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Banco do BRICS sai do marasmo e fortalece moedas locais sob Dilma Rousseff, diz analista

Condecoração da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do BRICS, Dilma Rousseff, por Xi Jinping aumenta prestígio da instituição e do Brasil, avalia analista. Saiba quais os avanços e desafios do banco e se o Brasil se beneficia de fato do mandato de Dilma.
A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do BRICS, Dilma Rousseff, foi condecorada pelo presidente chinês Xi Jinping com a Medalha da Amizade, neste domingo (28). A honraria atesta o bom desempenho da brasileira à frente do banco, confirmado por especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil.

“Nos últimos 75 anos, houve muitos velhos e bons amigos no mundo que compartilham as mesmas aspirações e permanecem juntos com o povo chinês nos bons e maus momentos; a sra. Dilma Rousseff […] é uma representante notável entre eles”, disse Xi Jinping durante a cerimônia.

O presidente Xi ainda disse que “o povo chinês nunca esquecerá aqueles amigos internacionais que fizeram contribuições extraordinárias para o desenvolvimento da China e a amizade entre o povo chinês e o povo de outros países”, reportou o jornal Brasil de Fato.

O presidente chinês, Xi Jinping, se prepara para entregar a medalha nacional à ex-presidente do Brasil e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, durante uma cerimônia no Grande Salão do Povo em Pequim, 29 de setembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2024

“É uma grande honra receber a Medalha da Amizade da China, um país com uma rica história milenar e que hoje se destaca como uma potência econômica global”, declarou Dilma Rousseff durante o seu discurso. “O compromisso assumido pela China com a reforma e abertura não apenas permitiu a retirada de centenas de milhões de pessoas da pobreza, como contribuiu, de forma significativa, para o crescimento econômico e a estabilidade globais.”
A ex-presidenta do Brasil assumiu o banco em 2023, substituindo o também brasileiro Marcos Troyjo. O mandato de Rousseff, marcado sobretudo pelo esforço por reduzir o papel do dólar no comércio entre os países-membros, deve terminar em julho de 2025.
“A condecoração de Dilma é uma sinalização política de que a China tem interesse no aumento do prestígio do banco, em reforçar a posição dele como alternativa ao FMI [Fundo Monetário Internacional]”, disse o professor de finanças e controle gerencial do COPPEAD/UFRJ, Rodrigo Leite, à Sputnik Brasil. “Também é um sinal positivo de Pequim em relação ao atual governo brasileiro. É uma forma de apontar para os seus aliados quais são as suas prioridades.”

A liderança de Dilma Rousseff no NBD retirou o banco de certo marasmo institucional, no qual poucos avanços eram realizados, acredita a professora da PUC-Rio e pesquisadora do BRICS Policy Center, Maria Elena Rodriguez.

“Acho que o banco tem melhorado bastante, porque até poucos anos atrás ele estava acanhado, com desempenho aquém do planejado”, disse Rodriguez à Sputnik Brasil. “Havia um exercício e número de empréstimos muito pequeno, e o banco crescia pouco.”
A entrada de novos membros, como Egito, Emirados Árabes Unidos,

Uruguai e Argélia, aliada à expansão nos investimentos e empréstimos do banco, deu nova tração à instituição. Fortalecido, o NBD tem maior capacidade para avançar na agenda voltada para o Sul Global, com ênfase em investimentos verdes.

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Brasil

Dilma Rousseff é eleita Mulher Economista de 2023

A ex-presidente Dilma Rousseff, hoje presidente do banco dos BRICS, foi nomeada no último sábado (9) a Mulher Economista de 2023 pelo sistema Cofecon/Corecons, que congrega os conselhos federal e regional de economistas.

Atualmente, Rousseff ocupa a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), com sede em Xangai, China, desde março deste ano. A ex-presidente foi indicada para liderar o NDB em março deste ano, com um mandato que se estende até 2025. Sua nomeação como Mulher Economista de 2023 pelo sistema Cofecon/Corecons destaca sua trajetória e contribuições no campo da economia.

