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A vitória de pirro da direita

Lógico que foi uma vitória de pirro da direita, tanto que a manchete da Veja, a mais lacaia representante da elite mais cafona e provinciana do planeta, sapecou: “Esquerda acumula derrotas e PT fica sem prefeitos em capitais”.

Isso é característico de uma redação que carrega com ela complexo de inferioridade em relação ao povo e, por isso precisa exaltar uma vitória que sabe que não teve.

A esquerda é a grande vitoriosa, primeiro porque Boulos, um líder do MTST, que teve uma votação absolutamente expressiva, 40,55 %, mostrando uma cidade rachada e que a política do terrorismo editorial contra esse movimento social terá fim.

Boulos foi de uma habilidade e sagacidade geniais, expondo com uma didática serena e pragmática que essa elite paulistana, opulenta que frequenta as festas na mansão de Dória, produziu 25 mil moradores de rua, ou seja, a riqueza de meia dúzia de endinheirados de São Paulo é feita na base do sofrimento de milhares de brasileiros expostos ao relento e à segregação pela ambição de uma gente que comanda São Paulo há décadas que nunca teve qualquer grandeza social.

E foi num pulo do gato desses que Boulos soube tirar o manto de bom moço de Covas quando este veio com um discurso da classe dominante paulista através de Dória, soprada a Covas, exaltando a responsabilidade fiscal. Boulos, de prima, devolveu com uma resposta definitiva e histórica, dizendo que não pode haver responsabilidade fiscal sem responsabilidade social.

Isso é o que vai ficar. Covas conseguiu ser blindado pela grande mídia paulista que rasteja aos pés dos barões da Fiesp e da Febraban, mesmo Covas tendo um padrinho como Dória, rejeitado por mais de 70% dos paulistanos, e um vice que disputa cabeça a cabeça com Dória o título de mais rejeitado.

Mas a coisa não para aí, Boulos escancarou que o problema da direita paulista nunca foi o PT ou Lula, mas sim os pobres, o povo, essa gente de quem a elite paulistana não consegue esconder o nojo.

Para piorar, o Estadão ainda publica um editorial em apoio a Covas, intitulado “Não é hora de aventuras”, isso na cidade mais rica do país que não para de produzir miseráveis, sublinhando o que é a imprensa paulista.

Isso independe de quem seja o líder da esquerda, o repúdio que essas famílias imperiais de São Paulo têm dos pobres que elas próprias produzem com sua indústria de fabricar miseráveis, é secular, vide poema centenário de Mário de Andrade, na Semana de Arte Moderna de 1922, no seu livro Pauliceia Desvairada “Ode ao Burguês”, mais atual do que nunca. A maior autoridade da cultura brasileira expõe os burgueses paulistanos com uma precisão cirúrgica.

Há um conjunto de outros processos laterais que, olhando de forma fria, é bastante interessante e revelador como a de votos por Covas através de cestas básicas com o silêncio obsequioso do TSE de Barroso.

No Rio, Eduardo Paes, por exemplo, foi eleito por dois motivos, pela desastrosa administração de Crivella, mas sobretudo porque há na memória dos cariocas os feitos, as obras, os grandes eventos internacionais que Paes realizou sob a orientação e investimento do governo federal com Lula e Dilma.

A má notícia é que o Brasil de hoje é outro, é o Brasil de Bolsonaro, internacionalmente defenestrado, economicamente arruinado e, consequentemente, isso refletirá na administração de Eduardo Paes que, certamente não conseguirá realizar 10% do que realizou no período dos governos do PT.

Mas há muito mais coisas a serem colocadas na mesa, como a  vitória do PP que mais se expandiu em número de prefeituras. O PP foi o partido que mais teve políticos denunciados pela Lava Jato, o que derruba de vez a farsa de que foi esta a maior operação de combate à corrupção no país, transformando em piada o bordão de que se ela acabar, volta a corrupção. Mas isso é papo para uma outras análises que faremos aqui nos próximos dias.

Por ora fica entendido que a direita sabe da derrota política que teve, mesmo com algumas vitórias eleitorais.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Sem liderança de direita, mídia lavajatista usa Obama contra Lula e se dá mal

A mídia, depois do golpe, do qual foi também protagonista, agora, sem ninguém para colocar no lugar de Bolsonaro, se desespera com o crescimento da esquerda e, consequentemente de Lula, usa Obama contra Lula para tentar destruí-lo.

Assista:

*Da redação

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Vídeo: Bolsonaro só não cai porque a direita não tem nada para colocar no lugar dessa xepa

A direita, falida, não tem outra alternativa que não seja a de aturar Bolsonaro. Ela chegou a uma falência tal que não tem saída. Sem um partido minimamente representativo ou uma liderança qualquer, ela vai se arrastando até cair num precipício.

Assista:

*Da redação

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General Pujol não quer que exército participe da autofagia acelerada da direita

Há um processo de autofagia ocorrendo na direita, e não é de agora, somente acelerou o seu metabolismo.

