Uma multidão tomou hoje as ruas de Curitiba para reforçar seu voto de confiança em Lula.
Havia sim uma expectativa de como Lula seria recebido na cidade em que foi sequestrado por um bando de “purificadores da moral”. Eles derramaram ácido na constituição e não faltou quem lhes beijasse os pés, sobretudo na mídia, o que não surpreende. É só puxar o fio da história recente para ver que a mídia sempre esteve do lado oposto não de Lula, de Dilma, do PT ou da esquerda, mas do povo, principalmente do povo pobre, a camada mais sacrificada que sempre pagou o pato.
A mídia sempre estimulou o apetite do fascismo no Brasil. E não se enganem, ela tem água na boca pelo sabor dessa forma de fazer política.
Por isso, não só a Lava Jato foi uma forma que a mídia encontrou de agentes do Estado se transformarem em agentes políticos do fascismo para usá-los a modo e gosto, como deu a eles honrarias de heróis que hoje se encontram na mais profunda desmoralização que acaba sim, afetando a imagem de todo o sistema de justiça no Brasil.
Todos sabem que o neoliberalismo só é possível se for dentro das regras do neofascismo, só é “aceito” pela sociedade através de golpes, como deram em Dilma e, em seguida Lula.
A nossa mídia é rigorosamente neoliberal, portanto, é, na essência, tão predadora e cínica quanto o mandatário de plantão.
Assim, ela, mesmo diante de um juiz como Sergio Moro, que apresentou como prova documental ao próprio Lula um documento apócrifo e imediatamente recusado pelo réu, por valer o mesmo que nada, a mídia jamais tocou nesse assunto, mesmo que vídeos espelhados pelas redes escancarem que um juiz cometeu crime de falsificação de prova.
Basta isso para afirmar, sem qualquer medo de errar, que a mídia segue fingindo que Moro não é o criminoso que é para a própria não se comprometer, pois Moro nada mais é do que uma farsa saída das costelas das redações industriais.
Bolsonaro é somente consequência disso. Consequência direta, já que o juiz que condenou Lula sem provas, barganhou a sua condenação e prisão por uma super pasta que lhe desse visibilidade política para satisfazer a sua maior ambição, a presidência da República.
O que mostrou a limitação intelectual de um juiz que beira a uma espécie de bolsonarismo mental e uma mídia que tentou transformá-lo no novo Bolsonaro pela terceira via.
Moro encalhou em 8% e não teve como não correr da raia e tentar uma já fracassada candidatura ao Senado pelo Paraná, depois de ter impedida pelo TSE a sua candidatura por São Paulo.
Agora, tudo indica que Lula vencerá as eleições com chances reais de ser no primeiro turno, fato inédito na história do ex-presidente, que saiu com 87% de aprovação em seu segundo mandato.
Já Moro, que representa não só a desmoralização da Lava Jato, mas também da mídia que o inventou, será derrotado, como tudo indica, e cairá no total ostracismo como um encalhe político que ficará marcado pelas lendas políticas da história.
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