A votação do prêmio foi secreta e ocorreu durante uma plenária da Cofecon, realizada em formato híbrido. A honraria será entregue em 2024, durante a posse da nova diretoria do conselho, em data a ser confirmada.

“A premiação marca não apenas a celebração do mérito da economista, mas também destaca a importância de reconhecer e valorizar as mulheres que desempenham papéis relevantes na promoção do desenvolvimento com responsabilidade social”, disse o Cofecon, em nota.

Segundo o conselho, a escolha da ex-presidente reflete sua expertise no campo econômico e seu papel fundamental na implementação de políticas que moldaram a trajetória econômica do Brasil.

“O Sistema Cofecon/Corecons reafirma seu compromisso com a promoção da igualdade de gênero e o reconhecimento do talento feminino em todas as esferas profissionais”, disse.

Dilma Rousseff foi ministra nos dois primeiros governos do presidente Lula. Ela comandou Minas e Energia e a Casa Civil. Lula chegou chamar Dilma de “mãe do PAC”, o Programa de Aceleração do Crescimento.

Em 2010, Rousseff foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil.

 

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Opinião

As pedaladas da mídia

Às vezes fico imaginando esses momentos de catarses midiáticas como são as reuniões nas redações da grande mídia para se discutir a pauta do dia, digo aquela pauta político-partidária até o último fio de cabelo.

Imediatamente vem-me a frase do grande Tom Jobim, “o Brasil não é para amadores”.

Tom Jobim, um dos nossos grandes gênios da música, era também um poeta, dos grandes. Lógico, com seu carisma, fez com que essa frase ganhasse conotação relativamente suave, mas não contemporizadora, muito menos derrotista.

Aliás, Tom foi um dos grandes frasistas brasileiros. Outra frase lapidar, que cabe bem neste assunto é “No Brasil, sucesso é ofensa pessoal” e define melhor a relação invejosa da classe dominante com o sucesso nacional e internacional dos governos Lula.

Somente isso justifica tanto ódio dessa parcela privilegiada da sociedade a Lula.

Lula, quando governou o Brasil em dois mandatos, mostrou que não só os pobres poderiam viver uma outra realidade, como transformaria essa outra realidade na mola mestra do desenvolvimento e soberania do país.

Fazer o quê? A classe dominante brasileira é medíocre, pusilânime, intelectualmente chulé, mas sobretudo cativa de um pensamento civilizatório herdado da escravidão.

Por isso, atacar Lula não satisfaz por completo os “donos da terra”, é preciso, em quantidade e ferocidade, atacar seu entorno, seus aliados, seus parceiros e, sobretudo, sua sucessora.

No caso de Dilma Roussef, para se criar uma onda, mais do que isso, a pior, a mais sórdida campanha contra uma mulher da história do Brasil, a mídia não economizou munição, o que tivesse nas mãos, de pedra a bomba atômica, teria que ser jogado nela, principalmente depois que ela baixou os juros a patamares nunca vistos no Brasil.

Ou seja, Dilma era tudo de pior para essa mídia que atende aos interesses dos banqueiros e rentistas. E Dilma estava bulindo na sua galinha de ovos de ouro.

Então, era preciso execrar, matar, enterrar e salgar seu túmulo político, o que, lógico, deu errado. Hoje Dilma brilha, uma estrela técnica irretocável no comando do Banco dos BRICS, o mais importante do planeta.

Já as Miriams, os Sardenbergs e outras figuras de igual monta no colunismo econômico da mídia, seguem marcando os mesmos passos, utilizando os mesmos chavões neoliberais que mantêm o emprego dos pobres diabos.