Certamente, os militares, percebendo esse processo, tentam agora, inutilmente, através do Comandante das Forças Armadas, general Edson Leal Pujol, criar um dique, mas depois que as portas dos quartéis foram arrombadas pelo general Villas Bôas que assumiu pessoalmente a estratégia de pressionar o STF para manter Lula fora das eleições em 2018, Bolsonaro assumir o governo e o próprio fazer parte desse governo.

O fato é que não há como separar a falência do governo Bolsonaro da falência institucional das Forças Armadas. Isso seria o mesmo que tentar separar a falência do Dem da falência do PSDB, que hoje, fundidos no Congresso, votam rigorosamente juntos em todas as pautas do governo Bolsonaro.

Em outras palavras, está tudo junto e misturado no mesmo balaio. Todos estiveram no mesmo barco do golpe contra Dilma e na condenação sem provas e prisão de Lula para chegarem ao poder e lá se manterem, depois de quatro derrotas consecutivas para o PT. Isso é cristalino.

O golpe em Dilma foi idealizado e patrocinado pelo comprovadamente corrupto Aécio Neves, à época, presidente do PSDB e candidato derrotado nas urnas, apadrinhado por FHC, o mesmo que, após oito anos de uma trágica gestão, mergulhou a direita na sua falência total.

Como a direita encolhe cada vez mais porque não consegue avançar no campo progressista, enquanto este avança no Brasil, o processo de autofagia está cada vez mais acelerado, vide guerra entre os ex-bolsonaristas com Bolsonaro, como é o caso de Witzel, Moro e Dória.

Mas os militares não estão fora desse processo autofágico.

Vide fala de Carluxo no twitter:”Limpo a bunda com a gravata de Moro e de Santos Cruz”.

Logicamente, a grande mídia faz vista grossa para, tanto a falência quanto a autofagia da direita.

O fato é que a direita, hoje, no Brasil, só chegou ao poder e se mantém nele com golpe sobre golpe e, lógico, a imprensa brasileira, que adora falar em democracia e critica Trump por não aceitar a derrota, faz boca de siri sobre a implosão e o golpismo da direita nativa.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Wall Street Journal: Zuckerberg manda Facebook favorecer sites de direita e prejudicar sites de esquerda

Para nós do Antropofagista, que sentimos na pele essa manipulação do Facebook, não há espanto ou qualquer novidade. Sabemos há algum tempo que isso estava ocorrendo conosco, tal a agressividade da manipulação para tornar nossas postagens no Facebook invisíveis.

Dia desses, um executivo do Facebook saiu da empresa atirando: Thiel relatou que ficou inconformado com a decisão do Facebook de não excluir um vídeo de uma live de Bolsonaro que contrariava a política da própria rede social, que proíbe discurso desumanizador.

No vídeo, gravado em janeiro de 2020, Bolsonaro diz que “cada vez mais, o índio é um ser humano igual a nós“.

Agora, numa ampla reportagem, The Wall Street Journal aponta como as relações políticas do presidente do Facebook com o esquema Trump e a direita têm se aprofundado e como as mudanças de algoritmos têm sido feitas para prejudicar sites e iniciativas progressistas, de esquerda.

Segundo o jornal, o Facebook faz mudanças em seu algoritmo do feed de notícias desde 2017 para reduzir a visibilidade de sites de notícias de esquerda como Mother Jones em sua plataforma. Mark Zuckerberg aprovou pessoalmente os planos.

Segundo a reportagem, Zuckerberg tornou-se “um operador político ativo”. Ele tem jantado com Trump, conversa regularmente com o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e pressionou legisladores e autoridades a atacarem rivais como a TikTok e a Apple Inc., “disseram pessoas envolvidas nas discussões”, segundo a reportagem.

Ainda segundo a reportagem, “Zuckerberg mantém uma linha aberta com Kushner, genro do presidente e conselheiro sênior. Os dois às vezes discutem as políticas do Facebook no WhatsApp”.

Zuckerberg chegou a dar uma palestra para executivos do Facebook sobre a necessidade de a empresa entender que “sua base de usuários é mais conservadora e defendeu as decisões de não remover postagens de Trump sobre as quais alguns funcionários argumentam que violam as regras do Facebook”.

Acrescentam os jornalistas: “a posição de Zuckerberg alienou democratas proeminentes e ativistas dos direitos civis e frustrou muitos dentro do Facebook – incluindo, às vezes, a diretora de operações Sheryl Sandberg, dizem pessoas familiarizadas com a dinâmica”.

Há uma crise na relação entre o Partido Democrata e o Facebook por conta das posições de seu presidente: “O gerente de campanha de Biden, no mês passado, enviou ao CEO uma carta, chamando o Facebook de ‘o principal propagador de desinformação do país sobre o processo de votação’” -escreveram os jornalistas do WSJ.

