhões de aposentados e pensionistas do INSS estão na DataPrev, assim como as informações das empresas que descontam as contribuições previdenciárias.

Procurada pela reportagem, a estatal informou que não quer se manifestar sobre a possibilidade de privatização, alegando se tratar de assunto de competência do Ministério da Economia.

Sobre os serviços que presta à iniciativa privada, o Serpro informou ter entre seus clientes a Uber e a 99, aplicativos de transporte, e a Havan, rede de lojas de departamentos.

 

*Com informações do Brasil de Fato

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Enquanto isso, lá se vão as estatais brasileiras

E nós brasileiros, assistimos calados.

Paulo Guedes anuncia nesta quarta-feira (21) mais uma etapa do desmonte do Estado brasileiro com uma lista de 17 empresas estatais que serão privatizadas pelo governo.

“Nós vamos acelerar as privatizações. Amanhã saem as 17 empresas, e ano que vem tem mais. E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não vai ser privatizado, mas vai entrar na faca”, disse Guedes em evento com economistas nesta terça-feira (20) em São Paulo.

Entre as estatais que serão privatizadas estão a Eletrobras, os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Confira a lista que será anunciada nesta quarta-feira (21) por Guedes.

– EBC (Empresa Brasil de Comunicação)
– Casa da Moeda
– Telebras
– Correios
– Eletrobras
– Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo)
– Emgea (Empresa Gestora de Ativos)
– ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias)
– Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados)
– Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social)
– Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo)
– Ceasaminas (Centrais de Abastecimento de Minas Gerais)
– CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos)
– Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.)
– Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo)
– Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada)
– Lotex (Loteria Instantânea Exclusiva)

 

*Com informações da Forum