Agora, o TRF-1 confirma, não houve pedaladas, as tais pedaladas que deram a Eduardo Cunha, imagina isso, em parceira com Aécio e Temer, a possibilidade de, em irmandade com a mídia, construir e decretar o golpe de Estado contra a primeira mulher presidente do Brasil. Foi uma fraude, um crime contra a constituição e, logicamente, contra a própria democracia, no momento em que um juiz de 1ª instância condenou Walter Delgatti por ter hackeado e divulgado o jogo de manipulação jurídica comandado por Sergio Moro e Dallagnol, o mesmo Moro, que segue impune, apesar de tet hackeado criminosamente o telefone da presidência da República ocupada por Dilma e ainda divulgar na Globo em horário nobre.

As poucas famílias que controlam o sistema financeiro no Brasil, a grande mídia e o entorno desse mundo de poucos, deixam claro que a frase de Tom Jobim é uma tradição “o Brasil não é para amadores”, que evidencia uma civilização rude e bárbara, medieval e, acima de tudo, patriarcal.

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Opinião

Quando você se sentir um idiota, lembre-se que a mídia tratou Moro como herói

Sim, a mídia, no período do golpe contra Dilma, tratava Sergio Moro e Eduardo Cunha na mesma medida em sua régua. E qual era a medida? Os dois, juntos, potencializariam a derrubada golpista da primeira mulher presidenta do Brasil.

E aqui abro um parêntese para dizer que esses dois, que se transformaram em cachorros mortos, guardam uma distância infinita diante de Dilma e do posto que ela ocupa no Banco dos BRICS e, consequentemente na geopolítica global.

Também por isso, de tempos em tempos, somos obrigados a lembrar do discurso histórico de Dilma Rousseff, quando deixou o governo, em que ela, da primeira à última palavra, disse o que aconteceria com o Brasil, sem errar suas previsões. Toda a tragédia que o Brasil viveria, com Temer e, depois, com Bolsonaro, foi prevista por ela, sem tirar nem pôr.

Mas em duas frases, ditas em momentos diferentes, Dilma sentenciou o futuro da direita, “não ficará pedra sobre pedra”. Mais assertiva, impossível. Já a segunda frase explica o título, quando, durante o golpe, disse que “o Brasil vivia uma enorme crise cultural”.

E Dilma acertou ainda mais, porque se assim não fosse, Moro não seria considerado herói nacional pela mídia industrial. Só mesmo uma crise ética e moral seria capaz de produzir uma crise cultural tão avassaladora em toda a mídia brasileira.

Agora, a mídia não sabe como explicar por que Moro e seu ajudante de ordem, Deltan Dallagnol, que são protagonistas de uma grotesca farsa jurídica chamada Lava Jato, foram elevados a figuras máximas da nação dentro de cada redação, de cada jornalão e para cada barão da comunicação.

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Mundo

Arábia Saudita deve aderir ao banco dos BRICS, no primeiro marco da gestão Dilma

BRICS e Arábia Saudita em negociações que podem abalar o domínio dos EUA, aponta o Financial Times.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Financial Times e pela agência Sputnik, a Arábia Saudita está atualmente em negociações para ingressar no Novo Banco do BRICS. Essa notícia tem despertado grande interesse e gerado especulações sobre o possível enfraquecimento do domínio dos Estados Unidos. O Novo Banco de Desenvolvimento, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, já iniciou um diálogo com os sauditas e considera o país de grande importância devido à sua posição como o segundo maior produtor de petróleo do mundo.

A inclusão da Arábia Saudita fortaleceria as opções de financiamento para o país e também aumentaria a capacidade de enfrentar as sanções ocidentais. Além disso, estreitaria os laços entre os países do bloco BRICS e o banco, que foi estabelecido pelas maiores economias em desenvolvimento do mundo como uma alternativa às instituições lideradas pelo Ocidente, como as de Bretton Woods.