Favorecimento a sites de direita
Diz o WSJ: “Zuckerberg também estabeleceu laços com editoras de direita que impulsionam o engajamento na plataforma, incluindo Ben Shapiro, co-fundador do Daily Wire e apoiador do Trump, dizem pessoas familiarizadas com o assunto. O site de notícias conservador foi denunciado repetidamente pelos verificadores de fatos do Facebook por compartilhar falsidades e distorções. Mas é frequentemente um dos mais populares na plataforma com base nas interações do usuário, de acordo com CrowdTangle, uma ferramenta de análise de propriedade do Facebook.

Zuckerberg convidou Shapiro para jantar em sua casa no ano passado, disseram as pessoas. Embora os dois não sejam amigos, eles às vezes discutem temas políticos e filosóficos.

Algoritmos contra esquerda
“No final de 2017, quando o Facebook ajustou seu algoritmo do feed de notícias para minimizar a presença de notícias políticas, os executivos de política estavam preocupados com o impacto descomunal das mudanças na direita, incluindo o Daily Wire, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Os engenheiros redesenharam as mudanças pretendidas para que sites de esquerda, como Mother Jones, fossem afetados mais do que o planejado anteriormente, disseram as pessoas. O Sr. Zuckerberg aprovou os planos.

(…) Alguns na esquerda acreditam que Zuckerberg tem sido menos complacente com sites de notícias que promovem uma agenda progressista.

Após o lançamento do Courier Newsroom no ano passado, uma rede de oito sites de notícias locais progressistas que é parcialmente propriedade de uma organização sem fins lucrativos de esquerda com laços estreitos com doadores democratas, Zuckerberg argumentou que o Courier não era um meio de comunicação real, dadas suas conexões políticas, de acordo com pessoas familiarizadas com seus pontos de vista.

A discussão desencadeou uma nova política no Facebook em agosto que limita o alcance de sites apoiados por partidários, bloqueando a inclusão de suas páginas no Facebook News, restringindo seu acesso às plataformas do Facebook Messenger e WhatsApp e reduzindo sua publicidade.

A organização sem fins lucrativos por trás do Courier Newsroom, chamada Acrônimo, criticou a política, dizendo que favorece as fontes conservadoras de notícias.

Zuckerberg também começou a se reunir com grupos progressistas, cujos líderes argumentaram que se ele estava desenvolvendo relacionamentos pessoais com conservadores como Shapiro, ele deveria ouvir o outro lado também. As conversas não correram bem”.

*Com informações do 247

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Vídeo: Depois dos nossos militares serem chacota na França, The Guardian ridiculariza submissão de Bolsonaro a Trump

O jornal britânico The Guardian ridicularizou, em sua edição deste sábado (8), o fato do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) publicar um vídeo de si mesmo assistindo ao discurso do presidente americano Donald Trump.

De acordo com o jornal, “mais de 4.000 milhas ao Sul, no coração do próprio pântano político do Brasil, Bolsonaro se sentou para assistir – filmando-se vendo o discurso de Trump durante uma hora e oferecendo comentários ocasionais para a câmera, saudando seu herói norte-americano ou repreendendo inimigos na política e na imprensa”.

O jornal cita que críticos, tanto de direita quanto de esquerda “ridicularizaram as transmissões Trumpianas de Bolsonaro – que duraram 73 minutos – como um desperdício de tempo presidencial”.

Veja trechos da reportagem abaixo:

Ele há muito se autodenomina um Trump tropical – um duro trabalhador encarando a carnificina brasileira.

Mas, nas últimas semanas, o presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, elevou sua fixação com o líder dos EUA a um novo ponto, fazendo uma transmissão ao vivo dele mesmo no Facebook enquanto assistia ao seu ídolo político em ação.

A mais recente aparição foi nesta quinta-feira enquanto Trump celebrava sua absolvição pelo Senado no processo de impeachment com um malicioso e vulgar discurso à nação.

Mais de 4 mil milhas ao sul, no coração do Brasil, Bolsonaro se sentou e filmou a si próprio assistindo à íntegra do discurso de uma hora feito por Trump, fazendo alguns comentários para a câmera, saudando seu herói norte-americano ou repreendendo inimigos na política e na imprensa.

Os críticos ridicularizaram as transmissões Trumpianas de Bolsonaro – a última das quais durou 73 minutos – como um desperdício de tempo presidencial.

O senador Humberto Costa (PT-PE) alertou que os brasileiros pagariam um preço alto pela adoração de Bolsonaro. “Não basta ser um capacho. É preciso mostrar-se um capacho ”, twittou Costa.

Mas Brian Winter, editor-chefe do Americas Quarterly, viu método no que muitos chamam de reverência.

“Na verdade, acho que são mensagens políticas sérias e eficazes. Ouvir Trump envia uma forte mensagem simbólica à base de Bolsonaro de que ele também está afastando o país do socialismo.

“Muitos brasileiros olham para isso e veem traição à soberania nacional. Mas pelo menos um terço do país analisa e entende o que ele quer dizer e está muito feliz com isso ”, acrescentou Winter.

“Na mente dos seguidores de Bolsonaro, os EUA significam capitalismo, prosperidade e segurança pública – a capacidade de ter uma arma, uma economia em crescimento. Eu acho que é realmente eficaz com a base dele.”

 

 

*Com informações da Forum