Nova ordem mundial – O Financial Times também ressalta que a crescente influência dos BRICS sinaliza o possível fim da era de domínio dos Estados Unidos e do grupo conhecido como G7, que reúne as sete principais economias do mundo. Essa mudança de paradigma já vem sendo observada há algum tempo, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou anteriormente que os países do BRICS estão acelerando a transição para acordos comerciais em suas moedas nacionais.

A potencial entrada da Arábia Saudita no Novo Banco do BRICS representa um avanço significativo na consolidação do bloco e pode sinalizar um novo equilíbrio de poder no sistema financeiro global. Vale ressaltar que o banco é presidido por Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil. A busca por alternativas ao domínio econômico dos Estados Unidos tem sido uma tendência entre as nações emergentes, e o fortalecimento dos BRICS pode abrir caminho para uma nova ordem mundial mais diversificada e multipolar.

*Com 247

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Com Dilma, Chico e Esquivel, o imperdível documentário A Fantástica Fábrica de Golpes. Assista-o já e compartilhe!

31 de agosto de 2016. O Senado brasileiro escreve a mais vergonhosa página de sua história. Por 61 a 20, aprova o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) pelo infundado crime de responsabilidade baseado nas chamadas “pedaladas fiscais”.

20 de setembro de 2022. Após 6 anos e 20 dias, a ex-presidenta Dilma e equipe tomam ciência de que a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão de Combate à Corrupção Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito que investigava as supostas pedaladas fiscais.

Essa decisão, unânime, foi aprovada em 7 de fevereiro pelo MPF, que não a publicizou na época.

“A verdade veio à tona”, disse Dilma Rousseff em nota oficial, publicada no seu blog.“Demorou, mas a Justiça está sendo feita”.

Na verdade, a decisão do MPF tem dois efeitos práticos:

1. Sepulta de vez qualquer denúncia contra a ex-presidenta Dilma. É fim de caso, mesmo!

2. Confirma o que já sabíamos desde 2016: Dilma foi vítima de um golpe, travestido de impeachment.

Mais precisamente de um golpe político, parlamentar, jurídico e, claro, midiático.

O golpe que derrubou Dilma não teria se concretizado sem o apoio maciço e as estratégias de manipulação da grande mídia, em especial da Rede Globo.

“Em 2016, foram inúmeras noites mal dormidas. Assistimos em agonia a democracia brasileira desmoronar”, relembram os jornalistas brasileiros Victor Fraga e Valnei Nunes, que há anos residem em Londres, no Reino Unido.

Era apenas o começo da tragédia que vivemos hoje em dia.

“Em seguida, vieram a campanha de lawfare e a prisão política de Lula e ascensão da extrema direita encarnada por Jair Bolsonaro, declaradamente defensor da ditadura militar e da tortura de presos políticos”, prosseguem.

“A grande mídia e as fake news tiveram um papel fundamental nesse processo”, salientam.

“Aí, decidimos realizar o documentário A Fantástica Fábrica de Golpes”, revelam Fraga e Nunes, que são os diretores.

 

 

 

 

 

 

 

Os jornalistas Victor Fraga e Valnei Nunes são os diretores do documentário A Fantástica Fábrica de Golpes

O filme é uma produção anglo-brasileira.

Estreou em Cuba, no Festival de Havana, em dezembro de 2021.

Percorreu diversos festivais europeus, entre os quais o prestigoso BFI, no Reino Unido, onde foi lançado em 29 de maio de 2022.

Atualmente, está em cartaz em nove cinemas de capitais brasileiras.

No entanto, devido ao crucial momento do Brasil, Fraga e Nunes decidiram, às vésperas das eleições, disponibilizar gratuitamente o filme a um pool de mídias alternativas, entre os quais o Viomundo.

Assista-o já! Está ao final.

A temporada é curtíssima.

Vai até amanhã, segunda-feira, 26-09.

O filme levanta questões urgentes.

O objetivo é fazer com que as pessoas reflitam sobre a situação do País e questionem a informação que recebem via grande mídia e redes sociais.

Ao longo dos últimos três anos, Fraga e Nunes viajaram por 11 cidades brasileiras e cinco países na Europa e América do Sul para coletar imagens exclusivas e entrevistar várias pessoas famosas, entre as quais: a ex-presidenta Dilma Rousseff, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel, o cantor e compositor Chico Buarque, o advogado britânico de direitos humanos Geoffrey Robertson, o jornalista Glenn Greenwald e o ativista Jean Wyllys.

“Nosso filme é um registro histórico e uma ferramenta de denúncia. Precisamos aprender com os erros cometidos nos últimos anos para que Brasil se livre de sua longa tradição de golpes de estado”, concluem Victor Fraga e Valnei Nunes

https://youtu.be/M6ja8zpeluY

*Com Viomundo

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Kirchner diz a Dilma que nervosismo do atirador fez arma falhar

Cristina Kirchner disse a Dilma Rousseff que escapou “por um milagre”, e, de acordo com a polícia, a arma estava funcionando.

De acordo com Guilherme Amado, Metrópoles, A ex-presidente Dilma Rousseff telefonou na manhã desta sexta-feira para a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, horas após a tentativa de atentado na noite de ontem (1º/9) em Buenos Aires. Cristina estava muito tensa na conversa.

Cristina disse a Dilma que escapou “por um milagre”, e, de acordo com a polícia, a arma estava funcionando. Segundo a vice-presidente, o nervosismo do brasileiro que tentou matá-la foi o que acabou a ajudando.

O atirador, segundo Cristina, atrapalhou-se na hora de disparar, não puxou o gatilho direito e a bala não entrou no tambor da Bersa, calibre 32. Havia cinco balas no revólver, mas nenhuma delas entrou na câmara da pistola.

Fernando Sabag Montiel foi preso em flagrante.

Nas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (2/9), Dilma publicou uma mensagem se solidarizando com a vice-presidente da Argentina. A petista disse que o ato merece o repúdio do mundo inteiro e afirmou que o “ódio político e a violência de índole fascista” são estimuladas por políticos extremistas e configuram uma ameaça à democracia.

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Bolsonaro: Os brasileiros viviam melhor no tempo de Lula

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda (16), concordar que, no governo do ex-presidente Lula, os brasileiros viviam melhor. A declaração foi dada a seus apoiadores na porta do Palácio do Alvorada.

Ele culpa as medidas de distanciamento social adotadas durante a pandemia de covid-19 para salvar vidas e a guerra na Ucrânia pela situação da economia sob seu governo ser pior do que durante a gestão do petista.

“Falaram ‘no tempo dele [Lula], o povo vivia um pouco melhor do que hoje’. É lógico que vivia, concordo! Temos um pós-pandemia, do ‘fique em casa’, economia a gente vê depois, uma guerra, entre outros problemas”, afirmou Bolsonaro.

O comentário ocorreu em um momento em que ele acusava a gestão dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de corrupção. E afirmou que a vida poderia ter sido ainda melhor se não houvesse desvio de recursos públicos.

“Mas lá atrás, se se vivia melhor, poderia ter vivido muito, mas muito melhor ainda se não tivesse roubado tanto”, afirmou.

Bolsonaro vem sofrendo o impacto da inflação sobre a aprovação de seu governo e, portanto, de seus índices eleitorais.

Com a alta no preço do leite, da batata, do óleo de soja, do pão francês, da carne, do etanol, do diesel, o Brasil registrou a maior inflação para o mês de abril desde 1996, com o IPCA marcando 1,06%. A queda no poder de compra dos trabalhadores continua sendo a principal dor de cabeça de Jair Bolsonaro no caminho para a reeleição.

De acordo com o Dieese, o custo dos alimentos em abril cresceu nas 17 capitais avaliadas mensalmente pelos instituto. Com isso, o preço da cesta básica chegou a assustadores R$ 803,99 em São Paulo, R$ 788 em Florianópolis, R$ 780,86 em Porto Alegre e R$ 768,42 no Rio de Janeiro.

A última edição da pesquisa Genial/Quaest apontou que subiu de 51% para 59% os que avaliam que piorou a sua capacidade de pagar as contas nos últimos três meses.

Em novembro de 2021, 73% consideravam que a economia tinha piorado. Desde então, esse índice estava caindo até que estabilizou em 62%. Uma das razões para isso é que, enquanto 35% apontavam a economia como o maior problema do país em fevereiro, hoje já são 50% – um misto de arrefecimento da pandemia com a corrosão do poder de compra.

Os mais afetados são os pobres, que não contam com reservas e para quem a inflação traz fome. Lula se mantém com 56% de intenções de votos entre quem ganha até dois salários mínimos – Bolsonaro oscilou de 24% para 22% entre abril e maio nesse grupo. Já entre quem ganha mais de cinco salários por mês, Bolsonaro vence Lula por 43% a 36%.

A pesquisa aponta que a desaprovação ao governo Bolsonaro entre os que recebem o Auxílio Brasil de R$ 400 vinha caindo, mas também parou. Oscilou um ponto para cima, de 47% para 48% em um mês, dentro da margem de erro de dois pontos. A inflação vem comendo o benefício.

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Política

TSE decide que nós não vimos o que vimos na campanha eleitoral de 2018

A maldição da escravidão parece perseguir o Brasil. Não são poucas as estátuas erguidas em memória de algum personagem que, quando não tem qualquer brio heroico, é vulgar ou um conspirador contra o próprio povo.

Nossos vultos, na verdade, são vultos da elite. Nossos patriarcas então, nem se fala. Na maioria das vezes são dignos de uma pichação lúcida, ou seja, num país em que a maioria das celebridades não consegue uma narrativa poética justo por não ter contribuído com nada de positivo para a nossa civilização, acaba por ter uma política de colônia e instituições enraizadas nela.

Basta andar um pouco no tempo para entender quem era a maior autoridade que concebia como legal um ser humano negro, homem ou mulher, preso ao tronco feroz da escravidão sofrendo a dor e a humilhação do açoite.

Em pleno século XXI seria normal sonhar com o novo conceito civilizatório, costumes novos e ambientes novos, isentos do hálito e da tradição envenenada do Brasil escravocrata. Mas parece que não.

Os conselhos e instruções que tornam um banqueiro um rei nesse país mostram que, ao contrário do que se sonha, o grande capital construiu apenas um novo império aonde as luzes da justiça só miram e focam aqueles amaldiçoados pelas classes dominantes.

Lógico, isso nos cobre de vergonha. No mundo, existem vários casos em que o judiciário merece louvores da sociedade pelos serviços prestados a ela, mas no Brasil, seguindo a velha tradição, esse sonho que se cristalizou em tantos países, nas terras cabrálias jamais foi realmente cogitado.

Não se tem a mais vaga ideia do que de fato é o conceito da palavra justiça.

Na verdade, quando não há ausência, a grosseria do meio é tanta que as Supremas cortes brasileiras são um acervo clássico de um bolor que ignora o próprio sentido de cidadania esculpindo em suas regras concretas, opondo-se frontalmente à consciência da coletividade.

Por isso não há o menor entusiasmo da população quando se fala das “glórias” do judiciário brasileiro aureolado de heroísmo pelos exercícios retóricos de nossa mídia que segue o mesmo senhor.

No futuro, quando for contado que tanto na farsa do mensalão que José Dirceu, José Genuíno, entre outros, foram encarcerados na base de uma suposta teoria do domínio do fato, por um personagem moldado pela mídia para compensar a viuvez de um partido, o PSDB, representante da oligarquia que mais à frente desceria ao inferno disfarçado de democrata para apoiar a eleição de um genocida, ninguém acreditará.

Não demorou muito para que os deuses absolutos de nossa suprema toga emudecessem diante de um golpe de Estado na primeira presidenta da história do Brasil, Dilma Rousseff, uma mulher de honestidade e honradez absolutamente ímpares que foi violentamente arrancada do poder junto com mais de 54 milhões de votos com a anedótica acusação de pedalada fiscal.

Com um detalhe, a tríade que comandou esse verdadeiro estupro na constituição diante dos olhos vendados do judiciário, é formada pelos três maiores corruptos da história da República, Aécio, Cunha e Temer.

Pergunta-se, como a história contará isso? E a pergunta será feita com exclamação, alguém minimamente decente das próximas gerações acreditará numa história dessa? Não, dirá que é lenda, que é apenas um ornamento retórico para dar orelha aos lobos, porque isso não é coisa de uma sociedade civilizada, mas sim de um sentido mais bárbaro de tribo em que os senhores da lei não andam com cabelos nas ventas se colocando acima dos deuses como se fossem a própria imagem do tigre da legalidade, quando, na verdade, sempre tiveram um convívio amável, diria mais, galantíssimo com os deuses do grande capital.

Poderia ainda citar o pântano ético em que o judiciário se enfiou para abonar certamente a mais corrupta operação policial da história, a Lava Jato, que teve como principal objetivo, conseguido com sucesso e comemorado com todos os foguetes pela grande mídia, que foi a prisão do ex-presidente da República com a maior aprovação da história.

A prova do seu crime? Não apareceu. Então, Moro utilizou uma variação sobre o mesmo tema de Joaquim Barbosa com a sua funesta teoria do domínio do fato, sapecando como justificativa da prisão de Lula o “ato de ofício indeterminado”.

E o que isso quer dizer além de nada? Nada e meio.

Agora, sabe-se que, ao contrário desses fatos aqui narrados, a justiça eleitoral já formou maioria para inocentar a chapa Bolsonaro-Mourão por acusação de uso indiscriminado de mentiras e incitação ao ódio, através de disparos de fake news em redes sociais, sobretudo o Whatsapp durante a campanha de 2018.

Trocando em miúdos, ficou decidido que nós não vimos o que vimos e o “mal-entendido” foi desfeito com o arquivamento do processo.

 

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Política

Tratoraço: Com Bolsonaro, orçamento ‘paralelo’ quadruplica e supera antecessores

Durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), a média anual de emendas de relator aprovadas pelo Congresso é quatro vezes maior que a observada na gestão de Michel Temer (MDB) e cinco vezes maior que na era Dilma Rousseff (PT). Por envolver um controle de emendas que não aparece nos sites de transparência do governo e do Congresso, mas apenas em trocas de ofícios entre ministérios e parlamentares, o caso ficou conhecido como “orçamento paralelo”. A compra de muitas máquinas agrícolas com as verbas ainda fez o sistema ser apelidado de “tratoraço”.

Levantamento da Consultoria de Orçamento da Câmara, em resposta a pedido do UOL por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que na gestão do atual presidente os congressistas apresentaram R$ 20,7 bilhões em emendas de relator por ano em média, já considerada a inflação no período. No governo Temer, de 2016 a 2018, foram R$ 4,8 bilhões em média. Na gestão de Dilma, entre 2011 e 2015, foram R$ 3,8 bilhões em média por ano.

O mecanismo é utilizado para distribuir verba entre parlamentares, mas o nome do político só aparece em ofícios trocados entre o Legislativo e a Esplanada, um controle paralelo aos portais de transparência do governo e à lei orçamentária.

Explosao de emendas - Arte/UOL - Arte/UOL

Emendas dão salto na gestão Bolsonaro

Sem considerar a inflação, as emendas de relator no governo de Dilma variaram de R$ 300 milhões a R$ 5,9 bilhões a cada ano. Com Temer, a variação foi de R$ 1,5 bilhão a R$ 5,5 bilhões. No governo Bolsonaro, elas deram um salto: saíram de R$ 1,9 bilhão no primeiro ano de governo, para R$ 28 bilhões em 2020, e chegaram a R$ 29 bilhões em 2021.

O levantamento da consultoria considera as emendas apresentadas, não as efetivamente pagas ou empenhadas para pagamento, a fim de poder comparar os anos diferentes. Em 2021, por exemplo, durante a execução orçamentária, o governo federal anunciou um corte de R$ 10 bilhões no montante de R$ 29 bilhões em emendas de relator.

Metade das emendas foi para aplicação direta

Os valores revelados pela Consultoria de Orçamento da Câmara ao UOL, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), se referem às emendas de relator entre 2010, o último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e 2021. Em valores históricos, o montante soma R$ 85,7 bilhões, mais da metade concentrada no governo de Jair Bolsonaro.

Sem considerar as variações da inflação, a pesquisa mostra que, entre 2010 e 2021, praticamente metade das emendas foram destinadas a transferência para estados e prefeituras, inclusive os fundos setoriais, como os de saúde e educação. Foram R$ 40 milhões para prefeituras e estados. Houve R$ 45 milhões para aplicação direta do Executivo.

17.jun.2021 - Estudo da Câmara mostra distribuição das emendas de relator entre os ministérios - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

Dinheiro para “tratoraço” supera saúde

No período de 11 anos, alguns ministérios mudam de nome. Por isso, a pasta que mais recebeu emendas foi o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), hoje comandada por Rogério Marinho (PSDB). Ela abarcou os antigos ministérios da Integração e das Cidades.

O MDR teve R$ 22,6 bilhões dos R$ 85,7 bilhões no período, ou 26% do total. São valores que não consideram a inflação no ao longo dos anos. Em segundo lugar, ficou o Ministério da Saúde, com R$ 20,9 bilhões. Em terceiro, o da Educação, com R$ 8,2 bilhões.

A pasta da Defesa aparece com R$ 6,3 bilhões. O Ministério da Agricultura, que incluiu as extintas pastas da Pesca e do Desenvolvimento Agrário, está em quinto lugar: recebeu R$ 5,5 bilhões.

Os projetos que mais receberam previsão de recursos foram aqueles marcados como de “apoio a desenvolvimento sustentável local integrado”, uma nomenclatura muito usada no MDR.

A compra de tratores e máquinas agrícolas é classificada com esse termo, que recebeu R$ 7,6 bilhões de 2010 para cá.

O dinheiro é maior do que os repasses para as ações ligadas à saúde, quando estas são observadas isoladamente.

O incremento temporário ao custeio de hospitais e ambulatórios, verba influenciada pela pandemia de coronavírus, recebeu R$ 5,3 bilhões em emendas no período. Ficou em segundo lugar, segundo o estudo da Consultoria de Orçamento. Já o aumento provisório para atenção primária à saúde recebeu outros R$ 3,7 bilhões.

Os valores pagos em emendas para compra de tratores e máquinas agrícolas estavam acima da cartilha de preços de referência do próprio governo, elaborada em 2019, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. Mas o MDR afirma que esses valores são apenas uma sugestão, e que as variações do dólar e a influência da pandemia na economia mudaram os preços dos equipamentos.

Por se tratar de um período histórico longo, a Consultoria de Orçamento considerou as emendas de relator que realmente poderiam ser comparadas com aquelas usadas atualmente, chamadas de RP-9, sigla para “resultado primário 9”. Para isso, os técnicos também excluíram aquelas que não tinham a ver com o tema, como as emendas de ajustes técnicos, de reserva de contingência, de iniciativa popular, usadas em 2012, as criadas para atender novos parlamentares em 2015 e aquelas para cumprir a “regra de ouro” do equilíbrio das despesas.

17.jun.2021 - Padrinho da emenda não está "disponível", diz Ministério da Mulher - Reprodução/UOL - Reprodução/UOL

*Com informações do Uol

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